Nadal desiste de Roland Garros e planeja despedida em 2024

Rafael Nadal anunciou, nesta 5a feira, na sua academia, a Rafa Nadal Academy, em Manacor, na Espanha, que não disputará o torneio de Roland Garros.

Catorze vezes campeão em Paris, Nadal não conseguiu se recuperar de diversas lesões a tempo e vai tirar o resto do ano para descansar o corpo e tentar fazer um tour de despedida em 2024.

Nadal anuncia sua decisão de não jogar Roland Garros

“Não mereço terminar a minha carreira em uma coletiva de imprensa. Sempre vale a pena fazer um esforço a mais. Sempre foi a minha filosofia. Agora é preciso parar e experimentar um pouco uma vida sem tantos horários e compromissos,” afirmou Nadal, em uma coletiva lotada e em tom bem sincero e consciente diante dos jornalistas.

Como será um Roland Garros sem Nadal? Nem ele sabe.

Diana Gabanyi

Nadal vai enfrentar Wawrinka pelo 10o. título e mais história em Roland Garros

O domingo em Paris promete ser um daqueles dias inesquecíveis. Um daqueles dias que talvez você lembre para o resto da sua vida. Pode ser o dia que Rafael Nadal conquiste o 10o. título de Roland Garros. Sim, o 10o. O adversário será o perigoso suíço Stan Wawrinka, campeão em Paris há dois anos.

Nadal chega à decisão com um frescor, motivação e confiança dos seus melhores anos. Perdeu apenas 29 games em seis jogos disputados para garantir a vaga na final. Teve alguns games difíceis contra o austríaco Dominic Thiem, mas não cedeu nada, não deu chance alguma para o número 7 do mundo. Venceu por 6/3 6/4 6/0.

“Estou muito feliz de estar mais uma vez na final do meu torneio favorito. Nove ou 10 é só 10% a mais. Dez é um número bonito, mas pra falar a verdade nove é o meu número favorito. O que mais me deixa mais orgulhoso na carreira é o ano 2013. Tive muitos problemas no meu joelho e acabei vencendo aqui e no US Open,” disse o sempre humilde Nadal. “Não sou o melhor para falar disso.”

Assim como Roger Federer passou seis meses fora do circuito, Rafael Nadal também ficou longe dos torneios por quase três meses. Mas, o espanhol não ficou curtindo férias em Mallorca. Trabalhou o físico, se fortaleceu, melhorou os golpes e é um diferente jogador dos dois últimos anos. Tem confiança no seu físico e chega com toda a tranquilidade nas bolas para dar um golpe matador.

No entanto, por mais favorito que Nadal seja em Paris – um jogador que já venceu um torneio nove vezes, será eternamente favorito – Wawrinka será um adversário perigoso.

“Mais do que o físico hoje, o que este jogo deu para o Stan foi confiança. Ele está na final, então é o jogador mais perigoso que tem no torneio,” disse Rafa.

Das três finais de Grand Slam que disputou, Stanimal como é conhecido, ganhou as três: na Austrália, em Paris e em Nova York. O próprio suíço afirmou, depois de derrotar Andy Murray em uma batalha de 4h34min, por 6/7(8) 6/3 5/7 7/6(3) 6/1, que quando ele está forte mentalmente, tem confiança suficiente em si próprio e no trabalho que fez nos últimos anos, para ser capaz de vencer. E ele já provou isso.

“Não tem desafio mais difícil do que vencer o Nadal em Roland Garros. Eu quero curtir esse momento. Já passei por estágios diferentes nas finais de Grand Slam. Já tive muito relaxado – na primeira e depois muito estressado nas outras duas. Domingo é a final e mesmo que seja contra o Rafa, tudo pode acontecer. O que ele já fez aqui é excepcional e vencê-lo seria muito diferente,” analisou Wawrinka, que ainda se surpreende com o próprio sucesso nos Grand Slams. “

Diana Gabanyi

Fotos de Cynthia Lum

Antes da final, uma viagem fotográfica pelos 9 títulos de Nadal em Roland Garros

Vamos relembrar, em uma viagem fotográfica da Cynthia Lum, as nove conquistas de Rafael Nadal em Roland Garros e notar que nestes 9 anos de triunfo em Paris ele teve apenas 5 adversários diferentes nas finais: Federer, Djokovic, Ferrer, Soderling e Mariano Puerta e que nenhuma das decisões chegou a 5 sets.

