Baez bate Navone e conquista o título do Rio Open

Vencer o Rio Open uma vez não é fácil, duas é ainda mais difícil. Neste domingo, o argentino Sebastian Baez se tornou o décimo campeão diferente em dez edições do torneio, o segundo de seu país, igualando o feito de Diego Schwartzman em 2018. O ATP 500 carioca é a maior conquista da carreira do tenista que tem ligação com o Rio por dividir o técnico Sebastian Gutierrez com o brasileiro Thiago Wild.

Na primeira final entre dois tenistas do mesmo país, Sebastian Baez derrotou o também argentino Mariano Navone, a grande surpresa do torneio, por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/1. Depois de quatro títulos ATP nos torneios de Estoril, em 2022, Córdoba, Kitzbuhel e Winston-Salem, em 2023, Baez enfim conseguiu seu maior troféu, o do Rio Open.

“Esse torneio eu sempre gostei muito de participar, um evento que eu via pela TV com muita admiração, me alegra muito”, disse Baez na quadra, antes de falar algumas palavras em português. “Quero dizer: muito obrigado, galera! Eu amo o Brasil!”. 

Depois de começar o torneio no qualifying e terminar com o troféu de vice-campeão, Mariano Navone disse que ganhou muitas finais durante sua passagem pelo Rio Open.

“Não vou embora triste porque dei tudo que podia em quadra. Neste torneio ganhei muitas finais, ganhei a final de passar ao top 100, ganhei a final de ganhar meu primeiro jogo de ATP, ganhei a de passar para as quartas, ganhar as quartas, vencer um top 25, foram muitas vitórias pessoais, foi um lindo torneio”, disse o vice-campeão. 

GUGA ENTREGA TROFÉU E RESUME O RIO OPEN: ‘É O NOSSO GRAND SLAM!’

Gustavo Kuerten compareceu à quadra que leva o seu nome para prestigiar a final da histórica 10ª edição do Rio Open e participou da cerimônia de premiação ao lado de David Ferrer, entregando o troféu de campeão ao argentino Sebastian Baez. Ao Sportv, Guga destacou a importância do Rio Open e de tudo o que aconteceu nesta semana para o tênis brasileiro.

“É um ano especial, agora celebrando com esse título de duplas, mas também três brasileiros nas quartas, o Joãozinho (Fonseca) vindo para essa surpresa, essa emoção, um jovem brasileiro com potencial enorme”, disse Guga.

“O Rio Open é o nosso Grand Slam, tem que cuidar com carinho e retribuir da melhor maneira possível. O torneio faz esse papel, Thiago Monteiro se consolidou aqui, Wild também embalou aqui até ganhar o torneio em Santiago. É como se fosse o nosso Grand Slam, é a semana mais preciosa. Se fosse escolher um torneio para jogar, adoro Roland Garros, mas eu escolheria aqui”, concluiu.

DIRETORES FAZEM BALANÇO DO 10º RIO OPEN: ‘HISTÓRICO!’

A 10ª edição do Rio Open foi resumida como histórica por diferentes aspectos no balanço feito em entrevista coletiva de Lui Carvalho, diretor do torneio, e Thomaz Costa, vice-diretor, que destacaram os diferenciais do evento no Jockey Club Brasileiro, como a energia do público presente no ATP 500 carioca, os recordes do torneio em termos de organização, além dos resultados obtidos pelos brasileiros.

“O balanço é muito positivo, é uma edição histórica, 10 anos de Rio Open, do jeito que a gente imaginava, quebrando recordes. Com certeza a gente vai ter recorde de público no final da semana, foi recorde de público no qualifying. Pela primeira vez um brasileiro passou o qualifying, isso é bastante gratificante porque a gente vem falando há bastante tempo sobre a nova geração”, analisou Lui.

“O mundo viu que a energia que a gente tem aqui no Rio Open de público não se iguala em nenhum outro lugar do mundo. Obviamente tem quadras maiores, mas a energia realmente que os jogadores sentiram e começaram a falar sobre é bem especial. Estamos felizes de chegar à décima edição com esse rótulo de que é um lugar especial para jogar”, declarou Lui.

Em mais uma edição de sucesso, o vice-diretor Thomaz Costa disse que a organização também está atenta para melhorar em todos os aspectos para as próximas edições.

“A gente tem sempre em mente que sempre dá para melhorar e busca melhorias em tudo, até o que está bom nós revemos o que dá para ficar ainda melhor. Temos um cuidado e um carinho com os detalhes que eu acho que é importante no final. A gente consegue entender que isso impacta a experiência de todos os que estão aqui”, concluiu.

CAMINHO DE SEBASTIAN BAEZ PARA O TÍTULO DE SIMPLES:
Primeira rodada – Corentin Moutet (FRA) – 6/4 e 6/3
Segunda rodada – Facundo Diaz Acosta (ARG) – 7/6(1) e 6/3
Quartas de final – Thiago Monteiro (BRA) – 6/4, 1/6 e 6/2
Semifinal – Francisco Cerundolo (ARG) – 7/5 e 6/0
Final – Mariano Navone (ARG) – 6/2 e 6/1

Foto: Fotojump