Raridade, Wimbledon anuncia novo patrocinador

Anúncios de patrocínio para o torneio de Wimbledon são raros. Não que o All England Lawn Tennis & Crocquet Club esteja precisando de ajuda financeira. Mas, o mais tradicional torneio do mundo costuma ter poucos e duradouros parceiros, que não se importam de não ter a sua marca aparecendo na mítica quadra central do complexo.

Tim Henman com o Jaguar, no AELTCNesta quarta, em Londres, o campeonato anunciou uma parceira de 3 anos com outra tradicional marca inglesa, a Jaguar. A empresa será a transportadora oficial de do torneio, fornecendo 170 carros para levar jogadores, convidados, parceiros, juízes, jornalistas até o AELTC durante o evento, substituindo a Herz que era a parceira oficial desta operação.

Marcamos como Rolex, Slazenger, Ralph Lauren, HSBC, IBM, Lanson, Robinsons, Lavazza e Stella Artois são os outros parceiros premium de Wimbledon.

Diana Gabanyi

Miami Open, cada vez mais brasileiro

Não há como negar. Há tempos que o Miami Open é o torneio internacional que mais tem a presença de público brasileiro nas arquibacandas. Sejam turistas ou residentes da Flórida, o Crandon Park se colore de verde e amarelo. Este ano, com o Itaú como principal patrocinador, o segundo Masters 1000 da temporada ganha cara ainda mais brasileira.Miami Open Itau entrada

Há seis anos o Itaú já marca presença no torneio, mas só a partir deste ano virou o “main sponsor.” O que significa que o nome do banco brasileiro está em todas as peças do torneio, com o “Miami Open presented by Itaú.”

Todas as newsletters do torneio, toda vez que o nome do evento aparece como imagem, no aplicativo da ATP, no site, enfim, em todo o lugar há Itaú espalhado pelo Crandon Park e nas peças do evento.

A chave do torneio, por exemplo, foi sorteada em uma ação chamada Itaú Experience.

Itau Miami OpenSem falar no laranja do banco que mudou a cara do complexo de Key Biscayne. Desde a entrada até os stands de todos os apoiadores e patrocinadores, o laranja impera, inclusive nas cadeiras da praça de alimentação.

Além do Itaú, a TAM também está presente no Miami Open, através da parceria de longa data já existente com a Lan.

Este ano, o torneio ganhou também o patrocínio da Claro, que apesar de pertencer a um conglomerado de empresas mexicana, é uma marca mais do que conhecida no Brasil e principal patrocinadora do Rio Open.

Outra empresa do Brasil também patrocina o Rio Open. É a Faberg Tennis Tours, do ex-profissional Fabio Silberberg, que começou a relação com o torneio levando clientes do Brasil e agora patrocina a competição.

Uma foto tirada hoje da quadra central, por um jornalista britânico (Mike Dickinson) resume a sensação de um Miami Open cada vez mais brasileiro – Claro, Itau, Tam no Miami Open

A influência brasileira é tamanha no evento, que além da dupla de Bruno Soares e Marcelo Melo, que pela ausência dos parceiros habituais jogarão juntos no Crandon Park, outra dupla do Brasil ganhou um convite da competição: Thomaz Bellucci e João Souza, o Feijão. E olha que a chave só teve 2 WCs e o outro, claro, foi dado a uma dupla norte-americana (Harrison e Ram).  Dá para se ter uma ideia da importância do Brasil para o torneio, que 15 anos atrás se coloriu de verde e amarelo na final em que Gustavo Kuerten acabou derrotado por Pete Sampras, mas que transformou para sempre o ambiente do torneio.

Aliás, Guga, como embaixador do Itaú e da Lacoste, que este ano virou principal fornecedora de material esportiva do torneio, estará em Key Biscayne, abrasileirando ainda mais o torneio.

(Foto entrada Miami Open – Grupo Try)

Com início de Indian Wells, começa o “March Tennis Madness” nos EUA

Termo mais conhecido nos EUA para falar dos jogos do basquete universitário americano, o March Madness também se adequa ao mês do tênis por lá, com os dois maiores Masters 1000 da temporada (ambos com chave de 96 jogadores), mas dois WTA Premier acontecendo na sequência, em Indian Wells, que começa hoje e Miami, daqui a duas semanas.

