UM JOGÃO! Assim mesmo, em letras garrafais, deve descrito o que foi esse jogo da final do US Open, neste domingo, em Nova Iorque.
Depois de sair na frente e assumir a dianteira com muita tranqüilidade, Rafael Nadal chegou a abrir dois sets a zero e ter quebra de vantagem na terceira parcial, caminhava em águas calmas, mas viu tudo mudar.
O russo Daniil Medvedev não se abateu. Foi frio. Calculista. Jogou seu jogo e reagiu. Reagiu tão bem que não apenas devolveu a quebra, como venceu o set. Não apenas o 3º, mas o 4º também. Teve chance de quebrar o saque do espanhol no primeiro game do 5º set, mas não o fez. Aí, já é demais. Nadal não perdoa e não perdoou. No fim, mais drama, salvando break point quando sacou pro jogo: 7/5 6/3 5/7 4/6 e 6/4 . Rafael Nadal é tetracampeão do US Open!
Neste domingo, o espanhol confirmou seu favoritismo e triunfou pela quarta vez no piso duro do Arthur Ashe Stadium, em Nova Iorque.
Depois de ver Roger Federer e Novak Djokovic – seus principais rivais – ficarem pelo caminho, Nadal assumiu o favoritismo não desperdiçou a oportunidade, ficando com o troféu do quarto e último Grand Slam da temporada.
Essa, aliás, foi a terceira vez que o número 2 do mundo chegou à final de um Slam sem precisar enfrentar um top-20, sendo campeão em todas as oportunidades.
O espanhol chega ao seu 18º título de Grand Slam, ficando mais perto do 20º do recordista Roger Federer, e eleva sua marca de títulos de ATP, com 88 conquistas. O nº 1 neste quesito, vale dizer, é Jimmy Connors, com 109. Federer tem 102.
Medvedev, sem dúvida alguma, também tem seus méritos e se destacou ao longo das últimas semanas, com um tênis sólido, que o levou às finais dos principais torneios pré-US Open.
Em Nova Iorque, porém, talvez até por imaturidade, deixou o extra-quadra falar alto e provocou o público norte-americano em algumas oportunidades. Mesmo assim, não se pode deixar de levar em consideração seu feito. O russo é, por exemplo, o mais novo tenista a chegar à final do torneio desde Djokovic, em 2010.
Medvedev marcou seu nome como um dos grandes potenciais da sua geração, mas ainda é cedo pra falar em transição ou passagem de bastão da velha pra nova guarda, principalmente com jogadores como Nadal querendo mais e mais.
Foto: Cynthia Lum