Orsanic é o novo capitão da Copa Davis Argentina – primeiro adversário do Brasil

A Associação Argentina de Tênis anunciará oficialmente na terça-feira, Daniel Orsanic como novo capitão da Copa Davis.

Depois do término do contrato de Martin Jaite neste ano, em que garantiu a permanência da nação no Grupo Mundial, a AAT demorou para escolhar o novo nome. Houve quem dissesse que Hernan Gumy ou Luís Lobo assumiriam o cargo, Gaston Gaudio também esteve perto do posto, mas a Associação acabou escolhendo Orsanic, 46 anos, que já era o Diretor de Desenvolvimento e é um nome mais conciliador.

Cairão sobre ele as expectativas para a participação de Juan Martin del Potro na competição.Del Potro Argentina

E o primeiro confronto da Argentina é justamente contra o Brasil, entre os dias 06 e 08 de março.

Jogador de duplas de sucesso – foi o número 24 na ATP – teve com Jaime Oncins uma de suas mais duradouras  parcerias. Ganhou com ele o ATP de Stuttgart e outros 7 torneios da categoria, com diferentes jogadores. Em simples chegou a ser o número 107 do ranking.

Orsanic com Bellucci

Já treinou Luís Horna, José Acasuso, Pablo Cuevas e o brasilero Thomaz Bellucci.

Sem relações controversas com os atuais jogadores argentinos, talvez tenha sido esse o motivo da escolha da AAT. Um técnico um tanto neutro, muito calmo e “buena gente,” com a missão de conciliar o segregado, mas sempre forte e perigoso, ainda mais se tratando de Copa Davis, tênis argentino.

Diana Gabanyi

IPTL começa nesta sexta, na Ásia

Começa nesta sexta-feira, nas Filipinas, a IPTL, a International Premier Tennis League. Com a participação de uma série de tenistas tops, duplistas e lendas do esporte, incluindo Novak Djokovic, Roger Federer, Andy Murray, Serena Williams, Maria Sharapova, Andre Agassi, Pete Sampras e o brasileiro Bruno Soares, entre muitos outros grandes nomes do tênis.

Disputada em um formato similar ao World Team Tennis de Billie Jean King, a IPTL, criação do tenista Mahesh Bhupathi, acontecerá de 28 a 30 de dezembro, em quatro locais – Filipinas, Singapura, Índia e Emirados Árabes.

Com os jogadores divididos em quatro times: Manila Mavericks, Singapore Slammers, Indian Aces e United Arab Emirates Royals, os jogadores se enfrentarão em simples masculina, simples feminina, duplas masculinas, duplas mistas e simples masculina das lendas.

Big-Home-Page-Banner-4Cada jogo terá 5 sets (1 set para cada partida) e cada game valerá um ponto. Ganha o time que fizer mais pontos.

Se o placar estiver empatado ao final dos 5 sets, sera jogado, um Shoot Out em vez do tie-break, com duração de 5 minutos. Quem fizer mais pontos neste período, vence.

Como o WTT de Billie Jean King, a IPTL terá um capitão para cada time, podendo pedir parada técnica.

A grande adesão de jogadores – 7 por time (1 time tem 8) – e o formato tornam a competição interessantíssima, em lugares onde normalmente não é comum ver as grandes estrelas do tênis.

No entanto, antes de começar, ainda há muitas incógnitas.

É válido para os jogadores que sempre pedem descanso, em sua maioria, entrar em um avião pouco depois de encerrar a temporada e cruzar meio mundo?

Tudo bem que serão jogos exibição, mas eles terão que viajar bastante e há poucos dias de intervalo. Alguns deles, como Federer, por exemplo, só jogarão em uma cidade (ele joga em Nova Deli).

Como estarão os jogadores no ano que vem? Sentirão o desgaste, de em vez de jogar uma ou outra exibição competir por dias seguidos, mesmo que os tops só joguem algumas vezes?

O maior beneficiado é o público. Eles comparecerão em massa?

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A programação do primeiro dia já inclui duelos como Berdych x Monfils (o francês perdeu a Copa Davis a menos de uma semana); Ivanovic x Hantuchova; Murray x Cilic, entre outros.

É aguardar para ver. No tênis, um esporte tão tradicional, qualquer novidade é vista com desconfiança. Mas, por outro lado sempre é bem vinda.

