Podem dizer que ele já acabou, que não vai ganhar mais Grand Slam, que já passou dos 30 e não consegue mais acompanhar o ritmo dos outros, mas ele é uma lenda do esporte e fazer o que Roger Federer fez, nesta quarta em Melbourne é para pouquíssimos.
Há semanas Federer anunciou que faria uma noite de caridade antes do Australian Open começar. Já vi isso acontecer uma ou outra vez, mas nunca da maneira que foi feita em Melbourne.
A Rod Laver Arena foi toda modificada para receber Roger Federer and Friends – saíram os logos dos patrocinadores e entraram os logos RF e da Rolex, patrocinadora de Federer e do evento.
Federer conseguiu trazer Laver para bater uma bolinha com ele. Dois mitos do esporte, talvez os dois maiores de todos os tempos, batendo bola na quadra que leva o nome do australiano. Ainda entraram em quadra outras lendas do esporte australiano, Tony Roche, que foi técnico de Federer, Patrick Rafter, Lleyton Hewitt. Federer enfrentou Jo-Wilfried Tsonga, venceu, por 6/7 6/3 7/5 – jogo arbitrado pelo juiz brasileiro Carlos Bernardes, que se vestiu de smoking – , mas como sempre, nestes momentos o resultado foi o que menos importou.
O público que lotou a quadra central do Melbourne Park se levantou para aplaudir os mitos do tênis e claro que com o valor do ingresso comprado para a noite especial, ainda colaboraram com a Fundação de Roger Federer que ajuda crianças carentes na África do Sul, país natal de sua mãe.
Federer arrecadou AU$ 1 milhão e afirmou que o objetivo é atender, até 2018, 1 milhão de crianças na região. Números tão grandiosos quanto os da carreira dele.
E ele continuará arrecadando. O Australian Open deixou banners como este pelo site e no Facebook, com imagem de Federer e link para doação.
A torcida é para que Federer ainda jogue por muito tempo.
Diana Gabanyi