Florentina aproveitou o apoio da Fundação Lemann e Daquiprafora pra jogar tênis e se formar nos EUA

FlorentinaSempre uma ótima alternativa para quem gosta do tênis e pretende ter uma boa formação acadêmica, o circuito universitário norte-americano é, há muitos anos, uma excelente perspectiva para os jovens.

Dessa forma, Florentina Hanisch aproveitou o apoio do Daquiprafora, umas das principais empresas no assessoramento de atletas e estudantes para universidades nos Estados Unidos, e da Fundação Lemann, reconhecida por auxiliar tenistas, entre outros, a irem para os Estados Unidos jogar o circuito universitário em várias modalidades esportivas, e nos contou um pouco sobre sua experiência, suas escolhas e oportunidades. E garante não ter arrependimento da sua decisão.

Confira!

Quando e como surgiu a oportunidade de ir para os EUA estudar e jogar o circuito universitário?

O Felipe (Fonseca, que trabalha na empresa Daquiprafora) falou comigo durante um torneio profissional em que eu estava jogando e me explicou como funcionava. A princípio, eu queria continuar jogando profissional, joguei por mais 6 meses, até que decidi que queria cursar universidade. Liguei para o Felipe e ele me ajudou com todo o processo.

Em qual lugar você nasceu e morava aqui no Brasil?

Nasci e sempre morei em Florianópolis. Como muitos tenistas da minha idade, fui influenciada pelo nosso grande Guga.

Qual foi a universidade escolhida? O que você cursou?

Fui para Wichita State University, no Kansas. Tinha vários brasileiros no time de tênis e isso era muito importante para mim, já que eu não falava nada de inglês. Recebi dois diplomas, de marketing e management.

Qual era a sua expectativa quando partiu para os EUA?

Eu sempre amei viajar e jogar tênis. Ter a oportunidade de fazer os dois com tudo pago e completar a faculdade ao mesmo tempo me pareceu uma experiência maravilhosa, assim como uma oportunidade única. Foi tudo exatamente como eu esperava, com certeza uns dos melhores anos da minha vida.

 

Quais foram as principais dificuldades? Já sabia falar inglês fluentemente?

Com certeza o idioma foi a maior dificuldade. Não falava nada de inglês, mas por sorte a Stephanie Dalmacio (jogávamos juvenil juntas) foi na mesma época que eu, então moramos juntas durante os dois primeiros anos, o que ajudou muito. O resto foi absolutamente tudo maravilhoso. Todo mundo, tanto do time quanto da faculdade, querem te ajudar. Você tem tutor disponível para qualquer matéria, os professores entendem que você tem que viajar para os torneios e te apoiam, o treinador fica à disposição para te dar treinos à parte do mandatário, fisioterapia à disposição todo o tempo…enfim infra-estrutura e serviço de outro mundo.

 

Qual foi a importância do Daquiprafora e da Fundação Lemann nesse projeto?

Muito importante, eles fizeram absolutamente tudo pra mim, desde a procura das universidades até papéis para conseguir o visto. Fizeram a minha ida aos EUA muito mais tranquila.

 

Como essa experiência a auxiliou na busca pela inserção no mercado de trabalho depois da universidade?

Sempre fui apaixonada pelo tênis. Mas durante as férias eu dava aula de tênis para juntar um dinheiro. Foi aí que eu descobri o quanto eu gosto de ensinar tênis para as outras pessoas. Com certeza vai soar muito clichê, mas a verdade é que me faz muito feliz passar um pouco desse amor que eu sinto pelo tênis para outras pessoas.

 

Por que você decidiu permanecer nos EUA? Ainda tem contato com a universidade?

Já estou morando nos EUA há 9 anos e no momento não penso em voltar para o Brasil. Daqui a pouco vou dar entrada para um greencard. Eu amo o meu Brasil, mas eu acredito que lá (nos EUA) a vida seja muito melhor.
Continuo falando com o treinador da universidade e seguindo os resultados do time de tênis. Quando eu uso roupa da universidade, sempre algum americano me para na rua para falar sobre a universidade. Lá as pessoas respeitam muito os estudantes que eram atletas e representavam as suas universidades em algum esporte.

 

Qual é o seu trabalho atual?

Sou treinadora de tênis. O nome da posição é Head Tennis Pro. Além de dar aulas de tênis, ajudo o diretor do clube a organizar eventos, fazer o marketing do programa e também ajudo com a parte de finanças do programa de tênis.

 

Pretende voltar para o Brasil?

No momento, não. Infelizmente a área que eu escolhi para trabalhar é uma área muito difícil no Brasil.

 

Você recomenda a experiência aos jovens que ainda estão na dúvida sobre o circuito universitário?

100%. Para os que estão à procura de outras opções além do tênis, existem várias universidades em que o foco estará nos estudos e não no tênis.

Para os que gostariam de continuar jogando profissional, as universidades que estão ranqueadas entre os top 20 oferecem toda estrutura para quem quer continuar jogando. O meu treinador, às vezes, nos levava para jogar torneios Future durante as férias e a temporada de outono. Se eu quisesse ir treinar às 6 da manhã, tanto ele como o preparador fisico, como a fisioterapeuta estavam a minha disposição.

Recomendo a experiência não só para os jovens que desistiram do tênis profissional, mas também para os que querem continuar tentando o circuito por mais um tempo.