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O BNP Paribas Open em Indian Wells marca o reencontro dos tenistas. Depois do Australian Open cada um seguiu seu rumo. Uns/umas foram jogar no saibro, outros na quadra rápida indoor, alguns foram até os Emirados, outros representaram seus países na Copa Davis e na Fed Cup, e agora todos voltam a se encontrar no deserto californiano, no torneio que não para de crescer.

Depois vem Miami, antigo Lipton, Nasdaq, Ericsson, Sony, agora é Miami Open presented by Itaú, que vem correndo atrás das inovações propostas por Indian Wells. Mas, por sua localização privilegiada, pelo menos para os latinos, não perderá seu status.

Tenisticamente falando, se o March Madness antigamente era o super mês do tênis americano, hoje é o mês do tênis globalizado nas Américas.

Serena Williams Indian Wells

Foi-se o tempo em que os americanos eram os destaques. Agassi, Sampras, Martin, Chang, Courier, Roddick, entre outros, dominavam as quadras do Indian Wells Tennis Garden e do Crandon Park.

Hoje em dia, entre as mulheres, claro que a atração continua sendo Serena Williams, ainda mais com a volta em Indian Wells, depois de tantos anos (desde 2001) sem querer jogar por lá, tendo sofrido com racismo. Foi tão importante a decisão, que ela foi anunciada em um texto escrito pela própria Serena, na Time . 

Maria Sharapova, Victoria Azarenka, Caroline Wozniacki, Flavia Pennetta, Eugenie Bouchard, Simona Halep, enfim, estarão todas por lá e depois em Miami. Só Venus que ainda não decidiu voltar para o deserto da Califórnia e só joga na Flórida. Sharapova Indian Wells

Entre os homens, a grande questão é como será a performance de Novak Djokovic? Ele vai continuar dominando? E Roger Federer, que só joga Indian Wells, manterá a boa forma mostrada na final de Dubai, em que venceu o número um Djokovic? Herói da Grã Bretanha na Copa Davis, Andy Murray conseguirá chegar longe nos dois Masters 1000? E Rafael Nadal, como se sairá nas quadras rápidas?

Mais perguntas pairam no ar. Será que Del Potro volta mesmo em Miami? E o Nishikori, continuará escalando degraus rumo ao topo do ranking mundial? E Tomas Berdych, já dará para notar as mudanças implementadas por Daniel Vallverdu em seu jogo?

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Ainda tem as duplas, e muitos outros jogadores que vamos acompanhar de perto durante o “March Tennis Madness”. Ferrer, Raonic, Wawrinka, Dimitrov, Fognini, Monfils e muito mais.

As chaves de Indian Wells já estão no ar – Bellucci entrou e joga contra Bolelli.

E de hoje até o dia 5 de abril, vamos curtir muito tênis nos EUA.

Diana Gabanyi

Aplausos para Feijão, o tenista que mudou o rumo do confronto com a Argentina

O Brasil ainda pode ganhar o confronto. O Brasil ainda pode perder.

Independente do resultado o que ficará marcado para sempre deste confronto entre Brasil e Argentina foi o jogo que acabamos de assistir entre João Souza, o Feijão e Leonardo Mayer, com vitória do hermano por 7-6(4), 7-6(5), 5-7, 5-7, 15-13. Foram 6h42min de jogo, tornando a partida a mais longa da história na Copa Davis e a segunda mais longa do tênis, perdendo apenas para aquele jogo entre Nicolas Mahut e John Isner que teve duração de 11h05min em 2 dias, em Wimbledon.

Fejão épico
Feijão perdia o jogo por 2 sets a 0 e Mayer liderava o 3o. por 4/1 quando começou a virada.

Feijão foi conseguindo minar um pouco o jogo do Mayer e cresceu na partida. Venceu o terceiro set por 7/5 e o quarto pelo mesmo placar.

Já era quase 15h30 quando o 5o. set começou. Depois do 4/4 cada game virou um drama.

Mayer teve match point, Feijão teve break point e assim foi até o final do jogo.

Não dava para saber o que iria acontecer em cada game.

Uma hora Feijão parecia mais inteiro, outra era o argentino.

O portenho tinha match point e Feijão salvava. Sem medo, arriscava e entrava.

