Em final tumultuada, Naomi Osaka é campeã do US Open

Por Diana Gabanyi

Fotos de Cynthia Lum

O mundo inteiro esperava pelo título de Serena Williams, ou melhor desejava ver uma história de conto de fadas acontecendo em pleno Arthur Ashe Stadium. A americana jogava pelo 24o. título de Grand Slam, e o primeiro exatamente um ano depois de ter se tornado mãe e passado por uma série de complicações de saúde. A maior campeã de todos os tempos contra a japonesa de 20 anos Naomi Osaka.

O título ficou com a novata Osaka, que venceu Serena por 6/2 6/4, jogando um tênis perfeito, sem intimidação alguma por estar na sua primeira final de Grand Slam e diante da tenista que idolatrou por toda uma vida.

O placar, no entanto, não será lembrado por muita gente nesta final, a segunda seguida de Grand Slam que Serena disputa e perde.

A tenista, acusada de coaching, tomou uma advertência. Depois tomou outra por quebrar uma raquete frustrada e aí perdeu um ponto. Depois de perder um ponto, continuou discutindo com o juiz e perdeu um game. Daí pra frente, Serena não se conteve. Ou melhor, já não estava se contendo. Sucumbiu à pressão. Chamou o ábritro geral em quadra, a diretora da WTA e disse que isso acontece muitas vezes com ela no US Open, diz que não trapaceia para vencer e jamais trapaceou, chorou, se desesperou e perdeu.

A cerimônia de premiação foi um anti-climax, especialmente para a jovem campeã, que começou a jogar por causa de Venus e Serena. A primeira campeã de Grand Slam do Japão (Osaka nasceu no Japão e se mudou para os EUA aos 3 anos). Serena tentou apoiá-la e pediu aplausos do público. Na coletiva disse que não gostaria de afirmar que o árbitro, o português Carlos Ramos, que vem com frequência aos torneios do Brasi, influenciou no resultado do jogo, afinal Osaka estava jogando muito bem. Mas, o que todos vão lembrar deste sábado, 08 de setembro em Nova York, é da ira de Serena Williams.