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    A festa de Serena no US Open

    Por admin - 29/08/2022 às 23:38

    A festa de Serena continua no US Open

    Serena Williams ainda não se despediu oficialmente do circuito profissional. Ganhou a sua primeira rodada no US Open. Venceu a tenista de Montenegro Danka Kovinic por duplo 6/3 na noite de abertura do Grand Slam americano com mais público da história.

    Diante de celebridades, da fam´ília, da filha e do marido e de fãs do mundo todo, Serena fez a festa em Nova York. Ganhou um jogo que poderia ter perdido, de tão pouco que jogou no último ano e meio. Mas fez o seu melhor com as condições que tem hoje aos 40 anos de idade, no seu 21o. US Open e vai fazer a festa continuar mais um pouco.

    Desde que anunciou sua aposentadoria há pouco mais de duas semanas, em um depoimento à VOGUE, não se fala em outro assunto no mundo do tênis.

    A estreia ou a despedida já tinha sido anunciada para esta segunda-feira há alguns dias. Nova York que não para, parou para saudar a 23 vezes campeã de Grand Slam.

    Imagens emocionantes de Serena foram exibidas antes e depois da partida. Uma entrevista, um bate papo com Gayle King, com a fam´ília em quadra, deixaram a ocasião mais especial, assim como a presença e discurso de Billie Jean King.

    O estádio todo ‘escreveu” I love Serena e a maior atleta de todos os tempos se emocionou.

    Serena “abraçou” o momento, apreciou a festa e retribuiu os fãs. A festa continua na 4a feira. O jogo que poder se o último ou não será contra Annet Kontaveit, a número dois do mundo.

    Até lá vamos aproveitar e celebrar a tenista que acompanhamos de perto triunfar diante de tantas adversidades. Nenhuma homenagem será suficiente para celebrar o que ela fez e o que ela representa para o esporte, para as mulheres, para Compton, para a diversidade.

    Viva Serena.

    Texto de Diana Gabanyi

    Foto USTA Simon Bruty






    US Open, no maior campeonato de tênis do mundo, tenistas são os grandes monumentos de Nova York

    Por admin - 27/08/2017 às 11:31

    O US Open, o maior campeonato de tênis do mundo, começa nesta segunda, 28 de agosto. Já faz dias em New York que o tênis tomou a cidade. Hotéis, parques, vitrines de lojas, especialmente para quem está em Mid Town Manhattan, se vestem de tênis.. Este ano a USTA expandiu as ações para o SeaPort district, onde foi sorteada a chave e montaram um espaço de experiências de tênis.


    Além dos eventos que aconteceram nos últimos dias em Nova York, o US Open Series, apesar de ter tido menos buzz como circuito do que quando começou há mais de década, dão ao espectador uma sensação de grandeza e fazem o público sentir a energia da metrópole mais vibrante do mundo.

    Se pudéssemos fazer uma comparação entre os tenistas e os lugares emblemáticos de Nova York, o campeão de 2009, o argentino Juan Martin del Potro, apelidado de a Torre de Tandil, e que derrotou Roger Federer naquela final seria aquela imagem que se tem do Top of The Rock, do Rockfeller Center. Naquela decisão, a sua única conquista em um Grand Slam e que foi seguida de uma série de lesões e mistérios ele precisou de toda sua energia para vencer por 3/6 7/6(5) 4/6 7/6(4) 6/2 e chegar ao topo, vendo toda Manhattan de cima.

    Este ano, depois de um segundo semestre de 2016 dos sonhos, em que conquistou a Davis e a prata olímpica, Del Potro pode nem chegar a ver o Empire State neste ano. O seu ano de 2017 vem sendo mais de baixos do que de altos.

    Rafael Nadal, que busca neste US Open manter o seu lugar no topo do ranking mundial e voltar a triunfar na Big Apple, espera poder repetir os gestos de vibração, com os punhos cerrados em Nova York e posar para a foto de campeão ao lado do touro mais famoso de Manhattan, o de bronze que fica em Wall Street.

    Em uma das melhores temporadas da carreira, em que conquistou o 10o. Roland Garros, ele deixou claro que um dos grandes objetivos para o segundo semestre era conquistar Nova York.
    Cinco vezes campeão do US Open, Roger Federer tentará o sexto título, com mais chances do que nos últimos anos, apesar de uma lesão nas costas que o fez desistir do Masters1000 de Cincinnati, como uma maneira de provar para si mesmo que ainda é possível vencer três Grands Slams em um ano só e que ainda ama muito jogar tênis. A referência para ele pode ser o elegante Metropolitan Museum e suas obras de arte, para buscar inspiração e executar os seus mais belos golpes.
    Andy Murray, que acabou desistindo de jogar o US Open, depois da chave ter sido sorteada, tem até uma região em Nova York com o seu nome – não em sua homenagem – a de Murray Hill, entre MidTown e Soho.
    O gigante John Isner, que ficaria bem no Empire State Building, Sam Querrey, Jack Sock e a nova geração de garotos born in the USA, serão o foco das atenções dos americanos, que sonham em vê-los posar com o troféu de campeão ao lado da Estátua da Liberdade, um dos símbolos mais conhecidos dos Estados Unidos.
    Os brasileiros Thomaz Belluci, Tiago Monteiro e Rogério Dutra Silva junto aos duplistas Marcelo Melo, Bruno Soares, André Sá e Marcelo Demoliner, direto nas respectivas chaves principais, convocam os conterrâneos da Rua 44 e os que estiverem em Nova York para comemorar o Brazilian Day, para torcerem em Flushing Meadows.
    Em uma chave das mais esvaziadas, com tantos jogadores lesionados, Alexander Zverev, que chega pela primeira vez a Nova York como uma das sensações do tour, Dominic Thiem, Grigor Dimitrov, entre outros, terão que provar que conseguem sobreviver ao mais agitado Grand Slam do circuito e que “if you can make it here, you can make it anywhere.”Que o diga Marin Cilic, que depois do trofeu do US Open, há 3 anos, tem chegado cada vez mais perto de vencer outro Grand Slam.

    Confira a programação desta 2a. feira em Nova York aqui
    Diana Gabanyi

    Fotos de Cynthia Lum e Martijn Verbeek






    Relembrando a vitória histórica de Guga em Cincinnati

    Por admin - 19/08/2017 às 11:11

    Se neste ano faltaram estrelas tops para jogar o Masters 1000 de Cincinnati, normalmente não é assim e nem sempre foi. Nos últimos dias surgiram vários vídeos por aí de jogos do Guga no mais “afastado” Masters 1000 do circuito, dos grandes centros. Ainda me surpreende que um torneio de tal porte seja disputado em Cincinnati – mas isso é assunto para outro post.

    Guga ganhou títulos importantes, celebramos as conquistas em Roland Garros (os 20 anos do primeiro título), os 15 do ATP Finals em Lisboa não faz pouco tempo. Mas, algumas conquistas em ATPs e Masters 1000 ficam guardadas na nossa memória mais do que os outros, seja pelas emocionantes vitórias ou pela maneira como aconteceram.

    Não sei porque mas guardo na memória detalhes daqueles dias no MidWest Americano.

    A temporada estava sendo das mais longas. Começou com uma semifinal em Los Angeles, logo depois do campeonato em Stuttgart.

    Aí veio o Masters 1000 de Montreal – naquela época não havia bye para os cabeças-de-chave e as finais ainda eram disputadas em cinco sets – e um jovem Americano, então 35º colocado no ranking mundial e com 19 anos venceu o Guga na terceira rodada. Era o Andy Roddick.

    Com a derrota precoce fomos cedo para Cincinnati. Nos hospedamos como todos os anos no Marriott mais perto do torneio, que acreditem se quiser fica na beira de uma estrada e ao lado de um supermercado, o famoso BIG e a rotina de treinos por lá começou, com um intervalo ocasional para jogar um golfezinho, no campo que fica grudado às quadras. O BIG era nossa diversão e passeio diário, no pouco tempo livre que sobrava (mesmo não sobrando muito eu e a Lia Benthien – na época ela fazia o Nas Pegadas do Campeão da ESPN – sempre tínhamos alguma coisa para ver e levar do Big…). O Kings Island, parque de diversões que fica em frente ao torneio, mas do outro lado da estrada, exigia mais tempo para uma visita..

    O Guga era o número um do mundo na época e cabeça-de-chave 1 do torneio (o Agassi era o 2º pré-classificado). Então a agenda era cheia. Havia entrevistas todos os dias, imprensa brasileira e estrangeira, gravação de chamada de comercial de TV para o US Open, de mensagem para o MTV Music Awards, sessão de autógrafos, coletivas e os dias eram longos.

    Lembro quando a chave saiu, num sorteio feito pelo velhinho simpatico, o Sr. Paul Flory, diretor do torneio, na sexta-feira antes dos jogos começarem. 1ª rodada: Guga e Andy Roddick.

    Já se criou todo um burburinho em torno do jogo. Deu Guga, por 7/6 6/1.

    Em seguida veio Tommy Haas, que era o 16º do ranking naquela semana e Guga ganhou de novo em dois sets, em dois tie-breaks.

    O próximo adversário era o Goran Ivanisevic, que havia ganhado Wimbledon naquele ano e era o 19º colocado. Guga ganhou rapidinho por 6/2 6/1.

    Já estávamos nas quartas-de-final e o adversário era o Yevgeny Kafelnikov, que estava em 6º no ranking. E o Guga ganha por 6/4 3/6 6/4 e ele chegava de novo à semifinal em Cincinnati, repetindo o resultado do ano 2000 e contra o mesmo adversário, o Tim Henman, 8º no ranking. No ano anterior, o britânico havia vencido por 7/6 no terceiro set.

    Era um dos adversários que mais complicavam o jogo para o Guga.

    A outra semifinal era entre o Patrick Rafter e o Lleyton Hewitt. E os jogos nesses torneios costumavam ser, por causa da televisão, um no início da tarde e outro à noite. O Rafter ganhou do Hewitt em dois sets e no meio da tarde já estava se preparando para a final.

    Guga entrou em quadra para enfrentar Henman, venceu o primeiro set por 6/2 e de repente o tempo começou a virar.  Dava para ver raios e ouvir os trovões de longe. O jogo continuou – se não me engano até quase o fim do segundo set e veio uma tempestade.

    Ficamos por horas esperando para ver se ela ia passar e começando a ouvir relatos do público de que cadeiras haviam voado em alguns lugares de Mason, Ohio e que havia carros boiando por perto.

    Quando já era perto de meia-noite decidiram deixar a semifinal e a final para domingo.

    Independente do resultado do jogo, já davam Rafter como campeão certo.

    Guga voltou à quadra cedo, perdeu o segundo set por 6/1 e foi para o terceiro. Como no ano anterior a batalha iria para o tie-break. Só que desta vez, a vitória ficou com Guga por 7/4.

    Para surpresa de muitos, em acordo com a ATP e o torneio, Guga voltou à quadra minutos depois para jogar a final. Já estava quente e pronto para o jogo e tudo que o Larri gritava do box era “Marreta” na devolução.

    E com as “marretas” de devolução, Guga venceu Rafter, o sétimo do ranking, por 6/1 6/3 e conquistou um dos maiores títulos da carreira, em uma das situações e chaves mais duras que ele já teve.

    A comemoração foi com um churrasco na casa de amigos em Cincinnati.

    Afinal, no dia seguinte, já estaríamos na estrada rumo a Indianápolis…. Só para lembrar, em que Guga chegaria a outra final, mas desistiria com dores no braço, no meio do jogo, contra o Rafter.

    Mas isso quase ninguém lembra. O que fica na memória é a íncrivel semana em Cincinnati, em que em seis dias ele venceu três campeões de Grand Slam, incluindo dois ex-números um do mundo e seis top 30 (três top 10) no caminho para o título, em seis dias.

    Descubro olhando o media guide do torneio para checar as informações que a media de vitórias do Guga em cima de jogadores bem ranqueados é histórica e única no torneio = 13.8.

    Depois do Guga ter jogado a semi e a final no mesmo dia, os torneios mudaram a programação dos jogos para sempre, não deixando tanto tempo de diferença entre uma semifinal e a outra.

    Diana Gabanyi






    Especial Guga97 – Derrotando o Kafelnikov e eu embarcando

    Por admin - 03/06/2017 às 12:06

    Guga já havia vencido um campeão de Grand Slam, Thomas Muster, na 3a. rodada. Vencera o Medeved, em 2 dias de jogo, na véspera. Entrava em quadra para enfrentar o russo Yevgeny Kafelnikov, então campeão de Roland Garros e número três do mundo.

    Àquela altura, tudo podia acontecer. E aconteceu. Guga venceu um jogo de sets, virando a partida que estava 2 sets a 1 para o russo. Do 4a. set em diante, Kafelnikov ficou desnorteado.

    O russo que era a grande estela da Diadora e usava uma roupa praticamente similar, da mesma linha do Guga – aliás o Guga era mais um na lista de patrocinados da marca italiana a vestir aquela roupa listrada azul e amarela – saiu de quadra de cabeça baixa e assim seria nos outros 2 títulos do brasileiro em Paris.

    Vitória sobre o Kafelnikov. Guga na semifinal e eu embarcando para Paris.

    Desde a vitória sobre Thomas Muster, a situação já estava difícil de gerir à distância. Sem what’s app, internet nos primórdios da revolução, o único modo de falar com o Guga e o Larri era o telefone do Hotel Mont Blanc.

    Logo após o jogo com o Kafelnikov o Larri me ligou e embarquei para Paris na mesma noite. Hoje, 20 anos atrás.
    Curiosamente volto a Paris, a Roland Garros, neste exato dia. Escrevo esse texto da sala de imprensa, onde tantas horas já passei.

    A primeira coisa que fiz ao chegar aqui 20 anos atrás foi sentar em uma sala de imprensa e contar para os jornalistas estrangeiros quem era o Guga, o que era Florianópolis, quem era o Jacaré. Assim começava também a minha história com Roland Garros. É a 18a. vez que venho ao torneio e a mesa, apesar de não ser mais a número 1, ainda é minha, assim como o lugar reservado na quadra Philippe Chatrier.

    Merci Roland Garros.

    Diana Gabanyi






    Especial Guga97 – Na era do Fax

    Por admin - 01/06/2017 às 22:06

    Difícil de imaginar neste mundo completamente digital que 20 anos atrás a nossa comunicação era feita por fax, por telefonemas de telefone fixo – ninguém viajava com celular e uma ligação internacional era caríssima.

    Nestes tempos de comemoração dos 20 anos do primeiro título do Guga em Roland Garros, foram várias entrevistas que acabaram fazendo a gente refletir, lembrar momentos marcantes e pensar como era a vida naquela época.

    Outro dia me perguntaram como eu acompanhava os resultados, já que não se transmitia Grand Slam como hoje em dia, desde a primeira rodada e um dia todo de jogos, de manhã até de noite, com direito a programa especial no fim da jornada, como o Ace BandSports ou o Pelas Quadras da ESPN.

    E eu não soube responder. Depois fui perguntar em casa e para o Paulo Carvalho, empresário do Guga praticamente até o fim da carreira. E chegamos a conclusão que esperávamos o Larri ou o Guga ligar; ou entrar algum flash na televisão – das quartas-de-final pra frente todos os jogos foram transmitidos ao vivo. Lembro até do Chiquinho Leite Moreira me ligando empolgadíssimo de Paris para me contar as novidades.

    Das quartas em diante eu já estava lá.

    Mesmo assim, até chegar o contato com o Guga e o Larri era feito via telefone do Hotel Mont Blanc. Depois eu escrevia o release e distribuía por fax para as redações de jornais. Os jornalistas que queriam falar comigo, enquanto estava no Brasil, me ligavam. Depois que eu cheguei em Paris praticamente virei a telefonista do Hotel Mont Blanc, atendendo todos os telefonemas (99% era de gente atrás do Guga), ou falavam comigo em Roland Garros.

    Era uma era diferente. Para dar alguma informação eu tinha que passar um fax ou atender o telefone. E eram  umas 200 ligações por dia, sem exageros. Só depois passamos a viajar com internet discada e a distribuir releases por email.

    Nesta entrevista em vídeo para a Revista Veja dá para ter uma boa noção como 20 anos tecnologicamente falando fizeram uma revolução no método de se comunicar.

    Diana Gabanyi

     






    Especial Guga97 – A vitória sobre o Muster, quando tudo mudou

    Por admin - 30/05/2017 às 14:13

    Aquele Roland Garros já era diferente. O Guga já estava na terceira rodada, o que era o seu melhor resultado em um Grand Slam. O adversário era difícil, o campeão de Roland Garros 1995, o homem de ferro do saibro, Thomas Muster.

    O jogo foi uma montanha russa. O austríaco ganhou o primeiro set por 7/6, Guga o segundo por 6/1, venceu o 3o. por 6/3, aí perdeu o quarto por 6/3 e o Muster abriu 3/0 no 5o. set. Estava quase tudo perdido. Mas, algo maior estava por vir. Guga conseguiu virar o placar e vencer o set e o jogo por 6/4. (6/7 (3/7), 6/1, 6/3, 3/6 e 6/4)

    Estava assistindo esses dias os melhores momentos da partida e confesso que não lembrava de muita coisa, apenas das cenas finais que nos acostumamos a ver nestas duas décadas. Mas que jogaço, cada ponto, cada certinha, que emoção.

    Dali para frente nada mais foi igual.

    A loucura começou – pelo menos para mim. Telefonemas, pedidos de informações, uma inquietação, o mundo do tênis no país em polvorosa.

    E era apenas o começo. Foi talvez o primeiro dia dos 11 anos que se seguiram até o Guga se aposentar em que a minha vida de assessora nunca mais foi a mesma.

    Diana Gabanyi






    Especial #Guga97 – A Conquista em Curitiba

    Por admin - 28/05/2017 às 19:44

    Vasculhando meus arquivos de 20 anos atrás, em casa e na minha HD externa, encontrei o texto que escrevi para a terceira edição da Tennis View, sobre a vitória do Guga no Challenger de Curitiba.

    Sim, a Tennis View nasceu antes do Guga ganhar Roland Garros. Lançamos a Revista em fevereiro de 1997. Poucos meses depois ele ganharia o Grand Slam inédito para o Brasil.

    No texto, que infelizmente só tenho em uma foto tirada dos meus álbuns da Revista – infelizmente, mas feliz de ainda tê-lo, dá para ver a importância que tinha a vitória de um torneio Challenger para o Guga, antes do que aconteceu em Paris.

    A foto com o trofeu, que eu mesma tirei, também só encontrei na edição impressa da revista, mas vale a reprodução acima.

    Diana Gabanyi






    #Guga97 – A chave

    Por admin - 27/05/2017 às 22:05

    #Guga97

    Quando Roland Garros 1997 a expectativa era de um bom resultado para o Guga. Chegar a uma terceira rodada, quem sabe a uma segunda semana seria extraordinário.
    Ganhar o torneio? Ninguém imaginava.

    Especialmente quando saiu a chave e havia 3 campeões de Roland Garros no meio do caminho.


    Thomas Muster, Yevgeny Kafelnikov e Sergi Bruguera.

    Guga acabaria vencendo os três.

    Não eram só os 3 campeões de Grand Slam que estavam no caminho dele. O cabeça de chave 1 naquele ano era Pete Sampras; o segundo pré-classificado, Michael Chang, outro ex-campeão. Ainda na lista dos cabeças – 16 apenas na época, Rios, Correjta e Moya, todos bem mais ranqueados que o Guga na época.

    Veja a chave completa de Roland Garros 1997 aqui –

    Diana Gabanyi






    Ivanovic, ela também iniciou a revolução sérvia no circuito

    Por admin - 29/12/2016 às 10:40

    Ivanovic: ela também iniciou a revolução sérvia no circuito
    Quando pensamos em tênis sérvio hoje em dia, a primeira pessoa que vem à mente é Novak Djokovic. No entanto, Ana Ivanovic, que ontem anunciou a sua aposentadoria do tênis profissional, também iniciou a revolução sérvia com ele.

    Em uma época em que o tênis feminino além das Irmãs Williams, era dominado pelas russas, surgiu Ana Ivanovic, que passou pela guerra tanto quanto Novak e treinava jogando em uma piscina sem água.

    Em 2005 conquistou o seu primeiro título na WTA, em Canberra. Mas o sucesso veio mesmo em 2007 e em 2008.
    Em 2007 chegou à final de Roland Garros pela primeira vez e em 2008, enquanto Novak erguia o trofeu de campeão do Australian Open, Ivanovic ficava com o vice-campeonato, para poucos meses depois ganhar o Grand Slam que deu fama a Monica Seles, a tenista que cresceu idolatrando: Roland Garros.

    Dali para frente, Ivanovic levou o tênis sérvio para outra patamar, seguida de perto por Jelena Jankovic, sua compatriota e não tão amiga assim.

    Foi uma época em que só se falava em Sérvia no circuito. Ana, Novak e Jelena estavam em todos os lugares. A história da guerra era impactante – e ainda é. Eles eram convidados e compareciam a recepções em embaixadas sérvias e falavam da nação tão prejudicada pela guerra com um amor profundo, que talvez nós que nunca tivemos que nos esconder de bombardeios, nunca saibamos o que seja.

    Foi há quase uma década, mas lembro perfeitamente da final de Roland Garros. Estava lá, ainda cumprindo meu papel de assessora do Guga, que fazia a sua despedida do circuito profissional e escrevendo para a nossa Tennis View impressa. Assisti a semi e a final e a imagem que mais ficou daquela decisão em Paris contra Dinara Safina foi a frustração da russa. A confiança de Ivanovic era tamanha que Safina só se abaixava para o lado e batia a raquete na Philipe Chatrier. Não conseguia fazer nada.

    Ana ganhou. Seu sorriso encantou. Ela logo se tornou número um do mundo, apenas uma de 21 mulheres na história da WTA a alcançarem tal feito. Muitos questionaram o seu jogo como pouco versátil e nada impressionante, mas foi o suficiente para que ela dominasse o circuito por um curto período.
    Veio a fama, muita fama para uma nação sofrida e para uma WTA que busca tenistas como ela – jovens, bonitas, educadas, com boas histórias, guerreiras e campeãs – quem não buscaria?
    Mas, Ana não soube lidar com a fama. Ela não cansa de dizer que na época, aos 20 anos de idade, devia ter tido uma equipe mais experiente ao seu redor. Claro que ajudaria, sem dúvida, mas acima da experiência, o bom senso e o foco no atleta, no tenista, pensando na longevidade e não apenas em resultados imediatos são o que mais contam.
    Até mesmo o agente mais experiente pode oferecer diversos tipos de negócios, capas de revistas para fotografar – é o papel dele oferecer de tudo / um conselho sempre vai bem – mas a decisão final é sempre da tenista junto com o seu time mais próximo.
    Uma pena naquela época.

