Rio Open bate recordes na 10a edição

A 10ª edição do Rio Open apresentado pela Claro foi histórica tanto dentro quanto fora de quadra. Com ingressos esgotados desde o ano passado, o torneio, que reuniu grandes nomes do tênis mundial no Jockey Club Brasileiro, bateu recorde de público com 65 mil pessoas ao longo dos nove dias, e movimentou mais de R$ 160 milhões na economia no Estado do Rio, entre turismo e geração de empregos, com mais de 5 mil vagas diretas e indiretas. 

Pela primeira vez um tenista brasileiro foi campeão do torneio, com a conquista de Rafael Matos nas duplas ao lado do colombiano Nicolas Barrientos. Já na final de simples, dois tenistas de um mesmo país decidiram o título. O argentino Sebastian Baez venceu o compatriota Mariano Navone e recebeu o troféu do torneio das mãos de Gustavo Kuerten e David Ferrer. Além disso, cinco brasileiros disputaram a chave principal (com três tenistas do país alcançando as quartas de final – João Fonseca, Thiago Monteiro e Thiago Wild) e, pela primeira vez, o evento promoveu um torneio de tênis em cadeira de rodas, o Wheelchair Tennis Elite – apresentado por ALLOS.

Baez Campeão (Fotojump)

Entre os brasileiros, João Fonseca roubou a cena durante o Rio Open e teve uma semana dos sonhos. O tenista de 17 anos atraiu todos os holofotes ao conquistar suas duas primeiras vitórias da carreira na ATP, e tornar-se o mais jovem brasileiro nas quartas de final de um torneio do circuito desde Gustavo Kuerten no ATP de Umag, em 1996. Além disso, o carioca entrou para o hall dos mais jovens do tênis mundial a atingir essa etapa desde os anos 2000, ingressando em uma lista que tem Rafael Nadal, Alexander Zverev, Karen Khachanov e Kei Nishikori. Outro dado histórico para o ATP 500, foi Felipe Meligeni, o primeiro tenista do Brasil a passar pelo qualifying.

Wheelchair by Allos (Fotojump)

Fora das quadras, o maior torneio da América do Sul também deu um show e contou com diversas atrações, reunindo grandes marcas nos mais de 10 mil m² do Boulevard Leblon. Destaque para a gastronomia, com quiosques de restaurantes renomados, como o Babbo Osteria, Absurda, Seu Vidal, Liga Tijucana e Oakberry Açaí, sempre concorridos pelo público. Loja oficial do evento, a La Boutique também teve recorde de vendas e produtos esgotados, como bonés, ímãs, toalha de praia e camiseta infantil. 

Rio Open Green (Fotojump)

“A décima edição entrou para a história e consolidou definitivamente o Rio Open com um grande evento do Brasil. O público que compareceu ao complexo do Jockey pôde experimentar grandes emoções. Tivemos o primeiro título de um brasileiro nas duplas, o talento de João Fonseca e promovemos pela primeira vez o torneio Wheelchair, com grandes jogadores de tênis em cadeiras de rodas. Fora das quadras proporcionamos lazer de qualidade, com gastronomia diversa e de alto padrão, ativações das marcas, um belíssimo espetáculo de drones que iluminou o céu do Rio de Janeiro. Tudo isso com cuidado e zelo pelas pessoas que nos prestigiam. Pela primeira vez, colocamos em prática um projeto de acessibilidade em todo o complexo. Foi uma edição inesquecível, marcada por momentos emocionantes. Agora entramos em um novo ciclo de Rio Open, com expectativa altíssima”, disse Marcia Casz, diretora do Rio Open. 

A praça Rio Open mais uma vez foi um grande point, com vista para o Cristo Redentor, cerveja gelada do Bar Black Princess e os drinques especiais do quiosque da Grey Goose, além do telão gigante para não deixar passar nenhuma jogada. E os fãs do esporte também puderam acompanhar as partidas espetaculares de casa, com as mais de 53 horas de transmissão ao vivo para mais de 140 países, além da incrível cobertura dos quase 280 jornalistas que levaram a competição para o mundo.

Lui Carvalho, diretor do Rio Open, ressaltou a importância desses aspectos e expressou sua satisfação com os resultados alcançados. “Histórica. Se eu pudesse resumir em uma palavra a edição de 10 anos do Rio Open seria essa. Do jeito que imaginávamos, quebrando recordes. É muito gratificante ver que o mundo finalmente entendeu que a energia vinda das arquibancadas do Rio Open não se iguala a nenhum outro lugar do mundo. Os jogadores gostam e se sentem confortáveis em fazer parte de um torneio tão especial quanto esse”, comentou Lui.

