2015 foi, sem dúvida, um ano muito especial para um tenista brasileiro: Marcelo Melo, mineiro de 32 anos, que conseguiu feitos incríveis durante a temporada e chegou à um nível que era difícil de imaginar há um tempo atrás, acumulando duas façanhas que poucos tenistas tem a oportunidade durante a carreira, sendo campeão de um Grand Slam pela primeira vez e chegando ao topo do ranking de duplas da ATP.
Com a diversidade de parceiros sendo uma característica marcante, Melo jogou 23 torneios no ano, chegou à 7 finais e conseguiu um incrível aproveitamento de 85,71%, ao ficar com 6 títulos.
Os grandes resultados começaram logo no Australian Open, quando ele e seu parceiro mais habitual, o croata Ivan Dodig, pararam apenas na semi diante dos franceses Pierre-Hugues Herbert e Nicolas Mahut.
O primeiro título veio no ATP 500 de Acapulco, no primeiro dia de marco, quando venceram Mariusz Fyrstenberg e Santiago Gonzalez no match-tiebreak. Aliás, vitórias em parciais decisivas foi uma importante característica ao longo do ano.
Logo no segundo Slam, no saibro, que nem é uma especialidade da dupla, o maior título da carreira. Vitória de virada sobre os irmãos Bob e Mike Bryan na final e título de Roland Garros. O primeiro de um brasileiro nas duplas masculinas.
Em Washington, na única final perdida, os norte-americanos deram o troco e venceram. Mas claro, sem comparar a importância dos torneios.
Depois de uma precoce eliminação na primeira rodada do US Open e da dura derrota no confronto contra a Croácia na Copa Davis, começou a grande sequência de Melo no ano.
Primeiro, ao lado do sul-africano Raven Klaasen, conquistando o ATP 500 de Tóquio e o Masters 1000 de Shangai. Depois, com o polonês Lukasz Kubot, parceiro no triunfo no ATP 500 de Viena.
E foi depois do torneio austríaco que o mineiro garantia o segundo incrível feito da temporada. Na atualização do ranking do dia 02 de novembro, Marcelo Melo era o primeiro duplista brasileiro a aparecer como número 1 do mundo, superando os irmãos Bob e Mike Bryan, que dominavam há muito tempo o circuito.
Por fim, Dodig voltou para vencer com o brasileiro o Masters 1000 de Paris. E com a vitória na primeira rodada do ATP Finals, no qual foram superados na semifinal, Melo acumulou, desde Tóquio, uma sequência de 13 vitórias seguidas. Um feito! Mas, é sempre importante ressaltar, apenas um, entre outros tantos, que fizeram de 2015 o ano mais especial da carreira do mineiro. Pelo menos até o momento.