    Mas, Ivanovic apesar de ter se perdido um pouco, ainda conseguiu voltar e fez de 2015 uma ótima temporada. Derrotou Serena Williams ao longo do ano e voltou ao top 10. Fruto de muito trabalho e horas se recuperando de pequenas lesões.
    Veio 2016 e a temporada não foi boa. Foram muitas derrotas e raras vitórias.  O ranking foi para o 63o. lugar e para quem já reinou e conquistou 15 trofeus, ser apenas uma figurante entre as tops já não era mais suficiente.

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    Obrigada Ana por nossas lindas capas da Tennis View, ótimas entrevistas e um sorriso que não ficava apenas na frente das câmeras, mas de trás delas também.

    “Foi uma decisão difícil, mas há muita coisa para comemorar”, disse Ivanovic, em uma transmissão ao vivo pelo Facebook, alegando que os problemas físicos não permitiram que ela continuasse no esporte: “Não posso jogar se não puder atuar em alto nível e não consigo mais jogar assim. Então, é hora de seguir em frente.”

    Casada com o jogador de futebol alemão Bastian Schweinsteiger, fora das quadras ela é embaixadora do UNICEF desde 2007, função a qual pretende se dedicar mais a partir de agora, assim como a propagação do esporte e da vida saudável, se mostrando disposta, inclusive, a trabalhar com moda e beleza.

    “Vivi meus sonhos e quero ajudar outras pessoas a realizarem os delas. Não fiquem tristes, sejam otimistas. Agradeço a todos que me ajudaram a ter uma vida maravilhosa”, finalizou.

    Diana Gabanyi e Filipe Lima Alves

    Foto de Cynthia Lum






    Meligeni: “Precisamos desesperadamente de união e de um rumo pro tênis”

    Por admin - 15/12/2016 às 01:03

    meligeni-peqFernando Meligeni, além de ídolo do tênis brasileiro, sempre foi conhecido por uma personalidade forte dentro e fora das quadras, um lutador. E o mesmo empenho que colocava com a raquete nas mãos, que o levou à semifinal de Roland Garros, em 1999, e ao nº 25 do ranking da ATP, foi passada para sua dedicação no trabalho como comentarista depois da carreira.

    Atualmente, o “Fino” é comentarista e blogueiro da ESPN, além de ser uma pessoa marcante por sua simpatia, acessibilidade e educação no trato com todos, sem deixar passar a possibilidade de demonstrar com palavras sua opinião sobre o tênis.

    Em uma conversa na última quinta-feira (dia 08), durante o evento de lançamento da edição de 2017 do Rio Open, que tem como novo patrocinador a marca Fila, da qual Meligeni é embaixador, ele mais uma vez deixou claro o que pensa sobre os rumos que o tênis brasileiro está tomando e apresentou ideias que podem melhorar a qualidade do esporte que tanto ama.

    Essa postura firme, por vezes, já o fez ter a antipatia de grupos políticos, inclusive ligados a Confederação Brasileira de Tênis, mas ele não deixa de expor seu posicionamento, de acordo com suas convicções, mesmo que isso contrarie aqueles que seriam responsáveis pela valorização do esporte, assim como de seus principais responsáveis: os tenistas.

    “Acho meio patético ter uma confederação que não usa os atletas que fizeram o esporte. Quando a gente vai pra um cargo público, não tem muito essa história de quem eu gosto e quem não gosto. O que conta são as pessoas que são importantes pro tênis. A gente não pode esquecer do Thomaz (Koch), do Meligeni, do Jaime Oncins, do Ricardo Mello, do Saretta. É a nossa História. A gente não mora em um país em que muitos caras foram 10 do mundo.”

    Uma das coisas que parecem incomodar Meligeni é justamente essa falta de reconhecimento dos órgãos que regem o tênis, enquanto os fãs do esporte continuar a enaltecer os feitos das gerações anteriores:

    “Acho muito engraçado. Na rua, a molecada idolatra a gente, somos muito bem tratados pelos pais, enquanto na nossa própria entidade a gente não é. Nunca fiz nada. Pode ser que eu tenha uma postura diferente, uma visão diferente.”

    Recentemente, em uma entrevista para o jornalista Alexandre Cossenza, do blog Saque e Voleio, Thomaz Koch, um dos principais jogadores da História do tênis brasileiro, relatou o fato de não ter ganhado um único ingresso para o confronto entre Brasil e Croácia pela Copa Davis, em 2015. Koch assistiu ao confronto arcando com todas as despesas, desde passagens e hospedagem, conseguindo um convite já em Florianópolis, sede dos jogos. Meligeni não deixou de opinar sobre o assunto, revelando uma tentativa que fez no passado para mudar esse tratamento com ex-jogadores:

    “Eu me sinto muito à vontade pra falar sobre isso, pois quando fui capitão de Copa Davis, pleiteei isso, que um camarote em todos os confrontos teria que ser dos ex-jogadores. E fui vetado pelo mesmo presidente (Jorge Lacerda, atual presidente da CBT) que não deu a entrada pro Thomaz. 70 anos de idade, o cara mais importante do país em Copa Davis…se você não der ingresso pra ele, vai dar pra quem? Chega a ser triste ver que essa é a realidade do nosso esporte.”

    Neste ano, a CBT teve um corte significativo na sua verba de patrocínio para os próximos anos, já que o contrato com o Correios acabou e a renovação foi ratificada por um valor muito abaixo do anterior. Meligeni não deixou de dar sua opinião sobre como esse investimento deve ser feito a partir de agora:

    “Vai depender muito da maneira que for olhado. Não adianta der 7 milhões por ano e ir por um lado que, na visão da gente, tenista, não é o mais correto. Com todo respeito que tenho pelos tenistas (melhores ranqueados), acabaram de passar dois (Thomaz Bellucci e Thiago Monteiro passaram e cumprimentaram Meligeni), a CBT não tem que olhar eles. Ajudar eles, trocar com eles sim, mas não ajudar financeiramente. Vamos ver se agora que tem bem menos dinheiro, acho que 2 milhões por ano, olham a base. Aí é uma visão minha, não é uma crítica. Tem hora que critico. A coisa do Thomaz (Koch) eu critiquei, mas linhas de conduta é a particular. Eu tenho a minha, o Guga tem a dele, o Thomaz outra…são apenas linhas diferentes de pensamento. Agora vai ter menos dinheiro e vai ter que ser bem gasto.” afirmou.

    Sobre o presidente da entidade máxima do tênis brasileiro, Meligeni fez questão de ressaltar que nem tudo pode ser olhado por um ponto de vista negativo, mas disse que Jorge Lacerda errou quando não soube se relacionar com muita gente do meio tenístico:

    “Eu acho que o Jorge tem coisas legais. Não acho que tudo foi ruim. Acho que o Jorge conseguiu tirar o tênis de um grande limbo que estava na gestão anterior. Conseguiu um patrocinador muito forte, que é o Correios, conseguiu coisas boas. Acho que ele pecou muito no relacionamento. Achou muito que a CBT era dele. E essa é minha crítica a ele. E esse é um problema do político brasileiro. Nosso querido presidente do Senado acha que é o dono do Senado. O presidente da Câmara achava que era dono da Câmara. O presidente do Brasil acha que é o dono do Brasil. E não é. Dirigente da CBT não é dono do tênis. “ disse Meligeni. “Espero que o Rafael (Westrupp, presidente eleito da CBT), mude isso. Se vai pra um lado ou outro, tudo bem. E pode até errar, é normal. O que não pode é ter 50 tenistas que você não olha na cara.” completou.

    O futuro do tênis parece ser uma preocupação constante do ex-jogador, que acredita na junção de forças para fazer uma mudança pra melhor no esporte do país;

    “A gente precisa desesperadamente fazer uma união do tênis e ter um rumo. Eu não acho que o Brasil tenha uma plataforma, uma gestão de tênis. Acho que dá pra fazer uma gestão muito maior, uma unidade muito maior. Temos grandes nomes no tênis brasileiro, com grandes técnicos que são reconhecidos no mundo inteiro. Grandes ex-jogadores que são reconhecidos. Dá pra fazer coisa melhor.”

    Por fim, Meligeni disse estar animado com a próxima edição do Rio Open, destacando o que, em sua opinião, o torneio oferece de melhor aos jogadores e amantes do esporte da bolinha amarela:

    “O Rio Open está totalmente dentro do coração e do respeito do atleta. Sempre com grandes nomes, casa cheia. O tênis é bem tratado. O Rio Open trata o tênis como a gente gosta de ser tratado. Trata bem. Vai ter erros e vai ter acertos de novo, mas trata bem. Ano que vem vai fazer sucesso, com grandes nomes, como o Nishikori, e espero muita coisa boa.” finalizou.

    Por Filipe de Lima Alves






    Guga: 40 anos e 43 semanas como no.1 do mundo

    Por admin - 10/09/2016 às 13:41

    Gustavo Kuerten completa neste sábado, 10 de setembro, 40 anos de idade. Já são quase 20 daquela 1a. conquista em Roland Garros, em 1997, que transformou para sempre a história do tênis no Brasil.

    Abaixo relembre a trejetória de Guga e as semanas na liderança do ranking mundial. Até hoje apenas 16 tenistas que terminaram uma temporada como número um do mundo e entre eles está Gustavo Kuerten.

     

    Já escrevi sobre a campanha e os feitos de Guga quando anunciaram a campanha, em fevereiro e há algumas semanas, quando o livro HERITAGE ficou pronto.

    Acho que assim como o Guga, quanto mais passam os anos mais vou tendo a dimensão do que significava cada momento que vivemos. Muitas vezes quando estamos tão envolvidos com algo, é difícil fazer uma pausa e olhar de fora.

    O evento hoje, na Sede dos Correios, em São Paulo, com a presença do brasileiro Chief Player Officer da ATP, Andre Silva e Guga, além de um representante da empresa de correios e telégrafos, serviu para isso. Não que nestes anos eu não tivesse parado para pensar e passar um filme na minha cabeça, afinal eu vivi bem de perto cada uma destas 43 semanas dele reinando no topo do ranking mundial.

    Quando o André Silva começou a falar que um dos principais motivos da campanha Heritage era resgatar a história do esporte e quando o Guga começou a relatar os momentos marcantes das 43 semanas no topo, realmente veio um filme na cabeça.

    Claro que o auge destas semanas foi a conquista em Lisboa, vitória sobre Sampras e Agassi, na sequência e ainda fazer o discurso em português. GugaAgassi

    Depois Guga lembrou que logo no início de 2001 perdeu a liderança para o Safin, no Australian Open, o Grand Slam que ele tem o pior desempenho da carreira até hoje.

    Poucas semanas depois ele viria recuperar a coroa, ganhando de um argentino – Jose Acasuso – na final do ATP de Buenos Aires e com todo o Buenos Aires Lawn Tennis Club aplaudindo de pé. Foi uma semana especial mesmo na capital argentina. Lembro que todos da equipe éramos parados para falar com fãs, jornalistas, organizadores, mostrando que o Guga havia ultrapassado qualquer barreira da rivalidade Brasil x Argentina. Lembro que o Raí apareceu pelo torneio também. Guga Buenos Aires

    Para Guga outro momento marcante foi chegar em Roland Garros como número um do mundo, cabeça-de-chave 1 e defender o título do Grand Slam. “Foi um marco na minha carreira.”

    Guga Roland Garros trophy

    As semanas continuavam vitoriosas. O meu trabalho não parava, nem mesmo na temporada de quadra rápida.

    Guga estava jogando o melhor tênis da carreira. Fez inúmeros jogos na América do Norte e como ele lembrou, fez o último grande jogo como número um no US Open, contra o Max Mirnyi, em uma partida que terminou de madrugada.

    Ele ainda tentou se manter na liderança, mas o quadril já começava a incomodar bastante e em Sidney, na Masters Cup, jogando no indoor, na terra de Lleyton Hewitt, em vez de ser no saibro, no Brasil, como estava previsto e não aconteceu por falta de local, o número um foi para o australiano.

    Veja abaixo as 43 semanas de história, com os resultados de Guga na temporada. É impressionante olhar para o calendário do ano todo e ver praticamente só número 1.

    Só lamento não ter mais fotos minhas em mãos para postar. Estava conversando com um jornalista hoje no evento, que também estava em Lisboa, que acho que estávamos realmente tão envolvidos com o trabalho que nem foto direito tiramos! Até tenho algumas fotos impressas, mas está duro de saber onde estão.. Pelo menos tem esta da comemoração da vitória sobre o Mirnyi no US Open.

    Guga US Open Max Mirnyi

     

    19.11.2001       2 3 derrotas na Masters Cup Sydney

    12.11.2001       1

    05.11.2001       1 3ª rodada Paris

    29.10.2001       1 Derrota estreia Basel

    22.10.2001       1 Derrota 2ª rodada Stuttgart indoor

    15.10.2001       1 Derrota estreia Lyon

    08.10.2001       1

    01.10.2001       1

    01.10.2001       1

    24.09.2001       1

    17.09.2001       1 Derrota estreia Brasil Open

    10.09.2001       1 Quadrifinalista US Open

    27.08.2001       1

    20.08.2001       1 Vice Indianápolis

    13.08.2001       1 Campeão Cincinnati

    06.08.2001       1 3ª rodada Montreal

    30.07.2001       1 Semifinalista Los Angeles

    23.07.2001       1 Campeão Stuttgart

    16.07.2001       1

    09.07.2001       1

    25.06.2001       1

    18.06.2001       1

    11.06.2001       1 Campeão Roland Garros

    28.05.2001       1

    21.05.2001       1 Derrota estreia Hamburgo

    14.05.2001       1 Vice-campeão Roma

    07.05.2001       1

    30.04.2001       1

    23.04.2001       1 Campeão Monte Carlo

    16.04.2001       2

    09.04.2001       2 Copa Davis Brasil x Austrália

    02.04.2001       2 3ª rodada Miami

    19.03.2001       1 3ª rodada Indian Wells

    12.03.2001       1

    05.03.2001       1 Campeão Acapulco

    26.02.2001       1 Campeão Buenos Aires

    19.02.2001       2

    12.02.2001       2 Copa Davis

    05.02.2001       1

    29.01.2001       2 Derrota 2ª rodada do Australian Open

    15.01.2001       2

    08.01.2001       2

    18.12.2001       1

    11.12.2001       1

    04.12.2001       1 Campeão Masters Cup

    27.11.2000       2

    20.11.2000       3 semifinalista do Masters 1000 de Paris

    Diana Gabanyi






    Guga emociona ao entrar com a tocha no Maracanã. Tenistas são destaque.

    Por admin - 06/08/2016 às 11:48

    O Brasil começou bem o primeiro dia da primeira olimpíada da América do Sul. A Cerimônia de Abertura encantou o mundo, encheu os olhos da nação de orgulho e ratificou a máxima de que ninguém sabe fazer uma festa como os brasileiros.

    Guga emociona ao entrar com a tocha no Maracanã. Tenistas são destaque.

    Teve Paulinho da Viola cantando o hino nacional, Caetano, Gil e Annita no palco, samba, Santos Dummont, a imigração, as diferenças, o desfile das nações, com diversos tenistas em destaque: Rafael Nadal, Andy Murray, Caroline Wozniacki e Gilles Muller de porta-bandeira e uma enormidade de astros do nosso esporte desfilando. Serena, Kerber, Del Potro, Fognini, os nossos brasileiros, todos curtiram a festa no Maracanã.

    Marcelo Melo e Bruno Soares na cerimônia de abertura

    No ápice da festa, Gustavo Kuerten voltou a emocionar não só o mundo do tênis, mas as bilhões de pessoas que assistiam o espetáculo na tv, ao entrar com a tocha no estádio, ser ovacionado, passá-la para Hortênsia que entregou para o heróis Vanderlei Cordeiro de Lima acender a pira.

    O tênis agradece mais uma vez a enormidade de Gustavo Kuerten e suas estrelas.

    Let the games begin.

    Diana Gabanyi






    Andy Murray reina supremo em Wimbledon

    Por admin - 10/07/2016 às 22:18

    Andy Murray conquistou neste domingo histórico para o Reino Unido, o seu segundo título de Wimbledon e o terceiro Grand Slam da carreira. Derrotou o canadense Milos Raonic por 6/4 7/6 7/6, para comemorar o triunfo diante do seu público.

    Andy Murray reina supremo em Wimbledon

    Depois de ficar com o vice-campeonato no Australian Open e em Roland Garros neste ano, perdendo para Novak Djokovic, o britânico não titubeou em momento algum na decisão contra o estreante em finais de Grand Slam, Raonic.

    O foco foi o principal fator destacado pelo técnico de Murray, Ivan Lendl, que em um raro momento se permitiu emocionar com a conquista do pupilo.

    Murray, que fez história novamente ao se tornar apenas o segundo britânico a vencer Wimbledon duas vezes, o outro é Fred Perry (134 a 1936), não conteu as lágrimas na Catedral do tênis. Diante do Príncipe William e de Kate Middleton, a Duquesa de Kent, da esposa Kim e da mãe Judy, da equipe, de estrelas de Hollywood, do Primeiro Ministro David Cameron e de uma nação em busca de um pouco de consolo após o resultado do Brexit, Murray afirmou que comemoraria essa disputa muito mais do que as outras. “Da primeira vez – 2013 – foi como tirar um peso das minhas costas, depois de tantos anos sem um britânico vencendo Wimbledon. Agora vou aproveitar muito mais.”

    Os três títulos de Grand Slam de Murray podem não parecer muitos em uma Era em que Federer tem 17, Nadal 14 e Djokovic 12, mas o tenista da Escócia tem outros 8 vice-campeonatos, sempre tendo perdido as decisões para um certo suíço ou sérvio. Por isso, este terceiro trofeu – o outro foi no US Open -, o segundo de Wimbledon, tem sabor de muito mais para Andy Murray. Ele fez por merecer.

    Diana Gabanyi

    foto de Cynthia Lum






    Wimbledon: Serena 22 vezes campeã de Grand Slam

    Por admin - 09/07/2016 às 12:19

    Serena Williams enfim chegou ao 22o. título de Grand Slam. Um ano atrás, ao conquistar o 21o, neste mesmo Wimbledon, começavam uma busca pelo GRAND SLAM, a conquista dos 4 maiores torneios do mundo no mesmo ano, feito conseguido pela última vez por Steffi Graf em 1998. Mas, Serena sucumbiu 1 jogo antes da final em Nova York. Perdeu para Roberta Vinci e admitiu ter ficado arrasada. “Eu estava tentando conseguir algo praticamente impossível, queria mostrar para todos que eu era capaz e inspirar muita gente.”

    Wimbledon: Serena 22 vezes campeã de Grand Slam

    Serena hibernou. Ficou o resto de 2015 sem jogar e voltou na Austrália. Foi vice em Melbourne e em Roland Garros. Chegou perto do 22, de igualar o recorde de Graf, duas vezes neste ano, mas ainda não estava pronta.

    Terminado Roland Garros, o técnico de Serena, Patrick Mouratoglou contou que sentiu que a tenista voltou a ser Serena, a número um do mundo. “Ela estava top 3 não número um”

    A comprovação veio na decisão deste sábado na Catedral do Tênis. Serena ganhou de uma consistente e inspirada Angelique Kerber por 7/5 6/3 e confesso: “Eu tive algumas chances, cheguei perto mas enfim agora tenho o 22o. Estou tão empolgada que não sei nem o que dizer.”

    É difícil mesmo conseguir expressar o que a conquista significa, especialmente se levarmos em conta que Serena conquistou o seu primeiro Grand Slam em 1999, há 17 anos.

    Esta é a segunda vez que Serena conquista o Serena Slam. A outra, inacreditavelmente foi há 12 anos, em 2003. “Nunca sonhei que ainda fosse estar aqui jogando e me divertindo,” admitiu Serena, 33 anos, a tenista mais velha a conquistar um título de Grand Slam de simples.
    Vamos relembrar todos os Grand Slams da americana.

    Wimbledon 2016: 22 vezes Serena

     

    2016 Wimbledon – Serena Williams d. Angelique Kerber 75 63
    2015 Wimbledon – Serena Williams d. Garbine Muguruza 6/4 6/4

    2015
 Roland Garros – Serena Williams d. Lucie Safarova 6/3 6/7 6/2

    2015
 Australian Open – Serena WIlliams d. Maria Sharapova 6/3 7/6

    2014 US Open – Serena Williams d. Caroline Wozniacki 6/3 6/3

    2013 – Roland Garros – Serena Williams d. Maria Sharapova 6/4 6/4
    US Open – Serena Williams d. Victoria Azarenka 7/5 6/7 6/1

    2012
    Wimbledon – Serena Williams d. Agnieszka Radwanska 6/1 5/7 6/2
    US Open – Serena Williams d. Victoria Azarenka 6/2 2/6 7/5

    2010 –
    Australian Open – Serena Williams d. Justine Henin 6/4 3/6 6/2
    Wimbledon – Serena Williams d.Vera Zvonareva 6/3 6/2

    2009
    Australian Open – Serena Williams d. Dinara Safina 6/0 6/3
    Wimbledon – Serena Williams d. Venus Williams 7/6 6/2

    2008

    US Open – Serena Williams d. Jelena Jankovic 6/2 7/5

    2007

    Australian Open – Serena Williams d. Maria Sharapova 6/1 6/2

    2005
    Australian Open – Serena Williams d. Lindsay Davenpor 2/6 6/3 6/0

    2003
    Australian Open – Serena Williams d.Venus Williams 7/6 3/6 6/4
    Wimbledon – Serena Williams d. Venus Williams 4/6 6/4 6/2
    2002
    Roland Garros – Serena Williams d. Venus Williams 7/5 6/3
    Wimbledon – Serena Williams d.Venus Williams 7/6 6/3
US Open –
    Serena Williams d. Venus Williams 6/4 6/3

    1999
    US Open – Serena Williams d. Martina Hingis 6/3 7/6

    Diana Gabanyi

    Foto De Cynthia Lum






    Steve Johnson: da USC para as 8as de Wimbledon

    Por admin - 03/07/2016 às 20:38

    John Isner é o maior expoente do tênis universitário americano, em atividade. Foi à universidade, chegou ao top 10 e se mantém no top 20. Mas, agora outro tenista que optou pelo tênis universitário americano, começa a chamar a atenção: Steve Johnson.