O Rio Open também fez uso do poder do esporte para promover iniciativas sociais. Crianças e jovens dos projetos parceiros da competição, além do NERO – Núcleo Esportivo Rio Open, participaram do torneio Winners, voltado exclusivamente para os integrantes destas instituições. Além disso, eles ganharam ingressos para partidas do evento, e alguns deles ainda fizeram parte da equipe de boleiros e foram sparrings dos atletas profissionais. 

Para completar, jovens que participaram de outras edições receberam cursos de capacitação de encordoamento, árbitros, treinadores e outras atividades ligadas ao esporte, e tiveram a oportunidade de trabalhar como estagiários e até coordenadores em áreas do evento.

Outro ponto alto da programação do Rio Open foi a realização do inédito torneio de tênis em cadeira de rodas, o Wheelchair Tennis Elite – apresentado por ALLOS. O Jockey Club Brasileiro recebeu pela primeira vez quatro atletas da elite mundial da modalidade, que deram um show em quadra. 

O título individual do Wheelchair Tennis Elite – apresentado por ALLOS foi conquistado pelo britânico Alfie Hewett, dono de mais de 100 títulos na carreira, sendo 27 em Grand Slams. Hewett também foi o campeão do torneio de duplas, ao lado do compatriota Gordon Reid, detentor de um currículo recheado de troféus internacionais. Também disputaram o torneio o japonês Shingo Kunieda, considerado uma lenda da modalidade, com mais de 50 taças em Grand Slams, e o brasileiro Daniel Rodrigues, ex-número 11 do ranking mundial de tênis em cadeira de rodas e cinco vezes medalhista em Jogos Parapan-Americanos.

No pilar ambiental, o Rio Open Green concentrou todas as iniciativas que têm objetivo de minimizar o impacto ambiental gerado pelo torneio. Desde 2020, em parceria com a ENGIE, líder em energia renovável no Brasil, passou a ser um evento carbono neutro.

Pelo terceiro ano consecutivo, o Rio Open irá neutralizar também as emissões de CO2 derivadas do deslocamento do público. A neutralização da pegada climática do evento foi reconhecida pela ONU pela contribuição voluntária e responsável com as metas globais de descarbonização da economia.

Confira alguns números e curiosidades do Rio Open 2024:

– Quadras de saibro: 08

– Capacidade da quadra central: 6.200

– Capacidade da quadra 1: 1.000

– Capacidade da quadra 2:  256 

– Capacidade da quadra 5: 108 

– Empregos gerados: Mais de 5.000 empregos diretos e indiretos

– Projetos sociais: 04 

– Tamanho Leblon Boulevard: mais de 10.000m²

Atletas: 73 (incluindo simples, duplas e qualifying);

Países: 19 (incluindo simples, duplas e qualifying) – Brasil (13), Argentina (15), Espanha (7), França (6), Áustria (4), Chile (4), Grã-Bretanha (4), Itália (4), Alemanha (3), Colômbia (2), Sérvia (2), Estados Unidos (2), Bolívia (1), Holanda (1), Peru (1), Portugal (1), Romênia (1), Suíça (1) e Eslováquia (1)

Partidas disputadas: 61 contando o Qualifying (43 simples e 18 duplas)

Tempo de tênis: 103 horas e 3 minutos

– Premiação: U$ 2.271,715

Atletas cadeirantes: 4

Países: 3 – Brasil (1), Grã-Bretanha (2) e Japão (1)*

* único do Japão é cadeirante (Shingo Kunieda)

Jogos de cadeirantes: 4 (3 simples e 1 duplas)

– Membros da ATP: 66 (Referee: 01, Supervisores: 02, Players Manager: 1, Juízes de linha: 46, Juízes de cadeira: 7, Chefe de Juízes: 01, Assistente de Chefe de Juízes: 01) 

 Corpo médico e fisioterápico: 7

– Jornalistas credenciados: 280

– Imprensa (vídeo, foto, atendimento, site, arte e texto):  27

– Países alcançados com a transmissão: Mais de 140

– Horas de transmissão: mais de 53 horas no SporTV 3 com as partidas da Quadra Central.

– Boleiros: 70, sendo 60 boleiros oriundos dos projetos sociais apoiados pelo Rio Open, 10 convidados e 03 coordenadores.