Mayer gesticulava, reclamava, encarava outro match point e perdia. Mas, continuava vivo no jogo.

Tão vivo que em certo momento, mesmo já com mais de 6h de jogo, no intervalo chamava a torcida e cantava com os companheiros de equipe.

Coisas que só uma Copa Davis ou um jogo de tanta duração, com torcida por países pode fazer.

No fim, no match point número 11, Mayer venceu. Feijão poderia ter ganhado o jogo. Foi mais um ponto entre os tantos outros do jogo que deu a vitória ao argentino.

Mas, ninguém saiu de cabeça baixa.

Feijão sai de cabeça muito erguida.

Foi ele quem fez a diferença no confronto.

Quando saiu o sorteio que designou a Argentina para enfrentar o Brasil, na primeira rodada do Grupo Mundial, em setembro do ano passado, o país vizinho era mais do que favorito.

Feijão era o 101o. colocado no ranking mundial, estava disputando torneios Challenger no circuito e Bellucci , o 79o. Apesar da vitória contra a Espanha, também terminou o ano jogando torneios da série Challenger.

Como o Brasil iria vencer a Argentina com apenas um jogador no top 100 e a dupla, que é uma das melhores do mundo na Davis com Melo e Soares?

Mas, o ano começou e Feijão trocou o Challenger de São Paulo (não entrou no calendário este ano), que costumava jogar, pelo ATP de Doha. Ganhou uma rodada na chave, foi disputar o qualifying do ATP de Sidney, teve match point para entrar na chave principal e jogou direto o Australian Open.

Veio o Brasil Open e Feijão foi à semifinal. Veio o Rio Open, um ATP 500 e Feijão foi às quartas-de-final.

Ganhou pontos no circuito não jogando torneios Challengers, mas jogando contra tenistas tops, treinando com eles e ganhando muita confiança.

Como resultado viu seu ranking subir para a 75a. posição, a sua melhor da carreira e o colocando como número um do Brasil.

Feijão, que sempre gostou de jogar com este clima de Davis, sempre cresceu com a torcida ou em situações desafiadoras, mudou todo o confronto.

A Argentina que sempre teve uma série de jogadores entre os top 100, teve que se deparar com um jogador estabelecido entre os 100 e muito, muito confiante e ainda amargar com a ausência de Del Potro em quadra e com a decisão do capitão Orsanic, de deixar Juan Monaco de fora.

Com o status de hoje, Feijão está pronto para enfrentar qualquer um dos jogadores argentinos e mostrou isso em quadra.

Foi praticamente o elemento surpresa (para os argentinos) da Davis.

Entrou quase um desconhecido no circuito e saiu como herói.

Dizer que o Brasil parou para assistir o Feijão seria muita presunção, mas que muita gente que não acompanha tênis parou para ver o que estava acontecendo, parou e mundo afora virou comentário em todos os lugares, daqueles que só acontecem quando há algo épico se passando. Feijão ganhou novos fãs, cresceu perante os olhos de todo o mundo e viu muita gente falar de tênis.
Com certeza muitos tenistas mirins escolheram um novo nome para ídolo e ele se chama João Souza, Feijão.

Diana Gabanyi

Foto: Cristiano Andujar

 

André Sá conquista oitavo título da carreira em Buenos Aires

O tênis brasileiro comemorou neste domingo duas conquistas, uma no ATP 250 de Buenos Aires e outra no ATP 500 de Acapulco. André Sá e o finlandês Jarkko Nieminen foram campeões na capital argentina e Marcelo Melo e Ivan Dodig, no balneário mexicano.André Sá comemora conquista em Buenos Aires

André Sá venceu o oitavo título da carreira, em 23 finais disputados e comemorou muito a vitória. Não apenas por ter virado todos os jogos no Buenos Aires Lawn Tennis Club, mas por aos 37 anos ainda ver o seu trabalho recompensado.

Foi com Sá que todo o sucesso nas duplas de Bruno Soares e Marcelo Melo começou. Ele já estava estabelecido no circuito, tanto em simples, quanto em duplas, quando começou a jogar com Melo e em 2007 alcançaram a semifinal de Wimbledon. Soares viu o sucesso dos dois conterrâneos e resolveu seguir a mesma linha.