    Steve Johnson: da USC para a 2a. semana de Wimbledon

    Campeão de 2 títulos de simples pela NCAA e também parte fundamental do time que levou a USC (University of Southern California) a quatro trofeus da entidade, Steve Johnson está pela primeira vez nas oitavas-de-final de Wimbledon.

    Depois de conquistar o primeiro título na ATP, na semana passada em Nottingham, ele derrotou Grigor Dimitrov na 3a. rodada e enfrenta Roger Federer.

    Aos 26 anos e apenas desde 2012 jogando uma temporada inteira no circuito profissional, o americano vem subindo de ranking ano a ano e diz que não teria maturidade para encarar a ATP, quando optou pelo tênis universitário.

    Em entrevista ao Tennis Recruiting, Johnson revelou que não teria feito outra opção, mesmo estabelecido no top 30 na ATP atualmente. “Eu não era maduro o suficiente, não estava pronto para o estilo de vida de um tenista profissional. Eu era um juvenil acima da média, mas não estava ganhando todos os títulos. Claro que todo mundo sonha em ser jogador profissional, mas eu não estava pronto.”

    O tenista revelou também, que já sentiu a diferença do juvenil no tênis universitário mesmo. “Foi quase um choque quando começamos a trabalhar duro na universidade, com longas horas na quadra e no físico.”

    Companheiro de treinos de Sam Querrey, o que mais Johnson sente falta no circuito é do espírito de equipe e de ter 10, 15 tenistas treinando juntos, diariamente.

    A Tennis View apoia e incentiva o tênis universitário e tem como parceiras a Fundação Lemann e o Daquiprafora, que ajuda, te prepara e te leva a jogar tênis nas universidades dos EUA.

    Diana Gabanyi






    Wimbledon, tudo acontece em SW19

    Por admin - 26/06/2016 às 23:11

    Durante as próximas duas semanas, nos acostumaremos a ver um código, o SW19. Especialmente para quem estiver pela Inglaterra, ou lendo e vendo o noticiário internacional esse CEP se tornará ainda mais comum. É o CEP do bairro onde está localizado Wimbledon, nos subúrbios de Londres.

    Lembro que a primeira vez que fui a Wimbledon, em 1997, e vi a placa com SW19, em uma rua, mostrando que era o CEP, falei, ah, finalmente entendi. Da mesma maneira que o 90210 ficou conhecido como o nome do seriado Barrados no Baile, sendo o CEP de Beverly Hills, o SW19 é conhecido também para denominar Wimbledon.

    É comum ver o CEP em títulos de matérias jornalísticas e mencionados cada vez que se fala de Wimbledon.

    Para chegar do centro de Londres até SW19, a melhor maneira é mesmo o metrô, evitando o trânsito e as altas tarifas do taxi preto londrina – pode demorar até uma hora – pegando a District Line até a Wimbledon Station e depois caminhando uns 10 minutos até o All England Lawn Tennis & Crocquet Club e vendo nas placas das ruas o SW19. 

    Desta segunda até o domingo dia 10, é neste zip code que se concentrarão os maiores tenistas da atualidade (lamentamos a ausência do lesionado Nadal).

    É em SW19 que os tenistas alugam casas – há apenas um hotel pequeno e nada luxuoso na região – , para evitar o trânsito entre os hoteis do centro londrino e o Grand Slam, e é lá que vivem durante três semanas (na semana anterior ao torneio eles já estão hospedados). Durante este período eles frequentam os restaurants de Wimbleodn Village, os supermercados e as lojas locais.

    É deste cep que sairão os campeões do mais prestigioso torneio de tênis do mundo, o de Wimbledon.

    Diana Gabanyi






    Memórias do tricampeonato de Guga em Roland Garros

    Por admin - 10/06/2016 às 16:11

    Estava tentando, sem ajuda de computador e papéis a lembrar tudo o que havia se passado naquelas três semanas em Paris. Sim três semanas, porque o Guga chegava sempre uns 5, 6 dias antes do torneio começar para treinar.

    Confesso que minha memória já foi melhor. Claro que lembro da estreia contra o Coria e de toda a expectativa gerada em torno desse jogo, dos jornalistas argentinos falando “cuidado com o Coria, ele pode ganhar do Guga.” Claro que Guga não deu muitas chances ao argentino…

    Lembro muito bem do jogo contra o Michael Russell e da sensação que eu senti estando ao lado do Larri e do Rafael assistindo o jogo, quase perdido, num dia de muito frio em Paris e vendo tudo se transformar quando ele salvou o match point. Lembro do meu amigo jornalista Fernando Eichenberg me perguntando após a partida se eu tinha ideia de quantas trocas de bola aquele match point teve? Não tinha ideia na hora, mas nunca me esqueci. Foram 28.  É claro na minha mente a alegria do Guga depois daquela vitória e a emoção dele ao vencer o jogo. Ainda lembro da expressão do Larri olhando pra mim e dizendo, quando ele começou a desenhar o coração na quadra naquele dia: “O que ele está fazendo?” Estava demonstrando todo o seu amor ao torneio, ao público francês, à quadra central e agradecendo a sensação que havia passado naquele momento, algo que ele diz até hoje nunca ter sido superado.

    Depois vieram as vitórias sobre o Kafelnikov e o Ferrero, bem mais tranquilas do que as do ano 2000. Havia muita especulação também em cima do Ferrero. Ele havia vencido o Guga na final de Roma e praticamente estava cantando vitória, fazendo aparições para a imprensa com passeio no Senna, photoshoots, etc… Falou, falou, falou, mas quem arrasou foi Guga que o derrotou em três sets.

    A final, depois de um primeiro set complicado, foi uma curtição. Quando começou a disputar o terceiro set Guga já sentia que ia ganhar o tricampeonato e foi curtindo com a torcida, com todo mundo aquele momento e claro, todos nós também.

    Depois de tentar lembrar de todos esses momentos – a festa depois no Terra Samba e as fotos no dia seguinte no Sacre Couer – fui procurar meus arquivos de press releases que eu havia escrito naquele Roland Garros e fiquei emocionada lendo o material e relembrando que foi naquele ano que Kafelnikov apelidou Guga de o Picasso das quadras; foi naquele ano também que Guga ganhou o trofeu da ITF de melhor do mundo e em vez de ficar na festa de Gala no Bois de Boulogne, fomos jantar churrasco brasileiro; Encontrei menções também às presenças de Leonardo e Rodrigo Pessoa torcendo por Guga e do vice-campeonato de Jaime Oncins nas duplas mistas em Paris.

    Ah, não esqueço que de tanto trabalho nem tive tempo para me trocar antes de irmos pra festa… Fui das últimas a deixar Roland Garros naquele domingo de 2001, sempre contando com a companhia do amigo e que esteve ao meu lado durante quase toda a carreira do Guga, Paulo Carvalho. 

    Vou reproduzir aqui alguns dos textos que achei mais bacanas que escrevi naquele Roland Garros 2001.

    GUGA SALVA MATCH POINT E ESTÁ

    NAS QUARTAS-DE-FINAL DE ROLAND GARROS

    Brasileiro teve a vitória do coração.

    Gustavo “Guga” Kuerten está nas quartas-de-final de Roland Garros. Com uma vitória emocionante, à base de muita luta, Guga virou um jogo praticamente perdido e venceu o norte-americano Michael Russell, por 3 sets a 2, parciais de 3/6 4/6 7/6 (3) 6/3 6/1, em um espetáculo de 3h25min de duração, na quadra central de Roland Garros, que terminou com o brasileiro ajoelhado no meio de um coração, que ele mesmo desenhou. Na terça-feira, em horário ainda indefinido, Guga enfrenta o russo Yevgeny Kafelnikov, em busca de uma vaga na semifinal do Grand Slam.

    Atual campeão do torneio, Guga acordou cedo neste domingo para enfrentar o norte-americano. Quando a partida começou o termômetro marcava 11o.C na quadra Philippe Chatrier e o vento fazia a temperatura parecer ainda mais fria. Guga saiu sacando, mas perdeu o seu serviço no terceiro e no quinto game, deixando Russell fazer 5/1. No 5/2, Guga devolveu uma quebra, mas não foi suficiente para reverter a situação do set e no game seguinte, no saque de Guga, com uma direita paralela, Russell fez um set a zero.

    No segundo set, a partida seguiu equilibrada até o 3/4, quando Guga perdeu o seu saque. No game seguinte, o catarinense devolveu a quebra, mas no 4/5 não conseguiu manter o seu serviço novamente e com outra bola paralela, desta vez de esquerda, Russell fez 2 sets a 0.

    Na terceira série, o norte-americano que veio do qualifying, parecia estar ainda mais no jogo, continuando a jogar bolas na linha e a estragar qualquer tipo de jogada que Guga tentava fazer. No 2/3 ele quebrou o serviço do número um do mundo e fez 2/4. Em seguida, sacou e fez 2/5 e no 3/5 sacou para ganhar a partida e esteve bem perto disso. Guga teve dois break points, não converteu e Russell chegou ao match point. Depois de um ponto muito disputado, com uma bola na linha, Guga escapou de deixar a quadra e aí sim conseguiu quebrar o saque do norte-americano e levar a decisão do set para o tie-break. Confiante depois de haver vencido um set no tie-break no jogo contra Alami, Guga não deixou dúvidas de que não queria entrar no avião e voltar para o Brasil. Entrou firme na hora do desempate e com uma devolução de saque para fora de Russell, fechou a série, com 7/3 no tie-break.

    Um pouco mais aliviado no quarto set e jogando mais solto, Guga ficou adiante no placar do jogo pela primeira vez ao quebrar o serviço de Russell no segundo game e só precisou manter o seu saque para empatar o jogo em dois sets. Com um ace Guga fechou a série e entrou no quinto set, em que conseguiu três quebras de saque para vencer a partida, no primeiro, quinto e último game. No 5/1, no segundo match point, Guga cravou um smash na quadra e celebrou uma das maiores vitórias de sua carreira.

    Emocionado, Guga desenhou um coração na quadra de saibro com a sua raquete, ajoelhou no meio dele e agradeceu a torcida que o apoiou durante toda a partida.

    “Eu sou muito emotivo e hoje tive uma das melhores sensações da minha vida em uma quadra de tênis. Foi muito especial e talvez um dos dias mais felizes que eu já tive,” disse Guga, que não planejava desenhar o coração na quadra. “Foi uma coisa do momento. Eu estava com uma sensação incrível que eu não tenho muitas vezes e foi a maneira que eu encontrei de agradecer ao público, que influenciou muito a minha vitória de hoje.”

    Sem nunca ter enfrentado Russell antes na carreira, Guga contou que encontrou dificuldades com o jogo do norte-americano no início do jogo. “Ele jogou o melhor tênis dele numa situação muito difícil. Eu nunca tinha jogado com ele e estava mais defensivo do que agressivo. Ele estava me frustrando e bloqueando todo o tipo de jogada que eu tentava fazer, até que chegou um momento em que eu fiquei mais tranquilo e saí de uma zona de segurança para uma de risco e as bolas na linha, a esquerda paralela, o saque, tudo começou a funcionar. Saí do fundo do poço para o paraíso. Na hora que estava tudo praticamente perdido, terminado a bola pegou na linha, entrou e quando o jogo terminou me senti o homem mais feliz do mundo por alguns minutos. Ganhei uma recompensa por todo o trabalho que eu venho fazendo. Muita gente me viu treinando aqui às 20h durante alguns dias e essas coisas de repente fazem a diferença e me fizeram acreditar que eu poderia ganhar.”

    Feliz com a vitória, antes de iniciar as entrevistas para as televisões internacionais, Guga brincou, querendo saber se ninguem havia tido um ataque do coração no Brasil, por causa do seu jogo. “Em poucos segundos me tiraram e me colocaram de novo no torneio e agora estou aqui, nas quartas-de-final, em vez de estar arrumando as malas para entrar no avião. Já não tenho mais nada a perder e provavelmente vou jogara bem mais solto daqui pra frente.”

    Esta é a quarta vez que Guga alcança as quartas-de-final em Roland Garros e a segunda consecutiva, tendo sido campeão em 1997, 2000 e quadrifinalista há dois anos. Com 11 vitórias seguidas no Grand Slam francês, Guga (Banco do Brasil/Diadora/Head/Globo.com/Motorola) voltará a competir na terça-feira, enfrentando um velho rival, campeão do torneio em 96, o russo Yevgeny Kafelnikov (7o. colocado no ranking mundial e 8o. na corrida dos campeões), de quem ganhou nas duas vezes em que ergueu o troféu de campeão em Paris, também nas quartas-de-final. “Já vou entrar na quadra com essa vantagem,” brincou ele, que no total, já enfrentou Kafelnikov oito vezes, vencendo cinco, inclusive a última, no Masters Cup de Lisboa.

    Tenista número um do mundo e terceiro colocado na Corrida dos Campeões, Guga já garantiu 250 pontos no ranking mundial e outros 50 na Corrida. Se passar por Kafelnikov fica com 450 e 90, respectivamente.

    TORCIDA ESPECIAL

    Além do apoio da torcida francesa, do irmão Rafael, do técnico Larri Passos, Guga contou com uma força a mais neste domingo em Roland Garros. O cavaleiro Rodrigo Pessoa e o jogador de futebol Leonardo estavam acompanhando a partida do número um do mundo na Tribuna Internacional, ao lado também do cantor e compositor Marcelo.

    Conhecido de Guga, Pessoa veio esta manhã de Bruxelas para prestigiar o catarinense e antes do jogo começar conversou bastante com Rafael.

    Já Leonardo, conseguiu um convite com amigos e encontrou Guga depois do jogo. Os dois almoçaram juntos no restaurante dos jogadores, que fica embaixo da quadra Philippe Chatrier.

    GUGA X KAFELNIKOV – Confrontos Diretos

    1996 ATP Tour de Stuttgart / saibro Kafelnikov d. Guga 6/1 6/4

    1997 Roland Garros / saibro Guga d. Kafelnikov 6/2 5/7 2/6 6/0 6/4

    1998 New Haven / rápida Kafelnikov d. Guga 6/4 6/4

    1999 Masters Series Indian Wells / rápida Guga d. Kafelnikov 0/6 7/6 6/3

    1999 Masters Series Roma / saibro Guga d. Kafelnikov 7/5 6/1

    2000 Roland Garros / saibro Guga d. Kafelnikov 6/3 3/6 4/6 6/4 6/2

    2000 Olimpíadas Sydney / rápida – Kafelnikov d. Guga 6/4 7/5

    GUGA VENCE KAFELNIKOV E ESTÁ NA SEMIFINAL DE ROLAND GARROS

    Gustavo “Guga” Kuerten está na semifinal do torneio de Roland Garros, um dos eventos mais importantes do circuito mundial. Nesta terça-feira, com uma atuação impecável, ele derrotou o russo Yevgeny Kafelnikov, por 3 sets a 1, parciais de 6/1 3/6 7/6 (3) 6/4, em 2h32min de jogo e decide, na sexta-feira, pela terceira vez na carreira, uma vaga na final do torneio. O adversário é o espanhol Juan Carlos Ferrero.

    Depois de ter ganhado uma nova vida no torneio, ao salvar um match point na partida de oitavas-de-final contra Michael Russell, Guga entrou solto na quadra Philippe Chatrier e com o objetivo de surpreender Kafelnikov, campeão de Roland Garros em 1996. E foram necessários apenas 18 minutos para Guga mostrar isso ao russo, 7o. colocado no ranking mundial. Nesse tempo, Guga fechou o 1º set, com duas quebras de serviço no 2/1 e no 4/1 e só perdendo três pontos no seu saque no set inteiro.

    No 2ºset, foi a vez de Kafelnikov tomar conta da partida e ele e Guga começaram a protagonizar um belíssimo espetáculo de tênis em Roland Garros. No 1/2 ele conseguiu uma quebra de saque e manteve o seu serviço para fechar o set em 6/3, com um ace. No 3º set, o russo chegou a estar bem perto de sacar para a série, quando no 4/4, Guga sacava com 0/40. Guga se salvou desses três break points e de outros dois no mesmo game e conseguiu levar a decisão para o tie-break, em que entrou concentrado, jogando ponto por ponto e venceu por 7/3.

    No 4º set, Guga saiu na frente e abriu 3/0 com duas quebras de serviço do adversário. Mas, Kafelnikov não quis se entregar e ainda conseguiu quebrar o saque de Guga mais uma vez, no 3/0. Mas foi só o que Guga deixou o russo fazer, além dos aplausos que recebeu do próprio adversário, ao dar uma passada de esquerda paralela espetacular. No 4/3 salvou dois break points para sacar para a vitória no 5/4 e celebrar a passagem à semifinal com uma bola de Kafelnikov que ficou na rede.

    “Quando a minha primeira bola entrou em jogo eu já estava sentindo-a bem melhor na minha raquete, do que no jogo contra o Russell. Eu sabia que tinha que começar bem no jogo, até para surpreendê-lo um pouco e mostrar que eu estava sólido. Ele esperava que eu jogasse mais cruzado e eu estava indo mais para a parelala e arrisacando mais do que o normal. No Masters, em Lisboa, joguei assim com ele e deu certo,” contou Guga, muito feliz por estar, pela terceira vez, na semifinal de um Grand Slam e especialmente em Roland Garros, seu torneio favorito.

    “Tenho agora que desfrutar um pouco disso. Passei por uma maratona antes desses jogos e não é todo dia que você está na semifinal de um Grand Slam. Tive as melhores sensações da minha vida no tênis nesta quadra central de Roland Garros e vou lutar muito para estar pela terceira vez na final,” comemorou o número um do mundo, que em nove confrontos venceu Kafelnikov seis vezes, incluindo a vitória desta terça-feira e outras duas nas quartas-de-final deste mesmo torneio, nos anos em que foi campeão, 1997 e 2000.

    “Já estão dizendo que o Kafelnikov é o meu amuleto e tomara que seja mesmo, mas não é isso que vai me fazer ganhar o torneio. Os jogos contra o Kafelnikov são sempre como jogos de xadrez, em que um ponto pode mudar tudo e você tem que estar focado, no jogo o tempo todo. Agora me vejo com boas chances de ganhar outra vez, mas vou ter que estar muito forte mentalmente”, concluiu Guga, que foi chamado por Kafelnikov de um Picasso das quadras, pelas mágicas que faz com sua esquerda. “Ele falou isso porque nunca me viu desenhando. Talvez eu possa fazer mágica na quadra, mas quando pego o papel sou como um jogador do qualifying.”

    O técnico Larri Passos, que está com Guga há 11 anos, se emocionou tanto quanto o seu pupilo ao vê-lo alcançar a semifinal de Roland Garros pela terceira vez e, com lágrimas nos olhos, disse que uma das principais coisas que Guga continua fazendo é o trabalho duro. “Hoje, antes do jogo nós aquecemos por 45 minutos e isso é fundamental. O Guga é número um do mundo e continua dando duro. Ele jogou um 1ºset incrível contra o Kafelnikov e o principal nos próximos dois dias vai ser trabalhar duro e fazer a recuperação física também.” O técnico também aproveitou para explicar que não tem falado muito com a imprensa porque “aprendi com os chineses, que os sábios não falam e eu porque não sou sábio e tenho que aprender a cada dia, me calo.”

    GUGA VENCE FERRERO E ESTÁ NA FINAL DE ROLAND GARROS

    Brasileiro ganhou por 3 a 0 e lutará pelo terceiro título em Paris

    Gustavo “Guga” Kuerten está na final do torneio de Roland Garros. Nesta sexta-feira em Paris, com uma atuação perfeita do começo ao fim, Guga não deu chances ao espanhol Juan Carlos Ferrero, 4o. colocado no ranking mundial, e venceu, sem perder um set, por 6/4 6/4 6/3, em 2h10min de um show de tênis na quadra Philippe Chatrier. No domingo, a partir das 09h15min (Brasília), ele luta pelo tricampeonato com o espanhol Alex Corretja.

    Melhor jogador de saibro da temporada, Guga, como ele mesmo afirmou, “jogou perto da perfeição” seguindo um plano de jogo e estando forte mentalmente em todos os momentos da partida, inclusive naqueles em que a situação não lhe era tão favorável. Logo no primeiro game o brasileiro teve três break points contra e conseguiu reverter a situação. No 3/3, teve seu serviço quebrado, mas não deixou Ferrero tomar a dianteira no jogo, devolvendo a quebra em seguida, quebrando novamente o serviço do “Mosquito,” no 5/4 e fechando a série com um winner de esquerda cruzada.

    No segundo set, Guga abriu 2/0, mas perdeu o seu saque no game seguinte. O jogo seguiu igual até o 5/4, quando novamente o brasileiro quebrou o saque de Ferrero, com uma esquerda do adversário na rede e fez 2 sets a 0. No terceiro set, mantendo o mesmo ritmo forte do início do jogo, Guga continuou sem dar chances ao espanhol, mesmo quando este tinha algum break point a favor. Guga se superava e, com jogadas fantásticas, não deixava o espanhol respirar por muitos segundos e no 4/3 a quebra apareceu, deixando o brasileiro tranquilo para sacar para vitória no game seguinte. No segundo match point, com uma bola para fora de Ferrero, Guga pulou, ergueu os braços para cima e comemorou a sua terceira passagem a uma final de Roland Garros, tendo sido campeão em 1997 e 2000.

    “Joguei perto da perfeição, me movimentando bem e com as minhas táticas de jogo bem claras, do início ao fim da partida,” disse Guga. “Eu sabia que não podia deixá-lo controlar o jogo e nem mesmo respirar muito. Tentei surpreendê-lo com jogadas fundas e usando a experiência que adquiri nos últimos dois anos e de já ter sido campeão aqui duas vezes. Estava super à vontade na quadra e quando estou sentindo bem a bola na raquete e jogando o meu melhor tênis é difícil alguém ganhar de mim.”

