Neste sábado, Naomi Osaka confirmou o seu favoritismo na grande final e conquistou o título do Australian Open, primeiro Grand Slam da temporada, disputado no piso duro de Melbourne.
Na decisão, ela se impôs diante da norte-americana Jennifer Brady e venceu com certa tranqüilidade, com parciais de 6/4 e 6/3, comemorando o triunfo para abrir muito bem sua temporada. Depois de um primeiro set equilibrado, com quebra de saque pros dois lados, Osaka conseguiu a quebra definitiva no 10º game, encerrando a parcial.
O segundo set foi bem mais tranqüilo, com a ex-nº 1 do mundo abrindo vantagem de 4/0 e só administrando pra fechar o jogo.
“Eu não joguei meu último Grand Slam com os fãs (se referindo ao US Open, disputado sem público), então ter essa energia significa muito” disse a campeã.
A norte-americana Brady reconheceu a importância da adversária, não apenas em quadra, mas por tudo que representa:
“Gostaria de parabenizar Naomi por mais um título do Grand Slam. Ela é uma inspiração para todos nós e o que ela está fazendo pelo jogo é incrível para divulgar o esporte, e espero que as meninas em casa estejam assistindo e sejam inspiradas pelo que ela está fazendo.”
Entretanto, engana-se quem pensa que a relativa tranqüilidade da final foi marcante em toda campanha da japonesa. Ao longo da trajetória, ela não teve vida fácil, a começar pela estréia, diante da russa Anastasia Pavlyuchenkova.
Ainda teve que passar pela francesa Caroline Garcia e, nas oitavas, o grande jogo contra a espanhola Garbine Muguruza, que chegou a liderar e ficar muito perto da vitória.
Na semi, o grande confronto contra Serena Williams, no qual começou bem nervosa e depois deslanchou pra também vencer em sets diretos.
Agora, Osaka já marcando cada vez mais seu lugar na História. O título em Melbourne já é seu 4º de Grand Slam, pois além de outro Australian Open, ela já acumula dois US Open.
Aos 23 anos, a japonesa surge como uma das maiores marcas do tênis mundial. Não apenas em quadra, em todo contexto. Com um tênis moderno, agressivo e com posicionamento em questões sociais, Osaka vai começando a pintar uma imagem além da tenista. Essa, por sinal, já é uma imagem muito bem construída e uma das mais vitoriosas do tênis recente.