Mas, diferente de Marcelo e de Bruno que há algum tempo jogam com parceiro fixo no circuito, André ficou um pouco para trás. Não encontrou um parceiro regular e vem encarando o mais difícil há tempos, jogar cada semana, ou cada dois ou três torneios com um parceiro diferente. Teve que jogar alguns torneios Challengers, mas não se abalou. Seguiu firme com o propósito de continuar no tour ao menos até as Olimpíadas, em que já é o brasileiro com mais participações.

Desde 2012 não disputava uma final de ATP. Desde 2011 não terminava uma semana como campeão. Por isso essa intensa comemoração, mais do que merecida. Exemplo de longevidade e persistência. A primeira final que Sá disputou no circuito foi em 1998, com Nelson Aerts, no ATP de San José. Perderam a final para os Woodies.

Marcelo Melo, no outro lado do continente, conquistou o primeiro título da temporada e apenas o segundo com Ivan Dodig. O brasileiro se ajoelhou na quadra e também comemorou muito a conquista no ATP 500. Afinal, semana passada quase não entrou na central do Rio Open para jogar, com uma dor nas costas e vinha batendo na trave faz tempo. Fez final com Dodig em Londres, semifinal no Australian Open, mas o último e único título com o croata havia sido o Masters 1000 de Xangai em 20013.

Diana Gabanyi

Oito Vezes Novak Djokovic – Todos os Títulos de Grand Slam do Sérvio

Estamos em uma era do tênis de assistir a história sendo escrita diante dos nossos olhos. Neste domingo em Melbourne, Novak Djokovic conquistou o oitavo título de Grand Slam da carreira e o quinto em Melbourne. Derrotou Andy Murray por 7/6 6/7 6/3 6/0 e escreveu seu nome ao lado de Andre Agassi, Jimmy Connors, Ivan Lendl, Fred Perry e Ken Rosewall, em número de títulos de Grand Slam. Se tornou o segundo maior vencedor do Australian Open, com um trofeu a menos apenas do que Roy Emerson. E ele tem apenas 27 anos.

Djokovic cinco vezes campeão Melbourne

Novos campeões de Grand Slam hoje em dia são raridade. As conquistas de Stan Wawrinka, Marin Cilic e Juan Martin del Potro são exceções num esporte dominado, no mais alto nível, por Djokovic, Federer, Nadal e Murray.

Apesar de Murray ainda estar longe dos números dos outros três (tem apenas 2 títulos de Grand Slam), ele é presença constante nas finais. Só em Melbourne perdeu 4.

Recordes são quebrados, números que antes pareciam tão distante são igualados e nós ficamos aplaudindo de pé. A cada Grand Slam, a cada temporada eles estão mais fortes, mais resistentes, sempre em evolução.

Anos atrás os quatro títulos de Agassi no Australian Open pareciam algo quase impossível de ser alcançado. Djokovic não só chegou lá, como superou. Superou Roger Federer, também quatro vezes campeão em Melbourne. Quem deixa o suíço para trás, a não ser Nadal em Roland Garros? Agora Djokovic na Austrália.

Vamos conferir todos os Grand Slams do número um do mundo, em que só falta Roland Garros para ele escrever ainda mais uma parte da história do esporte. apenas dedicada aos grandes campeões. Djokovic Grand Slam

2015 – Australian Open

Djokovic d. Murray 7/6 6/7 6/3 6/0

2014 – Wimbledon

Djokovic d. Federer 6/7 6/4 7/6 5/7 6/4

2013 – Australian Open

Djokovic d. Murray 6/7 7/6 /63 6/2

2012 – Australian Open

Djokovic d. Nadal 5/7 6/4 6/2 6/7 7/5

2011 – US Open

Djokovic d. Nadal 6/2 6/4 6/7 6/1

2011 – Wimbledon

Djokovic d. Nadal 6/4 6/1 1/6 6/3

2011 – Australian Open

Djokovic d. Murray 6/4 6/2 6/3

2008 – Australian Open

Djokovic d. Tsonga 4/6 6/4 6/3 7/6

 

Diana Gabanyi

Australian Open, é hora de recomeçar

A temporada 2015 vai começar pra valer nesta segunda-feira em Melbourne, com o Australian Open. Não importa se os tenistas tiveram um 2014 maravilhoso, ou se preferiram esquecer o que foi a temporada passada, as chaves dos homens e das mulheres já foram sorteadas e agora é a hora de recomeçar.

