Roger Federer mal chegou ao Brasil e já fala em voltar ao País. Mesmo ao lado das estrelas internacionais do tênis, como Maria Sharapova, Victoria Azarenka, Caroline Wozniacki, Jo-Wilfried Tsonga, Tommy Robredo e Bob e Mike Bryan, o suíço foi absolutamente o centro das atenções na coletiva de imprensa que marca o lançamento da Federer Tour na Am&érica do Sul, que nas próximas semanas ainda passará pela Argentina e Colômbia.
Federer esbanjou simpatia desde o início, se divertiu assistindo ao vídeo publicitário que o coloca como jogador das seleções de futebol e vôlei do Brasil, fez a barba (foto) ao lado de Tsonga para promover o novo produto da patrocinadora e, ao falar com a imprensa, exaltou a felicidade de finalmente conhecer o Brasil, um desejo de longa data. “Posso dizer que estou nervoso e ansioso para jogar aqui. Eu tinha uma grande vontade de vir ao Brasil, poder finalmente jogar aqui &é realizar um sonho”, disse o dono de 17 Grand Slams.
O momento para Federer vir ao Brasil não poderia ser melhor. Ele vem de uma histórica temporada: conquistou o heptacampeonato de Wimbledon, igualando Pete Sampras e Willie Renshaw como recordista de títulos no All England Club, deu um exemplo de espírito esportivo ao vibrar com a medalha de prata nas Olimpíadas de Londres, al&ém de ultrapassar a marca de 300 semanas no topo do ranking mundial, uma marca jamais vista antes na história do tênis. O esforço para atingir tais metas ainda refletem no físico do tenista de 31 anos. ”Vou cuidar mais do meu corpo, este ano foi muito puxado com os torneios que disputei, mas jogar exibições geralmente são bem mais fáceis do que está no circuito”.
A vontade de vencer jogo após jogo, superar os melhores do mundo e quebrar recordes podem ser claramente notados em cada declaração de Federer. Ser considerado talvez o maior de todos os tempos não lhe fez ser um jogador acomodado, pelo contrário. O suíço, atual número 2 do mundo, explica que recuperar o posto de líder do ranking &é sempre um combustível extra ao entrar na quadra. ”Logo quando eu perdi a posição de número 1, a minha reação imediata foi de querer recuperá-la. Mas você pode perseguir, resta treinar duro e jogar muito bem”.
Federer demonstrou interesse em jogar ano que vem no Brasil: “Com certeza esta não será minha última vez aqui” (foto: Cynthia Lum)
Duelo com Bellucci
A expectativa do suíço para o duelo desta quinta-feira, não antes das 21h30, contra o brasileiro Thomaz Bellucci &é das mais empolgantes. Ambos já se enfrentaram duas vezes no circuito (Indian Wells e Basel), em ambas Federer venceu com dificuldade. A promessa &é diversão para o público e alto nível de tênis. “Fiz grandes partidas contra o Thomaz. Ele &é um cara muito lega, um jogador com bastante potencial. Eu espero que o público aprecie nosso jogo esta noite”, concluiu.
Por Renan Justi, em São Paulo