O jovem brasileiro Orlando Luz, o Orlandinho, disputou neste sábado o seu primeiro jogo de ATP, pelo qualifyng do Rio Open, ATP 500 disputado no saibro do Jockey Club Brasileiro.
O gaúcho contou com o apoio da torcida, lutou bastante, mas acabou sendo superado pelo japonês e top-100 Taro Daniel, com um duplo 6/4.
Depois, Orlandinho conversou com a imprensa sobre a experiência vivida e disse que o mais importante são as lições tiradas com o desenrolar da partida.
“Fizemos uma temporada de cinco semanas e meia, com treinos muito pesados e é difícil voltar ao ritmo, já que fizemos um calendário de quatro torneios e esse é o primeiro. Acho que, apesar ter sido uma grande oportunidade de jogar um ATP aqui, a ansiedade subiu um pouquinho, tive altos e baixos durante o jogo e ele, um jogador top 100, como esperado, conseguiu manter um pouco mais a regularidade” disse o brasileiro, que se mostrou otimista para os próximos torneios:
“É seguir em frente agora, semana que vem tem torneio de novo (quali do Brasil Open). Tênis é um esporte que permite errar às vezes, pois na próxima semana você vai jogar de novo. Agora é tirar o que teve de bom no jogo e implantar na semana que vem. Não é por ter perdido que não teve nada de bom jogo.”
Mais do que o resultado, Orlandinho afirmou que tirou lições importantes do seu desempenho ao longo do jogo:
“Pra jogar no nível top 100, tem que ter uma maior consistência, isso cada vez fica mais claro. Sem consistência não tem como jogar no nível deles.” disse Orlandinho, que pretende ficar mais alguns dias no Rio de Janeiro, treinando com os grandes jogadores da chave principal, antes de seguir para São Paulo.
Sobre a pressão que pode sofrer em relação aos seus resultados, já que alguns outros jogadores com idades semelhantes à sua, como o norte-americano Taylor Fritz e o russo Andrey Rublev, já possuem resultados interessantes em nível ATP, o jovem brasileiro afirmou que não se preocupa muito com isso:
“Acho que cada jogador tem seu momento. Acho que tem uma bela diferença entre os jogadores da América do Sul, da Europa e norte-americanos, o modo que eles jogam, eles às vezes tem uma bola que é diferencial, uns com o saque, outros com uma direita fenomenal. Os jogadores da América do Sul hoje em dia recorrem mais ao corpo, tem que correr, tem que jogar, preparar o ponto. Acho que é mais difícil a gente atingir o auge tão cedo por causa até das condições físicas. O Taylor Fritz, por exemplo, tem mais de 1,90m, saca muito. Às vezes eles não dependem tanto do físico e isso acaba dando uma vantagem a eles um pouco mais cedo. Acho que a gente precisa trabalhar. Cada um tem sua idade e na hora que eu tiver preparado vai começar a aparecer” concluiu Orlandinho.