Stanislas Wawrinka recomeça pela primeira vez como o “atual” campeão de um Grand Slam, ou como gostam de dizer os americanos, o reigning Australian Open champions.

Na Li, a campeã de 2014, recomeça uma nova vida, longe das quadras.

Roger Federer recomeça muito mais confiante do que iniciou a temporada passada. Se jogou o Australian Open com dúvidas em 2014, o resto do ano terminou com elas. Campeão da Copa Davis e outros xxx títulos.

Novak Djokovic recomeça com uma parceria agora bem mais sólida com Boris Becker e com o filho Stefan, nascido no fim do ano passado, em Melbourne. Djokovic Becker Australian Open

O recomeço de Andy Murray na Austrália será com Amelie Mauresmo e sem os fieis escudeiros Jaz Green (prep físico) e Daniel Vallverdu (assistant coach). Um ano atrás ainda contava com Ivan Lendl, mas ainda se recuperava da lesão nas costas.

Kei Nishikori recomeça muito mais sólido do que um ano atrás e tentando ir além do sucesso do último Grand Slam, em que foi vice-campeão.

Tomas Berdych recomeça com novo técnico, o ex-de Murray, Vallverdy.

Para Marin Cilic e Jo-Wilfried Tsonga, o recomeço vai ter que esperar. Ambos não jogam o Australian Open lesionados.

Milos Raonic e Grigor Dimitrov recomeçam tentando dar um passo adiante do que foi um ótimo 2014.

David Ferrer recomeça com técnico novo, Francisco Fogues e em busca de uma temporada melhor do que a de 2014, em que ficou fora do Masters. Murray Mauresmo Australian Open

Nick Kyrgios recomeça com muitos curiosos sobre como vai ser o seu desempenho em 2015. O tenista surpreendeu no ano passado, mas praticamente não jogou depois de outubro.

E como será mais um recomeço para Lleyton Hewitt? Será

Thomaz Bellucci recomeça com novo técnico temporário, João Zwetsch.

Mas quem recomeça mesmo é Juan Martin del Potro. Depois de quase um ano longe das quadras, com lesão no punho, retornou em Sidney mas terá o seu grande teste em Melbourne.

Entre as mulheres, Serena Williams recomeça em busca de uma temporada mais consistente nos Grand Slams (só jogou bem o US Open).

Maria Sharapova recomeça mais forte do que nunca e com chances de voltar ao topo do ranking mundial, logo no início do ano.

Simona Halep recomeça com técnico novo. A tenista dispensou o belga Wim Fissette, depois do sucesso de 2014 e está com um treinador romeno, Victor Ionita.

Eugenie Bouchard recomeça sem técnico. O treinador de toda a adolescência, Nick Saviano não está mais com ela e voltou a treinar Sloane Stephens, ex-parceira de treino da canadense.

Caroline Wozniacki recomeça, 1 ano depois do noivado anunciado na Austrália, com Rory Mclroy que viria a ser desfeito seis meses depois.

Madison Keys recomeça com Lindsay Davenport como técnica. Ana Ivanovic Australian Open

Ana Ivanovic e Petra Kvitova recomeçam de olho nos bons resultados nos Grand Slams.

Agnieszka Radwanska recomeça com Martina Navratilova integrando o seu staff.

Mas, na WTA, quem recomeça mesmo é Victoria Azarenka. A bielorussa pouco jogou em 2014, se recuperando de lesão no pé e quer voltar ao topo, começando pelo Grand Slam que conquistou em 2012 e 2013.

Vai ser um recomeço e tanto.

Diana Gabanyi

Federer chega à marca de 1000 vitórias e entra para a história mais uma vez

Roger Federer começou 2015 da mesma maneira que terminou 2014, fazendo história no esporte. Depois de conquistar a inédita Taça Davis no fim do ano, ganhou neste domingo o ATP de Brisbane, marcando a 1000ª vitória da carreira, ao derrotar Milos Raonic por 6/4 6/7 6/4, aos 33 anos de idade.

Só para se ter uma ideia do feito, a última vez que um tenista chegou a 1000 vitórias foi em 1992, há 23 anos (Ivan Lendl).

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1000 é um número marcante e para sempre.

