O Instituto Tênis, instituição sem fins lucrativos que apoia o desenvolvimento do tênis nacional, leva para o mercado esportivo uma prática típica do mercado corporativo: a meritocracia. Com um modelo de gestão pautado no mundo dos negócios, o objetivo da entidade é aplicar uma prática reconhecida e referenciada por executivos de todo o mundo para incentivar o desenvolvimento de atletas de alto rendimento.
“Muitos jovens, ao descobrirem uma vocação ou habilidade com algum esporte, procuram desenvolver os seus talentos movidos principalmente pela paixão. Ao trazermos o modelo de meritocracia para este segmento, o que queremos é criar mecanismos capazes de profissionalizar o desenvolvimento destes jovens talentos. Acreditamos que, se criarmos um ambiente altamente competitivo, no qual unimos ferramentas como incentivo e recompensa, seremos capazes de desenvolver e extrair o máximo destes atletas”, afirma Cristiano Borrelli, diretor-executivo do Instituto Tênis.
Pelo conceito, meritocracia é uma forma de gestão com base no mérito, no reconhecimento. A partir de metas, claras e muito bem definidas, define-se as recompensas capazes de motivar cada profissional. No Instituto Tênis, o conceito foi implementado à gestão dos atletas em 2012. A avaliação é diária e envolve desde a parte técnica, física, passando pela nutricional, até a psicológica, comportamental e educacional. Os atletas recebem feedbacks diários em todas estas frentes de trabalho de forma que eles sempre sabem o que estão fazendo bem e o que precisa ser melhorado.
“Avaliamos, por exemplo, a atitude e comportamento do atleta dentro e fora da quadra. Valores como respeito ao próximo, trabalho em equipe e profissionalismo são cobrados diariamente”, explica o diretor-executivo. “Se percebemos que há um relaxamento, ou uma inversão de valores, conversamos com atleta, chamamos os pais, para entender o que está acontecendo e orientá-los”, complementa Borrelli.
Para os atletas que mantém as metas, o foco e o desempenho, a primeira recompensa é se tornarem contratados, ou bolsistas, da entidade. O tenista contratado recebe uma ajuda de custo mensal de R$ 1.500,00. De acordo com o desempenho, estes atletas têm também os gastos com participação em campeonatos custeados. Se, por algum motivo, o atleta tem uma baixa no rendimento por falta de comprometimento e dedicação esse custeio em campeonatos pode ser cortado.
Vale ressaltar que o atleta não precisa vencer todos os campeonatos que participa. Ele precisa estar enquadrado em suas metas e nas avaliações. “Temos atletas no Instituto Tênis que não estão entre os 10 melhores, mas possuem características de desempenho, de vontade, e quer ter o tênis como profissão. Os resultados virão no decorrer da carreira”, assegura o executivo.
Atualmente, fazem parte do Instituto 44 atletas, entre 06 a 19 anos. Destes, 13 são patrocinados pela entidade. “A meritocracia foi uma forma que encontramos de aplicar gestão aos atletas e oferecer um bônus aqueles que se destacam”, diz Borrelli.
Além dos técnicos, o Instituto Tênis oferece uma equipe multidisciplinar que ajuda todos estes jovens a não perderem o foco e buscarem o melhor rendimento, o que inclui preparador físico, nutricionista, fisioterapeuta, fonoaudióloga e uma mental coach. “O Instituto Tênis começou pela iniciativa de empresários apaixonados pelo esporte. Assim, é natural que tenhamos fortemente em nossa cultura a busca por resultados”, finaliza o executivo.
Sobre o Instituto Tênis: Fundado em 2002, o Instituto Tênis é uma instituição sem fins lucrativos que apoia o desenvolvimento do tênis nacional. Reconhecido como centro de treinamento referência de atletas de alto rendimento, executa um planejamento diferenciado, com o objetivo de formar tenistas capazes de alcançar o posto de número 1 do mundo. O Instituto conta com o patrocínio do Itaú e da Fundação Lemann e co-patrocínio das empresas SAP, Braskem, PDG, KPMG e Alupar. A instituição recebe apoio da Lei de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte.