Teliana inicia temporada 2018 treinando na Espanha

A tenista Teliana Pereira está de olho na temporada 2018 do circuito mundial. Depois de alguns meses afastada das quadras, dando um merecido tempo para a mente e para o corpo, ela retomou os treinos em Curitiba e em janeiro viaja para a Espanha, para fazer a pré-temporada na Academia BTT (Barcelona Total Tennis), onde está o brasileiro Leo Azevedo.

“ Vai ser uma nova experiência, uma nova aventura para mim. Vamos passar por um período de experiência em Barcelona, treinar duro e deixar acontecer,” disse Teliana, que confessa ter precisado de um tempo para se recuperar das exigências do circuito profissional de tênis.

“Precisei de um tempo para a mente e para o meu corpo e quando vi que estava pronta, sentindo falta da rotina de atleta, das emoções que só a quadra te proporciona, do tênis em sim, vi que era a hora de pegar a raquete e voltar a treinar,” revelou a brasileira que há 2 anos foi campeã de 2 torneios WTA (Bogotá e Florianópolis) e chegou à 43a posição no ranking mundial, se tornando a 3a. tenista mais bem classificada da história no Brasil, atrás apenas de Maria Esther Bueno e Niege Dias.

Mais madura e casada – com Alexandre Zornig – Teliana voltará a competir sem um objetivo definido de ranking e com uma nova equipe multidisciplinar(FourFisio – Lucas Rafael). O calendário será definido nas próximas semanas.
Mas, independente do ranking – atual é 358o. – e do calendário, o que importa para a pernambucana radicada em Curitiba é que ela está feliz em quadra. “Estou me divertindo e agora vou aproveitar a experiência de tudo o que já passei, tanto em uma volta pós cirúrgica, como no próprio circuito, para tentar chegar lá novamente. Sei que o caminho não será fácil, mas já passei por situações bem mais complicadas.”

Eles não estão para Andre Agassi, mas grupo de jovens americanos começa a se destacar na ATP

Eles não são fenômenos adolescentes, nem são dos mais novinhos, mas tem um grupo de jogadores americanos entre 20 e 23 anos e entre o 102o. e o 180o. lugar na ATP, que começa a chamar a atenção no circuito. O destaque desta semana é Denis Kudla que já venceu três jogos sem perder sets e está nas quartas-de-final do ATP de Queen’s. Denis Kudla USA

Há pouco menos de um ano conversei com Leo Azevedo o técnico brasileiro, National Coach da USTA e ele já me falava destes nomes: Jack Sock, Denis Kudla, Steve Johnson, Rhyne Williams e Bradley Khlan.

Durante o US Open fiz matéria com os dois tenistas que passaram pelo tênis universitário, Williams e Klahn e estavam treinando no Centro da USTA da Califórnia, onde Azevedo é o coordenador, supervisionado pelo lendário Higueras.

Fiquei de olho em todos eles. Sock, Kudla, Johnson e Williams passsaram o qualifying de Roland Garros. Sock avançou uma rodada.

Durante o ano, todos foram tendo bons resultados, especialmente nos ATPs americanos, no saibro ou na quadra rápida. Mas agora começam a se dar bem também na Europa.

Jack Sock USA tennis Sock está jogando no velho continente pela primeira vez. E ele pareceu muito à vontade por lá.

Kudla, que nos últimos meses venceu o Challenger de Talahassee e foi vice-campeão do fortíssimo Challenger de Dalas, derrotou Federico Delbonis, Benoit Paire e Kevin De Schepper, sem perder sets, para enfrentar Tsonga nas quartas-de-final.

Ainda estamos longe de falar em novo campeão de Grand Slam, em novo top 10 ou futuro número um do mundo para todos estes jogadores. Mas, finalmente enxerga-se um futuro além de John Isner, Mardy Fish, Sam Querrey e do mais badaladinho destes novatos, Ryan Harrisson, de quem muito se falou e pouco se viu até agora.

A favor, Johnson, Kudla, Williams, Sock e Klahn, tem uma geração americana mais beirando a aposentadoria do que o auge da carreira. Blake, com 33 anos, Russell com 35 e Ram, com 29, vem logo adiante deles no ranking e depois de Querrey, Isner, Fish e Harrison.

Com a falta de estrelas capazes de emocionar multidões, de fazer manchetes mundiais, como Sampras, Agassi, Courier, Chang e até mesmo Roddick, é para eles que a USTA está dedicando todo apoio e atenção possível. Assisti um jogo do Harrison e outro do Sock em Roland Garros. Havia, no mínimo, três técnicos diferentes da USTA na arquibancada os observando.

Com certeza, no US Open Series, um destes técnicos será o Leo Azevedo

Fotos de AEGON Championships e Cynthia Lum

Diana Gabanyi