Confira a lista de jogadores:

Manila Mavericks: Murray, Nestor, Flipkens, Moyá, Tsonga e Sharapova

Singapore Slammers: Berdych, Agassi, Williams, Hewitt, Soares, Rafter, Hantuchova e Kyrgios.

Indian Aces: Federer, Sampras, Monfils, Ivanovic, Santoro, Bopanna e Mirza

UAE Royals: Zimonjic, Djokovic, Wozniacki, Jaziri, Ivanisevic, Cilic e Mladenovic.

Todas as informações estão no www.iptlworld.com e no twitter @iptl

Diana Gabanyi

Suíça é campeã da Davis e Federer conquista o único grande título que faltava na sua carreira

O mundo do tênis sonhou com esta final entre França e Suíça. Os franceses armaram a festa, colocaram 27.448 pessoas dentro do Estádio Pierre Mauroy – recorde para uma partida oficial de tênis – , reuniram praticamente toda a história do esporte em Lille, mas quem acabou brilhando e levando a Taça Davis para casa foram Roger Federer e Stan Wawrinka. Como muita gente queria e torcia, mais um pedaço de história foi escrito para a já lendária carreira do “Maestro” e mais um capítulo da Copa Davis será lembrado para sempre.

10685598_865545056811183_7336625479016997541_nCom o primeiro ponto conquistado por Wawrinka na sexta-feira, vencendo Jo-Wilfried Tsonga (Federer perdeu o segundo para Gael Monfils), a vitória nas duplas no sábado (Federer e Wawrinka ganharam de Gasquet e Benneteau), foi o número dois do mundo quem fechou o confronto neste domingo. Com Tsonga lesionado do cotovelo direito, Gasquet entrou em seu lugar, mas se deparou com um Federer no melhor da sua forma. Concentrado e sem aparentar qualquer problema nas costas que o impediu de jogar a decisão do Finals, contra Novak Djokovic, Federer não deu qualquer chance ao francês. Afinal, entre tantos títulos, faltava apenas 1 dos grandes para o currículo, o da Davis. Venceu por 6/4 6/2 6/2, ajoelhou no saibro e comemorou com os companheiros de equipe.

Momentos depois Federer, aos 33 anos, estava em quadra, ao lado do capitão Severin Luthi, de Wawrinka e de Michael Lammer e Marco Chiudinelli para receber a Taça. Quando ele esteve ausento, durante alguns confrontos, foi Wawrinka quem levou o time suíço adiante e foi o número 2 da equipe quem deu a largada para a conquista com vitória na sexta-feira.

A Davis complementa uma carreira fora de série, em que os número falam por si só.

17 títulos de Grand Slam (já venceu os 4 – Roland Garros, WImbledon, US Open e Australian Open)

82 títulos de simples no total (5 conquistados nesta temporada)Federer Davis

Número um do mundo por 302 semanas

Medalha de ouro Olímpica nas duplas, em 2008, em Beijing, com Wawrinka

Agora, campeão da Copa Davis.

PS – Pode haver críticas todos os anos sobre o formato da Copa Davis. Sim, é desgastante, especialmente para a equipe campeã. Quando muitos jogadores já estão de férias, ou jogando exibições, suíços e franceses disputavam a final. Mas, não há nada mais emocionante do que jogar diante de tantos espectadores patriotas e competir neste formato. Pode ser que nos Estados Unidos, sem ídolos atualmente, a competição já não atraia tanta gente, mas mundo afora, continua movimentando e muito o esporte.

Diana Gabanyi

Final da Davis, Chegou a Hora!

Uma parte do mistério terminou. Roger Federer entrará em quadra nesta sexta para enfrentar Gael Monfils, no segundo jogo da Final da Copa Davis, logo depois do compatriota Stan Wawrinka desafiar Jo-Wilfried Tsonga e as 27.000 pessoas que compraram ingressos para assistir à decisão histórica, no Estádio Pierre Mauroy, em Lille.

Federer Davis

Mas, se uma parte do mistério terminou, há outra que só saberemos amanhã, durante o jogo. Como Roger Federer jogará? Como estarão as suas costas? Desde que desistiu de jogar a final contra Novak Djokovic, em Londres, no domingo, o suíço vem fazendo tratamentos e bateu bola apenas 2 vezes em Lille.