 

 

 

2016 – Abandonou o torneio com lesão no punho na 3a. rodada

 

 

 

 

 

 

2015 – Perdeu para Novak Djokovic nas quartas-de-final 7/5 6/3 6/1

Rafael Nadal french open 2014 cynthia lum

2014 –
Rafael Nadal  d. Novak Djokovic 3/6 7/5 6/2 6/4

Rafael Nadal ROland Garros 2013

2013 – Rafael Nadal d. David Ferrer 6/3 6/2 6/3

Rafael Nadal Roland Garros 2012

2012 – Rafael Nadal d. Novak Djokovic 6/4 6/3 2/6 7/5

Rafael Nadal Roland Garros 2011 Cynthia Lum

2011 – Rafael Nadal d. Roger Federer 7/5 7/6 5/7 6/1

Rafael Nadal Roland Garros 2010 Cynthia Lum

2010 -Rafael Nadal d. Robin Soderling 6/4 6/2 6/4

Nadal Soderling Paris

2009 – Eliminado nas oitavas-de-final por Robin Soderling

Rafael Nadal Roland Garros 2008

2008 – Rafael Nadal d. Roger Federer 6/1 6/3 6/0

Rafael Nadal Roland Garros 2007

2007 – Rafael Nadal d. Roger Federer 6/3 4/6 6/3 6/4

Rafael Nadal Roland Garros 2006

2006 – Rafael Nadal d. Roger Federer 1/6 6/1 6/4 7/6

Nadal Roland Garros 2005

2005 – Rafael Nadal d. Mariano Puerta 6/7 6/3 6/1 7/5

Diana Gabanyi

Fotos de Cynthia Lum

Lesão no punho tira Nadal de Roland Garros

Rafael Nadal treinou duro na pré-temporada. Jogou todos os torneios de saibro a que se propôs no seu calendário. Ganhou o Masters 1000 de Monte Carlo pela 9a. vez na carreira. Jogou bem em Madri e Roma. Arrasou nas duas primeiras rodada em Roland Garros. Teve a melhor atuação de todas na chave masculina. O sonho do 10o. título em Paris não era mais um sonho distante, como parecia no ano passado, ou até mesmo no início desta temporada. Era real.

Lesão no punho tira Nadal de Roland Garros. Vamos começar a ficar nostálgicos.

Mas, novamente Nadal foi traído por seu corpo. Nesta tarde de sexta-feira em Paris, se dirigiu à sala de entrevistas, onde nove vezes sentou e falou com os jornalistas exibiando a Coupe des Mousquetaires, com uma proteção no punho esquerdo, para anunciar que não poderia continuar competindo em Roland Garros.

” Ontem joguei com uma injeção no punho e com um anestésico. À noite a dor piorou muito. O médico disse que não poderia me dar essas injeções por mais cinco jogos e que corria o risco de agravar muito e eu ficar fora por muitos meses. Estou sentindo essa lesão há umas duas semanas, mas achei que daria para controlar,” disse um desiludido Nadal.

O espanhol fez uma ressonância na manhã desta sexta, que detectaram que o punho não está quebrado, mas está altamente inflamado. “Se eu continuar jogando, pode quebrar nos próximos dias. Ontem arriscamos ao jogar com a anestesia e e injeção, mas não daria para fazer isso por mais 5 jogos.”

Nadal deve ficar com o punho imobilizado por duas semanas e ainda não sabe se jogará o torneio de Wimbledon.

Antes mesmo de terminar a terceira rodada, Roland Garros já perdeu suas duas maiores estrelas dos tempos atuais, Roger Federer, que foi a Paris mas nem chegou a jogar e agora Nadal.

Novos tempos parecem estar chegando. Mas, será que os novatos Thiem, Zverev, Coric, e os mais experientes, Tsonga, Gulbis, Raonic, Isner, entre outros, conseguirão parar Djokovic. Ou será que Murray conseguirá chegar lá?

Será que agora teremos que nos acostumar a ver cada vez menos Federer e Nadal pelas quadras? A realidade de um tênis sem os dois maiores astro da última década e meia começa a se aproximar?

