Depois de 6 anos com Raonic, prêmio de melhor canadense do ano fica com jovem Shapovalov

Depois de seis anos consecutivos, Milos Raonic não foi premiado como melhor jogador de tênis canadense, em 2017.

Dessa vez, a Federação de tênis do país nomeou o jovem Denis Shapolavov como o melhor jogador na atual temporada, depois do maior destaque que conseguiu no ano, principalmente com a semifinal do Masters 1000 de Montreal.

Na ocasião, ele chegou a bater Rafael Nadal e Juan Martin Del Potro. Além disso, também foi destaque sua campanha até as oitavas de final do US Open.

Raonic, apesar de ser o melhor canadense no ranking, na 24ª posição, teve uma temporada difícil, com lesões e sem repetir suas melhores campanhas.

Com o objetivo de entrar pro top 150 em 2017, Shapovalov foi muito além disso e fecha o ano como nº 51, sendo que seu melhor ranking foi o 49º.

“Com muita humildade, sou reconhecido como o jogador masculino do ano da Tennis Canada, e tenho a oportunidade de representar meu país no circuito da ATP e na Copa Davis.”, disse Shapovalov, pra completar com seus objetivos pra 2018: “Definitivamente, quero ganhar um título de ATP e, se tudo correr bem, terminar o ano no top-25” concluiu.

O veterano Daniel Nestor, que deve fazer sua despedida como profissional em 2018, foi premiado como melhor duplista canadense do ano.

Bellucci vence Cuevas na estreia em Montreal e encara Djokovic

O paulista Thomaz Bellucci  teve uma estreia dura e vitoriosa, nesta segunda-feira, no ATP Masters 1000 de Montreal, derrotando o uruguaio Pablo Cuevas, 31o do mundo, por 7/6(4) 4/6 7/6(4), após 2h42min de partida.

Bellucci vence Cuevas e encara Djokovic em Montreal, nesta 3a.

“O placar já diz tudo, foi um jogo muito duro em que nós dois jogamos muito bem, muito parelho. A força, a firmeza, a cabeça de ficar no jogo o tempo inteiro acabaram fazendo a diferença. O Pablo sacou na negra para ganhar o jogo no 5/4 e eu me mantive firme. Foi uma vitória da persistência”, analisou Bellucci.

Na próxima rodada, nesta terça-feira, o tenista número 1 do Brasil e 33o. do mundo terá um desafio e tanto pela frente. Ele encara o tenista número 1 do mundo, o sérvio Novak Djokovic.

“Agora tem o Djokovic. Vou tentar me recuperar o máximo que puder. Hoje estava muito calor, mas resisti bem, mentalmente e fisicamente. Vou buscar enfrentá-lo de uma forma inteligente e fazer um jogo onde eu possa ter as minhas chances, como já fiz em Roma. É sempre um jogo complicado, ele está um nível acima de todos os outros jogadores, mas pretendo entrar tranquilo, consciente, com um padrão de jogo estabelecido para poder ter as minhas chances”, analisou o número 1 do Brasil.

Os dois já se enfrentaram três vezes, todas no saibro e vencidas pelo sérvio, mas Bellucci deu trabalho a Djokovic, vencendo o primeiro set nos Masters 1000 de Madri (2011) e no de Roma (2015). O número 1 do mundo vem de uma sequência de 26 vitórias em Masters 1000, tendo sido campeão nos últimos cinco torneios que disputou.

Domingo especial para o tênis brasileiro

Ter brasileiro disputando final de Masters 1000 hoje em dia só acontece com Bruno Soares ou Marcelo Melo e como são apenas 9 torneios desta categoria por ano, são raras as vezes por temporada em que isso acontece. Por isso, este domingo é especial. Os dois disputam a final da Rogers Cup, o Masters 1000 de Toronto, fato inédito para o tênis brasileiro, logo antes de Roger Federer e Jo-Wilfried Tsonga entrarem na quadra central do Rexall Centre.

Cada um com seu parceiro, Bruno Soares com Alexander Peya e Marcelo Melo com Ivan Dodig jogará a segunda final de Masters 1000 da temporada. Soares e Peya foram vice em Indian Wells e Melo e Dodig perderam a decisão de Monte Carlo.

DODIG MELO DUPLAS TORONTO

Há tempos que são os duplistas que levam o tênis do Brasil para frente. Só eles atualmente conseguem chegar longe nos grandes torneios e ser capa, por exemplo, do site da ATP e das chamadas de transmissão de televisão.

PEYA SOARES DUPLAS TORONTO

Ambos top 10, o que já é incrível para o país, Melo é o 6º na ATP e Soares é o 3º, tentarão aumentar o número de títulos conquistados. O mais alto dos mineiros tem 13 trofeus e Bruno tem 17.

O Brasil só tem a comemorar e engrandecer ainda mais os duplistas que continuam fazendo história.

Diana Gabanyi