    De tão bem que Guga vem jogando ele foi comparado a Picasso pelo russo Yevgeny Kafelnikov, há três dias, e o número um do mundo contou que tentou acreditar no russo. “Eu tentei acreditar nas palavras dele, de que eu sou um Picasso na quadra. Agora quem sabe possa pegar alguma coisa do Van Gogh e tentar desenhar o meu jogo ainda melhor, porque eu não poderia querer jogar mais do que eu joguei hoje. Foi um dia muito feliz para mim e um prêmio pelo que eu passei aqui essa semana, nos jogos e nos treinos. Foram horas na quadra tentando dar um passo adiante e foi na parte mental, com a minha cabeça positiva que eu me superei,” comemorou Guga, sem esquecer do jogo contra o norte-americano Michael Russell, nas oitavas-de-final, em que salvou um match point. “O Guga que está hoje em quadra é um Guga diferente do que o de antes do match point contra o Russell. Como eu já disse, me tiraram do torneio e me colocaram de volta e agora não tenho mais nada a perder. Fui um abençoado naquele dia.”

    E é assim, tranquilo e curtindo cada momento, que Guga pretende disputar a sua terceira final em Paris e a quinta da temporada, tendo conquistado três títulos, em Buenos Aires, Acapulco e Monte Carlo. “Nem nos meus sonhos mais mirabolantes eu poderia imaginar que eu estaria disputando a minha terceira final em Roland Garros. Vou entrar em quadra me sentindo um cara de muita sorte e disposto a lutar por todos os pontos.”

    Nas duas outras finais que jogou em Roland Garros, Guga venceu, respectivamente, o espanhol Sergi Bruguera e o sueco Magnus Norman.

    A partida final, será a 29a. em Roland Garros, sendo que destas 29 ele está invicto a 13. “Roland Garros para mim é um lugar muito especial. Toda vez que venho para cá, até mesmo para treinar, sinto uma coisa a mais, uma energia especial.”

    Neste sábado, Guga (Banco do Brasil/ Diadora/ Head/ Globo.com/ Motorola) deve manter a mesma rotina com o técnico Larri Passos. Acordar por volta das 11h, fazer trabalho físico e, no final da tarde, uma hora de treinos na quadra. A esses treinos, Larri credita a passagem de Guga à final. “Foi a vitória do trabalho. Ontem à noite eu assisti uma reportagem sobre o Maurice Green e ele respondeu uma pergunta sobre qual era o segredo do sucesso dele e a resposta foi o trabalho que eu faço com o meu técnico. Eu e o Guga trabalhamos duro nesses últimos dias e eu mostrei o ombro pra ele no final do jogo, porque treinei forte com ele na quadra, fiz muita força e deu certo.”

    Com 700 pontos já garantidos no ranking mundial e outros 140 na Corrida dos Campeões, Guga pode ficar com 1000 e 200, respectivamente, se passar pelo espanhol Alex Corretja, 13o. colocado no ranking mundial e 32o. na Corrida. Os dois já se enfrentaram seis vezes, todas elas no saibro, com quatro vitórias para Guga, incluindo a última, nas quartas-de-final do Masters Series de Roma.

    GUGA FAZ FESTA BRASILEIRA EM PARIS

    Depois de conquistar o tricampeonato de Roland Garros, no domingo à tarde, em Paris, derrotando o espanhol Alex Corretja, por 3 sets a 1, parciais de 6/7 (3) 7/5 6/2 6/0, em 3h12min de jogo, Guga comemorou como queria.

    Curtiu o terceiro triunfo, se igualando a Mats Wilander, Ivan Lendl e Bjorn Borg, na quadra, festejando bastante com a torcida, desenhando um novo coração, deitando nele, vestindo uma camiseta com os dizeres Je táime Roland Garros e posando para fotos com a bandeira brasileira.

    Depois de passar por uma maratona de entrevistas para jornalistas do mundo inteiro e de falar ao vivo com a France 2 /3, canal de televisão responsável pela transmissão do torneio na França, Guga voltou ao hotel onde está hospedado, próximo a Roland Garros, trocou de roupa e partiu para a região da Bastilha.

    Lá, no restaurante brasileiro, Terra Samba, ele comemorou com a família, com o técnico Larri Passos, os membros de sua equipe e os amigos que o acompanharam na campanha rumo ao tri, o título que mais saboreou na quadra central de Roland Garros.

    No restaurante, Guga comeu churrasco, arroz, feijão, cantou e dançou ao som do músico Marcelo.

    Também estava presente no Terra Samba o vice-campeão de duplas mista, Jaime Oncins, que ficou em Paris para assistir ao companheiro de equipe de Copa Davis jogar a final do torneio mais charmoso de tênis do mundo.

    Bem ao seu estilo, Guga estava completamente à vontade, entre a mãe Alice, o irmão Rafael, o técnico Larri, sua equipe e os amigos.

    Fotos da nossa fotógrafa e grande amiga Cynthia Lum






    Djokovic e um domingo histórico em Roland Garros

    Por admin - 05/06/2016 às 17:45

    A conquista de Roland Garros era quase uma obssessão para Novak Djokovic. Era tão obssessiva que parecia uma necessidade de conquistar um recorde, mais do que um amor por Roland Garros. Neste domingo, 05 de junho de 2016, Djokovic sentiu a conexão especial com o público em Paris. No final do jogo contra Andy Murray, mesmo estando nervoso para fechar a partida, era como se nada fosse detê-lo. Uma rara sensação de invencibilidade, em um ambiente tão especial quanto a quadra central de Roland Garros.

    Djokovic e um domingo histórico em Roland Garros

    Um domingo que entrou para a história, em que todos nós assistimos um feito que aconteceu pela última vez há mais de 50 anos, em 1969, com Rod Laver. Pode demorar mais 50 para acontecer de novo: um jogador ganhar os quatro torneios do Grand Slam seguido.

    Djokovic, que derrotou Andy Murray na final, por 3 sets a 1, havia vencido na sequência, Wimbledon, depois de ter perdido a final em Paris no ano passado para Stan Wawrinka, o US Open e o Australian Open.

    Derrotado por Murray na final deste domingo e em janeiro também em Melbourne, o próprio Murray lembrou a todos de que “estamos assistindo algo raríssimo no tênis e que quem viu o jogo de hoje teve muita sorte.”

    Mais emotivo do que muitos dos jogadores de sua geração, o sérvio Djokovic sentiu uma conexão com o público francês, que talvez só Gustavo Kuerten tenha sentido em um passado recente. Foi tão forte a emoção, que Djoko desenhou o coração em quadra, o mesmo coração que Guga desenhara 15 anos atrás.

    Há 25 anos nenhum jogador havia ganhado o Australian Open e Roland Garros no mesmo ano. Agora Djokovic tem a oportunidade de ganhar o Grand Slam na temporada e ainda o ouro olímpico, no que seria o Golden Slam.

    Se havia dúvida de que ele pertencia ao hall dos melhores de todos os tempos, este histórico domingo acabou com todas elas. Djokovic, agora com 12 trofeus de Slam, já não é mais um dos melhores jogadores de saibro de todos os tempos a nunca ter vencido Roland Garros e agora é apenas um de 8 jogadores a ter completado o Grand Slam, que inclui Federer, Nadal, Agassi, Laver, Budge, Emerson e Ferry.

    Diana Gabanyi

    foto de Cynthia Lum






    Serena arrasa e 4as de Roland Garros estão definidas

    Por admin - 01/06/2016 às 10:18

    Depois de dois dias de chuva e um “mal-estar” em Roland Garros, do público, fãs e imprensa nada satisfeitos com o teto retrátil e os planos de expansão que nunca saíram do lugar, enfim o tênis voltou a ser jogado em Paris. E a atual campeã, Serena Williams não perdeu tempo. Garantiu logo sua vaga nas quartas de final, arrasando Elena Svitolina, a “protegee” de Justine Henin, por duplo 6/1, para encarar a surpresa russa Yulia Putintseva.

    Serena arrasa e 4as de Roland Garros estão definidas

    ” Ela tem fome de vitória,” disse Serena, sobre a sua próxima adversária, mas sem se preocupar com o fato de ter que jogar vários dias seguidos. “Estamos acostumadas.”

    A jovem, que chegou a ser treinada por Martina Hingis em um breve período, eliminou, surpreendentemente, a espanhola Carla Suarez Navarro por duplo 7/5.

    Mas, ainda resta uma espanhola na competição, em um dos poucos jogos que havia sido definido antes dos céus de Paris se tornarem completamente cinza. Garbine Muguruza que encarará outra surpresa, a norte-americana Shelby Rogers.

    Desconhecida do grande público, quem também surpreendeu nesta 4a. em Roland Garros foi a a holandesa Kiki Bertens. Ela ganhou de Madison Keys, por 7/6 6/3 e enfrentará a suíça Timea Bacsinzsky, que brilha de novo em Paris e não deu muitas chances a Venus Williams, ganhando por 6/2 6/4.

    A última vaga na semifinal será definida entre a vice-campeã de 2009, Samantha Stosur e búlgara Tsvetana Pironkova. Ambas tiveram jogos controversos na 3a. feira, ganhando respectivamente das favoritas Agnieszka Radwanska e Simona Halep, que reclamaram de estarem jogando debaixo de chuva, como se estivessem em um torneio da série Future.

    ” Os resultados não mostram, mas eu estava me sentindo muito bem, vendo que estava jogando em um nível alto. Aqui tudo começou a dar certo,” analisou Pironkova, 102a colocada no ranking mundial.

    Diana Gabanyi

    Foto de Cynthia Lum






    Chuva: Roland Garros cancela toda rodada pela 1a. vez desde o ano 2000

    Por admin - 30/05/2016 às 12:11

    A segunda-feira que prometia muito tênis em Paris, com a definição de todos os classificados para as quartas-de-final do segundo Grand Slam do ano, não aconteceu.

    Chuva cancela rodada em Roland Garros

    Uma forte e insistente chuva que cai em Paris obrigou os organizadores a cancelarem toda a rodada pela primeira vez desde o dia 30 de maio do ano 2000, exatamente 16 anos atrás.

    Devastado, o diretor do torneio Guy Forget, que assumiu o cargo este ano, disse que vai apressar as obras para a construção de um této retrátil. “Todos os Grand Slams se modernizaram. É inaceitável.”

    Sem jogos, todos os fãs que compraram ingressos oficiais via FFT ou operadoras do torneio, terão o dinheiro devolvido.

    Jogadores tiveram que “lutar” para conseguir treinar nas quadras cobertas do complexo de Roland Garros e os fãs que foram até Porte D’Auteil saíram no máximo com uma lembrancinha da loja do torneio.

    Televisões do mundo inteiro passam o dia todo reprises de jogos deste ano ou de edições anteriores.

    O tempo é imprevisível, mas para o tênis, não ter o mínimo de precaução nos tempos modernos de hoje, é uma perda sem tamanho.

    A programação, se a chuva deixar, recomeça, amanhã às 11h de Paris – www.rolandgarros.com/schedule

    Diana Gabanyi

    Foto de Cynthia Lum






    Gasquet surpreendentemente nas 4as de Roland Garros pela primeira vez

    Por admin - 29/05/2016 às 20:51

    Treze anos se passaram para que Richard Gasquet finalmente alcançasse um resultado empolgante em Roland Garros. Neste domingo cinza, frio e com chuva intermitente, o ex-futuro prodígio francês venceu o japonês Kei Nishikori por 6/4 6/2 4/6 6/2, para alcançar, pela primeira vez as quartas em Paris.

    Gasquet surpreendentemente nas 4as de Paris pela 1a. vez

    Difícil de acreditar que desde que começou a se destacar quando ainda era criança na Franca, foi capa da conceituada Tennis Magazine e no L’Equipe, é apenas a primeira vez que ele chega às quartas no “seu torneio.”

    Sem Monfils, que se lesionou antes do torneio começar e Tsonga, que teve que desistir com lesão no adutor, ontem, quando vencia Ernest Gulbis, Gasquet enfim brilhou diante da sua torcida. “Saí motivado para enfrentar um dos maiores jogadores do mundo, no maior palco do mundo para um tenista francês. Por isso eu queria tanto ganhar esse jogo,” disse Gasquet, treinado pelo bicampeão em Paris, Sergi Bruguera.

    Único francês ainda vivo no torneio, o tenista de 29 anos terá pela frente agora o britânico Andy Murray. Depois de um primeiro set disputadíssimo contra John Isner, Murray ganhou por 7/6 6/4 6/3.

    Nos outros jogos deste domingo de oitavas-de-final, o atual campeão Stan Wawrinka derrotou Victor Troicki por 7/6 6/7 6/3 6/2 e Albert Ramos Vinolas causou a maior surpresa do dia ao vencer o cabeça 8, o canadense Milos Raonic por 6/2 6/4 6/4. É a primeira vez que Ramos Vinolas passa da segunda rodada de um Grand Slam.

    Nesta segunda serão definidas todas as quartas de final de Roland Garros 2016. Novak Djokovic encara Roberto Bautista Agut; David Ferrer pega Tomas Berdych; Ernest Gulbis desafia David Goffin e Dominic Thiem enfrenta Marcel Granollers, que avançou com a desistência de Rafa Nadal.

    Diana Gabanyi






    Lesão no punho tira Nadal de Roland Garros

    Por admin - 27/05/2016 às 15:28

    Rafael Nadal treinou duro na pré-temporada. Jogou todos os torneios de saibro a que se propôs no seu calendário. Ganhou o Masters 1000 de Monte Carlo pela 9a. vez na carreira. Jogou bem em Madri e Roma. Arrasou nas duas primeiras rodada em Roland Garros. Teve a melhor atuação de todas na chave masculina. O sonho do 10o. título em Paris não era mais um sonho distante, como parecia no ano passado, ou até mesmo no início desta temporada. Era real.

    Lesão no punho tira Nadal de Roland Garros. Vamos começar a ficar nostálgicos.

    Mas, novamente Nadal foi traído por seu corpo. Nesta tarde de sexta-feira em Paris, se dirigiu à sala de entrevistas, onde nove vezes sentou e falou com os jornalistas exibiando a Coupe des Mousquetaires, com uma proteção no punho esquerdo, para anunciar que não poderia continuar competindo em Roland Garros.

    ” Ontem joguei com uma injeção no punho e com um anestésico. À noite a dor piorou muito. O médico disse que não poderia me dar essas injeções por mais cinco jogos e que corria o risco de agravar muito e eu ficar fora por muitos meses. Estou sentindo essa lesão há umas duas semanas, mas achei que daria para controlar,” disse um desiludido Nadal.

    O espanhol fez uma ressonância na manhã desta sexta, que detectaram que o punho não está quebrado, mas está altamente inflamado. “Se eu continuar jogando, pode quebrar nos próximos dias. Ontem arriscamos ao jogar com a anestesia e e injeção, mas não daria para fazer isso por mais 5 jogos.”

    Nadal deve ficar com o punho imobilizado por duas semanas e ainda não sabe se jogará o torneio de Wimbledon.

    Antes mesmo de terminar a terceira rodada, Roland Garros já perdeu suas duas maiores estrelas dos tempos atuais, Roger Federer, que foi a Paris mas nem chegou a jogar e agora Nadal.

    Novos tempos parecem estar chegando. Mas, será que os novatos Thiem, Zverev, Coric, e os mais experientes, Tsonga, Gulbis, Raonic, Isner, entre outros, conseguirão parar Djokovic. Ou será que Murray conseguirá chegar lá?

    Será que agora teremos que nos acostumar a ver cada vez menos Federer e Nadal pelas quadras? A realidade de um tênis sem os dois maiores astro da última década e meia começa a se aproximar?

    Alguns anos atrás dissemos que o tênis estava chato. Só ganhavam Federer ou Nadal. Agora que estamos mais pertos do fim do que do auge, já começamos a ficar nostálgicos.

    Diana Gabanyi

    Foto: Cynthia Lum






    Rio Open anuncia início de venda de ingressos e confirma a participação de John Isner para 2016

    Por admin - 04/12/2015 às 14:18

    Isner peqA terceira edição do Rio Open apresentado pela Claro – ATP World Tour 500 e do WTA Internacional – será realizada entre 15 e 21 de fevereiro, no Jockey Club Brasileiro, no Rio de Janeiro. O maior torneio de tênis da América do Sul, que teve lançamento oficial nesta 3a no Rio, já tem grandes nomes confirmados para a edição de 2016, como os espanhóis Rafael Nadal, primeiro campeão do Rio Open e um dos maiores ídolos do esporte, David Ferrer, atual campeão do torneio, o francês Jo-Wilfried Tsonga, 10º colocado no ranking mundial da ATP (Associação de Tenistas Profissionais) e um dos jogadores mais carismáticos do circuito, além do americano John Isner, 11º, vencedor do histórico jogo de Wimbledon, que teve duração de 11h05. Entre os brasileiros, Teliana Pereira, Thomaz Bellucci e Marcelo Melo são presenças garantidas no torneio, que terá premiação de US$1,3 milhão para o ATP e US$ 250 mil para o WTA. O Rio Open é organizado pela IMM, holding de negócios nos setores de esportes e entretenimento.

    “Estou super motivado para jogar no Rio no ano que vem. Estou no circuito há alguns anos e nunca tive a oportunidade de jogar torneios na América do Sul. Sempre tive uma curiosidade enorme sobre o Brasil. Ouvi falar muito bem do torneio, da localização, do Rio e das praias. Sou um super fã de esportes e a torcida brasileira apaixonante sempre me chamou muita atenção. Não vejo a hora de me encontrar com os fãs do Brasil,” antecipou John Isner.

    Uma das outras novidades da próxima edição do Rio Open apresentado pela Claro é que o evento terá novo horário para início das partidas. Os jogos, que nos anos anteriores começavam na parte da manhã, serão realizados a partir das 14h15. A IMM explica que a mudança na programação foi feita a fim de oferecer ao público e jogadores uma experiência melhor, levando-se em conta as altas temperaturas do verão carioca.

    “Com as partidas começando depois das 14h, evitamos que o público fique debaixo do sol forte, além de oferecermos aos atletas melhores condições de jogo. O evento foi um grande sucesso nos últimos dois anos, mas sempre analisamos pontos de melhoria e enxergamos que essa mudança traria uma experiência ainda melhor para todos.” diz Luiz Carvalho, diretor técnico do torneio.

    Cabe ressaltar que o Rio Open apresentado pela Claro é o único torneio na América do Sul a reunir simultaneamente uma etapa do ATP World Tour 500 e do WTA International, além de ser o primeiro ATP World Tour 500 da história do Brasil. O evento também marcou a estreia de uma etapa do circuito WTA no Rio de Janeiro e faz parte de um seleto grupo de treze torneios denominados ATP 500, sendo um dos mais importantes do calendário da ATP, o que o credencia como o maior evento esportivo anual da cidade, e um dos únicos torneios ATP 500 de saibro no mundo, junto com Barcelona e Hamburgo.

    “Espero começar 2016 com o pé direito. Jogar em casa pode atrapalhar alguns jogadores pois é uma pressão diferente, mas com o tempo você adquire experiência para lidar com estas emoções e ter a torcida a seu favor”, disse Thomaz Bellucci, que será um dos representantes do Brasil na disputa.

    João Souza, o Feijão, também comentou sobre jogar em casa:

    “Gosto de chamar a torcida. Isso me ajuda e me motiva muito. Jogar o Rio Open é sempre especial”.

    Rio Open conta com patrocínio máster da Claro, e patrocínio do Itaú, como banco oficial do torneio, Rolex, Correios, Peugeot, Emirates, e também com as empresas Ortobom, Tokio, Estácio, IRB, Pirelli, Stella Artois, Perrier, Nestea, Localiza, Shopping Leblon, Sextante e Granado. A Rede Windsor está confirmada como rede hoteleira oficial, a Asics será a responsável pelo material esportivo e a Head será a fornecedora da bola oficial do evento. A Breton irá fornecer móveis para o Corcovado Club e para o Players Lounge e Lídio Carraro – a vinícola boutique brasileira, oferecerá o espumante e vinho oficiais do torneio.

    O Rio Open apresentado pela Claro é Incentivado pela Lei Estadual de ICMS do Governo do Rio de Janeiro por meio da Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude

    O Rio Open apresentado pela Claro conta com transmissão de todos jogos da quadra central em HD pelo Canal SporTV, além de transmissão internacional para mais de 180 países pela IMG media.

    “Patrocinadora do torneio desde a sua primeira edição, a Claro solidifica sua parceria com o Rio Open, ao mesmo tempo em que reforça a sua crença no esporte como agente transformador da sociedade. Juntamente com as marcas NET e Embratel, a Claro faz parte da América Móvil Brasil, principal grupo de serviços convergentes do país, o que nos dá força para manter o nosso compromisso de apoiar o esporte, além de ser patrocinador oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016”, afirma Rodrigo Vidigal, diretor de Marketing da Claro.

    “É com muito orgulho que, em 2015, completamos 45 anos da relação com o tênis. Para o Itaú, é uma honra participar mais uma vez do Rio Open, o maior torneio da América do Sul. Será o nosso terceiro ano consecutivo, proporcionando o encontro dos apaixonados por tênis com seus grandes ídolos. Acima de tudo, apoiar o esporte é uma oportunidade de transformar o mundo das pessoas para melhor. O tênis, em especial. Um esporte individual, mas que estimula mudanças coletivas e promove a inclusão social ao ensinar valores fundamentais para formar cidadãos melhores. Acreditamos que o Rio Open contribui para essa transformação e, por isso, a nossa confiança no sucesso de mais uma edição”. Afirma Andrea Pinotti – Diretora de Marketing Institucional e Atacado do Itaú.

    “O Rio Open chegará à sua terceira edição em 2016. E a expectativa é a melhor possível. Trata-se de um ambicioso processo de construção de marca e tradição. Temos imenso orgulho de ver como o objetivo de incluir o Rio Open no seleto grupo dos principais torneios do mundo vai cumprindo sua trajetória ano a ano. A confirmação pode ser medida pelo interesse crescente do público, patrocinadores, imprensa e dos melhores tenistas do mundo na atualidade. 2016 será um ano especial com a realização da maior festa do esporte mundial do Rio de Janeiro. Seremos o centro das atenções de todo o mundo e vamos mostrar a nossa capacidade de promover eventos de primeira linha. Quando a tocha olímpica se apagar, o Rio Open vai carregar o legado de ser um dos maiores eventos esportivos contínuos do país, crescendo cada vez mais.” Declara Márcia Casz – COO de Esportes da IMM.

    O Rio Open apresentado pela Claro é Incentivado pela Lei Estadual de ICMS do Governo do Rio de Janeiro por meio da Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude.

