Djokovic e um domingo histórico em Roland Garros

A conquista de Roland Garros era quase uma obssessão para Novak Djokovic. Era tão obssessiva que parecia uma necessidade de conquistar um recorde, mais do que um amor por Roland Garros. Neste domingo, 05 de junho de 2016, Djokovic sentiu a conexão especial com o público em Paris. No final do jogo contra Andy Murray, mesmo estando nervoso para fechar a partida, era como se nada fosse detê-lo. Uma rara sensação de invencibilidade, em um ambiente tão especial quanto a quadra central de Roland Garros.

Djokovic e um domingo histórico em Roland Garros

Um domingo que entrou para a história, em que todos nós assistimos um feito que aconteceu pela última vez há mais de 50 anos, em 1969, com Rod Laver. Pode demorar mais 50 para acontecer de novo: um jogador ganhar os quatro torneios do Grand Slam seguido.

Djokovic, que derrotou Andy Murray na final, por 3 sets a 1, havia vencido na sequência, Wimbledon, depois de ter perdido a final em Paris no ano passado para Stan Wawrinka, o US Open e o Australian Open.

Derrotado por Murray na final deste domingo e em janeiro também em Melbourne, o próprio Murray lembrou a todos de que “estamos assistindo algo raríssimo no tênis e que quem viu o jogo de hoje teve muita sorte.”

Mais emotivo do que muitos dos jogadores de sua geração, o sérvio Djokovic sentiu uma conexão com o público francês, que talvez só Gustavo Kuerten tenha sentido em um passado recente. Foi tão forte a emoção, que Djoko desenhou o coração em quadra, o mesmo coração que Guga desenhara 15 anos atrás.

Há 25 anos nenhum jogador havia ganhado o Australian Open e Roland Garros no mesmo ano. Agora Djokovic tem a oportunidade de ganhar o Grand Slam na temporada e ainda o ouro olímpico, no que seria o Golden Slam.

Se havia dúvida de que ele pertencia ao hall dos melhores de todos os tempos, este histórico domingo acabou com todas elas. Djokovic, agora com 12 trofeus de Slam, já não é mais um dos melhores jogadores de saibro de todos os tempos a nunca ter vencido Roland Garros e agora é apenas um de 8 jogadores a ter completado o Grand Slam, que inclui Federer, Nadal, Agassi, Laver, Budge, Emerson e Ferry.

Diana Gabanyi

foto de Cynthia Lum

Wawrinka surpreende e é campeão de Roland Garros

Djokovic esperou um ano para ter uma nova chance de ganhar Roland Garros. Há semana e semanas ele era tido como o favorito para erguer o Trophee des Mousquetaires. Mas, ele terá que aguardar mais 12 meses para tentar completar o Grand Slam. A vitória ficou com o suíço Stan Wawrinka. Em quinzena inspirada, ganhou de Federer nas quartas, de Tsonga na semi e do quase imbatível sérvio na final, por 4/6 6/3 6/4 6/4.Wawrinka é campeão de Roland Garros
Treinado por Magnus Norman, Wawrinka recebeu o trofeu das mãos de Gustavo Kuerten, que foi recebido com gritos de “Guga, Guga, Guga.”

O brasileiro, curiosamente derrotou Norman na final 15 anos atrás. “Esse trofeu também é para você,” dedicou Wawrinka na cerimônia de premiação.
Este foi o segundo título de Grand Slam do suíço, campeão do Australian Open no ano passado.
Número um do mundo, Djokovic não perdia desde fevereiro, quando foi derrotado por outro suíço, Roger Federer na final de Dubai.

“Perdi para um jogador que foi melhor, jogou um tênis corajoso e que mereceu vencer,” disse Djokovic, que foi às lágrimas na cerimônia de premiação com a ovação de 2 minutos do público na Philippe Chatrier.
Desde 2005, quando a Era Nadal começou em Paris, Wawrinka é apenas o segundo jogador diferente a erguer o Trophee des Mousquetaires. O outro foi o compatriota Federer em 2009.

