Aquele Roland Garros já era diferente. O Guga já estava na terceira rodada, o que era o seu melhor resultado em um Grand Slam. O adversário era difícil, o campeão de Roland Garros 1995, o homem de ferro do saibro, Thomas Muster.
O jogo foi uma montanha russa. O austríaco ganhou o primeiro set por 7/6, Guga o segundo por 6/1, venceu o 3o. por 6/3, aí perdeu o quarto por 6/3 e o Muster abriu 3/0 no 5o. set. Estava quase tudo perdido. Mas, algo maior estava por vir. Guga conseguiu virar o placar e vencer o set e o jogo por 6/4. (6/7 (3/7), 6/1, 6/3, 3/6 e 6/4)
Estava assistindo esses dias os melhores momentos da partida e confesso que não lembrava de muita coisa, apenas das cenas finais que nos acostumamos a ver nestas duas décadas. Mas que jogaço, cada ponto, cada certinha, que emoção.
Dali para frente nada mais foi igual.
A loucura começou – pelo menos para mim. Telefonemas, pedidos de informações, uma inquietação, o mundo do tênis no país em polvorosa.
E era apenas o começo. Foi talvez o primeiro dia dos 11 anos que se seguiram até o Guga se aposentar em que a minha vida de assessora nunca mais foi a mesma.
Diana Gabanyi