Thomaz Bellucci venceu um ATP 250 no sábado, em Genebra e nesta segunda-feira já garantiu vaga na segunda rodada de Roland Garros. Ganhou do australiano Marinko Matosevic, por 61 62 64 e enfrenta na quarta-feira o japonês Kei Nishikori 5o. colocado no ranking mundial.
Trinta e cinco postos acima do que começou a temporada de saibro (até agora ganhou 16 jogos e perdeu 4) e de volta ao top 40 depois de três anos, o brasileiro, muito assediado em Paris, contou depois da partida na quadra 14 em Roland Garros e depois de ter que pronunciar o seu nome, para os japoneses entenderem que é Bellucci e não Beluci, que a chave da virada para os bons resultados aconteceu em Miami.
“Nas últimas duas, três semanas consegui mentalmente me portar dentro do jogo de uma maneira diferente, em que até nos momentos de pressão eu consegui ter uma tranquilidade maior, uma calma maior de escolher as bolas nos momentos certos. Isso que está fazendo a diferença também. Em muitos momentos delicados do jogo estou conseguindo me sair bem. A gente já vinha treinando bastante desde o começo do ano e eu não estava me sentindo bem na quadra, mesmo com os treinamentos. Daí em Miami consegui uma vitória contra o Hewitt e outra contra o Cuevas que me deram um pouco mais de confiança, aquela confiança de você saber que está no caminho certo e que qualquer hora pode encaixar uma semana e você ganhar um torneio como foi semana passada.”
Bellucci credita o título à confiança adquirida nos últimos torneios. “Confiança é muito importante no tênis. Nas últimas semanas eu já vinha ganhando bastantes jogos, subido meu nível e perdido no detalhe para o Djokovic. Cheguei na semana em Genebra com ritmo de jogo e confiante. Foi ótimo. Consegui manter um nível de jogo muito bom. Dei poucas chances para o meu adversário e um título é sempre muito especial. Fazia tempo que eu não ganhava um torneio.”
Com o quarto trofeu da carreira conquistado no sábado, Bellucci contou que mal teve tempo de se adaptar, antes de entrar em quadra contra Matosevic.
“Chegamos sábado de madrugada. Pegamos um trem de 3 horas, chegamos aqui depois da meia-noite. Ontem deu para treinar uma horinha em qualquer quadra. Não teve muito tempo de adaptação, por isso a primeira rodada era tão importante.”
Para o jogo contra o japonês vice-campeão do US Open, Bellucci sabe que o adversário é o favorito, mas acredita que se tem um lugar para enfrentar Nishikori esse lugar é o saibro.
“Aqui são as melhores condições possíveis para eu conseguir fazer um bom jogo e é lógico que ele é favorito, é 5 do mundo, vem jogando bem, mesmo no saibro, chegou na semi de Madri, fez outros bons resultados, é um cara completo e mostrou que joga bem em todos os pisos. Mas esse é o piso onde tenho mais chance e onde sou mais perigoso.
Diana Gabanyi