O desfecho das semifinais na chave masculina não poderia ter sido melhor para a torcida britânica. Andy Murray enfrentou grandes dificuldades contra Jo-Tsonga, mas finalmente conseguiu superar a barreira das semifinais de Wimbledon após três árduas eliminações a um passo da final. De quebra, deu fim ao jejum de 74 anos desde a última vez que um britânico (Bunny Austin/1938) foi finalista em Wimbledon.
“Com certeza será uma das maiores partidas de toda a minha vida. Há muita pressão envolvida numa partida de tênis, estresse, mas eu sempre procuro focar no próximo ponto”, disse Murray.
O momento mágico na 126ª edição de Wimbledon não poderia ser mais especial com uma decisão contra Roger Federer, a lenda suíça que está em busca da s&étima coroa em Wimbledon – marca que pertence a Pete Sampras – e animado com a possibilidade de voltar a ser o número 1 do mundo – caso supere Murray no terceiro confronto de ambos em finais de Grand Slam (US Open/2008 e Australian Open/2010).
Embora não soubesse quem iria enfrentar na decisão, Federer elegeu com sorte seu favorito. “Eu adoraria jogar contra o Murray. Eu sempre digo que, seja em qualquer país, prefiro jogar contra o herói local, o que &é exatamente o caso de Murray aqui em Wimbledon”, disse o suíço, único jogador da história com oito finais de Wimbledon no currículo.
Retrospecto
Federer venceu as duas finais de Slam que fez contra Murray sem sequer perder um set. Por outro lado, a esperança britânica soma oito vitórias contra 7 trunfos de Federer no retrospecto. Vale lembrar que nenhuma vez, em toda a história de ambos no circuito, houve um confronto sobre a superfície de grama, curiosamente todos foram disputados na quadra dura.
O que está em jogo?
Para Federer, único tenista da história com 8 finais de Wimbledon, um trunfo contra Murray valerá a redenção ao topo do ranking e a chance de colocar o seu nome, lado a lado com Pete Sampras, como maior vencedor de Wimbledon de todos os tempos.
“Jogar valendo o número 1 do mundo &é uma pressão a mais”, declarou Federer após uma brilhante e impecável apresentação diante de Novak Djokovic, que há 2 dias estava justamente celebrando seu primeiro ano como número 1 do mundo.
Do outro lado da quadra, em busca de seu sonhado primeiro Grand Slam, estará Murray competindo por todo um reino, que aguarda ansiosamente pela primeira conquista de Wimbledon desde a conquista de Fred Perry há 76 anos, um nome que Murray com certeza já está cansado de ouvir.
Veja a festa da torcida britânica, do lado de fora da quadra central, em Wimbledon, momentos após a vitória de Murray sobre Tsonga.
Por Renan Justi, em Londres
(fotos: AELTC)