João Souza, o Feijão, vem de uma longa gira pela Europa que durou aproximadamente três meses. O início não foi fácil. Somando o Challenger de Santos, em abril, e o qualifying de Roland Garros em maio, ele acumulou quatro derrotas seguidas em estreias e com isso teve que administrar o aspecto psicológio para seguir firme em busca dos seus objetivos.
No Rio de Janeiro, local de disputa da etapa carioca do Itaú Masters Tour, no Clube Caiçaras, o brasileiro, que jogou o torneio PRO-AM, falou um pouco sobre seu resultados mais recentes e sua expectativa para o final da temporada.
Depois dos primeiros resultados, Feijão revelou um detalhe que foi fundamental para a melhora do seu desempenho:
“Os resultados começaram a aparecer nas últimas cinco semanas. Meu psicólogo, que se chama Aparício, chegou depois para me acompanhar e foi importante. Foi complicado o início, mas um jogo na vida de um atleta pode modificar tudo. Faz você lembrar do sentimento da vitória e muda tudo.”
Dentro de duas semanas, seu desafio será o quali do US Open, torneio no qual busca pelo menos repetir o resultado de 2011, quando furou o quali e perdeu na primeira rodada.
“Estou me sentindo bem, animado. Ainda não sei com quem vou viajar para os Estados Unidos. Um sueco me acompanhou por três semanas nesta gira e antes disso o Ricardo Mello havia me acompanhado, mas ainda não sei. Talvez o Pardal (Ricardo Acioly, seu treinador no Rio de Janeiro), volte a me acompanhar. Ainda vamos ver isso. Sei que estou no caminho, estou me encontrando cada vez mais.”
Depois do Grand Slam nova-iorquino, um possível próximo desafio na temporada de Feijão será o confronto contra a Espanha pela Copa Davis, que será realizada em setembro, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.
Mesmo hesitante ao falar sobre sua participação, já que a convocação ainda será realizada pelo capitão brasileiro João Zwetsch, Feijão elogiou a escolha das condições de jogo, mesmo reconhecendo a grande dificuldade que o Brasil terá no duelo, levando em consideração a possível ausência de Rafael Nadal.
“O time “Z” deles será favorito contra o nosso. Mesmo sem o Nadal, tem o Feliciano Lopez, tem (Fernando) Verdasco, (Marcel) Granollers, tem a dupla, Marc Lopez, (David) Marrero…eles podem montar quatro times top. Vamos jogar como franco-atiradores, jogando em casa, que é um fator importante, que de repente pode fazer diferença, um lugar com altitude como São Paulo.”
Além do piso, Feijão ainda destacou outro fator que pode ser importante no decorrer dos jogos: a escolha da bola.
“A bola conta muito. Acho que quanto mais rápido, melhor. Tanto pra duplas, quanto pra simples. A gente tem que se preocupar com a gente, mas o favoritismo é totalmente deles. Se a gente ganhar vai ser algo…histórico. Mas é tênis, né? Vai saber também” finalizou o brasileiro.
Foto: João Pires