1000 vezes Federer entrou em quadra e venceu

1000 vezes pessoas ao redor do mundo tiveram o privilégio de vê-lo jogar e ganhar

1000 vezes só Jimmy Connors e Ivan Lendl triunfaram

1000 vitórias – a última vez foi em 1992, com Lendl

1000 vitórias – comemoradas ao lado de Rod Laver e Roy Emerson

1000 vitórias – 83 títulos

1000 vitórias – 17 Grand Slams

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Os marcos das 1000 vitórias

1ª vitória – 1998 – ATP Toulouse (1a. rodada) d- Guillaume Raoux

100ª vitória – 2001 – ATP Basel (SF) – d. Julien Boutter

200ª vitória – 2003 – ATP Halle (SF) d. Mikhail Youzhny

300ª vitória – 2004 – US Open (F) – d. Lleyton Hewitt

400ª vitória – 2006 – Australian Open (8as) d. Tommy Haas

500ª vitória – 2007 – Monte Carlo (QF) – d. David Ferrer

600ª vitória – 2008 – US Open (2a. rodada) – d.Thiago Alves

700ª vitória – 2010 – Roland Garros (3a. rodada) – d. Julien Reister

800ª vitória – 2011 – Paris (QF) – d. Juan Monaco

900ª vitória – 2013 – Roland Garros (8as) – d. Gilles Simon

1000ª vitória – 2015 – Brisbane (F) d. Milos Raonic

Uma lenda viva do esporte.

Um privilégio que essa lenda viva seja um tenista.

Diana Gabanyi

E a temporada 2015 começou com tudo – 6 torneios oficiais e a Hopman Cup

Dia 04 de janeiro, primeiro dia de jogos oficiais de chave principais de ATPs e WTAs pelo mundo. A temporada 2015 começou oficialmente.

Demorou um pouco mais do que de costume. Normalmente o circuito começa na semana anterior. Mas, com tantos pedidos de jogadores por uma temporada mais enxuta, os calendários vão se ajustando ano a ano e desta vez deu para fugir daquele início na última semana de dezembro.

Sharapova Brisbane

Aqui no Brasil sentimos falta do Challenger de São Paulo, no Parque Villa Lobos. Muitos tenistas brasileiros acostumados a começar o ano na capital paulista optaram por adiar o início da temporada ou viajar para bem longe, como fizeram João Souza, o Feijão, Guilherme Clezar e Fabiano de Paula.

Lá do outro lado do mundo, na Oceania, nos Emirados Árabes e na Índia, com passagem pela Tailândia é que tudo está acontecendo.

A tradicional exibição de Abu Dhabi, o Mubadala World Tennis Championships teve Andy Murray como vencedor, sem disputar a final. Novak Djokovic, com febre, não jogou a decisão. Foi bom para ver Wawrinka, Nadal, Almagro e Feliciano Lopez em ação nos primeiros dias do ano.

Outra exibição na Tailândia, em Hua Hin viu Berdych ganhar de Raonic. Também jogaram Fognini e Ferrer.

Sempre na frente dos ATPs e WTAs, a Hopman Cup começou hoje, em Perth. Com muitas desistências de jogadores inscritos, alguns dos quais disputaram a IPTL e pouco tempo tiveram para se recuperar de pequenas lesões ou investir em uma forte pré-temporada, mas com a presença de Serena Williams, Eugenie Bouchard, Agnieszka Radwanska, Andy Murray e do casal Fognini/Pennetta, entre outros, a competição entre países é sempre um bom aquecimento para a temporada.

Djokovic Doha

Ao mesmo tempo acontecem os WTAs de Brisbane, Shenzen e Auckland e os ATPs de Doha, Chenai e Brisbane, sim a cidade de Patrick Rafter recebe um torneio “combined.” E como são os primeiros torneios do ano, não importa se são ATPs 250 ou WTAs International (o de Brisbane é um Premier), as estrelas estão jogando. Nadal, Djokovic, Federer, Sharapova, Ivanovic, Halep, Azarenka, Kvitova, Wozniacki, Nishikori, Dimitrov, Wawrinka, entre muitos outros, estão todos competindo em busca de ritmo de jogo para o primeiro Grand Slam do ano, o Australian Open, que começa em 15 dias.

