Bia estreia no Australian Open com melhor ranking da carreira

Beatriz Haddad Maia está nos momentos finais de sua preparação para a estreia no Australian Open. Disputando o primeiro Grand Slam do ano, a brasileira é a atual 14a colocada no ranking mundial, a sua melhor posição na classificação da WTA, é cabeça de chave 14 da competição e enfrentará a espanhola Nuria Parrizas Diaz, número 77 do mundo, na madrugada desta terça-feira.

Bia estreia com melhor ranking da carreira – Fotojump



“É sempre muito especial estar em um Grand Slam, mas conduzo todas as semanas do meu ano com o mesma entrega e profissionalismo. Darei o meu melhor”, disse Bia, que disputa a sua quarta chave principal no Grand Slam australiano.

“Tenho objetivos claros para 2023. Fiz uma pré-temporada dura, me entreguei, plantei coisas boas… agora preciso ser corajosa nas horas importantes para executar o que treinei. Tenho treinado muito bem aqui na Australia, fiz bons jogos, mas quero ir além”, finalizou.

Bia também disputará a chave de duplas feminina. A brasileira e a sua parceira, a chinesa Shuai Zhang, são as cabeças de chave 7 e pegam Leylah Fernandez e Bethanie Mattek-Sands na estreia.

Australian Open, é hora de recomeçar

A temporada 2015 vai começar pra valer nesta segunda-feira em Melbourne, com o Australian Open. Não importa se os tenistas tiveram um 2014 maravilhoso, ou se preferiram esquecer o que foi a temporada passada, as chaves dos homens e das mulheres já foram sorteadas e agora é a hora de recomeçar.

Stanislas Wawrinka recomeça pela primeira vez como o “atual” campeão de um Grand Slam, ou como gostam de dizer os americanos, o reigning Australian Open champions.

Na Li, a campeã de 2014, recomeça uma nova vida, longe das quadras.

Roger Federer recomeça muito mais confiante do que iniciou a temporada passada. Se jogou o Australian Open com dúvidas em 2014, o resto do ano terminou com elas. Campeão da Copa Davis e outros xxx títulos.

Novak Djokovic recomeça com uma parceria agora bem mais sólida com Boris Becker e com o filho Stefan, nascido no fim do ano passado, em Melbourne. Djokovic Becker Australian Open

O recomeço de Andy Murray na Austrália será com Amelie Mauresmo e sem os fieis escudeiros Jaz Green (prep físico) e Daniel Vallverdu (assistant coach). Um ano atrás ainda contava com Ivan Lendl, mas ainda se recuperava da lesão nas costas.

Kei Nishikori recomeça muito mais sólido do que um ano atrás e tentando ir além do sucesso do último Grand Slam, em que foi vice-campeão.

Tomas Berdych recomeça com novo técnico, o ex-de Murray, Vallverdy.

Para Marin Cilic e Jo-Wilfried Tsonga, o recomeço vai ter que esperar. Ambos não jogam o Australian Open lesionados.

Milos Raonic e Grigor Dimitrov recomeçam tentando dar um passo adiante do que foi um ótimo 2014.

David Ferrer recomeça com técnico novo, Francisco Fogues e em busca de uma temporada melhor do que a de 2014, em que ficou fora do Masters. Murray Mauresmo Australian Open

Nick Kyrgios recomeça com muitos curiosos sobre como vai ser o seu desempenho em 2015. O tenista surpreendeu no ano passado, mas praticamente não jogou depois de outubro.

E como será mais um recomeço para Lleyton Hewitt? Será

Thomaz Bellucci recomeça com novo técnico temporário, João Zwetsch.

Mas quem recomeça mesmo é Juan Martin del Potro. Depois de quase um ano longe das quadras, com lesão no punho, retornou em Sidney mas terá o seu grande teste em Melbourne.

Entre as mulheres, Serena Williams recomeça em busca de uma temporada mais consistente nos Grand Slams (só jogou bem o US Open).

Maria Sharapova recomeça mais forte do que nunca e com chances de voltar ao topo do ranking mundial, logo no início do ano.

