Lui Carvalho, diretor do Rio Open, conversou com a imprensa neste domingo e esclareceu pontos importantes sobre a realização da 3ª edição do maior torneio da América do Sul, falando sobre as primeiras impressões da organização, além das projeções para 2017, citando, inclusive, o que acha da possível alteração da sede, que passaria a ser o Parque Olímpico. Confira!
Chuva
“Todos os dias com chuva foram desafiadores. No começo da semana, é mais difícil, a gente força mais pra não ficar com a programação atrasada. No final da semana, a chuva atrapalha mais, pois tivemos dois casos de jogadores que jogavam simples e duplas, o Thiem e o Dolgopolov. A chuva, pelo menos durante os jogos, nunca é bem vinda (risos), mas conseguimos ajustar pra estar aqui, com a programação em dia.”
Balanço de público
“Estamos muito satisfeitos com a 3ª edição. Executamos muito bem o que estava ao nosso controle, a começar pelos jogadores. Trabalhamos muito, 8 jogadores entre os 30 do mundo na chave masculina. Na chave feminina, infelizmente, tivemos a perda da Bouchard em cima da hora, mas quem sabe teremos a melhor final, com uma jogadora jovem (Shelby Rogers) e uma experiente, que vem se recuperando no circuito (Francesca Schiavone).
Ingressos
A venda de ingressos foi a melhor das três edições. Óbvio que a chuva “cortou” um pouco, pois foi nos horários estratégicos, que começaria a lotar e muita gente não veio ou não achou que teria jogo. Não temos números finais, mas visualmente não ficou tão cheio, apesar da venda bastante positiva.”
Final entre Cuevas e Pella
“Essa final prova que nosso esporte é interessante por isso, por ser imprevisível. Até ontem, pelo andar da carruagem, parecia que seria Nadal x Thiem, mas Cuevas e Pella estão na final por merecimento. Estamos felizes por ter um campeão inédito do torneio no masculino e no feminino. Isso é que faz o tênis interessante. O (Usain) Bolt sempre ganha os 100m. É legal? Não sei, se tem uma prova que todos sabem quem vai ganhar. A imprevisibilidade do tênis faz parte e deixa o produto mais interessante.
Mudança da sede do Rio Open para o Parque Olímpico
“É um assunto que tá em alta, mas não tem uma decisão tomada, a gente tá analisando as variáveis e estamos muito felizes no Jockey. O torneio tá redondo, o público gostando, patrocinadores, são vários pontos positivos. Sabemos que, no futuro, lá vai ser a casa do tênis, mas existe a questão da mudança de piso. Quem sabe a nossa lição de casa seja analisar isso com carinho.”
Impressões de Isner, Tsonga e Sock
“Falei mais com o Isner e o Tsonga e os dois estão felizes, adoraram o Rio, fizeram muita coisa, o que é inusitado, já que geralmente esses jogadores gostam de ficar focados no torneio. Andaram de helicóptero, o Tsonga foi ao show do Rolling Stones,o Isner visitou a escolinha do Fabiano de Paula na Rocinha. Sobre o evento, adoraram , falaram coisa positivas. A chuva deixou a quadra mais lenta pra eles. Tirando os resultados, os dois passaram muito bem no Rio.
Próxima edição
“Pra ser bem sincero, ainda estamos muito focados em 2016. Nosso foco é melhorar a cada ano e estamos fazendo isso muito bem desde a 1ª edição, trazendo mais jogadores, melhorando a estrutura, opções de comida, ações de patrocinador, banheiro, programação. Ter mexido no horário, começando mais tarde, acabou atrapalhando, devido a chuva, vamos analisar isso. Tentamos deixar o evento mais confortável pro público, jogadores, tudo. Agora já vamos começar a trabalhar pra 2017, olhar as coisas que precisam ser melhores. Ainda não conversamos sobre aspectos que podemos ter falhado e sobre os pontos positivos. A lição de casa vai ser feita e a ideia é seguir crescendo, melhorando estrutura, jogadores e vamos ver onde vai dar 2017.”
Foto: Bruno Lorenzo/Fotojump