André Sá e o novo Diretor de Relações com os Jogadores da Tennis Australia

Considerado um dos jogadores mais populares do circuito, André Sá já provou seu papel de liderança fora das quadras, incluindo seis anos como representante dos jogadores no ATP Player Council e em um papel de consultoria na ITF.

O novo cargo foi projetado para complementar as fortes relações que já existem entre a Tennis Australia e o grupo de tenistas do circuito mundial. A Tennis Australia promoverá o maior programa de eventos da sua história no próximo verão, com a inclusão da ATP Cup – um evento de 10 dias e de US $ 22 milhões em premiação, em três cidades – além do novo evento masculino e feminino em Adelaide.

“Um dos principais impulsionadores para o nosso verão é avaliar, atender e, idealmente, até superar as necessidades e expectativcas dos tenistas. É um lema que está no nosso DNA ”, disse Craig Tiley, CEO da Tennis Australia.

“Acreditamos que o André é um ótimo complemento para a equipe que adicionará outra faceta às nossas comunicações contínuas com os jogadores e ao serviço que pretendemos melhorar continuamente para os tenistas – uma meta importante em qualquer momento, mas ainda mais vital em uma época de mudança substancial no verão de tênis australiano. ”

“Estou muito motivado com este novo desafio. A Tennis Australia é uma das organizações de tênis mais inovadoras e criativas do mundo, com uma grande equipe de liderança e eu não poderia estar mais feliz em fazer parte dela”, disse Sá.

Sá se aposentou de sua brilhante carreira como jogador em fevereiro do ano passado, depois de 23 anos no circuito. Alguns dos destaques da sua carreira incluem:

 

  • 11 títulos de ATP Duplas
  • Participação em Quatro Jogos Olímpicos (2004, 2008, 2012, 2016)
  • 12 anos representando o Brasil na Copa Davis
  • Medalha de Ouro nos Jogos Pan-Americanos de 1999
  • Melhor ranking de singles ATP: 55
  • Melhor ranking de duplas ATP: 17

 

Foto: João Pires/Fotojump

 

Com intervalo de uma semana entre Paris e Londres, o glamour voltará ao ATP Finals no ano que vem

E o ATP World Tour Finals começa nesta segunda-feira em Londres, com os oito melhores jogadores de simples do mundo e as oito melhores duplas do planeta, entre elas duas brasileiras. Sem toda aquela pompa e circunstância, típica de um Finals, os tenistas que estavam jogando em Paris pegaram o Eurostar assim que acabaram a participação na capital francesa e já trocaram o Palais Omnisport de Bercy, pela Arena 02.

Del Potro Atp finals

Muitas coisas diferem o ATP World Tour Finals de um torneio de Grand Slam, Masters 1000 ou dos ATPs 500 e 250. Entre elas, a mais significativa é o formato de disputa em Round Robin, em que os 8 jogadores são divididos em 2 grupos de quatro e se enfrentam entre si para decidir o 1º e o 2º colocado do grupo, ou seja, os semifinalistas.

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Uma outra é o tratamento que os jogadores recebem. Cada um tem o seu vestiário próprio, o seu motorista e até uma pessoa para acompanhar a família por passeios pela cidade.

A que mais ficou faltando neste ano, com essa mudança de calendário que colocou o BNP Paribas de Bercy grudado no ATP Finals – ainda bem que foi a decisão foi revista e no ano que vem continuará a haver uma semana de intervalo entre os dois eventos, é todo aquele glamour que só vemos nos Finals.

Tenistas vestidos de terno e gravata, fotos com todos os oito, sorteio da chave com todos os participantes, mesa redonda de entrevistas acontecendo simultaneamente com os participantes, enfim, imagens que ficam na memória e saem do comum do dia-a-dia.

Fui procurar nos meus arquivos algumas fotos dos ATP Finals em que estive presente com o Guga – Hannover, Lisboa e Sidney – e encontrei até o press release de 2001 descrevendo como foi a chegada dele para o sorteio da chave na Opera de Sidney.

Sydney tennis atp finals 2001

“O brasileiro chegou à Opera House em uma Mercedes amarela conversível, com seu nome gravado no vidro, assim como os outros oito tenistas. De terno e gravata e cabelos cortados, Guga acenou para o público, posou para fotos com os companheiros de competição e de quebra ainda ganhou uma prancha de surfe de presente da organização do torneio. Como prêmio ao número um do mundo, a organização deu a Guga uma prancha marrom, diferente da dos demais jogadores, que receberam pranchas brancas. Com elas, os tenistas também posaram para fotos e em seguida, dentro da Ópera House, participaram de uma cerimônia de abertura, com representantes da ATP e ITF e com as lendas do tênis australiano, Ken Rosewall e John Newcombe. Em seguida a elite do tênis mundial concedeu entrevista coletiva e a de Guga, como sempre, foi uma das mais demoradas.”

E nos outros anos também não faltou glamour. Nem mesmo na nada charmosa Houston eles deixaram de fazer toda essa “encenação.”

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No ano passado não sentimos muito a diferença desta semana off porque o único que ainda estava nas finais em Paris era David Ferrer. Neste ano foi diferente. Paris teve os oito participantes do Masters nas quartas-de-final e só Del Potro, Berdych, Wawrinka e Gasquet chegaram a tempo da festa de gala em Londres.

Até mesmo os brasileiros estreantes no Finals, Bruno Soares, com o austríaco Alexander Peya e Marcelo Melo, com o croata Ivan Dodig, perderam esse momento tão especial.

A partir desta segunda, tudo isso, no entanto, fica para trás e a busca pelo título do melhor dos melhores começa com a chegada de Nadal, Federer, Djokovic e Ferrer.

Diana Gabanyi