O próprio Federer respondeu que só saberá mesmo como está, em quadra. “Com certeza estou melhor do que no domingo,” disse o número 1 do País e número 2 do mundo, na tradicional entrevista das equipes, após o sorteio que definiu a ordem dos jogos, na bela Câmara de Comércio de Lille. O sorteio também colocou os suíços Michael Lammer e Marcho Chiudinelli para jogar as duplas, em vez de Wawrinka e Federer. Mas, em Davis, isto não quer dizer muita coisa. A dupla pode mudar até 30 minutos antes do jogo.

Enquanto isso, os franceses apareceram para o sorteio sem Gilles Simon e com Tsonga e Monfils para jogar simples e não Gasquet. Richard jogará duplas com Benneteau.

Davis Cup final

Chegou a hora da tão esperada final, que começará com mais indefinições do que certezas. O duelo já era equilibrado e interessante antes de Federer se machucar,  agora tudo dependerá de como o Maestro Suíço se sentir em quadra e de como os franceses se apresentarão diante dos 27.000 fãs. Será que sentirão a pressão ou crescerão com o apoio do público.

Federer e Wawrinka conquistarão a primeira Davis para a Suíça ou os franceses, com o apoio de toda a história tenística, dos feitos de Noah, Leconte, Boetsch, Forget, Escude, entre outros, comemorarão a 10a. ?

A resposta nós teremos em quadra!

Diana Gabanyi

Com a Final se aproximando, mistério ainda ronda a Copa Davis

Você se lembra de algum confronto de Copa Davis em que não tenha havido algum mistériou, confusão, falatório? Até mesmo na final da única competição entre nações do tênis, em Lille, entre a França e a Suíça o mistério está rondando a competição. Só que desta vez não é por armação, estratégio ou propositalmente. Com a lesão nas costas sofrida na semifinal do ATP Finals, Roger Federer disse estar melhor, mas ainda não começou a treinar.

10653377_863001463732209_5030076711680339895_nDaqui a três dias ele precisa estar em quadra para encarar o forte time francês, que ainda não claramente definido quem jogará as partidas de simples – Gasquet? Monfils? Tsonga? – e em cinco sets.

Além da lesão nas costas que deu o título do Finals a Djokovic, outro assunto tomou conta to time suíço nos últimos dias, a suposta briga entre Federer e Wawrinka. Tudo teria começado com o comportamento de Mirka, esposa de Roger, no jogo, irritando Wawrinka. Os dois tenistas disseram que o desentendimento não passou de coisa do jogo e que tudo foi resolvido em uma rápida conversa no vestiário.

O assunto, aparentemente resolvido, agora toma lugar secundário em Lille e até Federer entrar em quadra para bater uma bola e aparecer com o time no Sorteio Oficial, na quinta-feira, ficará o mistério se ele joga ou não.

O número dois do mundo afirmou estar fazendo de tudo para poder competir. E deve estar mesmo. Afinal, a conquista da Davis é a única que falta em sua repleta estante de trofeus.

O capitão francês, Arnaud Clement, disse não estar preocupado com a entrada ou não de Federer em quadra. Disse que está preparando “os Mosqueteiros (ainda contam com Simon e Benneteau) para encarar os suíços com força máxima. Uma típica resposta de Davis, quando o capitão diz que tem que se preocupar com o seu time.

Com apenas três dias para o início dos jogos e dois para o sorteio, ainda há muito mistério nesta decisão de Copa Davis, em Lille, no Stade Pierre Mauroy.

Um anticlimax para terminar a temporada da ATP

A ATP terminou a temporada 2014 com um super anticlimax, sem a Final das Finais. Roger Federer, lesionado, não conseguiu entrar em quadra para jogar a decisão com Novak Djokovic e o sérvio levantou o trofeu de campeão sem ter feito o menor esforço neste domingo. Foi o terceiro título seguido de ATP Finals de Djokovic e o quarto da carreira.

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A semana, que já não foi das mais empolgantes na Arena 02, terminou com uma exibição entre Murray e Djokovic e depois uma dupla de Murray e McEnroe contra Henman e Cash.

Sem jogos emocionantes até a semifinal de sábado à noite, em que Federer precisou salvar 4 match points para vencer Wawrinka, o público esperava ansiosamente pela decisão entre o número 1 e o número 2 do mundo.

Mas a emoção maior que tiveram foi o suspense de quando começaram a circular rumores, durante a final de duplas, de que Federer estaria lesionado e não jogaria, até o anúncio na quadra, após os irmãos Bob e Mike Bryan vencerem Marcelo Melo e Ivan Dodig por 7/6 2/6 10-7.

