Carolina Hannes aproveitou o circuito universitário para se formar e continuar trabalhando nos Estados Unidos

Carolina Hannes 2Carolina Hannes é atualmente uma brasileira pra lá de adaptada ao estilo de vida e cultura dos Estados Unidos. Afinal de contas, são quase 10 anos estudando e trabalhando na terra do Tio Sam, oportunidade única que surgiu através do circuito universitário.

Em 2005, a paulista estava jogando a Copa Gerdau quando ficou sabendo de um novo horizonte e poderia buscar a chance de continuar jogando tênis em alto nível e ainda possuir uma boa formação acadêmica. Assim, ela foi atrás do seu sonho. Hoje, formada em Ciência do Exercício pela University of Northern Iowa, ela segue sua vida nos Estados Unidos e não pensa em voltar tão cedo para o Brasil.

Confira como foi o nosso bate papo com ela:

1 – Como surgiu a oportunidade de ir para os Estados Unidos estudar e jogar o circuito universitário?

Eu estava jogando a Copa Gerdau quando Felipe Fonseca (que trabalha no Daquiprafora, umas das principais empresas no assessoramento de atletas e estudantes para universidades nos Estados Unidos) primeiro conversou comigo. Eu furei o quali e entrei na chave principal. Gostei da ideia e de tudo q ele me informou sobre College Tennis. Eu comecei a joga tênis um pouco tarde, tinha quase 15 anos e jogava futebol antes. E logo que comecei no tênis, escutei que existia a possibilidade de tênis universitário nos Estados Unidos. Então, quando conheci o Felipe, sabia que era mesmo isso o que eu queria fazer.

2 – Qual foi a universidade escolhida? O que você cursou?

– Eu escolhi University of Northern Iowa (UNI) em Cedar Falls, IA. Eu me formei em Ciência do Exercício.

3 – Qual era a sua expectativa quando partiu para os EUA?

Antes de chegar nos EUA, o medo era de eu não conseguir aprender inglês e nao ir bem na faculdade. Mas eu estava muito animada para chegar e comecar a treinar com o time e competir pela faculdade.

4 – Quais foram as principais dificuldades? Já sabia falar inglês fluentemente?

Com certeza o inglês foi a maior dificuldade. Meu inglês não era forte, eu tinha um bom inglês no colegial, mas chegando aqui (nos EUA) era muito difícil de se comunicar e entender o que os outros falavam. Mas tive professores e meus treinadores que me ajudaram muito e facilitou bastante nessa transicão.

5 – Qual foi a importância do Daquiprafora e da Fundação Lemann nesse projeto?

Daquiprafora e Lemann me ajudaram de todas as formas e com a papelada que precisamos ter antes de assinar com a faculdade. Conheci pessoas que ja tinham se formado nos Estados Unidos e escutar a história deles me ajudou a decidir que tênis universitário era a minha opção ideal.

6 – Como essa experiência a auxiliou na busca pela inserção no mercado de trabalho depois da universidade?

Me formei em maio de 2008 e desde entao eu estou como treinadora. Logo depois da faculdade consegui trabalho na Van Der Meer Tennis Academy, na Carolina do Sul. Ganhei bastante experiência, fui certificada e depois de lá nao tive problemas em conseguir outros trabalhos. Eu sempre quis ser a College Coach, então depois da academia consegui voltar para Coach College tTennis. Primeiro como assistente, na Western New Mexico e San Jose State University, e agora sou head coach da Cornell College.

7 – Por que você decidiu permanecer nos EUA? Ainda tem contato com a universidade?

Eu amo a competicão envolvida em College Tennis e sempre quis ser a College Coach. Então, quando surgiu a oportunidade de ser assistante da Western New Mexico, não precisei pensar duas vezes. Eu sabia que era isso o que eu queria fazer. Agora eu moro a uma hora da Northern Iowa, eu treinei uma das jogadoras deles, então tento acompanhar a temporada deles também. Ainda tenho amigas que moram lá e com certeza The Panthers é meu time e para sempre será. Assisto todos os esportes: vôlei, basquete, futebol e sempre torco para Northern Iowa.

8 – Qual é o seu trabalho atual?

Sou a head men’s and women’s tennis coach na Cornell College.

9 – Pretende voltar para o Brasil?

Volto para o Brasil uma vez por ano para visitar família e amigos, mas eu adoro viver no Estados Unidos. Não tenho planos de voltar de vez para o Brasil nos próximos anos.

10 – Você recomenda a experiência aos jovens que ainda estão na dúvida sobre o circuito universitário?

Com certeza. Todo atleta que tem a oportunidade de estudar e praticar esporte pelas faculdades americanas não pode perder essa chance. Voce não só aprenderá inglês, mas também irá se desenvolver e se tornar mais responsável e independente. Uma experiência que não tem preço. Voce fará amigos para vida toda e terá os quatro melhores anos da sua vida estudando e jogando tênis por um time que você vai aprender a amar assim que chegar lá.