Quando pisei pela primeira vez no All England Lawn & Crocquet Club era 1997. Vim a Wimbledon no embalo do conquista inédita do Guga em Roland Garros.
Confesso que não nos demos bem logo de cara. As instalações pareciam – e eram antiquadas – e contrastavam com toda a modernidade e design francês de Roland Garros. Sem falar nas inúmeras regras para tudo.
A sala de imprensa era apertada e escura. A área dos jogadores também não era agradável.
Entra o ano 2000 e o Millenium Building é inagurado. Novas instalações para os jogadores e para os fãs.
Chegamos em 2024, quase 30 anos depois e Wimbledon não é mais o mesmo.
A cada ano se moderniza. Adiciona atrações para os fãs cada vez mais exigentes e mais espaço e condições melhores para os jogadores.
Não é à toa que os brasileiros mais recentes, os que não viram tanto Guga brilhar em Roland Garros, não cansam de dizer que Wimbledon é o torneio favorito deles. Thiago Monteiro e Beatriz Haddad Maia repetem isso o tempo todo. João Fonseca também.
O que vi hoje em Wimbledon, no Aorangi Park, que era um espacinho com 5 quadras e um vestiário – e agora tem 14 quadras + espaço para aquecimento dos jogadores e outros e o novo prédio, sim prédio de imprensa, foi impressionante.
Cada TV com direito de transmissão com seu espaço delimitado por lindas flores na bancada; salas de entrevistas intermináveis, elegantes, lindas e silenciosas.
O restaurante da imprensa que deixava muito a desejar não dá nem para dizer que recebeu um upgrade. Um novo foi criado com todas as opções possíveis de alimentação.
Wimbledon quer mais. Trava uma disputa com a comunidade local para expandir até Wimbledon Park.
Do Grand Slam que praticamente só tinha a tradição de tão especial, com uma grama que não atraia os jogadores do saibro, se tornou o favorito e fez a sua tradição se tornar ainda mais relevante.
Diana Gabanyi