O pior é que não tem torneio ATP na semana que vem para apagar essa imagem, agora só em 2015. Por sorte Murray estava por perto e havia outras estrelas do esporte disponíveis para entreter o público. Se não, a situação seria ainda pior. Aproximadamente 10 mil – das 17 mil da capacidade total –  pessoas ficaram na Arena 02 para assistir as exibições.

De sexta a domingo tem a tão esperada final da Davis entre Suíça e França. Enquanto os franceses já estão treinando há dias juntos – fizeram uma etapa em Bordeaux e agora chegaram a Lille, local da disputa -, os suíços só agora começam a pensar na Saladeira e com um problemão. Wawrinka precisa se recuperar da derrota e do esforço físico e Federer não saba ao certo quando conseguirá estar em Lille. Ou seja, pode ser que essa também tão aguardada decisão, vire uma festa francesa, já que os suíços não tem substitutos a altura de “Fedrinka.”

Diana Gabanyi

Melo faz história, vai à final em Londres com Dodig e encara os irmãos Bob e Mike Bryan

Melo e Dodig Finals Arena 02O Brasil está na decisão do ATP World Tour Finals, em Londres. Marcelo Melo fez história ao lado do croata Ivan Dodig e será o primeiro brasileiro a jogar uma final de um Masters. Neste sábado eles derrotaram de virada a dupla campeã do Australian Open e invicta na competição, do sueco Robert Lindstedt e do polonês Lukasz Kubot, por 4/6 6/4 10-6.  Agora, eles enfrentam os irmãos Bob e Mike na grande final, que venceram os franceses Julien Benneteau e Edouard Roger Vasselin por 6/0 e 6/3.

Melo, 31 anos, começou a jogar ao lado de Dodig em 2012. O primeiro torneio que jogaram juntos foi o ATP de Memphis em que foram vice-campeões. Naquele ano, o mineiro ainda alternou alguns parceiros e só em 2013 os dois formaram uma parceria fixa, com raras exceções, por conflitos de calendário (Dodig também joga simples) ou lesão. Alcançaram a final de Wimbledon, a semifinal do US Open e se classificaram para o Finals, indo até a semi.

Neste ano, com Dodig lesionado, Melo teve que jogar alguns torneios com outro parceiros, mas mesmo assim a dupla conseguiu se classficar para jogar o torneio que reúne as oito melhores duplas da temporada. Curiosamente, juntos eles não venceram nenhum torneio no ano. Foram vice dos Masters 1000 de Monte Carlo e de Toronto e vices no ATP de Tóquio.

Melo tem no total 13 trofeus de duplas no circuito em 29 finais disputadas. Destes 13, apenas 1 com o croata, justo o mais importante da carreira, o do Masters 1000 de Xanai, no ano passado. Finais com Dodig foram 5, incluindo a de Wimbledon.

Para chegarem à decisão em Londres, Melo e Dodig, no Grupo B, começaram vencendo Daniel Nestor e Nenad Zimonjic por 6/3 7/5. Depois venceram Marcel Granollers e Marc Lopez por 7/6 7/6 e no último jogo do Round Robin, já classificados para semi, perderam para Benneteau/Vasselin 4/6 6/2 10-8.

Veja agora uma tabela com todos os títulos de Marcelo Melo

2014 – Auckland  (com Knowle)

2013  ATP World Tour Masters 1000 Shanghai  (com Dodig) e Brisbane  (com Robredo)

2012 Estocolmo (com Soares)

2011 Costa Do Sauipe  (com Soares) e Santiago  (Soares)

2010  Nice  (com Soares)

2009 Kitzbnhel  (com Sa)

2008  New Haven  (com Sa) , Poertschach  (cm Sa) , Costa Do Sauipe  (com Sa) , Adelaide  (com Garcia)

2007 Estoril  (com Sa)

Diana Gabanyi

Foto de Vipcomm

Murray vence e se mantém vivo no ATP Finals

O ATP Finals não é apenas o último torneio do ano e o evento que reúne os 8 melhores jogadores da temporada. Ele é diferente de todas as outras competições do circuito, trazendo uma emoção a mais para a Arena 02 em Londres, com a disputa no sistema Round Robin. Murray_Valencia_2

Para começar, Novak Djokovic, Roger Federer, Andy Murray, Stan Wawrinka, Marin Cilic, Tomas Berdych, Milos Raonic e Kei Nishikori jogam, no mínimo, três partidas. É uma chance raríssima de assistir os tops três vezes, em duelos contra os melhores, em um período de cinco dias.

