Bruno Soares joga para ir à final de duplas mistas no Australian Open

Bruno Soares pode alcançar nesta madrugada a quarta final de Grand Slam da carreira nas duplas mistas. Bruno Soares joga para ir à final de duplas mistas no Australian Open

Atual campeão do US Open, com a indiana Sania Mirza, sua parceira em Melbourne, Bruno enfrenta os cabeças-de-chaves 3, Daniel Nestor e Kristina Mladenovic, na Margaret Court Arena.

Bruno tem 2 títulos de Grand Slam nas duplas mistas, ambos conquistados no US Open.
Ele e Mirza são os cabeças 1 no Australian Open.

O Australian Open não é mesmo o Grand Slam dos brasileiros

Dizem que a Austrália é o Brasil que deu certo. O clima e a receptividade do povo são mesmo comparáveis ao do nosso País. Mas, nada disso tem efeito quando o assunto é o Australian Open para os brasileiros. A não ser pelo resultado do juvenil Tiago Fernandes, campeão da competição em 2010, nunca avançamos por lá.

Desta vez não foi diferente. Thomaz Bellucci até passou o qualifying mas foi eliminado na segunda rodada. Os duplistas Marcelo Melo e Bruno Soares, cada um com seu parceiro, que no ano passado foram, no mínimo, até a semifinal de Roland Garros, US Open e Wimbledon, em duplas e / ou duplas mistas, mal chegaram até as quartas. Bruno+Soares+Australian+Open+Day+3+1aaodi-xv-2l

André Sá jogou o Grand Slam com Feliciano Lopez, mas deu azar de enfrentar Bruno Soares na estreia.

Marcelo Zorman foi o juvenil que mais avançou na chave – parou nas oitavas-de-final.

Claro, tivemos um marco histórico na competição. O Brasil voltou a ter representente feminina na chave, com Teliana Pereira, depois de 20 anos. Mas, ela também não passou da estreia.

Quando Guga competia também não era diferente. Curiosamente, o Grand Slam australiano é o que ele tem a pior participação. Até em Wimbledon ele chegou às quartas, mas em Melbourne nunca passou da terceira rodada.

Já procurei explicações, falei com os atletas, mas é difícil encontrar um padrão para as respostas. Alguns dizem que a proximidade com as festas de final de ano no Brasil, depois de uma longa temporada atrapalham. O brasileiro já está no calor, no verão, não quer fugir do frio para a Austrália, como fazem, principalmente os europeus e americanos.

A dificuldade de adaptação ao fuso horário é igual para todos, mas aparentemente sofremos mais com isso.

É um mistério e por enquanto, no quesito tênis, o Brasil não funciona muito bem na Austrália.

Diana Gabanyi