    O Rio Open 2016 acontece logo após o carnaval, o que vai manter a cidade do Rio de Janeiro sob os olhos de milhares de pessoas ao redor do planeta. E o público que for ao Jockey Clube Brasileiro poderá apreciar outras coisas além dos jogos e treinos que acontecem nas nove quadras de saibro, sendo uma delas o estádio central, com capacidade para 6.200 pessoas. O evento terá uma área interativa, a Leblon Boulevard, com diversas atrações para os visitantes, como stands, lojas e praça de alimentação. Em 2015, torneio levou aproximadamente 55 mil pessoas para as arenas do evento. Foram 110 jogadores de 19 nacionalidades, 92 partidas, 350 jornalistas credenciados e transmissão para 182 países.

    HORÁRIOS DAS PARTIDAS

    A edição de 2016 do Rio Open apresentado pela Claro, terá, de segunda-feira a quinta-feira, duas sessões: Sessão 1 e Sessão Noite, enquanto de sexta-feira a domingo, o torneio terá Sessão única. A primeira sessão será composta pelo 1º jogo da Quadra Central e mais todos os jogos das quadras externas. A segunda sessão será formada pelos jogos que começam a partir de 17h da Quadra Central, além de todos os jogos da quadra externa. Vale ressaltar que qualquer ingresso dá acesso ao complexo que será montado no Jockey Club Brasileiro, sem limite de hora. Ou seja, se o espectador que tiver um ingresso da Sessão Noite poderá entrar às 14h15, horário que começam os jogos, e assistir aos duelos das quadras externas e aproveitar o Leblon Boulevard.

    VENDA DE INGRESSOS COMEÇA DIA 11/12 às 10h

    O Rio Open apresentado pela Claro terá ingressos à venda a partir do dia 11 de dezembro às 10h pelo site www.tudus.com.br. As vendas serão feitas apenas online e não haverá cobrança de taxa de conveniência e o pagamento poderá ser feito com cartões de crédito Visa, Mastercard, Elo e Hiper com parcelamento em até 4 vezes sem juros.

    PRÉ-VENDA

    Clientes Claro, NET e sócios do Jockey Club Brasileiro poderão comprar ingressos na Pré-Venda, que terá início dia 01 de dezembro às 12h e se encerrará às 23h59 do dia 10 de dezembro.

    CLARO e NET

    Clientes Claro e NET terão 20% de desconto (não cumulativo com meia-entrada) podendo comprar até 2 ingressos por sessão e o código será enviado pelas empresas para seus clientes através de SMS.

    www.tudus.com.br/rioopenclaro

    JCB

    Sócios do Jockey Club Brasileiro terão 20% de desconto (não cumulativo com meia-entrada) podendo comprar até 4 ingressos por sessão e o código para desconto é o CPF do titular.

    www.tudus.com.br/rioopensociojockey

    PACOTES DE HOSPITALIDADE

    A IMM irá comercializar pacotes de hospitalidade para o Rio Open 2016. Pacotes que incluem ingressos de Box com 6 assentos e uma vaga de estacionamento. Informações com Anna Drummond – anna.drummond@immbr.com

    SOBRE OS ATLETAS CONFIRMADOS

    RAFAEL NADAL – Nove vezes campeão de Roland Garros e número um do mundo por 141 semanas. Campeão da edição inaugural do Rio Open, em 2014, Nadal volta a jogar na capital carioca em busca do segundo título e de uma boa preparação rumo à 10a conquista em Roland Garros. Ele é atual 5o. colocado no ranking mundial. Maior campeão de Roland Garros da história, com nove títulos, tendo se tornado o único a ter vencido o mesmo Slam por nove vezes, Nadal tem também outros cinco títulos de Grand Slam, incluindo dois em Wimbledon e no US Open e um no Australian Open. Em 2010, ao vencer o US Open, se tornou o sétimo jogador da história a completar o Grand Slam, ou seja, ter vencido todos os quatro torneios da categoria. Com as 14 conquistas nesse tipo de torneio, Rafael Nadal é o 2º jogador na lista dos mais vitoriosos nos Grand Slams, empatado com Pete Sampras e atrás apenas de Roger Federer. Além desses títulos, o espanhol possui 27 conquistas em torneios Masters 1000 e uma medalha de ouro olímpica (em Pequim 2008). No total são 67 títulos de simples, sendo 47 no saibro. Caso vença o Rio Open, pode igualar o recorde de Guillermo Vilas de 49 títulos no saibro.

    JO-WILFRIED TSONGA – Tsonga é um dos líderes de uma geração de talentos franceses. Nascido em 17 de abril de 1985, em Le Mans, filho de um congolês, é conhecido também por sua aparência semelhante à de Muhammad Ali. Um dos jogadores mais carismáticos do circuito e um dos raros tenistas a ter conquistado torneios Masters 1000 em épocas de Nadal, Federer, Djokovic e Murray, o francês Jo-Wilfried Tsonga é o atual 10º colocado do ranking mundial. Em 2008, mesmo ano em que surpreendeu o mundo do tênis ao alcançar a final em Melbourne, Tsonga conquistou o seu primeiro título de Masters 1000 em Paris. O segundo foi conquistado no ano passado, no Canadá, vencendo Djokovic, Murray e Federer no caminho para o título. No total, o francês tem 11 títulos no circuito e outros 9 vice-campeonatos, incluindo a final do ATP World Tour Finals, em 2011. Tsonga já foi seis vezes semifinalista em Grand Slams. Recentemente alcançou as quartas-de-final do US Open e ganhou o ATP de Metz.

    DAVID FERRER – Atual 7⁰ colocado na ATP. Campeão da última edição do Rio Open, quando ganhou de Fabio Fognini na final por 6/2 6/3. Ferrer se emocionou com a conquista e jogará pelo bicampeonato na capital carioca. Ao lado de Roger Federer, é o tenista que mais troféus conquistou em 2015 (5), depois de Novak Djokovic. O espanhol conquistou no Rio Open o 23⁰ título da carreira e atualmente possui 26 campeonatos. Antes de ganhar no Jockey Club, logo na primeira semana da temporada, ele havia vencido o ATP 250 de Doha. Depois ganhou no Rio e venceu os ATPs 500 de Acapulco, Viena e outro 250, em Kuala Lumpur. Um dos jogadores mais guerreiros e versáteis do circuito, com resultados expressivos nos mais diferentes pisos, Ferrer já chegou a ser o 3⁰ colocado no ranking mundial, em 2013, ano em que foi vice-campeão de Roland Garros. Ele também já foi vice do ATP World Tour Finals em 2007 e ganhou o Masters 1000 de Paris em 2012. Quarto tenista em atividade com maior número de vitórias no circuito, Ferrer também está na lista dos jogadores com mais de 30 anos de idade (33) que continuam vencendo e se mantendo entre os melhores do mundo.

    JOHN ISNER – Um dos grandes sacadores do tênis e atual número 11 do mundo, o norte-americano John Isner entrou para o livro dos recordes em 2010, quando venceu o jogo mais longo da história contra o francês Nicolas Mahut, em Wimbledon. Os dois se enfrentaram por impressionantes 11 horas e cinco minutos, em partida disputada ao longo de três dias, com placar final de 6/4, 3/6, 6/7(9), 7/6(3) e 70/68 no quinto set. O duelo também deu a ele o recorde de aces em um único jogo: 112. A partida foi tão histórica que ganhou uma placa comemorativa na quadra 18 de Wimbledon, onde aconteceu. Devido à sua altura impressionante (2,08 metros), Isner também jogava basquete quando jovem, mas escolheu investir no tênis para conseguir uma bolsa de estudos na Universidade da Geórgia, onde se tornou ainda mais fanático por esportes. Isso fez com que o “gigante” entrasse mais tarde do que o comum no circuito profissional, apenas com 22 anos, após se formar em Comunicação Oral. Hoje também é membro do Conselho dos Jogadores da ATP.

    Isner sempre contou com um excelente saque (já fez 7.442 aces na carreira), mas sua poderosa direita e sua determinação também o levaram a 10 títulos na carreira e ao top 10 em 2009. O norte-americano chegou a decisões em dois Masters 1000: Indian Wells (2012) e Cincinnati (2013).

    Aos 30 anos de idade, Isner já acumula mais de 8,8 milhões de dólares de premiação na carreira e tem duas vitórias contra Roger Federer (a última delas recentemente no Masters 1000 de Paris) e outras duas diante do atual número 1, Novak Djokovic, em seu currículo.

    TIME BRASIL

    O Rio Open terá em 2016 os nossos melhores tenistas brasileiros em quadra e muitos deles nos melhores momentos da carreira.

    Thomaz Bellucci chegará ao Rio de olho em importantes pontos no ranking mundial e em um bom momento após uma temporada 2015 de bons resultados. Depois de uma estreia difícil no ano passado contra Rafael Nadal, o atual 37º colocado na ATP, vem em busca de uma boa campanha no ATP 500 e jogará pelo 5o título da carreira. O quarto foi conquistado neste ano, em Genebra.

    João Souza, o Feijão, buscará recuperar o bom momento que o viu fazer uma das melhores campanhas da temporada no Jockey Club Brasileiro, em que alcançou as quartas-de-final. Hoje na 141a posição, o brasileiro não vê a hora de jogar diante da sua torcida novamente e impulsionar o seu ranking.

    Marcelo Melo disputará o seu primeiro torneio no Brasil depois de ter chegado ao topo do ranking mundial de duplas e conquistado Roland Garros. O mineiro, atual número 1 da categoria, tentará o seu primeiro título no Rio Open, tendo sido vice-campeão em 2014.

    Bruno Soares e André Sá também jogarão o Rio Open de olho no primeiro troféu do ATP 500 brasileiro. Bruno com 20 troféus na carreira e André Sá, com 10 serão atrações nas quadras do Jockey Club Brasileiro.

    Teliana Pereira jogará o Rio Open pela primeira vez como uma das favoritas ao título. Campeã de dois inéditos WTAs em 2015 e na 45a. posição no ranking mundial, a pernambucana radicada em Curitiba, quer dar um passo além da surpreendente campanha de 2014, em que foi à semifinal.

    Bia Maia foi um dos grandes destaques do Brasil no Rio Open, no ano passado. Com apenas 18 anos, fez uma das campanhas mais surpreendentes da temporada na WTA, ao ganhar um convite para o torneio e alcançar as quartas-de-final, tendo match point contra a favorita ao título e vice-campeã de Roland Garros, Sara Errani.

    QUADRO DE CAMPEÕES

    ATP – 2014

    Rafael Nadal (ESP) d. Alexander Dolgopolov Jr. (UKR) 6/3 7/6

    Cabal / Farah (COL) d. Melo (BRA) / Marrero (ESP) 6/4 6/2

    WTA – 2014

    Kurumi Nara (JAP) d. Klara Zakopalova (CZE) 6/1 4/6 6/1

    Begu(ROU) / Irigoyen (ARG) d. Larsson (SWE) / Scheepers (RSA) 6/2 6/0

    ATP – 2015

    David Ferrer (ESP) d. Fabio Fognini (ITA) 6/2 6/3

    Klizan (SVK) / Oswald (AUS) d. Andujar (ESP) / Marach (AUS) 7/6 6/4

    WTA – 2015

    Sara Errani (ITA) d. Anna Schmiedlova (SVK) 7/6 6/1

    Bonaventure (BEL) / Peterson (SUE) d. Begu (ROM) / Irigoyen (ARG) 3/0 ret’d






    André Sá comemora conquista do 10o. título e atravessa gerações no esporte

    Por admin - 26/07/2015 às 13:05

    Dá pra imaginar que André Sá estava disputando a sua primeira final de ATP, nas duplas, há 17 anos? Era 1998, o parceiro era o gaúcho Nelson Aerts. Os adversários, os lendários Woodies, já se aposentaram faz tempo, assim como Aerts. O ATP, o de San José, já não existe mais. Era outro tempo, outra geração e ainda assim, André Sá continua competindo no circuito e agora aos 38 anos vem fazendo uma das melhores temporadas da carreira. Conquistou na noite deste sábado, na Croácia, o título número 10 da carreira, ao lado do argentino Maximo Gonzalez.

    André Sá tennis atp

    A vitória em Umag foi muito comemorada. André teve o raro privilégio de ganhar um título diante da esposa Fernanda e da filha Carolina. Ganhou no saibro – e todo mundo sabe que ele gosta de uma quadra bem rápida – e celebrou o terceiro título do ano, vendo o seu trabalho recompensado.

    Em Gstaad, na Suíça, eles jogam juntos novamente e estreiam contra o australiano Rameez Junaid e o polonês Tomasz Bednarek.

    Para quem não disputava uma final de ATP desde 2012, não ganhava um título desde 2011, conquistar o terceiro trofeu do ano, com três parceiros diferentes é para celebrar mesmo.

    André é exemplo de longevidade e amor ao esporte.

    Nestes últimos anos em que nem final disputou, viu os conterrâneos mineiros, Bruno Soares e Marcelo Melo, que começaram jogando com ele, cresceram no circuito inspirados por ele, conquistarem Grand Slams, disputarem o Masters, enquanto jogava semana atrás de semana com parceiros diferentes. Jogou Challengers no meio do caminho, ficou longe de uns grandes torneios, mas estar no circuito e competir sempre falou mais alto e ele segue muito firme  com o propósito de continuar no tour ao menos até as Olimpíadas, em que já é o brasileiro com mais participações.

    Abaixo um quadrinho com as 25 finais do André Sá – dá um panorama bem interessante das gerações do esporte em que ele já transitou.

    2015 – UMAG – Sá/Gonzalez d. Fyrstenberg/Gonzalez

    2015 – NOTTINGHAM – Sá/Guccione d. Cuevas/Marrero

    2015 – BUENOS AIRES – Sá/Nieminen d. Marach/Andujar

    2012 – STUTTGART – Chardy/Kubot d. Sá/Mertinak

    2012 – DELRAY BEACH – Fleming/Hutchins d. Sá/Mertinak

    2012 – BUENOS AIRES – Marrero/Verdasco d. Sá/Mertinak

    2012 – BRASIL OPEN Butorac/Soares d. Sá/Mertinak

    2011 – KITZBUHEL – Bracialli/Gonzalez d. Sá/Ferreiro

    2011 – METZ – Sá/Murray d. Melo/Dlouhy

    2011 – BUENOS AIRES – Marach/Mayer d. Sá/Ferreiro

    2009 – QUEEN’S – Moodie/Youzhny d. Sá/Melo

    2009 – DELRAY BEACH – Bryan/Bryan d. Sá/Melo

    2008 – NEW HAVEN – Sá/Melo d. Bhupathi/Knowles

    2008 – POERTSCHACH – Sá/Melo d. Melzer/Knowle

    2008 – BRASIL OPEN – Sá/Melo d. Montanes/Ventura

    2008 – QUEEN’S – Nestor/Zimonjic d. Sá/Melo

    2007 – ESTORIL – Sá/Melo d. Garcia/Prieto

    2003 – AMERSFOOT – Bowen/Fisher d. Sá/Haggard

    2002 – AMERSFOOT – Coetzee/Haggard d. Sá/Simoni

    2002 – BRASIL OPEN – Humphries/Merklein d. Sá/Kuerten

    2001 – BOGOTÁ – Hood/Prieto d. Sá/Rodriguez

    2001 – NEWPORT – Bryan/Bryan d. Sá/Weiner

    2001 – HONG KONG – Sá/Braasch d. Luxa/Stepanek

    1998 – SAN JOSE – Woodforde/Woodbridge d. Sá/Aerts

    Diana Gabanyi






    Hewitt e Murray dão emoção à Davis e AUS e GBR vão à semi. Bélgica e Argentina se enfrentam.

    Por admin - 19/07/2015 às 15:52

    O fim de semana de Copa Davis não era dos mais empolgantes. Fora o confronto que podia pegar fogo entre Grã Bretanha e França; Argentina e Sérvia, sem Djokovic não empolgavam; Austrália e Cazaquistão na distante Darwin também não e Bélgica e Canada, sem Pospisil e Raonic, menos ainda.  Mas, Murray e Hewitt conseguiram empolgar a competição centenária e se enfrentarão na semi, em setembro.

    Hewitt Davis

    A Austrália, jogando em Darwin, na grama, conseguiu reverter um placar de 0/2, graças ao duo Sam Groth e Lleyton Hewitt. Com Tomic de fora, por brigas com a Tennis Austrália, Kyrgios e Kokkinakis tinham tudo para brilhar em casa. Mas, foram os mais velhos e no caso de Hewitt, experientes, que deram o coração para levar o país à semi. Tanto Kokkinakis, quanto Kyrgios perderam seus jogos de sexta contra Kukushkine e Nedoyesov. Groth e Hewitt se uniram para tentar dar um respiro ao país nas duplas. Venceram Golubev e Nedoyesov e ambos foram escalados  pelo capitão Wally Masur, para tentar a vitória no domingo. Groth começou vencendo Kukushkin e coube a Hewitt, em seu ano de despedida do circuito, dar a vaga à sua tão amada nação, ganhando de Nedoyesov.

    Comemorou a Austrália e vibrou a ITF. Imagina ter um Cazaquistão na semi de uma Davis?

    Os australianos viajarão à Grã Bretanha, em setembro para enfrentar o time de Andy Murray. O sobrenome Murray foi quem colocou a nação na semi da Davis pela primeira vez desde 1981. Murray, o Andy ganhou de Jo-Wilfried Tsonga no primeiro dia, depois de James Ward ter perdido para Gilles Simon. No sábado, Andy e Jamie ganharam de Mahut e Tsonga e no domingo, no primeiro jogo, Andy ganhou de Simon de virada no Queen’s Club.

    murray davis cup

    Se sobrou emoção e empolgação nestes confrontos, os outros que definiram Argentina e Bélgica como semifinalistas, animaram apenas os seus torcedores locais.

    Ambos jogaram em casa e venceram por 3×0. A Argentina, que sem estrelas no time alcança a sua décima semifinal em 14 anos, talvez com o time com menos jogadores de destaque de todas estas temporadas, ganhou fácil da Sérvia sem Djokovic, por 3×0. Os hermanos viajarão agora à Bélgica, que despachou o Canadá, em busca de uma outra chance de disputar a final. E eles vão lutar e muito. Com essa garra que eles conseguem, ano após ano, com ou sem Del Potro, com ou sem Nalbandian, com ou sem La Legion, chegar longe neste palco.

    Diana Gabanyi






    Djokovic vence Nadal e Roland Garros terá um novo campeão

    Por admin - 03/06/2015 às 15:19

    Nos acostumamos tanto a ver Rafael Nadal erguendo o Trophee des Mousquetaires (nove vezes), que mesmo tudo indicando Novak Djokovic como favoritíssimo no “duelo do ano” desta quarta-feira em Roland Garros, era difícil afirmar que o sérvio sairia vencedor ou que ganharia apenas em três sets, por 7/5 6/3 6/1.

    Djokovic vence Nadal e Roland Garros terá um novo campeão

    Número um do mundo, Djokovic dominou o Rei do Saibro, o Rei de Roland Garros. Sacou e subiu, fez voleios inspirados em um de seus treinadores, Boris Becker e no terceiro set viu o touro, aquele que nunca se entrega, baixar a cabeça, ficar sem reação e perder o jogo com uma dupla falta (o mesmo que aconteceu com Djokovic na final contra Nadal).

    “Esperei muito tempo por essa vitória. Foram muitos anos e muitas tentativas contra o Rafa aqui. Joguei um tênis excelente, colocando muita pressão nele e também ele não estava no seu melhor nível,” disse Djokovic, logo após a vitória. “Desde que a chave saiu eu estava esperando por esse confronto. Mas sem tentar pensar muito nele. A minha equipe analisou os jogos dele e eu assisti vídeos das nossas outras partidas aqui. Não foi muito divertido, com as minhas derrotas, mas ajudaram muito.”

    O sérvio espera também que a rivalidade tenha vida longa. “Já jogamos tantas vezes e espero que a gente continue se enfrentando.”

    Apenas pela segunda vez na carreira, pela segunda vez em 11 participações, Nadal acenou com um adeus para o público da quadra Philippe Chatrier, antes do torneio acabar (a outra foi em 2009, nas oitavas-de-final).

    A sensação certamente é estranha. Lembro quando o Guga perdeu nas oitavas, em 2002, depois de ter vencido em 2000 e 2002 – já eram 17 vitórias seguida em Roland Garros, do sentimento diferente de sair de Roland Garros sem o trofeu. Imagina para Nadal que se acostumou a vencer em Paris, a comemorar o título no Cafe de la Paix e a tirar foto com o Mickey Mouse, no dia seguinte, na EuroDisney. Toda uma rotina que já existe, pré-planejada, não vai acontecer.

    Nadal diz adeus a Roland Garros
    Ele vai voltar para casa, ou vai direto para um torneio de grama, ainda tentando analisar como evoluir e como resolver o seu problema físico.
    Desde o Rio Open ele vem dizendo que não sabe porque mas o seu físico está caindo mais rápido do que o normal. De fevereiro até agora, Nadal ainda não encontrou a solução.

    “O Djokovic jogou melhor e ponto. Eu perdi um jogo. A minha vida e a minha carreira continuam. Pelo menos para mim,” disse Nadal, um pouco cabisbaixo.

    Mas, o espanhol é um guerreiro e se o seu corpo permitir, ele ainda vai encerrar a carreira com o 10o. trofeu de Roland Garros.

    Assim como Nadal, Roland Garros também sentirá as mudanças neste ano.
    Saudosistas dos “Années Guga,” o pessoal da Federação Francesa de Tênis, verá um novo campeão, depois de tantos anos com Nadal.

    Djokovic, que apesar de ter vencido Nadal ainda tem que ganhar mais duas partidas para se sagrar campe˜eo em Paris e completar o Grand Slam, enfrentará Andy Murray em uma semifinal (o britânico ganhou de Ferrer por 7/6 6/2 5/7 6/1) e Stan Wawrinka pegará Jo-Wilfried Tsonga.

    Diana Gabanyi

    Fotos: Cynthia Lum






    Entrenimento no primeiro dia de jogos em Roland Garros

    Por admin - 24/05/2015 às 16:55

    Não sou fã deste início de Roland Garros no domingo. Primeiro demorei alguns anos pra me lembrar que o torneio sempre começava um dia antes do normal. Já cheguei até a comprar passagem errada para Paris. Mas depois cheguei à conclusão que este dia a mais em Paris nunca acaba sendo atrativo em termos de jogos. Não há partidas em todas as quadras, como nos dias iniciais do torneio e se tornou apenas um dia a mais de ganha pão para o evento e uma jornada de entretinemento para o público.

