Nascida e criada em São Paulo, onde aprendeu a jogar tênis, mais precisamente no Esporte Clube Pinheiros, Patricia Coimbra jogou o circuito juvenil, mas consciente das dificuldades da carreira como profissional, decidiu buscar um novo rumo.
Aproveitando-se de algumas propostas de escolas norte-americanas, viu que o circuito universitário dos Estados Unidos seria ótima alternativa, com a possibilidade de estudar e jogar tênis em alto nível.
Para isso, contou com o apoio do Daquiprafora, umas das principais empresas no assessoramento de atletas e estudantes para universidades nos Estados Unidos, e da Fundação Lemann, reconhecida por auxiliar tenistas, entre outros, a irem para os Estados Unidos jogar o circuito universitário em várias modalidades esportivas, enfrentando dificuldades, sim, mas permanecendo firme para chegar aos objetivos, principalmente o de ter uma boa formação na Winthrop University.
Confira como foi o nosso papo com ela!
Quando e como surgiu a oportunidade de ir para os EUA estudar e jogar o circuito universitário?
Desde pequena me destaquei nos torneios juvenis, mas logo percebi que o caminho profisional seria muito mais difícil. Durante os últimos anos jogando torneios juvenis e iniciando os torneios profissionais, comecei a receber propostas de escolas americanas. Sempre amei viajar e jogar tênis, então percebi que a melhor opção para aliar uma boa educação com uma prática esportiva de alto nível seria estudar e jogar por uma universidade americana. Na época, conversei muito com amigas/amigos que haviam se mudado para os Estados Unidos e com meus pais, todos me incentivaram muito a tomar essa decisão.
Em qual lugar você nasceu e morava aqui no Brasil?
Nasci e sempre morei em São Paulo. Cresci jogando tênis desde pequena pelo Esporte Clube Pinheiros.
Qual foi a universidade escolhida? O que você cursou ou está cursando?
Escolhi a Winthrop University, na Carolina do Sul. Na época, tinham vários brasileiros na equipe de tênis o que era muito importante para mim. Me formei em Maio de 2009 em “business” com uma dupla especialização (“double major”) em Finanças e Ciências Contábeis.
Qual era a sua expectativa quando partiu para os EUA?
Eu queria estudar, conhecer uma nova cultura e continuar jogando tênis de alto nível. Fiquei impressionada com a organização, o alto nível do esporte universitário americano e toda a infrastrutura oferecida pela universidade aos atletas. O esporte universitário é muito valorizado nos Estados Unidos estando sempre na TV, nas noticias… é um mundo muito diferente!
Quais foram as principais dificuldades? Já sabia falar inglês fluentemente?
Eu falava um inglês básico quando cheguei nos Estados Unidos e essa foi a maior dificuldade nos primeiros 6 meses. Tive que estudar muito e contar com a ajuda de professores e colegas. Nunca vou me esquecer da minha primeira apresentação em inglês na frente de uma classe toda (risos).
A rotina também era corrida com aulas de manhã, treinos à tarde e às vezes aulas novamente à noite. Tambem batia saudades da familia e dos amigos no Brasil, mas depois de 6 meses tudo foi ficando um pouco mais facil!
Qual foi a importância do Daquiprafora e da Fundação Lemann nesse projeto?
O Daquiprafora foi fundamental durante todo o processo de escolha, organização da documentação requerida pela universidade e visto. Graças ao Daquiprafora também tive a oportunidade de visitar 4 universidades antes de fazer a escolha final. O apoio financeiro providenciado pela Fundação Lemann foi tão importante quanto o auxílio do Daquiprafora. Agradeço muito a ambas as partes por todo o apoio.
E você tentou aliar o circuito universitário ao profissional?
Quando decidi estudar nos Estados Unidos, eu já tinha tomado a decisão de que não queria jogar tênis profissional, então optei por focar na carreira acadêmica. Durante as primeiras férias, optei por adiantar certas materias para conseguir a dupla especialização em 4 anos e também trabalhei em um acampamento de tênis. Nas minhas últimas férias, optei por fazer um estágio em uma multi-nacional chamada SPX Flow, na qual continuo trabalhando até hoje.
Qual é a sua atividade atual?
Atualmente continuo trabalhando na SPX Flow. Eu comecei no departamento de auditoria interna em Charlotte na Carolina do Norte, no qual passei 4 anos viajando pelo mundo com a empresa. Desde então fui promovida a Controler e me mudei para a França em Julho deste ano para assumir o cargo de Controler da nossa divisão europeia.
Você recomenda a experiência aos jovens que ainda estão na dúvida sobre o circuito universitário?
Sem dúvida alguma! Foi a melhor escolha que fiz na minha vida. Aprendi e amadureci muito durante esses anos. Estudar e morar nos Estados Unidos é uma oportunidade que recomendo a todos os esportistas, tanto para os que gostariam de continuar jogando profissionalmente quanto para os que querem focar nos estudos.