Wawrinka campeão de Roland Garros

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dias atrás Wawrinka, que venceu o torneio juvenil em Paris em 2003, chegou a afirmar que ganhar Roland Garros para ele era algo bem distante “Eu via os outros jogadores ganhando e achava que eram todos mutantes.”

Hoje, com o Trophee des Mousquetaires na mesa da sala de entrevistas de Roland Garros, junto a seu shorts que deu o que falar, Wawrinka confessou que não achou que fosse vencer outro Grand Slam e que não esperava jogar tão bem a final. “Está difícil de acreditar. Não imaginava ir tão longe na minha carreira e jogar uma final desta maneira. Não demonstrei, mas estava bem nervoso.”

Diana Gabanyi

Fotos de Cynthia Lum

Roland Garros: Djokovic a um jogo do histórico Grand Slam

Ano após ano Novak Djokovic começa a temporada sempre com um grande objetivo em mente: conquistar Roland Garros, o único dos quatro Grand Slams que falta na sua prateleira de trofeus, que inclui cinco Australian Opens, dois Wimbledons e um US Open.
Todo ano, no entanto, ele esbarrava principalmente em Rafael Nadal (já perdeu para Federer, Melzer, Kohlschereiber e Coria também, quando ainda não tinha os três outros trofeus do Grand Slam).

Roland Garros: Djokovic a um jogo do histórico Grand Slam

Desta vez, foi Nadal quem foi barrado pelo sérvio nas quartas-de-final.
Neste sábado, Djokovic terminou o jogo que havia começado na sexta-feira e saiu da quadra Philippe Chatrier vitorioso, depois de derrotar Andy Murray, na sua partida mais difícil no torneio, por 6/3 6/3 5/7 5/7 6/1 e avançar pela terceira vez à decisão em Paris.

“Comecei muito bem, com a intensidade certa. Mas o Andy encontrou o ritmo dele, começou a jogar melhor e melhor e o primeiro game do quinto set foi muito importante,” disse Djokovic na saída da quadra.

Wawrinka jogará pelo segundo trofeu de Grand Slam

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Para receber o Trophee des Mousquetaires das mãos de Gustavo Kuerten, a quem ele chama de inspiração para vencer em Paris, Djokovic terá que passar, neste domingo, por Stan Wawrinka. O suíço disputará sua segunda final de Grand Slam e a primeira em Paris.

Caso vença no domingo, Djokovic se juntará ao clube de elite formado por Laver, Budge, Perry, Emerson, Agassi, Federer e Nadal. Seria o terceiro desta geração a conquistar o Grand Slam.

O público que torceu mais para Murray do que para o sérvio e obviamente mais para Tsonga do que para Wawrinka, será um fator interessante em Paris.

Diana Gabanyi

Fotos de Cynthia Lum

Murray, Nadal e Djokovic avançam em Roland Garros

Principais estrelas do torneio de Roland Garros, Rafael Nadal, Novak Djokovic e Andy Murray avançaram à terceira rodada do Grand Slam francês.

Murray, Nadal e Djokovic avançam em Roland Garros

Nesta quinta-feira em Paris, Nadal foi o primeiro a terminar o trabalho. Derrotou o compatriota Nicolas Almagro por 6/4 6/4 6/1, em 2h19min de jogo. Mesmo com o fácil placar, o nove vezes campeão de Roland Garros disse que não foi fácil. “O placar parece mais fácil do que foi o jogo mesmo,” contou o espanhol na entrevista coletiva.

Ele enfrenta agora o russo Andrey Kuznetsov, que ganhou do austríaco Jurgen Melzer, por 6/1 5/7 7/6 7/5. “Ele é um cara agressivo e tem muito potencial. Pode dar muitos winners e é perigoso. Quero manter o meu jogo como foi hoje, estável e sólido,” antecipou Nadal.

