Serena não começou o ano nada bem. Aliás, até pouco mais de meados da temporada se especulava, e muito, se a nova geração já estaria tomando o lugar de uma das maiores jogadoras de todos os tempos. Mas, bem ao seu estilo, Serena Williams terminou o ano reinando, com o posto de número um do mundo garantido e o título do WTA Finals em Cingapura.
Derrotas precoces no Australian Open, Roland Garros e Wimbledon – e quando digo precoces, foram mesmo. Perdeu nas oitavas em Melbourne, na segunda rodada em Paris e na terceira em Londres. Um mal estar súbito, durante um jogo de duplas no All England Club fizeram aumentar ainda mais as suspeitas de que havia algo muito errado com a sempre forte e dominadora Serena Williams.
Talvez era o aviso que a número um do mundo precisava para fazer uma pausa, descansar e voltar com um objetivo em mente: Vencer o US Open para salvar o ano.
Foi o que ela fez. Se preparou, ganhou Stanford, foi à semi em Montreal, venceu em Cincinnatti e triunfou em Nova York.
Sofreu com uma dor no joelho nos torneios da Ásia. Perdeu para Cornet no torneio inaugural de Wuhan e nem jogou as quartas contra Samantha Stosur, em Beijing. Tinha dúvidas de como se sairia em Cingapura, no WTA Finals.
Começou bem, vencendo Ivanovic na primeira rodada. Mas, em seguida, sofreu a sua pior derrota em 16 anos, perante Simona Halep por 6/0 6/2. Ganhou de Bouchard no último jogo do grupo e teve que lutar muito para superar a amiga Wozniacki na semifinal.
Para o jogo contra Halep, ela havia dito que queria no mínimo vencer três games na final. Mas, no fundo todos sabiam que o que ela queria mesmo era devolver a derrota. Foi o que fez. Começou um pouco nervosa, mas depois de vencer o primeiro set por 6/3 não deu chance alguma à jovem romena. Ganhou o segundo set por 6/0 e o seu quinto título de WTA Finals. Foi o terceiro seguido, igualando Monica Seles, que venceu em 1990, 1991 e 1992.
Por mais um ano, Serena Williams termina uma temporada no topo e mostrando que mesmo com algumas derrotas inesperadas, vencê-la ainda é muito, muito difícil e derrotá-la duas vezes seguidas, quase impossível.
Diana Gabanyi