Teliana vence outra e está a 1 vitória da chave em Hobart

Teliana Pereira está a uma vitória de disputar a chave principal do WTA de Hobart. Na madrugada deste sábado ela, que quase ficou de fora da chave do qualifying, entrando com uma desistência na última hora, venceu a holandesa Cindy Burger por 6/2 6/4, 138 na WTA e agora enfrenta a tenista de Luxemburgo, Mandy Minella. Se vencer este terceiro jogo, disputa a chave do WTA 250, na Austrália.

Teliana vence outra e está a 1 vitória da chave em Hobart

“Joguei melhor do que a primeira rodada e isso é importante, me sentir melhor a cada jogo,” disse Teliana, que segue com o objetivo de pegar ritmo novamente, depois de dois longos meses de pré-temporada.

Diferente dos anos anteriores, Teliana conseguiu fazer a pré-temporada inteira na quadra rápida, em Curitiba e acredita que isso também esteja fazendo a diferença. “Foi a primeira vez que fizemos todo o tempo na quadra rápida e tudo isso ajuda.”

Sobre a próxima adversária, MInella, 104a na WTA, Teliana já enfrentou algumas vezes no saibro (duas vezes em Bogotá com vitória de Teliana), mas em Hobart espera um jogo

diferente. “Ela bate firme dos dois lados, já nos enfrentamos várias vezes, mas o objetivo aqui é ganhar ritmo e voltar a me encontrar em quadra.”

Teliana encerra a temporada e quer voltar ao top 100 em 2017

O ano de 2016 foi um ano de desafios e aprendizado para Teliana Pereira. Depois de conquistar os 2 primeiros WTAs da carreira, em 2015, a tenista partiu para um novo patamar. Disputou os maiores torneios do mundo, em diferentes pisos, encarou as maiores tenistas do planeta. Aprendeu e cresceu. Os resultados não vieram, mas o desejo de continuar evoluindo permaneceu. Por isso, a tenista que chegou ao 43o. posto no ranking mundial, resolveu encerrar a temporada, descansar e iniciar 2017 com nova perspectiva.

Teliana encerra temporada e quer voltar ao top 100 em 2017

“Foi um ano difícil e de muito aprendizado. Joguei todos os grandes torneios e enfrentei grandes jogadoras. Joguei as Olimpíadas no meu país. Foi o ponto máximo da temporada. Ter enfrentado a Serena em Roland Garros, naquela quadra, também foi inesquecível. Acho que nem nos meus maiores sonhos eu poderia imaginar,” analisou Teliana, que veio de um lugar improvável para se tornar uma das maiores tenistas da história do Brasil.

Nascida no sertão pernambucano, se mudou com a família para Curitiba na infância, onde o pai começou a trabalhar em uma academia de tênis. As crianças passaram a frequentar as quadras, pegando bolinha e o francês Didier Rayon, proprietário e técnico do clube, começou a ensinar Teliana a jogar. Pouco tempo depois ela estava jogando os maiores torneios juvenis do mundo e hoje, depois de anos de trabalho e desafios com lesões, entrou para a história do esporte. Se tornou a terceira tenista do Brasil mais bem colocada no ranking mundial de simples, atrás apenas de Maria Esther Bueno e Niege Dias.

A subida meteórica no ranking em 2015, fez com que a brasileira conseguisse entrar direto nos maiores torneios do mundo neste ano e Teliana aproveitou a chance para experimentar algo inédito e jogar os campeonatos que todo mundo sonha disputar. “Todo mundo acaba olhando só os resultados. Mas, eu joguei os maiores torneios do mundo, contra as maiores tenistas. Claro que os resultados não chegaram nem perto do que eu gostaria, mas tudo foi um aprendizado e isso me ajudará lá na frente.”

Para voltar a figurar entre as melhores em 2017, Teliana resolveu antecipar o fim desta temporada. Tirou um mês de férias e volta a treinar na semana que vem, de olho nos torneios da Austrália. “Aproveitei para viajar e descansar. Estava precisando de uma longa parada como essa para me reenergizar e voltar 100%. Agora farei praticamente dois meses de pré-temporada.”

