Resistência, força mental, perseverança, inteligência, confiança, agressividade e paciência levaram Nadal ao 13º trofeu de Grand Slam em NY

Estou aqui há horas pensando em como descrever o que assistimos ontem, no Arthur Ashe Stadium, na final do US Open e a espetacular vitória de Rafael Nadal sobre Novak Djokovic por 6/2 6/3 6/4 6/1.

Penso em recital, mas quando falamos em algo que parece clássico, a imagem remete a Roger Federer e não ao bombardeio que assistimos ontem entre os números um e dois do mundo.

Nadal US Open champion

Resistência, força mental, perseverança, inteligência, confiança, agressividade e muita paciência nos meses em que esteve afastado do circuito. Desta maneira Nadal ganhou o seu 13º título de Grand Slam da carreira, o 2º US Open e mais incrível ainda, o 10º trofeu da temporada 2013.

Talvez se Nadal não tivesse ficado parado por quase 8 meses, com uma lesão no joelho, não estaria tão bem mental e fisicamente, neste momento da temporada, para seguir ganhando. Enquanto os outros jogadores começaram o ano na Austrália, o espanhol só entrou em quadra mais de um mês depois, em Viña del Mar.

E quantas dúvidas o público e a imprensa tiveram quando assistiram Nadal jogar no Chile e no Brasil?

Ouvi várias pessoas que conhecem o esporte dizerem que ele estava acabado. O humilde Nadal só pedia paciência e dizia saber que o começo seria duro e que o importante era ter saúde, que ele não havia desaprendido a jogar tênis.

Não desaprendeu mesmo. Só melhorou. Afirmou estar mais agressivo e ontem, um pouco mais emotivo. É normal.  Afinal, ganhar naquele gigantesco estádio, diante do número um do mundo, contra o rival que ele confessou que o leva ao limite e terminar a temporada de quadras rápidas, sem perder nenhum jogo, é para pouquíssimos, apenas para verdadeiros guerreiros, trabalhadores e campeões.

Diana Gabanyi