    Dia de entretenimento em Roland Garros

    Foi assim neste domingo em Paris, primeiro dia de Roland Garros 2015.

    O ambiente no torneio era de circo. Malabaristas andavam pelas Allés do complexo e o público se divertia e lotava também as quadras de treino.

    Das super grande estrelas apenas Roger Federer jogou hoje e nenhuma das partidas foi daquelas históricas ou inesquecíveis. Sim, acontecem jogos assim às vezes nas primeiras rodadas de Grand Slam.

    Ninguém decepcionou. Ninguém Surpreendeu.

    Simona Halep, vice do ano passado, ganhou de Evgeniya Rodina por 75 64. Federer venceu Alejandro Falla por 63 63 64 e o que mais se falou depois do seu jogo foi do oriental que invadiu a quadra, no fim da partida, para uma selfie com o suíço.

    A segurança em Roland Garros foi cobrada e questionada. O Diretor do Torneio, Gilbert Ysern, teve até que dar coletiva para explicar o que aconteceu. Quando Federer jogou a final, alguns anos atrás, um fã invadiu a quadra, no meio do jogo e demoraram para tirá-lo de cena.

    O próprio suíço, muito contido em seus comentários, reclamou do ocorrido.

    Em outros jogos, Donna Vekic derrotou a francesa Caroline Garcia por 36 63 62. Garcia confessou que não consegue jogar em Roland Garros, especialmente na quadra central.

    Para terminar o dia na Philippe Chatrier, Jo Wilfried Tsonga não teve qualquer dificuldade para derrotar o “brasileiro sueco” Christian Lindell, por 61 62 62.

    Roger Federer estreia com vitória em Roland Garros

    Nas outras quadras, Stan Wawrinka derrotou Marsel Ilhan por 63 62 63; Kei Nishikori ganhou de Paul Henri Mathieu por 63 75 61; Ana Ivanovic venceu Yaroslava Shvedova por 46 62 60; Garbine Muguruza mandou Petra Martic para casa, por 62 75; Ernest Gulbis venceu o holandês Igor Sijsling por 64 64 75; Philipp Kohlschreiber arrasou o japonês Go Soeda por 61 60 62; o queridinho Nicolas Mahut venceu Kimmer Coppejans por 63 64 76; Lucie Safarova ganhou de Anastasia Pavlyuchenkova por 76 76; Marcos Baghdatis surpreendeu Ivo Karlovic por 76 64 64; Flavia Pennetta derrotou Magda Linette por 63 57 61, entre os principais resultados.

    Para o Brasil, o dia começou com a vitória de Teliana Pereira. Depois de passar o qualifying ela venceu a francesa Fiona Ferro, por 63 62 e na segunda rodada pega a russa Ekaterina Makarova, que ganhou de Louisa Chirico, por 64 62.

    A rodada de segunda-feira terá Andy Murray, Maria Sharapova, Gael Monfils, Tomas Berdych, Sloane Stephens, Venus Williams, Fabio Fognini, Borna Coric, entre muitos outros.

    Dos brasileiros, Thomaz Bellucci estará em ação na quadra 14 contra o australiano Marinko Matosevic.

    Texto: Diana Gabanyi

    Fotos de Cynthia Lum






    Guga: 15 anos do bi em Roland Garros

    Por admin - 23/05/2015 às 10:39

    O ano de 2015, além de marcar 15 anos da chegada de Guga ao topo do ranking mundial, marca 15 anos da conquista do segundo título de Roland Garros.
    Vamos relembrar como foi a campanha naquele ano em Paris.Guga Roland Garros 2000

    Guga chegava à capital francesa como número 5 do ranking, com o título de Santiago, a final em Miami e Roma e o trofeu do então Masters 1000 de Hamburgo, em que vencera Marat Safin, em 5 sets na decisão.

    O primeiro desafio naquele ano 2000 foi contra o sueco Andreas Vinciguerra.
    Guga chegou a vencer os dois primeiros sets por 6/0 até que o sueco conseguiu fazer as alguns games e o placar terminou 6/0 6/0 6/3.

    Na segunda rodada, Guga venceu o argentino Marcelo Charpentier, na quadra 2 de Roland Garros, com o argentino jogando de cabelos pintados de rosa. A vitória foi por 7/5 6/2 6/2.

    Na terceira rodada o adversário foi o já quase veterano na época e hoje técnico de Kei Nishikori, Michael Chang, que havia vencido Roland Garros em 1989. Guga derrotou o americano por 6/3 6/7 6/1 6/4.

    Nas oitavas-de-final, já na segunda semana do torneio, Guga teve que passar pelo amigo, o equatoriano Nicolas Lapentti, por 6/3 6/4 7/6.

    Vieram as quartas-de-final e o adversário, assim como em 1997, era o russo Yevgeny Kafelnikov. Campeão em 1996, Kafelnikov, quarto do mundo, chegou a liderar a partida por 2 sets a 1, mas Guga virou o jogo e passou à semi, ganhando por 6/3 3/6 4/6 6/4 6/2.

    O adversário da semi era o jovem espanhol Juan Carlos Ferrero, que assim como Kafelnikov chegou a ter 2 sets a 1, mas o brasileiro mais uma vez virou o jogo. Venceu por 7/5 4/6 2/6 6/4 6/3 e estava na final de Roland Garros pela segunda vez na carreira.

    A final contra Magnus Norman, um dos principais adversários da temporada, começou completamente favorável a Guga. Ele vencia por 6/2 6/3 2/6 e Norman sacava em 4/5 30/40 – Match Point. Guga já comemorava a vitória quando o juiz deu uma bola de Norman dentro e o jogo se estendeu por mais 43 minutos, até o 7/6 (6), com Guga fechando a vitória e conquistando o segundo título em Roland Garros no match point número 11.

    Foto de Cynthia Lum

    Diana Gabanyi






    O bi de Maria Sharapova em Roland Garros, em 2014

    Por admin - 21/05/2015 às 22:06

    Maria Sharapova já completou o Grand Slam, já foi número um do mundo e continua sendo a atleta mais bem paga do mundo.

    No ano passado ela conquistou o seu segundo título em Paris, surpreendendo a todos. Ninguém imaginava que a russa que conquistou Wimbledon aos 17 anos teria no saibro francês o seu único trofeu de Grand Slam repetido.
    Vamos relembrar como foi a campanha de Sharapova em Roland Garros no ano passado?

    Sharapova Roland Garros 2014

    A primeira rodada foi contra a compatriota Ksenia Pervak. Vitória fácil por 6/1 6/2.

    Na segunda fase ela teve que passar pela búlgara, com ocasionais bons resultados, Tsevetana Pironkova. A russa teve um pouco de trabalho no primeiro set mas venceu por 7/5 6/2.

    O jogo mais tranquilo de Sharapova na quinzena em Paris foi a terceira rodada. Ela não deixou a argentina Paula Ormaechea fazer um game se quer. Bicicleta – 6/0 6/0.

    Veio a segunda semana e os desafios da russa aumentaram.

    Contra Samantha Stosur, nas oitavas-de-final, Sharapova perdeu o primeiro set mas se recuperou no jogo. Venceu por 3/6 6/4 6/0.

    Nas quartas-de-final contra a espanhola Garbine Muguruza, que havia eliminado Serena Williams, Sharapova quase viu a adversária aprontar mais uma em Paris. Ela teve que virar o jogo depois de perder o primeiro set e acabou ganhando por 1/6 7/5 6/1.

    Um jogo antes da final, Sharapova se deparou com a sensação do circuito, a canadense Eugenie Bouchard. Assim como nas duas partidas anteriores, a russa saiu perdendo o primeiro set,mas conseguiu reagir a tempo para selar a vitória por 4/6 7/5 6/2.

    Sharapova Roland garros 2014

    Na final, diante da novata Simona Halep, que jogava sua primeira decisão de Grand Slam, Sharapova também precisou de três dificílimos sets para conquistar o Trophee Suzanne Lenglen: 6/4 6/7 6/4 e ela se coroava bicampeã de Roland Garros.

    Fotos de Cynthia Lum

    Diana Gabanyi






    Relembre a conquista de Nadal em Roland Garros, no ano passado

    Por admin - 20/05/2015 às 09:59

    Rafael Nadal conquistou no ano passado o seu nono título em Roland Garros.

    Você se lembra como foi cada passo rumo ao Trophee des Mousquetaires?

    Rafael Nadal Roland Garros 2014

    O espanhol chegou a Roland Garros como cabeça-de-chave número um, tendo vencido no saibro o Rio Open e o Masters 1000 de Madri.

    A campanha iniciou em Paris com uma vitória diante de Robby Ginepri, então 279 no ranking mundial.

    Nadal perdeu apenas 3 games no jogo inteiro, vencendo por 6/0 6/3 6/0.

    A segunda rodada foi diante de uma das sensações do circuito, o austríaco Dominic Thiem, número 57 na ATP.

    O número um do mundo não tomou conhecimento de Thiem, ganhando por 6/2 6/2 6/3.

    Já na terceira rodada, Nadal enfrentou o experiente argentino Leonardo Mayer, 65 na ATP. Venceu por 6/2 7/5 6/2.

    A segunda semana do Grand Slam francês começou com vitória arrasadora diante de uma das surpresas do torneio, o sérvio Dusan Lajovic, 83, por 6/1 6/2 6/1.

    Nas quartas-de-final Nadal se deparou com o adversário da final do ano anterior, o compatriota David Ferrer. O número um da Espanha (e do mundo), perdeu o primeiro set, mas logo se recuperou e com 4/6 6/4 6/0 6/1 estava na semifinal.

    O desafio no penúltimo jogo em Paris era diante do britânico Andy Murray, aquele que dizem que não sabe jogar no saibro. Perante Nadal um ano atrás, foi presa fácil. O touro ganhou por 6/3 6/2 6/1.

    Rafael Nadal Roland Garros Champion 2014

    Último adversário antes de erguer o Trophee des Mousquetaires pela nona vez, foi o sérvio Novak Djokovic, que domina a temporada atual e era o número dois do mundo no ano passado. Assim como contra Ferrer, Nadal perdeu o primeiro set, mas virou o jogo e com 3/6 7/5 6/2 6/4 conquistava Roland Garros pela inimaginável nona vez.

    Roland Garros começa neste domingo, 24 de maio. Acompanhe a nossa cobertura.

    Fotos de Cynthia Lum

    Diana Gabanyi






    Raridade, Wimbledon anuncia novo patrocinador

    Por admin - 23/04/2015 às 16:01

    Anúncios de patrocínio para o torneio de Wimbledon são raros. Não que o All England Lawn Tennis & Crocquet Club esteja precisando de ajuda financeira. Mas, o mais tradicional torneio do mundo costuma ter poucos e duradouros parceiros, que não se importam de não ter a sua marca aparecendo na mítica quadra central do complexo.

    Tim Henman com o Jaguar, no AELTCNesta quarta, em Londres, o campeonato anunciou uma parceira de 3 anos com outra tradicional marca inglesa, a Jaguar. A empresa será a transportadora oficial de do torneio, fornecendo 170 carros para levar jogadores, convidados, parceiros, juízes, jornalistas até o AELTC durante o evento, substituindo a Herz que era a parceira oficial desta operação.

    Marcamos como Rolex, Slazenger, Ralph Lauren, HSBC, IBM, Lanson, Robinsons, Lavazza e Stella Artois são os outros parceiros premium de Wimbledon.

    Diana Gabanyi






    Miami Open, cada vez mais brasileiro

    Por admin - 25/03/2015 às 11:24

    Não há como negar. Há tempos que o Miami Open é o torneio internacional que mais tem a presença de público brasileiro nas arquibacandas. Sejam turistas ou residentes da Flórida, o Crandon Park se colore de verde e amarelo. Este ano, com o Itaú como principal patrocinador, o segundo Masters 1000 da temporada ganha cara ainda mais brasileira.Miami Open Itau entrada

    Há seis anos o Itaú já marca presença no torneio, mas só a partir deste ano virou o “main sponsor.” O que significa que o nome do banco brasileiro está em todas as peças do torneio, com o “Miami Open presented by Itaú.”

    Todas as newsletters do torneio, toda vez que o nome do evento aparece como imagem, no aplicativo da ATP, no site, enfim, em todo o lugar há Itaú espalhado pelo Crandon Park e nas peças do evento.

    A chave do torneio, por exemplo, foi sorteada em uma ação chamada Itaú Experience.

    Itau Miami OpenSem falar no laranja do banco que mudou a cara do complexo de Key Biscayne. Desde a entrada até os stands de todos os apoiadores e patrocinadores, o laranja impera, inclusive nas cadeiras da praça de alimentação.

    Além do Itaú, a TAM também está presente no Miami Open, através da parceria de longa data já existente com a Lan.

    Este ano, o torneio ganhou também o patrocínio da Claro, que apesar de pertencer a um conglomerado de empresas mexicana, é uma marca mais do que conhecida no Brasil e principal patrocinadora do Rio Open.

    Outra empresa do Brasil também patrocina o Rio Open. É a Faberg Tennis Tours, do ex-profissional Fabio Silberberg, que começou a relação com o torneio levando clientes do Brasil e agora patrocina a competição.

    Uma foto tirada hoje da quadra central, por um jornalista britânico (Mike Dickinson) resume a sensação de um Miami Open cada vez mais brasileiro – Claro, Itau, Tam no Miami Open

    A influência brasileira é tamanha no evento, que além da dupla de Bruno Soares e Marcelo Melo, que pela ausência dos parceiros habituais jogarão juntos no Crandon Park, outra dupla do Brasil ganhou um convite da competição: Thomaz Bellucci e João Souza, o Feijão. E olha que a chave só teve 2 WCs e o outro, claro, foi dado a uma dupla norte-americana (Harrison e Ram).  Dá para se ter uma ideia da importância do Brasil para o torneio, que 15 anos atrás se coloriu de verde e amarelo na final em que Gustavo Kuerten acabou derrotado por Pete Sampras, mas que transformou para sempre o ambiente do torneio.

    Aliás, Guga, como embaixador do Itaú e da Lacoste, que este ano virou principal fornecedora de material esportiva do torneio, estará em Key Biscayne, abrasileirando ainda mais o torneio.

    (Foto entrada Miami Open – Grupo Try)






    Com início de Indian Wells, começa o “March Tennis Madness” nos EUA

    Por admin - 11/03/2015 às 13:10

    Termo mais conhecido nos EUA para falar dos jogos do basquete universitário americano, o March Madness também se adequa ao mês do tênis por lá, com os dois maiores Masters 1000 da temporada (ambos com chave de 96 jogadores), mas dois WTA Premier acontecendo na sequência, em Indian Wells, que começa hoje e Miami, daqui a duas semanas.

    indianwellsday1_160_classic-series

    O BNP Paribas Open em Indian Wells marca o reencontro dos tenistas. Depois do Australian Open cada um seguiu seu rumo. Uns/umas foram jogar no saibro, outros na quadra rápida indoor, alguns foram até os Emirados, outros representaram seus países na Copa Davis e na Fed Cup, e agora todos voltam a se encontrar no deserto californiano, no torneio que não para de crescer.

    Depois vem Miami, antigo Lipton, Nasdaq, Ericsson, Sony, agora é Miami Open presented by Itaú, que vem correndo atrás das inovações propostas por Indian Wells. Mas, por sua localização privilegiada, pelo menos para os latinos, não perderá seu status.

    Tenisticamente falando, se o March Madness antigamente era o super mês do tênis americano, hoje é o mês do tênis globalizado nas Américas.

    Serena Williams Indian Wells

    Foi-se o tempo em que os americanos eram os destaques. Agassi, Sampras, Martin, Chang, Courier, Roddick, entre outros, dominavam as quadras do Indian Wells Tennis Garden e do Crandon Park.

    Hoje em dia, entre as mulheres, claro que a atração continua sendo Serena Williams, ainda mais com a volta em Indian Wells, depois de tantos anos (desde 2001) sem querer jogar por lá, tendo sofrido com racismo. Foi tão importante a decisão, que ela foi anunciada em um texto escrito pela própria Serena, na Time . 

    Maria Sharapova, Victoria Azarenka, Caroline Wozniacki, Flavia Pennetta, Eugenie Bouchard, Simona Halep, enfim, estarão todas por lá e depois em Miami. Só Venus que ainda não decidiu voltar para o deserto da Califórnia e só joga na Flórida. Sharapova Indian Wells

    Entre os homens, a grande questão é como será a performance de Novak Djokovic? Ele vai continuar dominando? E Roger Federer, que só joga Indian Wells, manterá a boa forma mostrada na final de Dubai, em que venceu o número um Djokovic? Herói da Grã Bretanha na Copa Davis, Andy Murray conseguirá chegar longe nos dois Masters 1000? E Rafael Nadal, como se sairá nas quadras rápidas?

    Mais perguntas pairam no ar. Será que Del Potro volta mesmo em Miami? E o Nishikori, continuará escalando degraus rumo ao topo do ranking mundial? E Tomas Berdych, já dará para notar as mudanças implementadas por Daniel Vallverdu em seu jogo?

    Screen Shot 2015-03-11 at 12.30.15 PM Screen Shot 2015-03-11 at 12.33.53 PM nadal-cerra-o-punho-para-comemorar-ponto-contra-pablo-cuevas-1424514086039_1920x1080

    Ainda tem as duplas, e muitos outros jogadores que vamos acompanhar de perto durante o “March Tennis Madness”. Ferrer, Raonic, Wawrinka, Dimitrov, Fognini, Monfils e muito mais.

    As chaves de Indian Wells já estão no ar – Bellucci entrou e joga contra Bolelli.

    E de hoje até o dia 5 de abril, vamos curtir muito tênis nos EUA.

    Diana Gabanyi






    Aplausos para Feijão, o tenista que mudou o rumo do confronto com a Argentina

    Por admin - 08/03/2015 às 19:50

    O Brasil ainda pode ganhar o confronto. O Brasil ainda pode perder.

    Independente do resultado o que ficará marcado para sempre deste confronto entre Brasil e Argentina foi o jogo que acabamos de assistir entre João Souza, o Feijão e Leonardo Mayer, com vitória do hermano por 7-6(4), 7-6(5), 5-7, 5-7, 15-13. Foram 6h42min de jogo, tornando a partida a mais longa da história na Copa Davis e a segunda mais longa do tênis, perdendo apenas para aquele jogo entre Nicolas Mahut e John Isner que teve duração de 11h05min em 2 dias, em Wimbledon.

    Fejão épico
    Feijão perdia o jogo por 2 sets a 0 e Mayer liderava o 3o. por 4/1 quando começou a virada.

    Feijão foi conseguindo minar um pouco o jogo do Mayer e cresceu na partida. Venceu o terceiro set por 7/5 e o quarto pelo mesmo placar.

    Já era quase 15h30 quando o 5o. set começou. Depois do 4/4 cada game virou um drama.

    Mayer teve match point, Feijão teve break point e assim foi até o final do jogo.

    Não dava para saber o que iria acontecer em cada game.

    Uma hora Feijão parecia mais inteiro, outra era o argentino.

    O portenho tinha match point e Feijão salvava. Sem medo, arriscava e entrava.

    Mayer gesticulava, reclamava, encarava outro match point e perdia. Mas, continuava vivo no jogo.

    Tão vivo que em certo momento, mesmo já com mais de 6h de jogo, no intervalo chamava a torcida e cantava com os companheiros de equipe.

    Coisas que só uma Copa Davis ou um jogo de tanta duração, com torcida por países pode fazer.

    No fim, no match point número 11, Mayer venceu. Feijão poderia ter ganhado o jogo. Foi mais um ponto entre os tantos outros do jogo que deu a vitória ao argentino.

    Mas, ninguém saiu de cabeça baixa.

    Feijão sai de cabeça muito erguida.

    Foi ele quem fez a diferença no confronto.

    Quando saiu o sorteio que designou a Argentina para enfrentar o Brasil, na primeira rodada do Grupo Mundial, em setembro do ano passado, o país vizinho era mais do que favorito.

    Feijão era o 101o. colocado no ranking mundial, estava disputando torneios Challenger no circuito e Bellucci , o 79o. Apesar da vitória contra a Espanha, também terminou o ano jogando torneios da série Challenger.

    Como o Brasil iria vencer a Argentina com apenas um jogador no top 100 e a dupla, que é uma das melhores do mundo na Davis com Melo e Soares?

    Mas, o ano começou e Feijão trocou o Challenger de São Paulo (não entrou no calendário este ano), que costumava jogar, pelo ATP de Doha. Ganhou uma rodada na chave, foi disputar o qualifying do ATP de Sidney, teve match point para entrar na chave principal e jogou direto o Australian Open.

    Veio o Brasil Open e Feijão foi à semifinal. Veio o Rio Open, um ATP 500 e Feijão foi às quartas-de-final.

    Ganhou pontos no circuito não jogando torneios Challengers, mas jogando contra tenistas tops, treinando com eles e ganhando muita confiança.

    Como resultado viu seu ranking subir para a 75a. posição, a sua melhor da carreira e o colocando como número um do Brasil.

    Feijão, que sempre gostou de jogar com este clima de Davis, sempre cresceu com a torcida ou em situações desafiadoras, mudou todo o confronto.

    A Argentina que sempre teve uma série de jogadores entre os top 100, teve que se deparar com um jogador estabelecido entre os 100 e muito, muito confiante e ainda amargar com a ausência de Del Potro em quadra e com a decisão do capitão Orsanic, de deixar Juan Monaco de fora.

    Com o status de hoje, Feijão está pronto para enfrentar qualquer um dos jogadores argentinos e mostrou isso em quadra.

    Foi praticamente o elemento surpresa (para os argentinos) da Davis.

    Entrou quase um desconhecido no circuito e saiu como herói.

    Dizer que o Brasil parou para assistir o Feijão seria muita presunção, mas que muita gente que não acompanha tênis parou para ver o que estava acontecendo, parou e mundo afora virou comentário em todos os lugares, daqueles que só acontecem quando há algo épico se passando. Feijão ganhou novos fãs, cresceu perante os olhos de todo o mundo e viu muita gente falar de tênis.
    Com certeza muitos tenistas mirins escolheram um novo nome para ídolo e ele se chama João Souza, Feijão.