Dos quatro jogadores de cada grupo, dois se classificam para a semi. É aí que entra a emoção, a confusão e a incerteza.

Murray, integrante do Grupo B, com Federer, Nishikori e Raonic, perdeu o primeiro jogo para o japonês, mas ganhou o segundo contra o canadense. Raonic, por sua vez, perdeu as suas duas partidas. Havia sido derrotado por Federer no domingo.

Com a vitória desta terça diante de Raonic por 6/3 7/5, Murray manteve as esperanças de se classificar para a semi. Precisa ganhar de Federer, para começar. Mas, se perder, tem que torcer para Raonic, que jogará antes, ter vencido Nishikori e aí contar com a matemática para fazer cálculos de saldos de sets e eventualmente de games. Federer é o único com duas vitórias. Ganhou de Nishikori por 6/2 6/3.

No outro Grupo, Djokovic e Wawrinka começaram arrasadores. Venceram, respectivamente Cilic e Berdych pelo mesmo placar, duplo 6/1 e agora se enfrentam na quarta-feira. Cilic e Berdych fazem o outro duelo na Arena 02.

É interessante ver como funciona o formato da disputa em uma semana do ano. Já tentaram levar o sistema para o circuito regularmente e a experiência não deu certo. Foi na época do CEO sul-africano Etienne de Villiers. Depois de alguns torneios, desistiram de aplicá-lo regularmente.

Diana Gabanyi

Nishikori e Federer vencem a 1a. em Londres. Melo e Dodig estreiam com vitória.

Kei Nishikori e Roger Federer foram os vitoriosos do primeiro dia de disputas do ATP World Tour Finals, em Londres. Neste domingo, Kei Nishikori venceu o tenista da casa, Andy Murray, por duplo 6/4 e Roger Federer ganhou do canadense Milos Raonic, por 6/1 7/6.  O brasileiro Marcelo Melo, ao lado de Ivan Dodig, também estreou com vitória na Arena O2, derrotando os experientes Daniel Nestor e Nenad Zimonjic por 6/3 7/5. Nishikori ATP Finals Screen Shot 2014-11-09 at 8.36.45 PM

Vice-campeão do US Open, Nishikori decepcionou os fãs britânicos que acreditavam em vitória de Murray. Depois do esforço que fez para se classificar para jogar o ATP Finals, esperava-se a vitória de Murray diante de um adversário que tinha um histórico favorável (3×0). Mas, o japonês foi mais consistente e levou a melhor.

Murray ainda pode se classificar, já que a disputa é no sistema Round Robin. Mas, terá como adversários Federer e Raonic.

Vitorioso no confronto com Federer há poucos dias, em Paris, Raonic esboçou uma reação no segundo set, levou o jogo para o tie-break, mas não conseguiu marcar um ponto se quer diante do suíço, para levar a partida a um terceiro set.

No outro jogo da rodada, nas duplas, os espanhóis Marc Lopez e Marcel Granollers ganharam de Julien Bennetteau e Edouard Roger Vasselin por 6/4 6/4.

GRUPO A

Nesta segunda-feira, o Grupo A estreia. Campeão do Australian Open, Stan Wawrinka pega Tomas Berdych, sétimo na ATP e o número um do mundo, Novak Djokovic duela diante do campeão do US Open, Marin Cilic.

Nas duplas, a vez é de Bruno Soares estrear com Alexander Peya. Eles enfrentam o holandês Jean Julien Rojer e o romeno Horia Tecau. O outro jogo do Grupo é entre os irmãos Bryan e Lukasz Kubot/Robert Lintsdet.

O ATP Finals é o último torneio da temporada e reúne os oito melhores jogadores de simples e as 8 melhores duplas do ano. Os tenistas são divididos em dois grupos de 4 e todos se enfrentam entra si. Os dois primeiros colocados de cada grupo avançam à semi.

