Relato: A incrível experiência de participar de um curso de arbitragem com Ricardo Reis

No último final de semana, o Rio Open realizou no Clube Marapendi, no Rio de Janeiro, o Festival Winners 2019, que celebrou o Dia das Crianças com torneios, clínicas e outras atividades, como curso de encordoamento, voltadas para a nova geração do tênis brasileiro.

Entre as atividades da programação, foi oferecido um curso de arbitragem, no sábado, dia 12, com teoria e prática, com o árbitro Ricardo Reis, reconhecido como um dois maiores expoentes brasileiros nesta área, sendo Gold Badge, com uma carreira internacional de sucesso também e supervisor do Rio Open.

Com a curiosidade e o interesse em fazer um curso de arbitragem há algum tempo (e o quase “esquecimento” do Rio de Janeiro no calendário de cursos oferecidos pela CBT), resolvi me inscrever e participar. E posso garantir que foi uma experiência incrível!

O conhecimento e educação o Ricardo Reis são dignos de nota, mas o caráter mais intimista dessa experiência, que contou com aproximadamente 15 participantes, deu um destaque a mais para quem estava ali pra aprender mais sobre as técnicas e o ofício de um juiz de linha.

Desde o início, todos os participantes  foram muito bem recepcionados pelo Ricardo e toda equipe do Rio Open, inicialmente em um salão com recursos multimídias que focou na parte teórica da função, com toda a explicação técnica de alta qualidade.

Além disso, o material didático oferecido a cada aluno – uma apostila de mais de 40 páginas – e toda a atenção do Ricardo, pronto para sanar qualquer dúvida, deixaram a experiência muito mais leve e, digamos, fácil de ser absorvida.

Nesta parte, foi ótima a idéia de exibir alguns vídeos que exemplificam as experiências – e perrengues – enfrentados pelos juízes de linha mundo afora. E claro que casos conhecidos de reclamações efusivas de jogadores e jogadoras (sim, Serena serviu de exemplo. Ou mau exemplo rs) também foram mostrados. Sem dúvida, arrancou boas risadas dos alunos.

Depois, era hora de testar em quadra aquilo que aprendemos em sala. Aproveitando vários jovens tenistas que estavam participando do evento, nos posicionamos em quadra (e pode acreditar, essa é uma parte que gera muita confusão) com toda a orientação do Ricardo. E olha, o início não é fácil. Até acostumar, é um show de marcações atrapalhadas, de gritar “out” e marcar bola boa. E vice versa. Foi até engraçado.

Tudo na arbitragem é muito técnico. Começando pelo posicionamento, de pé ou sentado, a posição dos braços, o time entre a chamada e o movimento do braço. Tudo é ou deve ser bem sincronizado, dentro de um padrão.

Minha primeira experiência em quadra foi ficar sentado, marcando a linha de base. Eu estava nervoso, não posso negar. Atenção (ou tensão) total! Primeira bola longa e…”OUT”. Convicto! Movimento certinho (pelo menos na minha cabeça), chamada perfeita, mas será que foi mesmo? Modéstia a parte, a confirmação veio com um: “Isso, convicto. Muito legal!”e um sinal de positivo do próprio Ricardo Reis. Ufa…é um alívio e uma moral tão grande que até deu vontade de tomar conta da linha de saque de um jogo da Serena no US Open! Rs.

Brincadeiras à parte, o evento foi incrível! Muitas crianças, muitas famílias, diversão, comida boa e de qualidade oferecida pelo próprio Rio Open, muito tênis e, principalmente, muito aprendizado!

E pra quem tiver o interesse e a oportunidade de participar de um curso como esse com o Ricardo, vale muito a pena! O conhecimento é imenso e, sem dúvida, a visão passa a ser outra, especialmente dos detalhes que acontecem em uma partida de tênis. Só posso agradecer ao Rio Open e ao grande Ricardo Reis!

Por Filipe Alves