Alguns anos atrás dissemos que o tênis estava chato. Só ganhavam Federer ou Nadal. Agora que estamos mais pertos do fim do que do auge, já começamos a ficar nostálgicos.

Diana Gabanyi

Foto: Cynthia Lum

Murray, Nadal e Djokovic avançam em Roland Garros

Principais estrelas do torneio de Roland Garros, Rafael Nadal, Novak Djokovic e Andy Murray avançaram à terceira rodada do Grand Slam francês.

Murray, Nadal e Djokovic avançam em Roland Garros

Nesta quinta-feira em Paris, Nadal foi o primeiro a terminar o trabalho. Derrotou o compatriota Nicolas Almagro por 6/4 6/4 6/1, em 2h19min de jogo. Mesmo com o fácil placar, o nove vezes campeão de Roland Garros disse que não foi fácil. “O placar parece mais fácil do que foi o jogo mesmo,” contou o espanhol na entrevista coletiva.

Ele enfrenta agora o russo Andrey Kuznetsov, que ganhou do austríaco Jurgen Melzer, por 6/1 5/7 7/6 7/5. “Ele é um cara agressivo e tem muito potencial. Pode dar muitos winners e é perigoso. Quero manter o meu jogo como foi hoje, estável e sólido,” antecipou Nadal.

Número um do mundo e atrás do único título do Grand Slam que falta na carreira, Novak Djokovic também não teve problemas para avançar em Paris. Ganhou de Gilles Muller, de Luxemburgo, por 6/1 6/4 6/4, mesmo tendo recebido atendimento médico em quadra. Pega na próxima rodada o australiano Thanasi Kokkinakis, que venceu o outro jogador da Austrália, Bernard Tomic, em cinco sets, por 3/6 3/6 6/3 6/3 8/6.

Outro tenista em alta na temporada de saibro, Andy Murray, que já foi semifinalista em Roland Garros, teve que suar um pouco mais para chegar à terceira rodada e manter a invencibilidade no saibro neste ano. Ganhou do português João Sousa por 6/2 4/6 6/4 6/1.

Em outros jogos da rodada, Marin Cilic venceu Andrea Arnaboldi por 7/6 6/1 6/1; Pablo Andujar terminou o jogo contra Philip Kohlschreiber, vencendo por 6/1 7/6 3/6 3/6 6/4; David Goffin ganhou de Santigo Giraldo por 6/3 4/6 7/5 6/2; Jeremy Chardy eliminou John Isner por 6/4 4/6 6/3 6/3 e a sensação teen Borna Coric derrotou Tommy Robredo por 7/5 3/6 6/2 4/6 6/4.

Diana Gabanyi

Foto de Cynthia Lum

Nadal e Djokovic passam sem sustos pela estreia em Roland Garros

Desde o sorteio da chave de Roland Garros, na sexta-feira, só se fala em um possível duelo entre Rafael Nadal e Novak Djokovic nas quartas-de-final do Grand Slam francês. Para aumentar ainda o frenesi, os dois jogaram na sequência nesta terça, na quadra central de Paris.

Nadal e Djokovic passam pela esetreia em Roland Garros sem sustos

Rafael Nadal foi o primeiro a vencer. Ganhou do jovem Quentin Halys, de 18 anos, por 6/3 6/4 6/4, ficando agora com um recorde de 67 vitórias e apenas 1 derrota em Roland Garros.
Depois de uma temporada de saibro em que não ganhou nenhum dos grandes torneios, a entrevista coletiva de Nadal foi lotada.
Todos queriam saber como ele estava se sentindo e o espanhol afirmou que o mais importante é que está sentindo bem a bola. ”  Estou feliz com a maneira como joguei. Joguei bem o suficiente para uma primeira rodada. Tive altos e baixos durante a temporada e vou tentar evitar isso aqui. Vou tentar, como tento todos os anos. A minha mentalidade é a mesma de sempre.”

Na próxima rodada, Nadal enfrentará o também espanhol Nicolas Almagro, que ganhou de Alexander Dolgopolov.
Mas durante o encontro com os jornalistas, eles estavam mais interessados em saber sobre o ocorrido com o juiz brasileiro Carlos Bernardes e depois de alguns desentendimentos com o árbitro, Nadal confirmou que pediu para que ele não fizesse mais os seus jogos. ” Não tenho problema pessoal algum com ele, mas pedi se possível, para ele não fazer os meus jogos. Acho que é melhor para o nosso relacionamento.”