Simona Halep recomeça com técnico novo. A tenista dispensou o belga Wim Fissette, depois do sucesso de 2014 e está com um treinador romeno, Victor Ionita.

Eugenie Bouchard recomeça sem técnico. O treinador de toda a adolescência, Nick Saviano não está mais com ela e voltou a treinar Sloane Stephens, ex-parceira de treino da canadense.

Caroline Wozniacki recomeça, 1 ano depois do noivado anunciado na Austrália, com Rory Mclroy que viria a ser desfeito seis meses depois.

Madison Keys recomeça com Lindsay Davenport como técnica. Ana Ivanovic Australian Open

Ana Ivanovic e Petra Kvitova recomeçam de olho nos bons resultados nos Grand Slams.

Agnieszka Radwanska recomeça com Martina Navratilova integrando o seu staff.

Mas, na WTA, quem recomeça mesmo é Victoria Azarenka. A bielorussa pouco jogou em 2014, se recuperando de lesão no pé e quer voltar ao topo, começando pelo Grand Slam que conquistou em 2012 e 2013.

Vai ser um recomeço e tanto.

Diana Gabanyi

Nem Serena, nem Nadal. O primeiro Grand Slam do ano é de Na Li e Wawrinka

Há duas semanas só se falava em Serena Williams, Rafael Nadal, Victoria Azarenka, Novak Djokovic, um pouco sobre Maria Sharapova, Roger Federer, Andy Murray e Juan Martin del Potro. No entanto, quem saiu de Melbourne erguendo os trofeus do Australian Open foram Na Li e Stanislas Wawrinka.

Na Li Australian Open championA chinesa vinha chegando perto do título há alguns anos, mas sempre parecia faltar algo para que o sonho de vencer o “Grand Slam da Ásia Pacífico,” fosse realizado.  Wawrinka vinha melhorando mês a mês, desde o incrível jogo com Djokovic, no ano passado, neste mesmo Grand Slam. Mas, até então, de fato imaginar que o trofeu não ficaria nas mãos de um dos top 4 – só Safin e Del Potro conseguiram tal feito desde 2005 – também parecia sonho.

Na Li chegou ao título de maneira consistente, depois de salvar match point contra Safarova, na terceira rodada e com a chave aberta não precisou nem enfrentar tenista entre as top 20 para ganhar o seu segundo Grand Slam. Mas, isso não importa. Ninguém vai lembrar, anos lá na frente, ao olhar o nome de Na Li entre as campeãs na Austrália, de quem ela ganhou para se tornar a detentora do título.

Assim como pouquíssimos lembraram hoje da final abandonada por Justine Henin, diante de Amelie Mauresmo, em 2006, quando começaram a levanter a hipótese de Nadal desistir no meio da final contra Wawrinka, após ser atendido pelo médico, sentindo dor nas costas.Wawrinka Australian Open champion

O número 1 suíço, isso mesmo – confesso que é estranho escrever o número 1 para o Wawrinka, até ele disse na entrevista que apesar de ser o primeiro jogador do seu país, ainda acha que está atrás de Federer, mereceu o título. Ganhou de Djokovic nas quartas-de-final, de Berdych na semi e vinha fazendo um jogo brilhante até Nadal dar sinais de que algo estava bem errado.

Conseguiu administrar a situação de ver um adversário lesionado e apesar de ter perdido o terceiro set, não deixou a cabeça ir muito longe, já pensando no trofeu, no título, na hora de fechar o jogo no quarto.

O tênis esperava comemorar os recordes de Serena Williams e Rafael Nadal neste Grand Slam. Serena se aproximaria cada vez mais de Chris Evert e Martina Navratilova, venceria o 6º Australian Open. Nadal se tornaria o primeiro tenista depois de Rod Laver a vencer todos os Grand Slams pelo menos duas vezes e igualaria a marca de 14 trofeus de Pete Sampras, que estava lá para entregar a taça ao campeão.

Mas, em vez disso o torneio viu dois novos campeões e dos mais populares, triunfarem na Rod Laver Arena. É um interessante início de temporada para a ATP e para a WTA.

Bravo, parabéns Na Li e Wawrinka.