Rafael Nadal. É cada vez mais difícil não ser repetitivo quando se fala dos feitos do espanhol. Na verdade, parece que apenas números são atualizados. Um atrás do outro. Desde 2005.
Neste domingo, não foi diferente. Pela 14ª vez, a manchete dos jornais esportivos ou pelo menos daqueles especializados em tênis vai ser com Nadal levantando o troféu de Roland Garros. No total, são 22 títulos dos quatro maiores torneios da temporada.
E a partida deste domingo foi do jeito que muita gente pensava: Sem muita emoção. Nadal venceu por 3×0, de forma implacável. 6/3 6/3 e 6/0. No único momento de maior ânimo no jogo, o norueguês chegou a abrir 3/1 no segundo set. E foi só. Dali em diante, não venceu mais nada. Nem mesmo um único game. Foram incríveis 11 games seguidos rumo ao título.
E é mais incrível pensar que do outro lado da rede não tinha qualquer um. Por mais que estivesse na sua primeira final de Grand Slam, Ruud é um top-10, embalado por duas ótimas semanas. E mesmo assim, praticamente não teve chance.
Porém, engana-se quem pensa que foi fácil a trajetória do campeão. Venceu 4 top-10 durante a campanha, incluindo um longo 5º set diante do canadense Felix Auger-Aliassime nas oitavas e a incrível partida contra Novak Djokovic nas oitavas. Na semifinal, o acaso da lesão de Alexander Zverev. A final foi menos dura, é verdade.
A expectativa em quadra passou, mas aumentou no pós-jogo, para a expectativa da sua entrevista coletiva. Com tantas lesões e dores, havia a dúvida se anunciaria a aposentadoria. Não o fez. Depois de muitos agradecimentos, usou o microfone pra fazer aquilo que foi toda a sua carreira: “Não sei o que vai acontecer no futuro, mas vou continuar lutanto.”
E que bom que teremos mais de Nadal. Quem sabe por quanto tempo? Quem sabe, mais uma vez no Brasil? Mais uma vez no Rio Open? Não custa torcer. Afinal, se tratando de Rafael Nadal, não é prudente duvidar de nada.
Diana Gabanyi