Aliás, as mulheres já começaram a jogar hoje. Samantha Stosur, vencendo por 5/1 no 3o. set levou uma virada de Varvara Lepchenko; Jankovic perdeu para Tomjlanovic e Petkovic caiu diante de Kanepi. Interessante primeiro dia.

Além disso dois Challengers são disputados nesta semana, o de Noumea e o de Happy Valley.

Entre os brasileiros, João Souza joga o ATP de Doha, o mesmo que Bruno Soares com Alexander Peya; Clezar e Fabiano de Paula disputam o Challenger da Nova Caledônia.

Estava com saudades? A temporada já começou pra valer!

Diana Gabanyi

IPTL termina com sucesso da liga comprovado

A IPTL, International Premier Tennis League deu certo.

O primeiro ano da Liga criada pelo tenista Mahesh Bhupathi, que terminou neste fim de semana com vitória do Indian Aces, funcionou. Vista com muitas dúvidas por boa parte do mundo do tênis, o indiano mostrou que é possível fazer coisas diferentes em um esporte tão tradicional e resistente a mudanças.

Indian Aces

Durante quase 3 semanas, um número considerável de estrelas foi visto entre Manilha, Singapura, Nova Deli e Dubai.

E foram visto juntos, jogando em equipe, desfrutando de uma camaradagem raramente vista no circuito, voando em jatos privados e se divertindo no vôo e jogando um tênis relativamente sério, considerando o formato exibição (não valia pontos no ranking e você não ganhava mais dinheiro se vencesse o jogo ou o evento).

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Andy Murray jogou duplas mistas com Maria Sharapova; Bruno Soares jogou com diferentes parceiros (as), incluindo Serena Williams; Andre Agassi e Pete Sampras deram o ar da graça na Ásia; Gael Monfils e Jo-Wilfried Tsonga jogaram nas quatro cidades, assim como Kyrgios; Federer dançou com Monfils e jogou simples, duplas e duplas mistas; Djokovic, o número um do mundo também foi a Ásia e ao Oriente Médio; Ivanovic foi a grande estrela feminina jogando todo o circuito; o mesmo fez Hantuchova; Wozniacki, Cilic e Berdych também competiram. Rafter, Moya, Santoro e Goran Ivanisevic estiveram presentes do começo ao fim. Também surgiram Philippoussis e Pioline.

Jogadores, todos divididos nas quatro equipes das cidades que sediaram a IPTL (Indian Aces, Singapores Slammers, Manila Mavericks e UAE Royals), torceram pelos companheiros de time, vestiram o uniforme dos times, jogaram em um formato diferente e conviveram muito mais do que no circuito. Novas gerações interagiram com ex-campeões de Grand Slam e números um do mundo de uma maneira em que nunca haviam convivido antes. Djokovic Iptl

Os tenistas demonstraram que estavam gostando do formato, de estar em equipe. Alguns, como Federer, disseram que tiveram dificuldade no começo para se adaptar às regras e que talvez isso não funcionasse no circuito. Mas, ninguém disse que a IPTL passará a valer pontos nos rankings da ATP e da WTA.

A sensação é de que os tenistas estavam experimentando algo único e inovador

Com casa cheia em Manilha, Nova Deli e Singapura, só faltou Dubai lotar para coroar  de fato a liga. Mas, Dubai não é carante de eventos de tênis. Nos outros lugares, você nunca imaginaria ver tantas estrelas do tênis reunidas e jogando juntas. Dubai tem ATP 500, WTA Premier e outras competições por perto.

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Uma das grandes sacadas de Bhupathi, que aprimorou o formato do World Team Tennis criado por Billie Jean King, foi ter conseguido vender os direitos de televisão para mais de 100 países. Sem passar na TV os patrocinadores teriam um retorno muito menor e nós aqui no Brasil, não teríamos tido ideia do que era a IPTL e assim foi no mundo tudo.

Claro que ainda há a discussão de como estarão os tenistas que competiram de Manilha a Dubai na IPTL. Será que não atrapalhou a pré-temporada? Como chegarão na Austrália? Voltarão no ano que vem? Mas, isso não afeta em um primeiro momento o fã de tênis e nem o sucesso da Liga. Vai influenciar na continuidade e em como será a segunda edição.

Mas, para um começo, foi mais do que surpreendente.

Diana Gabanyi