Diana Gabanyi

O ATP Finals nos últimos 20 anos

Faltam três dias para o ATP Finals começar, em Londres. O último torneio do ano e que desta vez pode decidir o número um do mundo. O torneio que só tem os oitos melhores jogadores da temporada. O torneio que tem um formato diferente,  com o sistema de disputas Round Robin. O torneio que produz embates históricos e finais memoráveis.Federer

Além de ter assistido e trabalhado naquela final de Lisboa em que o Guga foi campeão no ano 2000 e ter estado em outros Finals, antigamente chamado de Masters e antes disso ainda de ATP World Tour Championships, lembro de ter assistido na TV algumas decisões marcantes, em diversos locais do mundo (desde 2009 o campeonato é disputado em Londres – mas nos últimos 20 anos esteve em Frankfurt, Hannover, Lisboa, Sidney, Houston e Xangai). Para mim, eram ainda mais impressionantes quando a disputa era em 5 sets. Hoje em dia é em melhor de 3.SAMPRAS-12

A de 1996, entre Boris Becker e Pete Sampras, com vitória do americano por 3/6 7/6 7/6 6/7 6/4 é uma delas. A outra é entre o Carlos Moyá e o Alex Corretja, em 1998. Primeiro por ser super inusitado ver dois espanhóis, na época, disputando uma final em quadra rápida indoor e depois por ter sido umas das decisões mais disputadas de todos os tempos. A vitória fo de Corretja por 3/6 3/6 7/5 6/3 7/5.
A decisão entre Guga e Agassi, no ano 2000, foi histórica para o Brasil. Mas, o brasileiro dominou o jogo. Venceu com triplo 6/4 e é assunto de outro post.
E a vitória histórica de David Nalbadian, já em Xangai, diante de Roger Federer? O argentino ganhou por 6/7 6/7 6/3 6/2 7/6.
Depois desta em 2005, houve poucas decisões tão disputadas. Até 2007 ainda jogaram melhor de cinco sets, mas depois disso virou melhor de 3 e nenhuma final foi assim tão contestada.

Aqui vai um quadro com as finais dos últimos 20 anos. É sempre bom olhar e lembrar que Tsonga, Ferrer, Davydenko, Blake e até Grosjean foram finalistas deste torneio. Davydenko inclusive foi campeão em 2009. É interessante olhar e ver quantas finais o Federer disputou desde 2003 – foram 8. Assim como ele, Pete Sampras também jogou inúmeras finais. Foram 6 (não aparece no quadro, mas ele foi campeão em 1991).
E ao digitar o quadro, lembrei da final emocionante entre Hewitt e Ferrero também.
Entre Djokovic, Federer, Murray, Wawrinka, Nishikori, Berdych, Raonic e Cilic, o nome de quem será que vamos escrever ao lado de 2014?

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2013 – Novak Djokovic d. Rafael Nadal 6/3 6/4
2012 – Novak Djokovic d. Roger Federer 7/6 7/5
2011 – Roger Federer d. Jo-Wilfried Tsonga 6/3 6/7 6/3
2010 – Roger Federer d. Rafael nadal 6/3 3/6 6/1
2009 – Nikolay Davydenko d. Juan Martin del Potro 6/3 6/4
2008 – Novak Djokovic d. Nikolay Davydenko 6/1 7/5
2007 – Roger Federer d. David Ferrer 6/2 6/3 6/2
2006 – Roger Federer d. James Blake 6/0 6/3 6/4
2005 – David Nalbandian d. Roger Federer 6/7 6/7 6/2 6/1 7/6
2004 – Roger Federer d. Lleyton Hewitt 6/3 6/2
2003 – Roger Federer d. Andre Agassi 6/3 6/0 6/4
2002 – Lleyton Hewitt d. Juan Carlos Ferrero 7/5 7/5 2/6 2/6 6/4
2001 – Lleyton Hewitt d. Sebastien Grosjean 6/3 6/3 6/4
2000 – Gustavo Kuerten d. Andre Agassi 6/4 6/4 6/4
1999 – Pete Sampras d. Andre Agassi 6/1 7/5 6/4
1998 – Alex Corretja d. Carlos Moyá 3/6 3/6 7/5 6/3 7/5
1997 – Pete Sampras d. Yevgeny Kafelnikov 6/3 6/2 6/2
1996 – Pete Sampras d. Boris Becker 3/6 7/6 7/6 6/7 6/4
1995 – Boris Becker d. Michael Chang 7/6 6/0 7/6
1994 – Pete Sampras d. Boris Becker 4/6 6/3 7/5 6/5
1993 – Michael Stich d. Pete Sampras 7/6 2/6 7/6 6/2

 

Diana Gabanyi

Fotos de Cynthia Lum