Depois de voltar a disputar o Grupo Mundial da Copa Davis neste ano, o Brasil perdeu na primeira rodada para os Estados Unidos, em fevereiro, e a partir desta sexta-feira joga a repescagem para evitar uma nova disputa do Zonal Americano, no próximo ano. O duelo será difícil, contra a Alemanha, fora de casa, em uma quadra rápida coberta.
Mais uma vez, Thomaz Bellucci, Rogério Dutra Silva, o Rogerinho, Bruno Soares e Marcelo Melo, liderados pelo capitão João Zwetsch, serão os representantes do país, repetindo a formação do time que venceu a Rússia em São José do Rio Preto, no ano passado, garantindo a participação brasileira no Grupo Mundial deste ano, fato que não acontecia desde 2003, quando Gustavo Kuerten ainda fazia parte da equipe que foi derrotada pela Suécia, fora de casa.
Desde então, o Brasil não manteve os bons resultados e ainda passou por um boicote organizado pelos jogadores que chegou a levar o país para a terceira divisão. Depois disso, foram seis chances de voltar à elite, algumas com o favoritismo, que não foi concretizado. Vamos relembrar:
2006 – Suécia, no saibro de Belo Horizonte (1×3)
Equipe – Flavio Saretta, Ricardo Mello, André Sá e Gustavo Kuerten – Capitão: Fernando Meligeni
– Com Guga somente nas duplas e Soderling, que venceu os dois jogos de simples por 3/0, em ascensão, apenas Saretta deu o primeiro ponto para o Brasil
2007 – Áustria, no carpete de Innsbruck (1×4)
Equipe – Ricardo Mello, André Sá, Gustavo Kuerten e Thomaz Bellucci – Capitão: Francisco Costa
– Bellucci, Mello e Guga/Sá perderam as três primeiras partidas por 3/0. Foi a estreia de Bellucci na competição, com derrota para Jurgen Melzer por triplo 6/4
2008 – Croácia, na quadra rápida de Zadar (1×4)
Equipe Thomaz Bellucci, Thiago Alves, Marcelo Melo e André Sá – Capitão: Francisco Costa
– Após derrotas de Bellucci e Alves por 3/0, Melo e Sá deram o único ponto para a equipe no sábado, com 3/1 sobre Ivo Karlovic/Lovro Zovko
2009 – Equador, no saibro de Porto Alegre (2×3)
Equipe – Marcos Daniel, Thomaz Bellucci, Marcelo Melo e André Sá – Capitão: Francisco Costa
Daniel marcou o primeiro ponto contra Giovanni Lapentti e, a partir daí, Nicolas Lapentti tornou-se o nome do confronto. Aos 34 anos, o ex-top 10 derrotou Bellucci por 3/0, Melo/Sá ao lado do irmão e Daniel, no domingo, por 3/2, após o gaúcho abrir 2 sets a 0
2010 – Índia, na quadra rápida de Chenai (2×3)
Equipe – Thomaz Bellucci, Ricardo Mello, Marcelo Melo e Bruno Soares – Capitão: João Zwetsch
Bellucci e Mello precisaram de cinco sets contra Rohan Bopanna (então 479 do mundo) e Somdev Devvarman (113), respectivamente, para dar vantagem de 2/0 no primeiro dia. Uma derrota nas duplas, o abandono de Bellucci contra Devvarman após um set e meio e a inesperada queda de Mello por 3/0 contra Bopanna completaram a virada dos indianos.
2011 – Rússia, na quadra rápida indoor (2×3)
Equipe: Thomaz Bellucci, Ricardo Mello, Bruno Soares e Marcelo Melo – Capitão: João Zwetsch
O primeiro dia de disputas terminou empatado, com Mello perdendo de Youzhny e Bellucci ganhando de Andreev. Melo e Soares deram o segundo ponto para o Brasil, nas duplas, ganhando de Tursunov e Kunitsyn. Bellucci acabou perdendo o ponto da vitória no quinto set, por 14/12, para Youzhny e depois Mello, no jogo decisivo, foi superado por Tursunov.
Nesta sexta, o Rogerinho vai abrir o confronto contra Philipp Kohlschreiber. Em seguida, Thomaz Bellucci enfrenta Florian Mayer.
“Me sinto muito bem defendendo as cores do meu país e por isso me doarei 110% para conseguir a vitória”, afirma Rogerinho, que tem quatro partidas de Copa Davis na carreira e nunca foi derrotado na competição, tendo jogado confrontos com Uruguai e Rússia. “Espero que continue assim. Na última vez eu tinha jogado em casa, agora é fora de casa, mas espero manter esse recorde. Quem sabe?”, completou.
Sendo assim, o Brasil vai em busca da permanência no Grupo Mundial, procurando repetir o que aconteceu ininterruptamente entre 1997 e 2003, quando o Brasil ocupou um lugar na elite do tênis mundial.