    Diana Gabanyi

    Foto: Cristiano Andujar

     






    André Sá conquista oitavo título da carreira em Buenos Aires

    Por admin - 01/03/2015 às 18:59

    O tênis brasileiro comemorou neste domingo duas conquistas, uma no ATP 250 de Buenos Aires e outra no ATP 500 de Acapulco. André Sá e o finlandês Jarkko Nieminen foram campeões na capital argentina e Marcelo Melo e Ivan Dodig, no balneário mexicano.André Sá comemora conquista em Buenos Aires

    André Sá venceu o oitavo título da carreira, em 23 finais disputados e comemorou muito a vitória. Não apenas por ter virado todos os jogos no Buenos Aires Lawn Tennis Club, mas por aos 37 anos ainda ver o seu trabalho recompensado.

    Foi com Sá que todo o sucesso nas duplas de Bruno Soares e Marcelo Melo começou. Ele já estava estabelecido no circuito, tanto em simples, quanto em duplas, quando começou a jogar com Melo e em 2007 alcançaram a semifinal de Wimbledon. Soares viu o sucesso dos dois conterrâneos e resolveu seguir a mesma linha.

    Mas, diferente de Marcelo e de Bruno que há algum tempo jogam com parceiro fixo no circuito, André ficou um pouco para trás. Não encontrou um parceiro regular e vem encarando o mais difícil há tempos, jogar cada semana, ou cada dois ou três torneios com um parceiro diferente. Teve que jogar alguns torneios Challengers, mas não se abalou. Seguiu firme com o propósito de continuar no tour ao menos até as Olimpíadas, em que já é o brasileiro com mais participações.

    Desde 2012 não disputava uma final de ATP. Desde 2011 não terminava uma semana como campeão. Por isso essa intensa comemoração, mais do que merecida. Exemplo de longevidade e persistência. A primeira final que Sá disputou no circuito foi em 1998, com Nelson Aerts, no ATP de San José. Perderam a final para os Woodies.

    Marcelo Melo, no outro lado do continente, conquistou o primeiro título da temporada e apenas o segundo com Ivan Dodig. O brasileiro se ajoelhou na quadra e também comemorou muito a conquista no ATP 500. Afinal, semana passada quase não entrou na central do Rio Open para jogar, com uma dor nas costas e vinha batendo na trave faz tempo. Fez final com Dodig em Londres, semifinal no Australian Open, mas o último e único título com o croata havia sido o Masters 1000 de Xangai em 20013.

    Diana Gabanyi






    Oito Vezes Novak Djokovic – Todos os Títulos de Grand Slam do Sérvio

    Por admin - 01/02/2015 às 15:11

    Estamos em uma era do tênis de assistir a história sendo escrita diante dos nossos olhos. Neste domingo em Melbourne, Novak Djokovic conquistou o oitavo título de Grand Slam da carreira e o quinto em Melbourne. Derrotou Andy Murray por 7/6 6/7 6/3 6/0 e escreveu seu nome ao lado de Andre Agassi, Jimmy Connors, Ivan Lendl, Fred Perry e Ken Rosewall, em número de títulos de Grand Slam. Se tornou o segundo maior vencedor do Australian Open, com um trofeu a menos apenas do que Roy Emerson. E ele tem apenas 27 anos.

    Djokovic cinco vezes campeão Melbourne

    Novos campeões de Grand Slam hoje em dia são raridade. As conquistas de Stan Wawrinka, Marin Cilic e Juan Martin del Potro são exceções num esporte dominado, no mais alto nível, por Djokovic, Federer, Nadal e Murray.

    Apesar de Murray ainda estar longe dos números dos outros três (tem apenas 2 títulos de Grand Slam), ele é presença constante nas finais. Só em Melbourne perdeu 4.

    Recordes são quebrados, números que antes pareciam tão distante são igualados e nós ficamos aplaudindo de pé. A cada Grand Slam, a cada temporada eles estão mais fortes, mais resistentes, sempre em evolução.

    Anos atrás os quatro títulos de Agassi no Australian Open pareciam algo quase impossível de ser alcançado. Djokovic não só chegou lá, como superou. Superou Roger Federer, também quatro vezes campeão em Melbourne. Quem deixa o suíço para trás, a não ser Nadal em Roland Garros? Agora Djokovic na Austrália.

    Vamos conferir todos os Grand Slams do número um do mundo, em que só falta Roland Garros para ele escrever ainda mais uma parte da história do esporte. apenas dedicada aos grandes campeões. Djokovic Grand Slam

    2015 – Australian Open

    Djokovic d. Murray 7/6 6/7 6/3 6/0

    2014 – Wimbledon

    Djokovic d. Federer 6/7 6/4 7/6 5/7 6/4

    2013 – Australian Open

    Djokovic d. Murray 6/7 7/6 /63 6/2

    2012 – Australian Open

    Djokovic d. Nadal 5/7 6/4 6/2 6/7 7/5

    2011 – US Open

    Djokovic d. Nadal 6/2 6/4 6/7 6/1

    2011 – Wimbledon

    Djokovic d. Nadal 6/4 6/1 1/6 6/3

    2011 – Australian Open

    Djokovic d. Murray 6/4 6/2 6/3

    2008 – Australian Open

    Djokovic d. Tsonga 4/6 6/4 6/3 7/6

     

    Diana Gabanyi






    Australian Open, é hora de recomeçar

    Por admin - 17/01/2015 às 01:03

    A temporada 2015 vai começar pra valer nesta segunda-feira em Melbourne, com o Australian Open. Não importa se os tenistas tiveram um 2014 maravilhoso, ou se preferiram esquecer o que foi a temporada passada, as chaves dos homens e das mulheres já foram sorteadas e agora é a hora de recomeçar.

    Stanislas Wawrinka recomeça pela primeira vez como o “atual” campeão de um Grand Slam, ou como gostam de dizer os americanos, o reigning Australian Open champions.

    Na Li, a campeã de 2014, recomeça uma nova vida, longe das quadras.

    Roger Federer recomeça muito mais confiante do que iniciou a temporada passada. Se jogou o Australian Open com dúvidas em 2014, o resto do ano terminou com elas. Campeão da Copa Davis e outros xxx títulos.

    Novak Djokovic recomeça com uma parceria agora bem mais sólida com Boris Becker e com o filho Stefan, nascido no fim do ano passado, em Melbourne. Djokovic Becker Australian Open

    O recomeço de Andy Murray na Austrália será com Amelie Mauresmo e sem os fieis escudeiros Jaz Green (prep físico) e Daniel Vallverdu (assistant coach). Um ano atrás ainda contava com Ivan Lendl, mas ainda se recuperava da lesão nas costas.

    Kei Nishikori recomeça muito mais sólido do que um ano atrás e tentando ir além do sucesso do último Grand Slam, em que foi vice-campeão.

    Tomas Berdych recomeça com novo técnico, o ex-de Murray, Vallverdy.

    Para Marin Cilic e Jo-Wilfried Tsonga, o recomeço vai ter que esperar. Ambos não jogam o Australian Open lesionados.

    Milos Raonic e Grigor Dimitrov recomeçam tentando dar um passo adiante do que foi um ótimo 2014.

    David Ferrer recomeça com técnico novo, Francisco Fogues e em busca de uma temporada melhor do que a de 2014, em que ficou fora do Masters. Murray Mauresmo Australian Open

    Nick Kyrgios recomeça com muitos curiosos sobre como vai ser o seu desempenho em 2015. O tenista surpreendeu no ano passado, mas praticamente não jogou depois de outubro.

    E como será mais um recomeço para Lleyton Hewitt? Será

    Thomaz Bellucci recomeça com novo técnico temporário, João Zwetsch.

    Mas quem recomeça mesmo é Juan Martin del Potro. Depois de quase um ano longe das quadras, com lesão no punho, retornou em Sidney mas terá o seu grande teste em Melbourne.

    Entre as mulheres, Serena Williams recomeça em busca de uma temporada mais consistente nos Grand Slams (só jogou bem o US Open).

    Maria Sharapova recomeça mais forte do que nunca e com chances de voltar ao topo do ranking mundial, logo no início do ano.

    Simona Halep recomeça com técnico novo. A tenista dispensou o belga Wim Fissette, depois do sucesso de 2014 e está com um treinador romeno, Victor Ionita.

    Eugenie Bouchard recomeça sem técnico. O treinador de toda a adolescência, Nick Saviano não está mais com ela e voltou a treinar Sloane Stephens, ex-parceira de treino da canadense.

    Caroline Wozniacki recomeça, 1 ano depois do noivado anunciado na Austrália, com Rory Mclroy que viria a ser desfeito seis meses depois.

    Madison Keys recomeça com Lindsay Davenport como técnica. Ana Ivanovic Australian Open

    Ana Ivanovic e Petra Kvitova recomeçam de olho nos bons resultados nos Grand Slams.

    Agnieszka Radwanska recomeça com Martina Navratilova integrando o seu staff.

    Mas, na WTA, quem recomeça mesmo é Victoria Azarenka. A bielorussa pouco jogou em 2014, se recuperando de lesão no pé e quer voltar ao topo, começando pelo Grand Slam que conquistou em 2012 e 2013.

    Vai ser um recomeço e tanto.

    Diana Gabanyi






    Federer chega à marca de 1000 vitórias e entra para a história mais uma vez

    Por admin - 11/01/2015 às 13:40

    Roger Federer começou 2015 da mesma maneira que terminou 2014, fazendo história no esporte. Depois de conquistar a inédita Taça Davis no fim do ano, ganhou neste domingo o ATP de Brisbane, marcando a 1000ª vitória da carreira, ao derrotar Milos Raonic por 6/4 6/7 6/4, aos 33 anos de idade.

    Só para se ter uma ideia do feito, a última vez que um tenista chegou a 1000 vitórias foi em 1992, há 23 anos (Ivan Lendl).

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    1000 é um número marcante e para sempre.

    1000 vezes Federer entrou em quadra e venceu

    1000 vezes pessoas ao redor do mundo tiveram o privilégio de vê-lo jogar e ganhar

    1000 vezes só Jimmy Connors e Ivan Lendl triunfaram

    1000 vitórias – a última vez foi em 1992, com Lendl

    1000 vitórias – comemoradas ao lado de Rod Laver e Roy Emerson

    1000 vitórias – 83 títulos

    1000 vitórias – 17 Grand Slams

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    Os marcos das 1000 vitórias

    1ª vitória – 1998 – ATP Toulouse (1a. rodada) d- Guillaume Raoux

    100ª vitória – 2001 – ATP Basel (SF) – d. Julien Boutter

    200ª vitória – 2003 – ATP Halle (SF) d. Mikhail Youzhny

    300ª vitória – 2004 – US Open (F) – d. Lleyton Hewitt

    400ª vitória – 2006 – Australian Open (8as) d. Tommy Haas

    500ª vitória – 2007 – Monte Carlo (QF) – d. David Ferrer

    600ª vitória – 2008 – US Open (2a. rodada) – d.Thiago Alves

    700ª vitória – 2010 – Roland Garros (3a. rodada) – d. Julien Reister

    800ª vitória – 2011 – Paris (QF) – d. Juan Monaco

    900ª vitória – 2013 – Roland Garros (8as) – d. Gilles Simon

    1000ª vitória – 2015 – Brisbane (F) d. Milos Raonic

    Uma lenda viva do esporte.

    Um privilégio que essa lenda viva seja um tenista.

    Diana Gabanyi






    E a temporada 2015 começou com tudo – 6 torneios oficiais e a Hopman Cup

    Por admin - 04/01/2015 às 10:23

    Dia 04 de janeiro, primeiro dia de jogos oficiais de chave principais de ATPs e WTAs pelo mundo. A temporada 2015 começou oficialmente.

    Demorou um pouco mais do que de costume. Normalmente o circuito começa na semana anterior. Mas, com tantos pedidos de jogadores por uma temporada mais enxuta, os calendários vão se ajustando ano a ano e desta vez deu para fugir daquele início na última semana de dezembro.

    Sharapova Brisbane

    Aqui no Brasil sentimos falta do Challenger de São Paulo, no Parque Villa Lobos. Muitos tenistas brasileiros acostumados a começar o ano na capital paulista optaram por adiar o início da temporada ou viajar para bem longe, como fizeram João Souza, o Feijão, Guilherme Clezar e Fabiano de Paula.

    Lá do outro lado do mundo, na Oceania, nos Emirados Árabes e na Índia, com passagem pela Tailândia é que tudo está acontecendo.

    A tradicional exibição de Abu Dhabi, o Mubadala World Tennis Championships teve Andy Murray como vencedor, sem disputar a final. Novak Djokovic, com febre, não jogou a decisão. Foi bom para ver Wawrinka, Nadal, Almagro e Feliciano Lopez em ação nos primeiros dias do ano.

    Outra exibição na Tailândia, em Hua Hin viu Berdych ganhar de Raonic. Também jogaram Fognini e Ferrer.

    Sempre na frente dos ATPs e WTAs, a Hopman Cup começou hoje, em Perth. Com muitas desistências de jogadores inscritos, alguns dos quais disputaram a IPTL e pouco tempo tiveram para se recuperar de pequenas lesões ou investir em uma forte pré-temporada, mas com a presença de Serena Williams, Eugenie Bouchard, Agnieszka Radwanska, Andy Murray e do casal Fognini/Pennetta, entre outros, a competição entre países é sempre um bom aquecimento para a temporada.

    Djokovic Doha

    Ao mesmo tempo acontecem os WTAs de Brisbane, Shenzen e Auckland e os ATPs de Doha, Chenai e Brisbane, sim a cidade de Patrick Rafter recebe um torneio “combined.” E como são os primeiros torneios do ano, não importa se são ATPs 250 ou WTAs International (o de Brisbane é um Premier), as estrelas estão jogando. Nadal, Djokovic, Federer, Sharapova, Ivanovic, Halep, Azarenka, Kvitova, Wozniacki, Nishikori, Dimitrov, Wawrinka, entre muitos outros, estão todos competindo em busca de ritmo de jogo para o primeiro Grand Slam do ano, o Australian Open, que começa em 15 dias.

    Aliás, as mulheres já começaram a jogar hoje. Samantha Stosur, vencendo por 5/1 no 3o. set levou uma virada de Varvara Lepchenko; Jankovic perdeu para Tomjlanovic e Petkovic caiu diante de Kanepi. Interessante primeiro dia.

    Além disso dois Challengers são disputados nesta semana, o de Noumea e o de Happy Valley.

    Entre os brasileiros, João Souza joga o ATP de Doha, o mesmo que Bruno Soares com Alexander Peya; Clezar e Fabiano de Paula disputam o Challenger da Nova Caledônia.

    Estava com saudades? A temporada já começou pra valer!

    Diana Gabanyi






    IPTL termina com sucesso da liga comprovado

    Por admin - 14/12/2014 às 17:21

    A IPTL, International Premier Tennis League deu certo.

    O primeiro ano da Liga criada pelo tenista Mahesh Bhupathi, que terminou neste fim de semana com vitória do Indian Aces, funcionou. Vista com muitas dúvidas por boa parte do mundo do tênis, o indiano mostrou que é possível fazer coisas diferentes em um esporte tão tradicional e resistente a mudanças.

    Indian Aces

    Durante quase 3 semanas, um número considerável de estrelas foi visto entre Manilha, Singapura, Nova Deli e Dubai.

    E foram visto juntos, jogando em equipe, desfrutando de uma camaradagem raramente vista no circuito, voando em jatos privados e se divertindo no vôo e jogando um tênis relativamente sério, considerando o formato exibição (não valia pontos no ranking e você não ganhava mais dinheiro se vencesse o jogo ou o evento).

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    Andy Murray jogou duplas mistas com Maria Sharapova; Bruno Soares jogou com diferentes parceiros (as), incluindo Serena Williams; Andre Agassi e Pete Sampras deram o ar da graça na Ásia; Gael Monfils e Jo-Wilfried Tsonga jogaram nas quatro cidades, assim como Kyrgios; Federer dançou com Monfils e jogou simples, duplas e duplas mistas; Djokovic, o número um do mundo também foi a Ásia e ao Oriente Médio; Ivanovic foi a grande estrela feminina jogando todo o circuito; o mesmo fez Hantuchova; Wozniacki, Cilic e Berdych também competiram. Rafter, Moya, Santoro e Goran Ivanisevic estiveram presentes do começo ao fim. Também surgiram Philippoussis e Pioline.

    Jogadores, todos divididos nas quatro equipes das cidades que sediaram a IPTL (Indian Aces, Singapores Slammers, Manila Mavericks e UAE Royals), torceram pelos companheiros de time, vestiram o uniforme dos times, jogaram em um formato diferente e conviveram muito mais do que no circuito. Novas gerações interagiram com ex-campeões de Grand Slam e números um do mundo de uma maneira em que nunca haviam convivido antes. Djokovic Iptl

    Os tenistas demonstraram que estavam gostando do formato, de estar em equipe. Alguns, como Federer, disseram que tiveram dificuldade no começo para se adaptar às regras e que talvez isso não funcionasse no circuito. Mas, ninguém disse que a IPTL passará a valer pontos nos rankings da ATP e da WTA.

    A sensação é de que os tenistas estavam experimentando algo único e inovador

    Com casa cheia em Manilha, Nova Deli e Singapura, só faltou Dubai lotar para coroar  de fato a liga. Mas, Dubai não é carante de eventos de tênis. Nos outros lugares, você nunca imaginaria ver tantas estrelas do tênis reunidas e jogando juntas. Dubai tem ATP 500, WTA Premier e outras competições por perto.

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    Uma das grandes sacadas de Bhupathi, que aprimorou o formato do World Team Tennis criado por Billie Jean King, foi ter conseguido vender os direitos de televisão para mais de 100 países. Sem passar na TV os patrocinadores teriam um retorno muito menor e nós aqui no Brasil, não teríamos tido ideia do que era a IPTL e assim foi no mundo tudo.

    Claro que ainda há a discussão de como estarão os tenistas que competiram de Manilha a Dubai na IPTL. Será que não atrapalhou a pré-temporada? Como chegarão na Austrália? Voltarão no ano que vem? Mas, isso não afeta em um primeiro momento o fã de tênis e nem o sucesso da Liga. Vai influenciar na continuidade e em como será a segunda edição.

    Mas, para um começo, foi mais do que surpreendente.

    Diana Gabanyi






    Orsanic é o novo capitão da Copa Davis Argentina – primeiro adversário do Brasil

    Por admin - 28/11/2014 às 18:50

    A Associação Argentina de Tênis anunciará oficialmente na terça-feira, Daniel Orsanic como novo capitão da Copa Davis.

    Depois do término do contrato de Martin Jaite neste ano, em que garantiu a permanência da nação no Grupo Mundial, a AAT demorou para escolhar o novo nome. Houve quem dissesse que Hernan Gumy ou Luís Lobo assumiriam o cargo, Gaston Gaudio também esteve perto do posto, mas a Associação acabou escolhendo Orsanic, 46 anos, que já era o Diretor de Desenvolvimento e é um nome mais conciliador.

    Cairão sobre ele as expectativas para a participação de Juan Martin del Potro na competição.Del Potro Argentina

    E o primeiro confronto da Argentina é justamente contra o Brasil, entre os dias 06 e 08 de março.

    Jogador de duplas de sucesso – foi o número 24 na ATP – teve com Jaime Oncins uma de suas mais duradouras  parcerias. Ganhou com ele o ATP de Stuttgart e outros 7 torneios da categoria, com diferentes jogadores. Em simples chegou a ser o número 107 do ranking.

    Orsanic com Bellucci

    Já treinou Luís Horna, José Acasuso, Pablo Cuevas e o brasilero Thomaz Bellucci.

    Sem relações controversas com os atuais jogadores argentinos, talvez tenha sido esse o motivo da escolha da AAT. Um técnico um tanto neutro, muito calmo e “buena gente,” com a missão de conciliar o segregado, mas sempre forte e perigoso, ainda mais se tratando de Copa Davis, tênis argentino.

    Diana Gabanyi






    IPTL começa nesta sexta, na Ásia

    Por admin - 27/11/2014 às 14:39

    Começa nesta sexta-feira, nas Filipinas, a IPTL, a International Premier Tennis League. Com a participação de uma série de tenistas tops, duplistas e lendas do esporte, incluindo Novak Djokovic, Roger Federer, Andy Murray, Serena Williams, Maria Sharapova, Andre Agassi, Pete Sampras e o brasileiro Bruno Soares, entre muitos outros grandes nomes do tênis.

    Disputada em um formato similar ao World Team Tennis de Billie Jean King, a IPTL, criação do tenista Mahesh Bhupathi, acontecerá de 28 a 30 de dezembro, em quatro locais – Filipinas, Singapura, Índia e Emirados Árabes.

    Com os jogadores divididos em quatro times: Manila Mavericks, Singapore Slammers, Indian Aces e United Arab Emirates Royals, os jogadores se enfrentarão em simples masculina, simples feminina, duplas masculinas, duplas mistas e simples masculina das lendas.

    Big-Home-Page-Banner-4Cada jogo terá 5 sets (1 set para cada partida) e cada game valerá um ponto. Ganha o time que fizer mais pontos.

    Se o placar estiver empatado ao final dos 5 sets, sera jogado, um Shoot Out em vez do tie-break, com duração de 5 minutos. Quem fizer mais pontos neste período, vence.

    Como o WTT de Billie Jean King, a IPTL terá um capitão para cada time, podendo pedir parada técnica.

    A grande adesão de jogadores – 7 por time (1 time tem 8) – e o formato tornam a competição interessantíssima, em lugares onde normalmente não é comum ver as grandes estrelas do tênis.

    No entanto, antes de começar, ainda há muitas incógnitas.

    É válido para os jogadores que sempre pedem descanso, em sua maioria, entrar em um avião pouco depois de encerrar a temporada e cruzar meio mundo?

    Tudo bem que serão jogos exibição, mas eles terão que viajar bastante e há poucos dias de intervalo. Alguns deles, como Federer, por exemplo, só jogarão em uma cidade (ele joga em Nova Deli).

    Como estarão os jogadores no ano que vem? Sentirão o desgaste, de em vez de jogar uma ou outra exibição competir por dias seguidos, mesmo que os tops só joguem algumas vezes?

    O maior beneficiado é o público. Eles comparecerão em massa?

