Guga é destaque em evento de empreendedorismo, ao lado de Jorge Paulo Lemann

Gustavo Kuerten participou na noite de quinta-feira do Day1, evento promovido pela Endeavor. Mais de 800 pessoas estiveram presencialmente no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, e mais de 30 mil online, discutindo o ponto de virada de empresários que se tornaram cases de sucesso no mundo corporativo. A primeira palestra foi aberta talvez pelo maior empresário do Brasil, que também é tenista e continua envolvido com o esporte, com diversas ações, como a Bolsas Lemann, Jorge Paulo Lemann, que na sequência passou a palavra para o tricampeão de Roland Garros.

Guga e Jorge Paulo Lemann em evento da Endeavor

Guga explicou que antes de seguir para o evento teve curiosidade em procurar o significado literal de empreendedor. “Me encontrei na descrição: realizador de uma tarefa muito difícil”, afirmou para uma plateia formada por 50% de tenistas, segundo levantamento do próprio Guga durante o evento. Líder do ranking mundial ano 2000, Guga detalhou momentos marcantes de sua carreira de sucesso no tênis, e reiterou que as dificuldades contribuíram para que um tenista brasileiro, número 70 no ranking, vencesse um dos principais Grand Slam do mundo, em 1997.
Ao explicar a conquista inédita em Roland Garros, Guga revelou que ficou analisando estratégias para vencer um adversário que parecia imbatível. “Eu e o Larri ficamos umas 30 horas pensando em como ganhar do Kafelnikov. A partida com o Kafelnikov foi o meu grande momento de virada”, explicou.

Citando o pai como um visionário, Guga se emocionou ao relembrar o momento em que S. Aldo pediu a Larri para que ele treinasse seu filho do meio. O apoio da família também foi enfatizado pelo tricampeão que contou que a mãe, Alice, foi fundamental na criação da família. “De um jeito carinhoso, a mãe foi dando segurança para a gente fazer tudo o que a gente quisesse”, afirmou.

O tricampeão também recordou o momento em que perdeu o patrocínio quando ocupava o terceiro lugar no ranking mundial. “Foi um período muito difícil, eu comecei a me questionar. Pensava: será que eu sou bom mesmo? E foi o exemplo do meu irmão, o Gui que levou oito anos para engatinhar e o mesmo tempo para segurar uma colher que me deu segurança para saber que eu poderia chegar lá”, concluiu. Guga terminou a palestra afirmando que na vida dele aconteceram inúmeros momentos de virada. “Acredito que a nossa capacidade está muito distante do que a gente pode enxergar”.