Rogerinho leva virada e Challenger de Campinas terá final argentina

rogerinho-campinas-3-peqO paulista Rogério Dutra Silva chegou a ter um match point para avançar à final do Campeonato Internacional de Tênis de Campinas, apresentado por Itaú por meio da Lei Federal de Incentivo ao Esporte, mas levou a virada do argentino Facundo Bagnis, por 4/6, 6/1 e 7/5, neste sábado, na Sociedade Hípica.

A decisão 100% argentina entre Bagnis e Carlos Berlocq começa às 14h deste domingo, com transmissão do SporTV 3. O histórico entre os compatriotas aponta quatro vitórias para Berlocq em cinco confrontos. Porém, Bagnis vive o melhor momento de sua carreira, está em busca seu quinto título só nesta temporada (segundo consecutivo) e alcançará pelo menos a 71ª colocação do ranking.

Com grande apoio da torcida em Campinas, Rogerinho chegou a ter 5/2 de vantagem no terceiro set e sacou para o jogo em 5/3. No entanto, Bagnis empatou em 5/5, com direito a um match point salvo em 5/4. O argentino ganhou confiança e quebrou o serviço do paulista em seguida para sacramentar a virada.

“Virar um jogo assim, com toda a torcida contra, só dentro da quadra com o apoio do meu treinador, é algo que me dá uma satisfação enorme”, afirmou Bagnis. “O físico está bastante cansado, minha cabeça também. Estou com muita vontade de voltar para a Argentina. Foi uma gira muito longa e muito boa. Espero dar o meu melhor no último jogo. Se der certo, ótimo”.

Berlocq teve uma semifinal mais tranquila contra o português Pedro Sousa, triunfando por 6/0 e 6/4. “Hoje não foi um bom jogo, o mais positivo foi o resultado. Meu rival não estava no nível que vinha demonstrando na semana. Talvez seu jogo não encaixasse muito com o meu e por isso ele cometeu muitos erros”, avaliou o 75º do ranking.

Coria e Lipovsek Puches surpreendem e são campeões de duplas

O troféu de duplas do Campeonato Internacional de Tênis de Campinas ficou com a surpreendente dupla argentina formada por Federico Coria e Tomas Lipovsek Puches. Os jovens de 24 e 23 anos, respectivamente, superaram os experientes Sergio Galdos, do Peru, e Maximo Gonzalez, da Argentina, por 7/5 e 6/2 na final. Este foi o primeiro título de Challenger dos argentinos.

“Eles (Galdos e González) têm muita experiência em Challengers e este foi o primeiro torneio que ganhamos. Não fomos tão bem em outros Futures e Challengers, mas agora sim, porque aproveitamos estes momentos na semifinal e na final. A gente se divertiu em quadra e ficamos mais soltos para jogar o nosso melhor nível”, afirmou Lipovsek Puches, que derrotou João “Feijão” Souza na segunda rodada de simples.

Coria também ressaltou que o favoritismo dos adversários acabou ajudando a dupla campeã a jogar melhor. “Foi muito bom poder desfrutar desta final sem pressão. Afinal, já era um presente chegar a esta final, com tanta gente assistindo. Se a gente pudesse ganhar um set já seria ótimo. Quando vencemos o primeiro set, achávamos que iria ao super tiebreak, mas no momento que eles começaram a jogar melhor, nós conseguimos buscar”, comemorou o irmão de Guillermo Coria, vice-campeão de Roland Garros em 2004.

Foto: João Pires/Fotojump