Foi só o primeiro, mas um dia histórico no Australian Open, primeiro Grand Slam da temporada, disputado no piso duro de Melbourne.
Depois de anunciar ao longo da semana passada a chance de ser seu último torneio, devido à lesão no quadril, Andy Murray entrou em quadra na manhã desta segunda-feira, horário de Brasília, para um desafio contra o embalado Roberto Bautista-Agut.
O espanhol mostrou toda sua solidez nos dois primeiro sets e parecia que caminhava tranquilamente pra uma vitória em sets diretos, inclusive com quebra acima na 3ª parcial.
Porém, do outro lado não estava qualquer um. Mesmo visivelmente limitado e com dores, era um ex-nº 1 do mundo em quadra e, assim como em toda sua carreira, ele não desistiria facilmente.
Murray elevou seu nível, correu muito, usou sua habilidade, mostrou muita vontade de vencer e levou ao 5º set, depois de dois tiebreaks, mas não deu. No 5º set, Bautista-Agut voltou a aproveitar oportunidades e triunfou por 6/2.
No fim, muitos aplausos do público, que torceu pelo britânico durante toda partida e ainda acompanhou uma bonita homenagem do torneio a ele, com depoimentos de algumas das principais estrelas do tênis, como Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic, que formam com ele o que ficou conhecido como Big Four.
Agora, fica a torcida por um pouco mais. Um torneio, um jogo que seja, com a provável despedida em Wimbledon, em casa.
Diante da grandiosidade de Murray e da conotação que a partida ganhou, os outros jogos do dia foram secundários, mas não sem importância. Destaque para os triunfos de Federer e Nadal, em sets diretos, sobre Istomin e Duckworth, respectivamente.
Cilic só enfrentou dificuldade em um tiebreak contra Tomic, mas também venceu por 3×0. A principal surpresa foi a eliminação de John Isner diante do compatriota e também sacador Reilly Opelka, em quatro tiebreaks.
Foto: Ben Solomon/Tennis Australia