Desde o final de 2008 no Brasil, o francês Laurent Philippe, coordenador t&écnico do Projeto Quadra de Talentos, ajuda o tênis nacional a formar atletas e cidadãos em Minaçu, localizada a 510 km de Goiânia, ao norte do estado de Goiás. Este projeto, que &é apoiado pela Lei de Incentivo ao Esporte e pela mineradora SAMA, já colhe os frutos da dedicação de seus profissionais e atletas em busca de um futuro melhor no tênis e na vida.
Acompanhando o projeto desde o início, Laurent exalta os pontos fortes da vida em Minaçu, com grande contribuição da SAMA S.A Minerações Associadas, terceira maior produtora de Amianto Crisotila do mundo. “Pude criar a estrutura e montar as bases do projeto, isso dá muita motivação. Outro fator que pesa muito &é a excelente qualidade de vida na região da mineradora, já que a empresa está sempre investindo na área”, comenta.
Com mais de 10 anos de experiência na formação de t&écnicos e professores em Roland Garros, Laurent conheceu no Brasil o coordenador geral do Projeto Quadra de Talentos, Eduardo Augusto Ferreira, em 2010, em Goiânia, quando estava ministrando um curso de formação de professores. Para Eduardo foi de grande importância e entrada de Laurent no projeto. “Ele (Laurent) nos convidou a levar alguns jogadores para participar dos torneios de verão da França e da clínica de tênis da ACTJ (Stages Sportifs pour Jeunes), onde era o coordenador. Vimos na França o tipo de serviço que era prestado aos tenistas de lá e resolvemos convidar o professor a trabalhar conosco em Minaçu”, explica Eduardo.
Apoio
De acordo com Eduardo Ferreira, o projeto começou em 2002 com aulas gratuitas para os filhos de colaboradores da empresa SAMA e depois disso se estendeu para garotos da comunidade da cidade e para crianças carentes. “Em 2007 começamos a buscar recursos do governo estadual de Goiás atrav&és do programa Proesporte – AGEL (Agencia Goiana de Esportes e Lazer), e em 2010 aprovamos o Projeto Quadra de Talentos no Minist&ério do Esporte – Lei de Incentivo ao Esporte”, afirma.
Os benefícios do projeto são de extrema importância para o local, que vai al&ém de formar jogadores. “A nossa região &é bem pobre e a principal fonte de renda e chance de melhorias para a comunidade vem atrav&és da SAMA e da Tractebel Energia GDF Suez, que acreditaram no projeto e atrav&és dele as crianças e adolescentes da comunidade tiveram a chance de praticar o tênis e de se beneficiar de todas as oportunidades educacionais e esportivas desse esporte, que tamb&ém exige muita disciplina e comprometimento”, explica Eduardo.
Educação
Outro ponto a ser levantado &é a melhora educacional desses atletas. “Nosso projeto tem uma parceria com a escola do SESI e com o Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), e em ambas as escolas os participantes do projeto são vistos como bons alunos e mais disciplinados”, comenta o coordenador geral.
Em torno de 200 crianças e adolescentes fazem parte do projeto, escolhidos em parceria com a Fundação de Promoção Social e tamb&ém entre alunos da escola Sesi/Sama com o objetivo de formar vários atletas e cidadãos com valores trazidos do esporte. Al&ém de ser formada por preparador físico e fisioterapeuta, a equipe que desenvolve o projeto &é composta pela professora Mariana Lasmar, especializada em Psicomotricidade e com Alessandro Camarço, ex-382 do mundo, responsável pela parte de treinamento dos mais avançados; ambos foram capacitados por Laurent Philippe.
Por Renata Dias
– Reportagem da edição 118 da revista Tennis View
(foto: Arquivo Pessoal)