O principal objetivo da tenista é voltar a estar entre as top 100 (é a 201a. Atualmente). “É o meu grande objetivo para 2017, voltar ao top 100 e também jogar motivada e feliz em quadra. Vamos analisar, baseado no que aprendi, todos os aspectos que eu tenho que melhorar e eu sei que são muitos – vou trabalhar muito duro nas semanas que estão por vir. Ter convivido com as melhores tenistas, nos melhores torneios só meu vontade de continuar lá. Acho que não dá para comparar 2016 com os anos em que me lesionei. Realizei o sonho de muitas, muitas tenistas, joguei o circuito top e sei que posso voltar. Me sinto muito confiante e orgulhosa de tudo que já conquistei.”

CALENDÁRIO JANEIRO 2017

09 jan – WTA de Hobart
16 jan – Australian Open
A seguir
Torneios Challengers nos EUA

Teliana vence Bia Maia em duelo brasileiro na estreia em Miami

Teliana Pereira estreou com vitória na chave principal do Miami Open, nesta 3a. feira. Ela derrotou a também brasileira Beatriz Haddad Maia, por 7/6(2) 6/1 e marcou a primeira vitória na competição e a primeira da temporada em um torneio da WTA.

Teliana vence Bia Maia em duelo nacional na estreia do Miami Open

“Foi muito bom e especial jogar nessa quadra – Grandstand – abrindo um torneio como esse, contra a Bia e com a Paulinha – Paula Capulo – de árbitra e muito brasileiro assistindo. Foi um momento histórico em Miami,” disse Teliana, que enfrentou a amiga Bia Maia pela primeira vez.

“Eu tentei focar como se fosse mais um jogo, fazer o meu melhor, procurando me impor e sempre tentando ser positiva. Depois do primeiro set consegui me soltar bem mais.”

Esta é a primeira vez que Teliana, 50a na WTA, joga a chave principal do Premier de Miami.

A próxima adversária da pernambucana radicada em Curitiba é a sérvia Ana Ivanovic, atual 17a. colocada no ranking mundial e campeã de Roland Garros em 2008.

“É uma grande jogadora, agressiva e joga abrindo a quadra. Hoje já começo a focar nessa partida. Quero buscar a vitória e dar o meu melhor.”

Teliana faz história e conquista 2o. título da carreira no WTA de Florianópolis

A tenista Teliana Pereira continua fazendo história no tênis mundial. Depois de quebrar o jejum de 27 anos do Brasil sem conquistar um título no circuito, vencendo o WTA de Bogotá em abril, ela venceu neste sábado, na quadra central do Costão do Santinho, completamente lotada, o segundo trofeu de WTA da carreira, derrotando a alemã Annika Beck, 68a. colocada no ranking mundial, por 6/4 4/6 6/1. A vitória em casa é a primeira de uma brasileira desde que Niege Dias ganhou o WTA do Guarujá em 1987.

Teliana vibra com conquista em Florianópolis

“É o dia mais feliz da minha vida,” comemorou Teliana. “Cheguei aqui sem saber se iria jogar. Foi uma semana muito difícil. Tive que superar muita coisa,” analisou a brasileira que com dores no joelho nem sabia se teria condições de disputar o WTA em Florianópolis, tendo abandonado uma partida, justamente contra Beck, na semana anterior no WTA de Bad Gastein.  Além disso, passou apuro na primeira rodada contra a argentina Irigoyen e teve que lidar com condições adversas de jogo.
Depois de perder o segundo set, ela foi para o tudo ou nada na decisão contra Beck.
“Há uns três dias estou gripada e sabia que precisava esquecer o cansaço no terceiro set e ir pra cima, sem pensar em mais nada.”

Emocionada com a conquista diante da família, do namorado Alexandre, do irmão e treinador Renato e de amigos próximos, Teliana lembrou do início de vida difícil e do primeiro treinador, o francês Didier Rayon. “Se não fosse por ele, não estaríamos aqui, nem eu, nem a minha família. Fico muito feliz por estarmos todos juntos hoje. Temos uma história muito bonita, do lugar onde saímos e por tudo que passamos. Eu também passei por momentos difíceis na carreira, por isso me identifico quando a torcida me chama de guerreira,” falou Teliana, se referindo a série de cirurgias e lesões pelas quais passou no joelho. “Não sou uma jogadora com golpes espetaculares, mas luto por todos os pontos até o fim. `As vezes parece que acordei com dois trofeus de WTA em casa, mas sei o que eu e toda minha equipe trabalhamos para isso.”

