Quando estava no seu último ano como juvenil, aos 18 anos de idade, Rafael Garcia recebeu algumas propostas e não hesitou: decidiu estudar fora do país, mas sem largar o tênis, jogando no circuito universitário norte-americano.
Rafael foi com o apoio do Daquiprafora, umas das principais empresas no assessoramento de atletas e estudantes para universidades nos Estados Unidos, e da Fundação Lemann, reconhecida por auxiliar tenistas, entre outros, a irem para os Estados Unidos jogar o circuito universitário em várias modalidades esportivas.
Dessa forma, Rafael, que é formado em Marketing pela Texas Tech University, nos contou um pouco sobre a sua experiência em território norte-americano.
Quando e como surgiu a oportunidade de ir para os EUA estudar e jogar o circuito universitário?
Surgiu aos 18 anos, durante meu último ano de juvenil, quando recebi propostas de algumas universidades.
Em qual lugar você nasceu e morava aqui no Brasil?
Eu nasci em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, mas aos 15 anos me mudei para o Rio de Janeiro, onde morei por 3 anos, e aos 18 anos fui para São Paulo.
Qual foi a universidade escolhida? O que você cursou?
Escolhi ir para a Texas Tech University, por inúmeras razões. O Marcelo Ferreira, hoje Head Coach da Pepperdine, mas na época treinador da Texas Tech, fez um trabalho excelente de recrutamento comigo. Além disso, sabia da ida de outros brasileiros pra lá, e por saber de suas qualidades como tenistas e pessoas não tive dúvida que era pra lá que queria ir. Eu cursei Marketing e fui muito feliz com minha escolha pois tive excelentes professores e aulas muito interessantes.
Qual era a sua expectativa quando partiu para os EUA?
Em termos de estrutura eu já tinha a expectativa de que seria algo de outro mundo. Eu pesquisei muito sobre a Texas Tech, já sabia de seu campus enorme (maior dos EUA), e que a estrutura da atlética era incrível. Já com relação ao tênis, eu me surpreendi bastante. A princípio eu não imaginava que o nível seria tão alto. Muitos dos jogadores que cruzei durante a carreira de college estão hoje entre os top 150 do mundo em menos de 3 anos no circuito.
Quais foram as principais dificuldades? Já sabia falar inglês fluentemente?
A única dificuldade que encontrei bem no comecinho foi de assistir aulas em inglês. Eu falava inglês em um nível bom, mas não dominava a língua. Claro que sentia falta da minha família e amigos, mas sempre soube que eles estariam lá para mim e que isso era algo passageiro.
Qual foi a importância do Daquiprafora e da Fundação Lemann nesse projeto?
Foi fundamental. O Felipe Fonseca, fundador da Daquiprafora, foi a primeira pessoa a falar comigo sobre College Tennis. Tomei a decisão de ir para os EUA restando muito pouco tempo para passar pelo processo de admissão, e se não fosse a Daquiprafora tenho certeza que não teria dado certo. Tão importante quanto a Daquiprafora, foi a bolsa Lemann que recebi (providenciada pela Fundação Lemann), pois sem essa bolsa não teria ido para os EUA. Sem dúvida alguma devo muito a ambas as partes por tornar esse projeto realidade.
Como essa experiência o auxiliou na busca pela inserção no mercado de trabalho depois da universidade?
Fiz muitas amizades e conheci muitas pessoas nos EUA, e por conta disso recebi uma oferta de estágio em Nova Iorque logo que me graduei. Passei um ano incrível por lá antes de voltar ao Brasil. Acredito que esse é um dos maiores benefícios de fazer faculdade lá nos EUA. Além da estrutura fantástica, você tem contato com centenas de culturas, e também tem a oportunidade de fazer um networking enorme.
Você decidiu permanecer nos EUA ou voltar ao Brasil? Ainda tem contato com a universidade?
A princípio queria ficar por lá, mas depois desse ano percebi que seria mais interessante voltar ao Brasil. Mantenho contato com meu treinador de lá e estou sempre por dentro de como a atlética está indo, especialmente o tênis.
Qual é o seu trabalho atual?
Hoje trabalho na Daquiprafora, onde sou um dos coordenadores de universidades. Tem sido uma experiência e oportunidade incrível continuar vivendo um pouco da experiência de College com essa nova geração de atletas e estudantes.
Você recomenda a experiência aos jovens que ainda estão em dúvida sobre o circuito universitário?
Sim, sem dúvida alguma. É uma oportunidade única de continuar jogando tênis em alto nível e ao mesmo tempo conciliar os estudos em um sistema de ensino de alta qualidade.