Quem hoje vê Pedro Campos, formado em 2011 pela University of South of Carolina (USC), nos Estados Unidos, e trabalhando na gigante do setor bancário JP Morgan, dificilmente acreditaria que aquele baiano de 25 anos tem ricas histórias no tênis de sua vivência acadêmica. A começar por 2004, quando figurava entre os principais destaques do tênis juvenil e foi convocado para fazer parte da equipe brasileira em confronto da Copa Davis.
“Foi na Costa do Sauípe, contra o Paraguai. Uma pena nós não termos ganho (2 a 3), mas foi incrível. Estavam Marcos Daniel, Júlio Silva, Alexandre Simoni, Josh Goffi (atual t&écnico da USC), eu e o (Thomaz) Bellucci como juvenis Por ser novato, eles sempre me faziam pagar flexões por falar muito ou não falar nada”, lembra Pedro, com alegria.
Antes de conseguir bolsa integral para estudar Finanças e Marketing nos Estados Unidos, em 2006, devido ao talento no tênis e desempenho acima da m&édia nas provas, recebeu toda a assistência da equipe do Daquiprafora para ingressar no tênis universitário e em uma faculdade com mais de 100 anos de tradição no ensino.
“O Daquiprafora me deu toda assistência na parte de escolha da faculdade, apontou os prós e contras de cada curso, documentação, agenda de testes, e facilitou bastante na comunicação com os treinadores”, destaca o tenista, vencedor do prêmio “Atleta do Ano”, premiação que engloba todas as modalidades oferecidas na USC.
Pedro ficou maravilhado com a estrutura da universidade. “É algo que não dá para explicar, sensacional”, conta. E logo em 2007, em seu primeiro ano pelos Gamecocks, apelido da equipe da USC na liga universitária, Pedro encarou uma estrela que cinco anos mais tarde se tornaria top 10 do ranking mundial, o norte-americano John Isner.
“Ele já sacava muito bem, mas não como agora. Era diferenciado e visto como uma sensação na liga, pois dificilmente era derrotado quando jogava pela University of Georgia (UGA),” relembra Pedro. “Na hora de cumprimentá-lo na rede, disse que ele tinha feito um bom jogo e tive que olhar pra cima porque o Isner já era bem alto”. Pedro perdeu por 6/2 6/1.
Por que viajar, estudar e trabalhar nos Estados Unidos
Mesmo com o país atravessando um período economicamente instável, os Estados Unidos continuam atraindo estudantes do mundo inteiro, como explica Pedro. “Jovens brasileiros que tiverem a oportunidade de estudar nos Estados Unidos deveriam aproveitar. Apesar da distância, &é chance de viver uma cultura diferente, aprender um novo idioma e vivenciar o que os americanos consideram os melhores quatro anos da vida deles, o período acadêmico”. A possibilidade de cursar uma universidade, na visão de Pedro, certamente será um diferencial do candidato na carreira profissional. “Estudar em uma escola academicamente boa nos Estados Unidos, mais tarde abrirá portas para esses jovens no mercado de trabalho. A estrutura acadêmica e atl&ética &é de impressionar,” afirma.
University of Southern California (www.usc.edu) – Fundada em 1880, a University of Southern California &é uma instituição privada, localizada na Califórnia, que oferece cursos de graduação e pós-graduação e tem como uma das principais características engajar seus estudantes em ações sociais ao redor de Los Angeles. A USC oferece cursos em diferentes áreas, como Medicina, Engenharia, Comunicação, Direito e Administração. O estudante que quiser pleitear uma vaga na equipe de esportes precisa praticar uma destas modalidades: tênis, futebol, natação, polo aquático, vôlei, vôlei de praia, basquete e remo.
Por Renan Justi
*reportagem publicada na edição 119 de Tennis View
(foto: Arquivo Pessoal)