– Toneladas de pó de saibro: 14

– Tratadores de quadra: 23 + 1 coordenador

– Assistentes de quadra: 6  + 1 coordenador

– Bolas: 5.400

– Raquetes encordoadas: 512 – totalizando 6.096 metros de corda

– Toalhas: 2500

– Água: 25 mil litros

– Isotônico: 440 litros

– Gelo: 180 sacos

Rio Open reforça compromisso com a sustentabilidade

Eduardo Ribeiro e João Fonseca no Rio Open (Fotojump)

O Rio Open, principal torneio de tênis da América do Sul e um dos maiores da América Latina, celebra mais uma conquista em sua notável trajetória esportiva. O evento internacional do circuito da ATP, prestes a comemorar sua décima edição em 2024, recebeu pelo terceiro ano consecutivo o prestigiado certificado de ‘Carbono Neutro’ da Organização das Nações Unidas (ONU). Tal reconhecimento é fruto dos esforços voluntários em neutralizar o impacto climático do torneio realizado neste ano, entre os dias 18 e 26 de fevereiro, e mitigar as emissões de CO2 provenientes tanto do evento em si quanto do deslocamento dos espectadores, somando cerca de 60.000 pessoas por ano.

Ao longo das três edições mais recentes do Rio Open, as iniciativas sustentáveis da plataforma Rio Open Green têm sido eficazes, resultando na neutralização de 2.970 toneladas de CO2e. Essa conquista se materializa através de créditos de carbono derivados da produção de energia renovável da Jirau Energia, usina que tem como acionistas ENGIE (40%), Eletrosul (20%), Chesf (20%) e Mitsui (20%). A ENGIE é patrocinadora do Rio Open.

Cameron Norrie é o atual campeão do Rio Open (Fernando Soutello/Rio Open)

“O recebimento do certificado de carbono neutro da ONU é comparável a um troféu para a equipe do Rio Open. Da mesma forma que os tenistas se esforçam intensamente na quadra para vencer o torneio, nós, fora dela, dedicamos considerável empenho para garantir que o evento alcance sucesso também na sustentabilidade. Nossos empenhos não se limitam somente às atividades diretas da organização, mas também incluem a conscientização dos espectadores do Rio Open, estimulando a participação individual nesta iniciativa. Estamos profundamente satisfeitos com a parceria com a ENGIE e aspiramos a nos tornar uma referência nacional em sustentabilidade “, afirmou Marcia Casz, diretora geral do Rio Open.

“Fiéis ao nosso propósito de agir para acelerar a transição energética, inserimos a descarbonização do Rio Open como uma de nossas atribuições ao patrocinar o evento. Desta forma, materializamos nossa ambição e engajamos o público no tema da transição energética”, expressou Gil Maranhão Neto, diretor de Comunicação e Responsabilidade Social Corporativa da ENGIE.

Rio Open 2023 alcança 90% de reciclagem de resíduos

Fiel ao seu compromisso com a sustentabilidade, o evento conseguiu reciclar 90% dos resíduos produzidos durante sua edição deste ano, incluindo os resíduos orgânicos destinados à compostagem. Além da neutralização das emissões de carbono provenientes do torneio e dos espectadores, a reciclagem representa uma ação prioritária no pilar da sustentabilidade da plataforma Rio Open Green. Apenas 10% do resíduo total do evento foi enviado para o aterro, incluindo todo o período de montagem e desmontagem, fato considerado um marco importante na história do torneio.

O engajamento do Rio Open em práticas sustentáveis é uma jornada que começa muito antes do início do torneio, incorporando princípios de circularidade na gestão dos resíduos e investindo em ações que contribuem para atingir as metas de reciclagem. Este processo abrange três fases: redução, reciclagem e reutilização. Um exemplo concreto é a disponibilização de copos reutilizáveis nos bares. Quanto à reciclagem, medidas são implementadas para encaminhar resíduos orgânicos para compostagem e demais materiais recicláveis para cooperativas licenciadas. Além disso, todos os fornecedores de alimentos e bebidas adotam materiais recicláveis em suas operações.

A reutilização de materiais também foi foco da gestão dos resíduos do Rio Open. Durante o torneio, as cordas das raquetes utilizadas nas competições foram transformadas em pulseiras, disponíveis para compra na loja oficial, a La Boutique. A organização do evento contribuiu ativamente, fornecendo lonas para cooperativas parceiras, coletando tampinhas de garrafas para iniciativas futuras e redirecionando bolas e sobras de uniformes para projetos sociais.

O Rio Open, ao chegar à sua décima edição de 19 a 25 de fevereiro de 2024 no Jockey Club Brasileiro (RJ), ostenta uma galeria de campeões que inclui nomes como Rafael Nadal, David Ferrer, Pablo Cuevas, Dominic Thiem, Diego Schwartzman, Laslo Djere, Cristian Garin, Cameron Norrie e Carlos Alcaraz. Além disso, o torneio teve a oportunidade de receber tenistas do top 10 do ranking da ATP, como Kei Nishikori, Jo-Wilfried Tsonga, John Isner, Marin Cilic, Gael Monfils e Fabio Fognini.

O Rio Open é uma realização da IMM com o apoio do Instituto Carioca de Tênis.