Natural do município de Águas Belas, no sertão pernambucano, Teliana, 27 anos, migrou para o Paraná ainda criança quando o pai encontrou um trabalho em uma academia de tênis. Foi na academia do técnico francês Didier Rayon que ela teve o primieiro contato com o esporte. Pegou bolinha, começou a bater bola, a treinar e  iniciou a carreira profissional em 2005, depois de ótimas atuações como juvenil. Em 2007 deu um pulo na carreira, conquistando a medalha de Bronze no Pan do Rio, ao lado de Joana Cortez, nas duplas.
Em 2013, se tornou a primeira brasileira a alcançar a semifinal de um WTA – em Bogotá –  desde 1989. Ainda naquele ano, se tornou a primeira tenista do Brasil a chegar no top 100 da WTA, desde 1990.
Dentro do top 100, em 2014, Teliana conseguiu disputar, pela primeira vez na carreira, todos os Grand Slams na chave principal, chegou a ganhar uma rodada em Roland Garros.
Agora em 2015 saltou mais de 100 posições no ranking – era a 162a em abril, venceu 2 WTAs e está entrado para o top 50 do ranking mundial. Deve aparecer na 48a. colocação, com os 280 pontos conquistados no WTA International de FLorianópolis.

“O objetivo do ano era terminar entre as 50 melhores. Estou muito feliz por ter atingido essa marca. Não quero criar expectativas. Quero agora curtir este momento. Depois de Bogotá não tive muito tempo para comemorar, agora vou aproveitar.”

A posição entre as 50 do mundo, coloca Teliana como a terceira melhor tenista da história do Brasil atrás de Maria Esther Bueno, que jogou a maior parte da carreira antes da Era Aberta e venceu só de simples 7 Grand Slams, e de Niege Dias, que foi a 31a. colocada em 1988.

O próximo desafio de Teliana é o WTA de New Haven, no dia 23 de agosto e em seguida o US Open, último Grand Slam da temporada.

Fotos de Cristiano Andujar/CBT

Teliana salva match point e vai às 8as no WTA de Bucareste

Teliana Pereira está nas oitavas-de-final do WTA International de Bucareste, na Romênia. A brasileira passou por situações distintas no jogo, com paralização por chuva, interrupção por falta de luz natural, salvar match point, para enfim, depois de um dia – 3h24min de jogo, ganhar da eslovaca Kristina Kucova (133a), por 6/3 6/7(4) 7/6(6).  Nesta quinta, ela volta a jogar contra a cabeça-de-chave 3 do WTA, a romena Monica Niculescu.

Teliana salva match point e vai às 8as no WTA de Bucareste

“Foi muita tensão. Nunca tinha acontecido algo assim comigo,” revelou Teliana, 83a. na WTA, se referindo ao jogo ter parado por chuva, voltado por alguns games e depois ter sido interrompido por “escuridão”, no 5/5 do 3o. set, para só voltar no dia seguinte. “Foi uma situação muito difícil, principalmente mentalmente. Não consegui relaxar bem à noite. Fiquei pensando o tempo todo no jogo. Mas, estou muito feliz de ter conseguido reverter a situação e saído com a vitória.”

Além das adversidades externas, a brasileira teve que salver match point no tie-break do 2o. set para se manter viva no torneio. “Ontem tive o jogo na mão, ganhando de 6/3 e 4-1 no tie-break. Hoje ela que esteve muito perto de ganhar. Mas o tênis é assim e lutei muito, muito.”

Para avançar às quartas-de-final, Teliana precisará vencer a tenista romena Monica Niculescu, 41a. na WTA. “Uma vitória como a que tive dá confiança, mas agora é outro jogo, uma situação diferente. A Niculescu tem um jogo muito inteligente. Vou ter que jogar melhor e ser consistente o tempo todo.”

O WTA de Bucareste é o segundo de uma série de 4 torneios no saibro que Teliana está jogando. Ela foi semifinalista, na semana passada, do ITF de Contrexeville e depois jogas os WTAs de Bad Gastein e Florianópolis.

