No início da semana, Orlando Luz era apenas mais um jogador juvenil premiado com convite da organização para disputar a chave principal de um Challenger pela primeira vez na carreira. Conforme foi avançando e mostrando um jogo consistente no Campeonato Internacional de Tênis de Santos, apresentado pela Santos Brasil por Meio da Lei Federal de Incentivo ao Esporte, foi chamando a atenção do público. Hoje, na semifinal, as arquibancadas do Tênis Clube de Santos estavam lotadas com adultos e crianças incentivando o único brasileiro entre os quatro semifinalistas. Mesmo perdendo para Germain Gigounon(BEL) por duplo 6/3, o garoto de apenas 17 anos já começa a inspirar a nova geração. Crianças pediram fotos, autógrafos, qualquer lembrança.

“Fico feliz em ver as crianças acompanhando meu jogo e que eu sirva de inspiração para elas. Tento sempre me cuidar para não dar mau exemplo dentro de quadra. As vezes escapa, mas me preocupo com isso e hoje a torcida foi incrível, é muito bom sentir essa força”, disse Orlandinho após se emocionar com os aplausos da torcida que permaneceu na quadra mesmo após o final do jogo e aplaudiu de pé a saída do jogador.

“Não tenho porque ficar triste com essa derrota, eu perdi na semifinal. Não joguei tão bem, não sei o que aconteceu. No 1o set parei as pernas, tive um apagão, perdi dois saques e isso custou o jogo. Quero aprender com os erros para que isso não aconteça de novo e agora, é jogar em São Paulo.

O belga Germain Gigounon, mesmo aos 26 anos, nunca disputou um título de challenger e comemorou bastante a vitória que, segundo ele, não foi fácil.

“É minha primeira final de challenger. Hoje foi bem duro com o público apoiando o Luz, mas é normal incentivarem o tenista local, e eu consegui me manter calmo e sólido. Amanhã será duro também, já perdi duas vezes para ele(Blaz Rola), mas o importante é desfrutar e jogar bem. O Brasil é “Top”, concluiu.

Aos 24 anos, o esloveno Blaz Rola gosta de jogar no Brasil. Em 2013, após ser campeão de simples da NCAA pela Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, veio arriscar a sorte no Rio de Janeiro e foi vice-campeão. No ano seguinte, quando decidiu abandonar a universidade e se dedicar ao profissionalismo, veio para São Paulo e foi novamente vice-campeão, perdendo para Rogério Silva. Alcançou seu melhor ranking, 78o, mas após se aventurar em alguns eventos do ATP Tour, está de volta ao Brasil e novamente às decisões. Neste domingo, o simpático esloveno que tem na carreira apenas um título de Challenger em simples, conquistado no final de 2014, na China, quer finalmente vencer no Brasil, um país que aprendeu a admirar.
“Estou muito feliz com esta final, minha terceira no Brasil. Estou jogando bem e não me preocupo com resultados, quero apenas jogar bem, e se fizer isso amanhã, talvez possa ser campeão. Gostaria muito de vencer um torneio no Brasil, especialmente sendo minha terceira final, mas vamos aguardar para ver”.
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O Campeonato Internacional de Tênis de Santos é apresentado pela Santos Brasil por meio da Lei Federal de Incentivo ao Esporte, com copatrocínio de Itaú, Alupar, Taesa, Teleperformance, Azul – a transportadora oficial e Stella Artois- e apoio de Sonne, Prefeitura de Santos, Tênis Clube de Santos, A Tribuna e ATP Challenger Tour. A realização é do Instituto Sports.