Aos 36 anos de idade e ocupando a sétima posição no ranking mundial, o tenista brasileiro Bruno Soares inicia na próxima semana, em Doha, no Catar, sua 19ª temporada como profissional. O mineiro, que já está treinando no Kalifa Stadium para a disputa do 1o. ATP de 2019, repetirá pelo quarto ano seguido a dupla com o britânico Jamie Murray. Em 2016, eles venceram o Australian Open e o US Open juntos.
“Ao mesmo tempo que é muito bom a gente ter essa longevidade, porque significa que estamos jogando bem, não é fácil. O nosso dia a dia é puxado, é uma rotina intensa, lidamos com todas as dificuldades do esporte, além da frustração de derrotas e de alguns resultados. Mas isso faz parte. Mas termos chegado ao quarto ano juntos mostra que os resultados foram bons e que sabemos do nosso potencial. Já ganhamos muitos torneios importantes e já terminamos um ano como a melhor dupla do mundo (2016)”, disse Soares.
Em 2018, Soares e Murray venceram três títulos: o Masters 1000 de Cincinnati e os ATP 500 de Washington e Acapulco. Eles também alcançaram as semifinais do ATP Finals de Londres.
A dupla será cabeça de chave 2 em Doha e estreia contra a parceria do húngaro Marton Fucsovics com o argentino Guido Pella. Soares e Murray foram vice-campeões do ATP 250 do Catar em 2018. Na segunda semana da temporada, eles partem para Sydney, na Austrália, antes de jogarem o Australian Open em Melbourne e depois o Rio Open.
“A preparação para o Australian Open foi muito boa. Esse ano a gente fez metade em Belo Horizonte e metade em Miami. Consegui treinar com muita gente. Fiz bons treinos com o Jamie e com os Bryan, além de outros jogadores que estavam lá. Foi uma das minhas melhores pré-temporadas. O mais difícil nesses primeiros dias é acostumar com o fuso horário”, comentou o mineiro,”já em Doha.
Apesar dos desafios físicos que um tenista de 36 anos enfrenta, Soares está mais confiante do que nunca em seu desempenho na quadra. “Os últimos anos foram os melhores da minha carreira e eu continuo evoluindo ainda mais, jogando melhor que no ano anterior. O grande desafio agora é ter uma longevidade grande. Meu planejamento é jogar mais quatro anos, porque quero chegar aos 40 anos jogando. Mas não é uma tarefa fácil a de equilibrar o corpo, apesar de estar me sentindo cada vez melhor ‘tenisticamente'”, completou.