Enquanto Nadal falava, Djokovic avançava na central.
Ganhou do veterano finlandês Jarkko Nieminen por 62 75 62, para pegar na próxima rodada Gilles Muller ou Paolo Lorenzi.
Após a partida, Djokovic falou com o público em francês e se disse emocionado cada vez que joga em Paris. “Nunca vou esquecer o minuto de aplauso que vocês me deram depois da final do ano passado.”

Em outros jogos da rodada, David Ferrer venceu Lukas Lacko por 61 63 61; Richard Gasquet ganhou de Germain Gigounon por 63 64 60; Marin Cilic venceu Robin Haase por 62 64 62; John Isner venceu Andreas Seppi por 75 62 63; Leonardo Mayer derrotou Jiri Vesely por 36 76 63 57 62.
Diana Gabanyi

Foto de Cynthia Lum

Vai começar a temporada de saibro européia, a mais bela do tênis mundial

A temporada de saibro começou timidamente com as disputas dos ATPs de Casablanca e Houston, depois de disputas agitadas da Copa Davis. Mas, “the clay court season,” começa mesmo pra valer agora, com a disputa do Masters 1000 de Monte Carlo.

Monte Carlo Country Club Em um dos cenários mais belos do tênis mundial, tem início a também mais glamurosa e linda temporada anual do tênis. De agora até o início de junho, os tenistas percorrerão boa parte da Europa, passando, depois do Principado de Mônaco, por Barcelona, Bucareste, Roma, Estoril, Madri, Nice, Munique, Dusseldorf até chegar na mágica Paris.

Nadal rei do saibroAté lá tanta coisa pode acontecer no nosso esporte, ou não. Será que Rafael Nadal conseguirá manter o nível altíssimo do ano passado, quando ganhou praticamente tudo (perdeu a final de Monte Carlo para Djokovic). Será que ele ganhará mais um Roland Garros?

É justamente o título em Paris que Djokovic persegue, o único do Grand Slam que falta na sua estante.Como se desenrolará o relacionamento com o técnico Boris Becker?

Djokovic Monte CarloRoger Federer, ausente de Monte Carlo nos últimos dois anos, volta a jogar na Cote DAzur, mostrando que as lesões ficaram realmente no ano passado.

Andy Murray, sem técnico desde o Sony Open, em Miami, não jogará o primeiro Masters 1000 do saibro. Está em busca de novo treinador e quer descansar depois dos Masters 1000 americano e da disputa da Copa Davis.

Como será a performance no saibro, do atual campeão do Australian Open, Stanislas Wawrinka, que em 2013 iniciou a escalada no ranking com o título do ATP de Oeiras (ex-Estoril Open)?

E Fabio Fognini, repetirá o bom desempenho em Monaco e nos outros Masters 1000 da terra batida, especialmente no da sua casa, em Roma, para continuar subindo no ranking e ganhando respeito dos jogadores e fãs, principalmente.

E os franceses? Daqui a algumas semanas começará a conversa de mais de 30 anos sem francês campeão em Roland Garros. Algum deles conseguirá fazer uma temporada de saibro que dê confiança para chegar a Paris como um dos favoritos? Monfils? Gasquet? Tsonga?

Será interessante observar a performance de David Ferrer nos próximos torneios. Vice-campeão de Roland Garros no ano passado, o número dois espanhol pode sempre surpreender, mas ainda falta um resultado mais convincente em 2014. Outro espanhol que sempre se dá bem no saibro é Nicolas Almagro. Apesar de não ter tido bons resulatdos na gira da América do Sul, ainda está em tempo de se recuperar.

Grigor Dimitrov, um pouco mais maduro ao lado de Roger Rasheed, também será uma das atrações da temporada, ao lado de Tomas Berdych. Apesar de preferirem a quadra rápida, ambos  costumam ser versatéis.

Enfim, a temporada está apenas começando, muitas horas de tênis estão por vir e daqui a 2 meses tudo pode ser diferente, ou Rafael Nadal pode continuar quebrando recordes e fazendo mais história no mundo do esporte.

Diana Gabanyi