Foto de Cynthia Lum

Teliana é superada na França e joga o WTA de Bucareste

brasileira Teliana Pereira foi superada neste sábado, na semifinal do ITF de U$ 100 mil em Contrexeville, na França. Ela perdeu para a romena Alexandra Dulgheru, 60a colocada no ranking mundial, por 6/0 6/3 e parte agora para Bucareste, onde disputa o WTA International, já na semana que vem.

Teliana é superada e joga WTA de Bucareste

“Eu não joguei bem e ela jogou muito,” resumiu Teliana. “Mas, foi uma boa semana. Nesses torneios ITFs fortes só tem jogo duro e e eu fiz uma boa preparação para os próximos WTAs.”

A estreia de Teliana, 77a. colocada no ranking mundial, será contra a eslovaca Kristina Kucova, 118a. da WTA.

Ela viaja no domingo pela manhã, chegando no fim do dia a Bucareste.

Depois de Bucareste, Teliana joga os WTAs de Bad Gastein e Florianópolis, todos no saibro.

foto de Cynthia Lum

Teliana é superada por húngara e já pensa nos torneios da França

A tenista número um do Brasil e 81a. colocada no ranking mundial, Teliana Pereira foi superada nesta quarta-feira, nas oitavas-de-final do WTA International do Marrocos, pela húngara Timea Babos (86a.) por 6/0 6/7(5) 6/4 e já pensa nos próximos torneios que irá disputar na França, culminando com Roland Garros. Teliana Pereira é superada por húngara e já pensa nos torneios da França

“Estou bem chateada. Não joguei da maneira que vinha jogando os últimos jogos. Agora preciso descansar um pouco e treinar duro para os torneios na França. Quero manter essa evolução,” disse Teliana que vinha de uma sequência de 14 vitórias seguidas, em que ganhou o Challenger de Medellin e o WTA de Bogotá, o seu primeiro da categoria e o primeiro do Brasil em 27 anos.

Nesta semana no Marrocos, ela venceu quatro partidas (três no qualifying e uma na chave), mas não conseguiu superar a húngara Babos. “Comecei muito mal o jogo. Não estava usando bem o primeiro saque e ela estava muito agressiva. No segundo comecei melhor, mas logo depois abriu um buraco e tivemos que trocar de quadra. Tive algumas chances no terceiro, não aproveitei e acabei tendo que jogar sempre atrás. No 4/5 ela jogou melhor, quebrou meu saque e no detalhe o jogo acabou.”

Por ter alcançado as oitavas-de-final do WTA International de Marrakesh, Teliana marcou 30 pontos no ranking mundial, o que devem melhorar ainda mais o que já é a sua melhor posição no circuito,a de 81a.

Agora a pernambucana radicada no Paraná segue para dois torneios da categoria Challenger na França, Cagnes sur Mer (04/05) e Saint Gaudens (11/05), para depois jogar o seu torneio favorito do ano, Roland Garros.

Teliana desembarca no Brasil com o trofeu de Bogotá e o melhor ranking da carreira

Depois de fazer história e conquistar o primeiro título de WTA da carreira no domingo em Bogotá, quebrando um jejum de 27 anos do Brasil no circuito, Teliana Pereira desembarcou em São Paulo nesta segunda cedo, com o trofeu na mão e o melhor ranking da carreira, na posição de número 81 (chegou em Bogotá no 130o lugar). download-8

A tenista nascida em Pernambuco e radicada no Paraná, concedeu entrevista coletiva no Centro Cultural dos Correios, na capital paulista e falou do melhor momento da sua carreira, de lesões, das Olimpíadas, do tênis feminino, do ranking e dos próximos passos.

Teliana deixou São Paulo no início da tarde, para comemorar com a família em Curitiba e descansar antes de embarcar até quarta-feira para o Marrocos onde disputa o qualifying do WTA de Marrakesh, depois seguindo para dois Challengers na França (Cagnes sur Mer e Saint Gaudens) e Roland Garros.

Veja os principais trechos da entrevista

Sobre a conquista em Bogotá e o feito histórico para o Brasil
“Foi um momento muito especial. Ainda não caiu muito a ficha. Tudo vai ficar mais claro quando eu chegar em casa, guardar as minhas coisas no quarto, ver a minha família e comemorar com eles. Mas, o que mais me deixou alegre foi o fato de que o segundo semestre do ano passado foi bem complicado, eu não estava confiante, estava sem ritmo de jogo e superar tudo isso foi impressionante. É a realização do meu maior sonho. Eu estava conversando no início do ano com o meu irmão e o Alexandre – namorado – e eles me perguntaram qual era o meu maior sonho e eu disse que era ganhar um WTA. Hoje posso dizer que eu realizei e agora posso lutar por títulos ainda maiores,” disse Teliana.