Número um do mundo e atrás do único título do Grand Slam que falta na carreira, Novak Djokovic também não teve problemas para avançar em Paris. Ganhou de Gilles Muller, de Luxemburgo, por 6/1 6/4 6/4, mesmo tendo recebido atendimento médico em quadra. Pega na próxima rodada o australiano Thanasi Kokkinakis, que venceu o outro jogador da Austrália, Bernard Tomic, em cinco sets, por 3/6 3/6 6/3 6/3 8/6.

Outro tenista em alta na temporada de saibro, Andy Murray, que já foi semifinalista em Roland Garros, teve que suar um pouco mais para chegar à terceira rodada e manter a invencibilidade no saibro neste ano. Ganhou do português João Sousa por 6/2 4/6 6/4 6/1.

Em outros jogos da rodada, Marin Cilic venceu Andrea Arnaboldi por 7/6 6/1 6/1; Pablo Andujar terminou o jogo contra Philip Kohlschreiber, vencendo por 6/1 7/6 3/6 3/6 6/4; David Goffin ganhou de Santigo Giraldo por 6/3 4/6 7/5 6/2; Jeremy Chardy eliminou John Isner por 6/4 4/6 6/3 6/3 e a sensação teen Borna Coric derrotou Tommy Robredo por 7/5 3/6 6/2 4/6 6/4.

Diana Gabanyi

Foto de Cynthia Lum

Nadal e Djokovic passam sem sustos pela estreia em Roland Garros

Desde o sorteio da chave de Roland Garros, na sexta-feira, só se fala em um possível duelo entre Rafael Nadal e Novak Djokovic nas quartas-de-final do Grand Slam francês. Para aumentar ainda o frenesi, os dois jogaram na sequência nesta terça, na quadra central de Paris.

Nadal e Djokovic passam pela esetreia em Roland Garros sem sustos

Rafael Nadal foi o primeiro a vencer. Ganhou do jovem Quentin Halys, de 18 anos, por 6/3 6/4 6/4, ficando agora com um recorde de 67 vitórias e apenas 1 derrota em Roland Garros.
Depois de uma temporada de saibro em que não ganhou nenhum dos grandes torneios, a entrevista coletiva de Nadal foi lotada.
Todos queriam saber como ele estava se sentindo e o espanhol afirmou que o mais importante é que está sentindo bem a bola. ”  Estou feliz com a maneira como joguei. Joguei bem o suficiente para uma primeira rodada. Tive altos e baixos durante a temporada e vou tentar evitar isso aqui. Vou tentar, como tento todos os anos. A minha mentalidade é a mesma de sempre.”

Na próxima rodada, Nadal enfrentará o também espanhol Nicolas Almagro, que ganhou de Alexander Dolgopolov.
Mas durante o encontro com os jornalistas, eles estavam mais interessados em saber sobre o ocorrido com o juiz brasileiro Carlos Bernardes e depois de alguns desentendimentos com o árbitro, Nadal confirmou que pediu para que ele não fizesse mais os seus jogos. ” Não tenho problema pessoal algum com ele, mas pedi se possível, para ele não fazer os meus jogos. Acho que é melhor para o nosso relacionamento.”

Enquanto Nadal falava, Djokovic avançava na central.
Ganhou do veterano finlandês Jarkko Nieminen por 62 75 62, para pegar na próxima rodada Gilles Muller ou Paolo Lorenzi.
Após a partida, Djokovic falou com o público em francês e se disse emocionado cada vez que joga em Paris. “Nunca vou esquecer o minuto de aplauso que vocês me deram depois da final do ano passado.”

Em outros jogos da rodada, David Ferrer venceu Lukas Lacko por 61 63 61; Richard Gasquet ganhou de Germain Gigounon por 63 64 60; Marin Cilic venceu Robin Haase por 62 64 62; John Isner venceu Andreas Seppi por 75 62 63; Leonardo Mayer derrotou Jiri Vesely por 36 76 63 57 62.
Diana Gabanyi

Foto de Cynthia Lum