US Open, no maior campeonato de tênis do mundo, tenistas são os grandes monumentos de Nova York

O US Open, o maior campeonato de tênis do mundo, começa nesta segunda, 28 de agosto. Já faz dias em New York que o tênis tomou a cidade. Hotéis, parques, vitrines de lojas, especialmente para quem está em Mid Town Manhattan, se vestem de tênis.. Este ano a USTA expandiu as ações para o SeaPort district, onde foi sorteada a chave e montaram um espaço de experiências de tênis.


Além dos eventos que aconteceram nos últimos dias em Nova York, o US Open Series, apesar de ter tido menos buzz como circuito do que quando começou há mais de década, dão ao espectador uma sensação de grandeza e fazem o público sentir a energia da metrópole mais vibrante do mundo.

Se pudéssemos fazer uma comparação entre os tenistas e os lugares emblemáticos de Nova York, o campeão de 2009, o argentino Juan Martin del Potro, apelidado de a Torre de Tandil, e que derrotou Roger Federer naquela final seria aquela imagem que se tem do Top of The Rock, do Rockfeller Center. Naquela decisão, a sua única conquista em um Grand Slam e que foi seguida de uma série de lesões e mistérios ele precisou de toda sua energia para vencer por 3/6 7/6(5) 4/6 7/6(4) 6/2 e chegar ao topo, vendo toda Manhattan de cima.

Este ano, depois de um segundo semestre de 2016 dos sonhos, em que conquistou a Davis e a prata olímpica, Del Potro pode nem chegar a ver o Empire State neste ano. O seu ano de 2017 vem sendo mais de baixos do que de altos.

Rafael Nadal, que busca neste US Open manter o seu lugar no topo do ranking mundial e voltar a triunfar na Big Apple, espera poder repetir os gestos de vibração, com os punhos cerrados em Nova York e posar para a foto de campeão ao lado do touro mais famoso de Manhattan, o de bronze que fica em Wall Street.

Em uma das melhores temporadas da carreira, em que conquistou o 10o. Roland Garros, ele deixou claro que um dos grandes objetivos para o segundo semestre era conquistar Nova York.
Cinco vezes campeão do US Open, Roger Federer tentará o sexto título, com mais chances do que nos últimos anos, apesar de uma lesão nas costas que o fez desistir do Masters1000 de Cincinnati, como uma maneira de provar para si mesmo que ainda é possível vencer três Grands Slams em um ano só e que ainda ama muito jogar tênis. A referência para ele pode ser o elegante Metropolitan Museum e suas obras de arte, para buscar inspiração e executar os seus mais belos golpes.
Andy Murray, que acabou desistindo de jogar o US Open, depois da chave ter sido sorteada, tem até uma região em Nova York com o seu nome – não em sua homenagem – a de Murray Hill, entre MidTown e Soho.
O gigante John Isner, que ficaria bem no Empire State Building, Sam Querrey, Jack Sock e a nova geração de garotos born in the USA, serão o foco das atenções dos americanos, que sonham em vê-los posar com o troféu de campeão ao lado da Estátua da Liberdade, um dos símbolos mais conhecidos dos Estados Unidos.
Os brasileiros Thomaz Belluci, Tiago Monteiro e Rogério Dutra Silva junto aos duplistas Marcelo Melo, Bruno Soares, André Sá e Marcelo Demoliner, direto nas respectivas chaves principais, convocam os conterrâneos da Rua 44 e os que estiverem em Nova York para comemorar o Brazilian Day, para torcerem em Flushing Meadows.
Em uma chave das mais esvaziadas, com tantos jogadores lesionados, Alexander Zverev, que chega pela primeira vez a Nova York como uma das sensações do tour, Dominic Thiem, Grigor Dimitrov, entre outros, terão que provar que conseguem sobreviver ao mais agitado Grand Slam do circuito e que “if you can make it here, you can make it anywhere.”Que o diga Marin Cilic, que depois do trofeu do US Open, há 3 anos, tem chegado cada vez mais perto de vencer outro Grand Slam.

Confira a programação desta 2a. feira em Nova York aqui
Diana Gabanyi

Fotos de Cynthia Lum e Martijn Verbeek