“Cheguei em Medelin, fui passo a passo, melhorando, me permitindo não jogar tão bem e mentalmente crescer. Isso foi a chave para ter tido esses dois ótimos resultados.”

Melhor ranking da carreira
“Não tem segredo. Tenho que continuar trabalhando como venho fazendo há muito tempo. Treinar e sempre procurar melhorar. Continuar mantendo o meu jogo. O que eu joguei essas duas últimas semanas foi o meu estilo de jogo, mais sólido e mais rápida na quadra. Esse título me deu muita confiança e mostrou que posso ganhar de boas jogadoras.”

“Próximo passo é manter bons resultados nos torneios maiores. Vai ser algo muito importante. Depois seria terminar entre as 70 e depois entre as 50. Vamos com calma, conforme vão andando as cosias e colocando objetivos que você acha que pode alcançar.”

Jogo mais difícil em Bogotá
“Todo jogo é difícil. Quando eu saí de Medelín e vi que jogava contra a Schiavone fiquei muito feliz. Não é sempre que você joga contra uma campeã de Roland Garros e que foi quatro do mundo. Quando eu ganhei aquele jogo me deu muita confiança e foi quando eu pensei que eu realmente estava jogando bem e que eu podia ir andando.
O jogo contra a Svitolina foi o principal. Entrei na final muito confiante. Sabia que era mais sólida do que ela na final. Eu tive chance de ter quebrado o saque dela, mas estava encontrando o meu jogo. No segundo set, quando começou o jogo eu pensei – agora vou levar esse título.”

Roland Garros
“É o meu torneio favorito. O torneio que mais amo. Quero jogar bem, melhorando a cada dia e chegar lá, aproveitando o momento, com o meu ritmo de jogo. Tenho que jogar bem nesses torneios no saibro. Na quadra rápida ainda sofro bastante. O principal é continuar trabalhando e melhorando.”

O tênis feminino do Brasil e os títulos em Bogotá
“Não podemos esquecer. FOi um dia que só deu Brasil em Bogotá. Tiramos muitas fotos. Voltei com a Bia no vôo – a Paula foi para os EUA –  com o sorriso gigantesco de todas. Comemoramos muito. O tênis feminine precisa disso. Isso mostra que estamos crescendo e que podem apostar mais, temos boas jogadoras e só temos a crescer e dar muita alegria.”

“Ontem a gente deixou a nossa marca para todo mundo ver que estamos melhorando, que tem mais meninas querendo chegar. As meninas mais novas vão se empolgar e vão ver que também podem jogar em alto nível. Espero que daqui a pouco a gente não tenha só uma jogadora entre as 100, mas várias. Tenho certeza de que esse título vai ajudar muito.”

A escolha do calendário
” Estava em dúvida se jogava Charleston ou se jogava os dois torneios na Colômbia. Decidimos jogar tudo na altitude para chegar em Bogotá bem preparada e isso ajudou de mais. Eu cheguei também bem antes em Medelin, mais do que o normal, para me acostumar. Não é fácil jogar na altitude. Isso foi a chave para os ótimos resultados.”

Encarar as tops
“Vamos com calma. Tive bons resultados. Ganhei de ótimas jogadoras, mas ainda preciso melhorar muito o meu tênis, a tática e o mental.”

Olimpíadas
” É o sonho de qualquer esportista jogar Olimpíadas. Eu sempre amei e tive orgulho de representar o meu país e vou fazer de tudo para estar na minha melhor forma para jogar estas Olimpíadas aqui no Brasil.”