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    A programação do primeiro dia já inclui duelos como Berdych x Monfils (o francês perdeu a Copa Davis a menos de uma semana); Ivanovic x Hantuchova; Murray x Cilic, entre outros.

    É aguardar para ver. No tênis, um esporte tão tradicional, qualquer novidade é vista com desconfiança. Mas, por outro lado sempre é bem vinda.

    Confira a lista de jogadores:

    Manila Mavericks: Murray, Nestor, Flipkens, Moyá, Tsonga e Sharapova

    Singapore Slammers: Berdych, Agassi, Williams, Hewitt, Soares, Rafter, Hantuchova e Kyrgios.

    Indian Aces: Federer, Sampras, Monfils, Ivanovic, Santoro, Bopanna e Mirza

    UAE Royals: Zimonjic, Djokovic, Wozniacki, Jaziri, Ivanisevic, Cilic e Mladenovic.

    Todas as informações estão no www.iptlworld.com e no twitter @iptl

    Diana Gabanyi






    Suíça é campeã da Davis e Federer conquista o único grande título que faltava na sua carreira

    Por admin - 23/11/2014 às 23:31

    O mundo do tênis sonhou com esta final entre França e Suíça. Os franceses armaram a festa, colocaram 27.448 pessoas dentro do Estádio Pierre Mauroy – recorde para uma partida oficial de tênis – , reuniram praticamente toda a história do esporte em Lille, mas quem acabou brilhando e levando a Taça Davis para casa foram Roger Federer e Stan Wawrinka. Como muita gente queria e torcia, mais um pedaço de história foi escrito para a já lendária carreira do “Maestro” e mais um capítulo da Copa Davis será lembrado para sempre.

    10685598_865545056811183_7336625479016997541_nCom o primeiro ponto conquistado por Wawrinka na sexta-feira, vencendo Jo-Wilfried Tsonga (Federer perdeu o segundo para Gael Monfils), a vitória nas duplas no sábado (Federer e Wawrinka ganharam de Gasquet e Benneteau), foi o número dois do mundo quem fechou o confronto neste domingo. Com Tsonga lesionado do cotovelo direito, Gasquet entrou em seu lugar, mas se deparou com um Federer no melhor da sua forma. Concentrado e sem aparentar qualquer problema nas costas que o impediu de jogar a decisão do Finals, contra Novak Djokovic, Federer não deu qualquer chance ao francês. Afinal, entre tantos títulos, faltava apenas 1 dos grandes para o currículo, o da Davis. Venceu por 6/4 6/2 6/2, ajoelhou no saibro e comemorou com os companheiros de equipe.

    Momentos depois Federer, aos 33 anos, estava em quadra, ao lado do capitão Severin Luthi, de Wawrinka e de Michael Lammer e Marco Chiudinelli para receber a Taça. Quando ele esteve ausento, durante alguns confrontos, foi Wawrinka quem levou o time suíço adiante e foi o número 2 da equipe quem deu a largada para a conquista com vitória na sexta-feira.

    A Davis complementa uma carreira fora de série, em que os número falam por si só.

    17 títulos de Grand Slam (já venceu os 4 – Roland Garros, WImbledon, US Open e Australian Open)

    82 títulos de simples no total (5 conquistados nesta temporada)Federer Davis

    Número um do mundo por 302 semanas

    Medalha de ouro Olímpica nas duplas, em 2008, em Beijing, com Wawrinka

    Agora, campeão da Copa Davis.

    PS – Pode haver críticas todos os anos sobre o formato da Copa Davis. Sim, é desgastante, especialmente para a equipe campeã. Quando muitos jogadores já estão de férias, ou jogando exibições, suíços e franceses disputavam a final. Mas, não há nada mais emocionante do que jogar diante de tantos espectadores patriotas e competir neste formato. Pode ser que nos Estados Unidos, sem ídolos atualmente, a competição já não atraia tanta gente, mas mundo afora, continua movimentando e muito o esporte.

    Diana Gabanyi






    Final da Davis, Chegou a Hora!

    Por admin - 20/11/2014 às 22:15

    Uma parte do mistério terminou. Roger Federer entrará em quadra nesta sexta para enfrentar Gael Monfils, no segundo jogo da Final da Copa Davis, logo depois do compatriota Stan Wawrinka desafiar Jo-Wilfried Tsonga e as 27.000 pessoas que compraram ingressos para assistir à decisão histórica, no Estádio Pierre Mauroy, em Lille.

    Federer Davis

    Mas, se uma parte do mistério terminou, há outra que só saberemos amanhã, durante o jogo. Como Roger Federer jogará? Como estarão as suas costas? Desde que desistiu de jogar a final contra Novak Djokovic, em Londres, no domingo, o suíço vem fazendo tratamentos e bateu bola apenas 2 vezes em Lille.

    O próprio Federer respondeu que só saberá mesmo como está, em quadra. “Com certeza estou melhor do que no domingo,” disse o número 1 do País e número 2 do mundo, na tradicional entrevista das equipes, após o sorteio que definiu a ordem dos jogos, na bela Câmara de Comércio de Lille. O sorteio também colocou os suíços Michael Lammer e Marcho Chiudinelli para jogar as duplas, em vez de Wawrinka e Federer. Mas, em Davis, isto não quer dizer muita coisa. A dupla pode mudar até 30 minutos antes do jogo.

    Enquanto isso, os franceses apareceram para o sorteio sem Gilles Simon e com Tsonga e Monfils para jogar simples e não Gasquet. Richard jogará duplas com Benneteau.

    Davis Cup final

    Chegou a hora da tão esperada final, que começará com mais indefinições do que certezas. O duelo já era equilibrado e interessante antes de Federer se machucar,  agora tudo dependerá de como o Maestro Suíço se sentir em quadra e de como os franceses se apresentarão diante dos 27.000 fãs. Será que sentirão a pressão ou crescerão com o apoio do público.

    Federer e Wawrinka conquistarão a primeira Davis para a Suíça ou os franceses, com o apoio de toda a história tenística, dos feitos de Noah, Leconte, Boetsch, Forget, Escude, entre outros, comemorarão a 10a. ?

    A resposta nós teremos em quadra!

    Diana Gabanyi






    Com a Final se aproximando, mistério ainda ronda a Copa Davis

    Por admin - 18/11/2014 às 19:37

    Você se lembra de algum confronto de Copa Davis em que não tenha havido algum mistériou, confusão, falatório? Até mesmo na final da única competição entre nações do tênis, em Lille, entre a França e a Suíça o mistério está rondando a competição. Só que desta vez não é por armação, estratégio ou propositalmente. Com a lesão nas costas sofrida na semifinal do ATP Finals, Roger Federer disse estar melhor, mas ainda não começou a treinar.

    10653377_863001463732209_5030076711680339895_nDaqui a três dias ele precisa estar em quadra para encarar o forte time francês, que ainda não claramente definido quem jogará as partidas de simples – Gasquet? Monfils? Tsonga? – e em cinco sets.

    Além da lesão nas costas que deu o título do Finals a Djokovic, outro assunto tomou conta to time suíço nos últimos dias, a suposta briga entre Federer e Wawrinka. Tudo teria começado com o comportamento de Mirka, esposa de Roger, no jogo, irritando Wawrinka. Os dois tenistas disseram que o desentendimento não passou de coisa do jogo e que tudo foi resolvido em uma rápida conversa no vestiário.

    O assunto, aparentemente resolvido, agora toma lugar secundário em Lille e até Federer entrar em quadra para bater uma bola e aparecer com o time no Sorteio Oficial, na quinta-feira, ficará o mistério se ele joga ou não.

    O número dois do mundo afirmou estar fazendo de tudo para poder competir. E deve estar mesmo. Afinal, a conquista da Davis é a única que falta em sua repleta estante de trofeus.

    O capitão francês, Arnaud Clement, disse não estar preocupado com a entrada ou não de Federer em quadra. Disse que está preparando “os Mosqueteiros (ainda contam com Simon e Benneteau) para encarar os suíços com força máxima. Uma típica resposta de Davis, quando o capitão diz que tem que se preocupar com o seu time.

    Com apenas três dias para o início dos jogos e dois para o sorteio, ainda há muito mistério nesta decisão de Copa Davis, em Lille, no Stade Pierre Mauroy.






    Um anticlimax para terminar a temporada da ATP

    Por admin - 18/11/2014 às 00:31

    A ATP terminou a temporada 2014 com um super anticlimax, sem a Final das Finais. Roger Federer, lesionado, não conseguiu entrar em quadra para jogar a decisão com Novak Djokovic e o sérvio levantou o trofeu de campeão sem ter feito o menor esforço neste domingo. Foi o terceiro título seguido de ATP Finals de Djokovic e o quarto da carreira.

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    A semana, que já não foi das mais empolgantes na Arena 02, terminou com uma exibição entre Murray e Djokovic e depois uma dupla de Murray e McEnroe contra Henman e Cash.

    Sem jogos emocionantes até a semifinal de sábado à noite, em que Federer precisou salvar 4 match points para vencer Wawrinka, o público esperava ansiosamente pela decisão entre o número 1 e o número 2 do mundo.

    Mas a emoção maior que tiveram foi o suspense de quando começaram a circular rumores, durante a final de duplas, de que Federer estaria lesionado e não jogaria, até o anúncio na quadra, após os irmãos Bob e Mike Bryan vencerem Marcelo Melo e Ivan Dodig por 7/6 2/6 10-7.

    O pior é que não tem torneio ATP na semana que vem para apagar essa imagem, agora só em 2015. Por sorte Murray estava por perto e havia outras estrelas do esporte disponíveis para entreter o público. Se não, a situação seria ainda pior. Aproximadamente 10 mil – das 17 mil da capacidade total –  pessoas ficaram na Arena 02 para assistir as exibições.

    De sexta a domingo tem a tão esperada final da Davis entre Suíça e França. Enquanto os franceses já estão treinando há dias juntos – fizeram uma etapa em Bordeaux e agora chegaram a Lille, local da disputa -, os suíços só agora começam a pensar na Saladeira e com um problemão. Wawrinka precisa se recuperar da derrota e do esforço físico e Federer não saba ao certo quando conseguirá estar em Lille. Ou seja, pode ser que essa também tão aguardada decisão, vire uma festa francesa, já que os suíços não tem substitutos a altura de “Fedrinka.”

    Diana Gabanyi






    Melo faz história, vai à final em Londres com Dodig e encara os irmãos Bob e Mike Bryan

    Por admin - 15/11/2014 às 12:41

    Melo e Dodig Finals Arena 02O Brasil está na decisão do ATP World Tour Finals, em Londres. Marcelo Melo fez história ao lado do croata Ivan Dodig e será o primeiro brasileiro a jogar uma final de um Masters. Neste sábado eles derrotaram de virada a dupla campeã do Australian Open e invicta na competição, do sueco Robert Lindstedt e do polonês Lukasz Kubot, por 4/6 6/4 10-6.  Agora, eles enfrentam os irmãos Bob e Mike na grande final, que venceram os franceses Julien Benneteau e Edouard Roger Vasselin por 6/0 e 6/3.

    Melo, 31 anos, começou a jogar ao lado de Dodig em 2012. O primeiro torneio que jogaram juntos foi o ATP de Memphis em que foram vice-campeões. Naquele ano, o mineiro ainda alternou alguns parceiros e só em 2013 os dois formaram uma parceria fixa, com raras exceções, por conflitos de calendário (Dodig também joga simples) ou lesão. Alcançaram a final de Wimbledon, a semifinal do US Open e se classificaram para o Finals, indo até a semi.

    Neste ano, com Dodig lesionado, Melo teve que jogar alguns torneios com outro parceiros, mas mesmo assim a dupla conseguiu se classficar para jogar o torneio que reúne as oito melhores duplas da temporada. Curiosamente, juntos eles não venceram nenhum torneio no ano. Foram vice dos Masters 1000 de Monte Carlo e de Toronto e vices no ATP de Tóquio.

    Melo tem no total 13 trofeus de duplas no circuito em 29 finais disputadas. Destes 13, apenas 1 com o croata, justo o mais importante da carreira, o do Masters 1000 de Xanai, no ano passado. Finais com Dodig foram 5, incluindo a de Wimbledon.

    Para chegarem à decisão em Londres, Melo e Dodig, no Grupo B, começaram vencendo Daniel Nestor e Nenad Zimonjic por 6/3 7/5. Depois venceram Marcel Granollers e Marc Lopez por 7/6 7/6 e no último jogo do Round Robin, já classificados para semi, perderam para Benneteau/Vasselin 4/6 6/2 10-8.

    Veja agora uma tabela com todos os títulos de Marcelo Melo

    2014 – Auckland  (com Knowle)

    2013  ATP World Tour Masters 1000 Shanghai  (com Dodig) e Brisbane  (com Robredo)

    2012 Estocolmo (com Soares)

    2011 Costa Do Sauipe  (com Soares) e Santiago  (Soares)

    2010  Nice  (com Soares)

    2009 Kitzbnhel  (com Sa)

    2008  New Haven  (com Sa) , Poertschach  (cm Sa) , Costa Do Sauipe  (com Sa) , Adelaide  (com Garcia)

    2007 Estoril  (com Sa)

    Diana Gabanyi

    Foto de Vipcomm






    Murray vence e se mantém vivo no ATP Finals

    Por admin - 11/11/2014 às 22:37

    O ATP Finals não é apenas o último torneio do ano e o evento que reúne os 8 melhores jogadores da temporada. Ele é diferente de todas as outras competições do circuito, trazendo uma emoção a mais para a Arena 02 em Londres, com a disputa no sistema Round Robin. Murray_Valencia_2

    Para começar, Novak Djokovic, Roger Federer, Andy Murray, Stan Wawrinka, Marin Cilic, Tomas Berdych, Milos Raonic e Kei Nishikori jogam, no mínimo, três partidas. É uma chance raríssima de assistir os tops três vezes, em duelos contra os melhores, em um período de cinco dias.

    Dos quatro jogadores de cada grupo, dois se classificam para a semi. É aí que entra a emoção, a confusão e a incerteza.

    Murray, integrante do Grupo B, com Federer, Nishikori e Raonic, perdeu o primeiro jogo para o japonês, mas ganhou o segundo contra o canadense. Raonic, por sua vez, perdeu as suas duas partidas. Havia sido derrotado por Federer no domingo.

    Com a vitória desta terça diante de Raonic por 6/3 7/5, Murray manteve as esperanças de se classificar para a semi. Precisa ganhar de Federer, para começar. Mas, se perder, tem que torcer para Raonic, que jogará antes, ter vencido Nishikori e aí contar com a matemática para fazer cálculos de saldos de sets e eventualmente de games. Federer é o único com duas vitórias. Ganhou de Nishikori por 6/2 6/3.

    No outro Grupo, Djokovic e Wawrinka começaram arrasadores. Venceram, respectivamente Cilic e Berdych pelo mesmo placar, duplo 6/1 e agora se enfrentam na quarta-feira. Cilic e Berdych fazem o outro duelo na Arena 02.

    É interessante ver como funciona o formato da disputa em uma semana do ano. Já tentaram levar o sistema para o circuito regularmente e a experiência não deu certo. Foi na época do CEO sul-africano Etienne de Villiers. Depois de alguns torneios, desistiram de aplicá-lo regularmente.

    Diana Gabanyi






    Nishikori e Federer vencem a 1a. em Londres. Melo e Dodig estreiam com vitória.

    Por admin - 09/11/2014 às 20:43

    Kei Nishikori e Roger Federer foram os vitoriosos do primeiro dia de disputas do ATP World Tour Finals, em Londres. Neste domingo, Kei Nishikori venceu o tenista da casa, Andy Murray, por duplo 6/4 e Roger Federer ganhou do canadense Milos Raonic, por 6/1 7/6.  O brasileiro Marcelo Melo, ao lado de Ivan Dodig, também estreou com vitória na Arena O2, derrotando os experientes Daniel Nestor e Nenad Zimonjic por 6/3 7/5. Nishikori ATP Finals Screen Shot 2014-11-09 at 8.36.45 PM

    Vice-campeão do US Open, Nishikori decepcionou os fãs britânicos que acreditavam em vitória de Murray. Depois do esforço que fez para se classificar para jogar o ATP Finals, esperava-se a vitória de Murray diante de um adversário que tinha um histórico favorável (3×0). Mas, o japonês foi mais consistente e levou a melhor.

    Murray ainda pode se classificar, já que a disputa é no sistema Round Robin. Mas, terá como adversários Federer e Raonic.

    Vitorioso no confronto com Federer há poucos dias, em Paris, Raonic esboçou uma reação no segundo set, levou o jogo para o tie-break, mas não conseguiu marcar um ponto se quer diante do suíço, para levar a partida a um terceiro set.

    No outro jogo da rodada, nas duplas, os espanhóis Marc Lopez e Marcel Granollers ganharam de Julien Bennetteau e Edouard Roger Vasselin por 6/4 6/4.

    GRUPO A

    Nesta segunda-feira, o Grupo A estreia. Campeão do Australian Open, Stan Wawrinka pega Tomas Berdych, sétimo na ATP e o número um do mundo, Novak Djokovic duela diante do campeão do US Open, Marin Cilic.

    Nas duplas, a vez é de Bruno Soares estrear com Alexander Peya. Eles enfrentam o holandês Jean Julien Rojer e o romeno Horia Tecau. O outro jogo do Grupo é entre os irmãos Bryan e Lukasz Kubot/Robert Lintsdet.

    O ATP Finals é o último torneio da temporada e reúne os oito melhores jogadores de simples e as 8 melhores duplas do ano. Os tenistas são divididos em dois grupos de 4 e todos se enfrentam entra si. Os dois primeiros colocados de cada grupo avançam à semi.

    Diana Gabanyi






    O ATP Finals nos últimos 20 anos

    Por admin - 06/11/2014 às 19:58

    Faltam três dias para o ATP Finals começar, em Londres. O último torneio do ano e que desta vez pode decidir o número um do mundo. O torneio que só tem os oitos melhores jogadores da temporada. O torneio que tem um formato diferente,  com o sistema de disputas Round Robin. O torneio que produz embates históricos e finais memoráveis.Federer

    Além de ter assistido e trabalhado naquela final de Lisboa em que o Guga foi campeão no ano 2000 e ter estado em outros Finals, antigamente chamado de Masters e antes disso ainda de ATP World Tour Championships, lembro de ter assistido na TV algumas decisões marcantes, em diversos locais do mundo (desde 2009 o campeonato é disputado em Londres – mas nos últimos 20 anos esteve em Frankfurt, Hannover, Lisboa, Sidney, Houston e Xangai). Para mim, eram ainda mais impressionantes quando a disputa era em 5 sets. Hoje em dia é em melhor de 3.SAMPRAS-12

    A de 1996, entre Boris Becker e Pete Sampras, com vitória do americano por 3/6 7/6 7/6 6/7 6/4 é uma delas. A outra é entre o Carlos Moyá e o Alex Corretja, em 1998. Primeiro por ser super inusitado ver dois espanhóis, na época, disputando uma final em quadra rápida indoor e depois por ter sido umas das decisões mais disputadas de todos os tempos. A vitória fo de Corretja por 3/6 3/6 7/5 6/3 7/5.
    A decisão entre Guga e Agassi, no ano 2000, foi histórica para o Brasil. Mas, o brasileiro dominou o jogo. Venceu com triplo 6/4 e é assunto de outro post.
    E a vitória histórica de David Nalbadian, já em Xangai, diante de Roger Federer? O argentino ganhou por 6/7 6/7 6/3 6/2 7/6.
    Depois desta em 2005, houve poucas decisões tão disputadas. Até 2007 ainda jogaram melhor de cinco sets, mas depois disso virou melhor de 3 e nenhuma final foi assim tão contestada.

    Aqui vai um quadro com as finais dos últimos 20 anos. É sempre bom olhar e lembrar que Tsonga, Ferrer, Davydenko, Blake e até Grosjean foram finalistas deste torneio. Davydenko inclusive foi campeão em 2009. É interessante olhar e ver quantas finais o Federer disputou desde 2003 – foram 8. Assim como ele, Pete Sampras também jogou inúmeras finais. Foram 6 (não aparece no quadro, mas ele foi campeão em 1991).
    E ao digitar o quadro, lembrei da final emocionante entre Hewitt e Ferrero também.
    Entre Djokovic, Federer, Murray, Wawrinka, Nishikori, Berdych, Raonic e Cilic, o nome de quem será que vamos escrever ao lado de 2014?

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    2013 – Novak Djokovic d. Rafael Nadal 6/3 6/4
    2012 – Novak Djokovic d. Roger Federer 7/6 7/5
    2011 – Roger Federer d. Jo-Wilfried Tsonga 6/3 6/7 6/3
    2010 – Roger Federer d. Rafael nadal 6/3 3/6 6/1
    2009 – Nikolay Davydenko d. Juan Martin del Potro 6/3 6/4
    2008 – Novak Djokovic d. Nikolay Davydenko 6/1 7/5
    2007 – Roger Federer d. David Ferrer 6/2 6/3 6/2
    2006 – Roger Federer d. James Blake 6/0 6/3 6/4
    2005 – David Nalbandian d. Roger Federer 6/7 6/7 6/2 6/1 7/6
    2004 – Roger Federer d. Lleyton Hewitt 6/3 6/2
    2003 – Roger Federer d. Andre Agassi 6/3 6/0 6/4
    2002 – Lleyton Hewitt d. Juan Carlos Ferrero 7/5 7/5 2/6 2/6 6/4
    2001 – Lleyton Hewitt d. Sebastien Grosjean 6/3 6/3 6/4
    2000 – Gustavo Kuerten d. Andre Agassi 6/4 6/4 6/4
    1999 – Pete Sampras d. Andre Agassi 6/1 7/5 6/4
    1998 – Alex Corretja d. Carlos Moyá 3/6 3/6 7/5 6/3 7/5
    1997 – Pete Sampras d. Yevgeny Kafelnikov 6/3 6/2 6/2
    1996 – Pete Sampras d. Boris Becker 3/6 7/6 7/6 6/7 6/4
    1995 – Boris Becker d. Michael Chang 7/6 6/0 7/6
    1994 – Pete Sampras d. Boris Becker 4/6 6/3 7/5 6/5
    1993 – Michael Stich d. Pete Sampras 7/6 2/6 7/6 6/2

     

    Diana Gabanyi

    Fotos de Cynthia Lum






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