Teliana vence 1o. WTA da carreira em Bogotá e Brasil volta a conquistar título no circuito depois de 27 anos

O Brasil tem uma nova campeã de WTA. Depois de 27 anos, Teliana Pereira reescreveu a história do tênis nacional ao conquistar o primeiro título de WTA da carreira, em Bogotá, derrotando Yaroslava Shvedova, do Cazaquistão, por 7/6(2) 6/1. Com 26 anos de idade e 130a na WTA, a tenista nascida em Pernambuco e radicada em Curitiba, ganhou um cheque de U$ 43 mil e marcou 280 pontos no ranking mundial, que devem colocá-la na sua melhor posição no ranking(até hoje foi a 87a), quando a nova lista for divulgada na segunda-feira. Teliana emocionada

“Acho que ainda estou em choque. Não estou acreditando. Foi a melhor semana da minha vida. Desde sempre eu treinava sonhando em ganhar um WTA e agora consegui. Foi muito importante ter jogado Medelin. Lá também tinha altitude, como aqui e foi uma preparação muito boa,” disse Teliana, que venceu a 10a partida seguida. Ela foi campeã de um Challenger em Medelin na semana passada e hoje ganhou a Copa Claro Colsanitas, o WTA International de Bogotá, sem perder um set na competição.

A brasileira que nunca havia enfrentado Shvedova, 75a. no ranking já esperava uma partida difícil. “Hoje sabia que seria um jogo duríssimo. A Yaroslava saca muito bem e quando o jogo começou eu não sabia onde ficar para devolver o saque. Mas depois fui mais pro fundo e tudo melhorou. O mais importante é que eu estava muito sólida a semana toda. Fisicamente eu estava muito bem também.”

Nascida no país de Maria Esther Bueno, mas sem tenistas entre as melhores nas últimas décadas – a última a ganhar um WTA foi Niege Dias em 1988, em Barcelona, Teliana espera que a vitória em Bogotá impulsione o tênis nacional. “Nem sei o que dizer sobre esse recorde. Estou muito contente. Precisamos de mais gente jogando tênis no Brasil. Precisamos de mais jogadoras entre as top 100. Temos boas tenistas. Estamos melhorando. E esse título é muito importante também não só para o Brasil, mas para a o tênis da América do Sul,” disse a brasileira, a melhor tenista da região.

Após conquistar o tão esperado trofeu de WTA, Teliana lembrou de momentos difíceis da carreira, como as lesões no joelho, mas principalmente no ano passado. “Foi o momento mais difícil. Tive muitos problemas no joelho. Fiquei um ano e meio sem jogar em 2009. Voltei a jogar e estava muito bem, até que no ano passado, em setembro, aconteceu a mesma coisa e me lesionei de novo. Essa segunda vez foi mais difícil. Eu estava em uma fase boa, jogando bem. Mentalmente quando acontece uma coisas dessas é muito duro. Você tem que parar, voltar a jogar sem ritmo, sem confiança e a verdade é que nos últimos meses estava jogando muito bem. Eu tentava bastante, o joelho estava muito bem, mas mentalmente estava duro. Aí veio Medellin semana passada, ganhei o torneio, melhorando a cada rodada e pensando em jogar melhor a cada dia e olha o que aconteceu hoje?”

A tenista aproveitou para agradecer o irmão e treinador Renato, que viaja com ela o circuito, o namorado, a equipe e a família. “É um sonho realizado não só meu, mas da minha família, do meu namorado e da minha equipe.”
Ela lembrou também, na cerimônia de premiação, do primeiro treinador, Didier Rayon. Foi na academia do francês, em Curitiba, que ela começou a jogar tênis, quando a família se mudou do sertão de Pernambuco para lá, onde o pai foi trabalhar. Na academia de Rayon ela e os irmãos eram pegadores de bola e começaram a jogar tênis a partir daí.

O WTA de Bogotá foi o segundo de uma série de cinco torneios que Teliana disputa antes de Roland Garros. Ela foi campeã em Medelin e hoje em Bogotá e agora segue para Marrakesh (27 de abril), Cagnes Sur Mer e Saint Gaudens, antes de chegar a Paris.

Teliana estreia na temporada 2015

A estreia de Teliana Pereira na temporada 2015 já está marcada.

Ela enfrenta a sérvia Jelena Jaksic no qualifying do WTA Premier de Brisbane, já nesta sexta-feira.

Teliana estreia na temporada 2015

Cabeça de chave 6 do qualifying, Teliana é a 107a no ranking da WTA e Jaksic a 129a.

Teliana é a primeira brasileira a estrear na temporada 2015, tanto na WTA, quanto na ATP.