Estrangeiros vencem o Roland Garros Junior Series

O mineiro Victor Winheski e a gaúcha Pietra Rivoli foram vice-campeões do Roland-Garros Junior Series by Renault. O título e a vaga para a chave principal de Roland-Garros ficaram com o colombiano Alejandro Arcila e a argentina Sol Ailin Larraya, que conquistaram o título do torneio, neste domingo, na quadra central da Sociedade Harmonia de Tênis, em São Paulo. 

Na decisão, neste domingo, com a quadra central do Harmonia lotada, Sol Ailin Larraya, cabeça de chave 2, foi mais sólida que Pietra, que vinha de 18 vitórias consecutivas e três títulos, e garantiu a vitória por 6/3 6/2. 

Campeões e Vice do Roland Garros Junior Series – Foto Marcello Zambrana

“Faltou começar um pouco melhor, eu estava cometendo muitos erros no início dos pontos e não consegui achar outras maneiras de jogar, porque não estava funcionando o que a gente tinha planejado. Também não posso tirar o mérito dela, ela jogou muito bem”, analisou a gaúcha. 

“Não ganhei hoje, foi no detalhe, fico mais triste por não ter conseguido a vaga para Roland-Garros. Joguei muito bem essa semana, fiz bons jogos. Hoje vai doer, mas agora é focar e trabalhar que o ano que vem tem Roland-Garros Junior Series de novo”, acrescentou ela.

No masculino, o colombiano Alejandro Arcila fez valer durante toda a semana a sua condição de favorito ao título. E na final não foi diferente. Ele não deu espaço para o jogo de Winheski e venceu por 6/0 6/3. “Hoje, infelizmente, não foi como eu gostaria. O colombiano jogou muito bem, não me deixou jogar, não me deu chances no primeiro set. Melhorei no segundo set, joguei mais com a torcida, mas ele continuou não me dando espaço. Mas foi uma boa semana, fui melhorando dia a dia, pena não ter conseguido a vaga para Roland-Garros”, disse Winheski.

Tênis de excelência retorna à O2 Arena

Para os amantes do tênis, o mês de novembro fica marcado pela realização da Nitto ATP Finals, na O2 Arena. Os melhores jogam na arena londrina entre 11 e 18 de novembro. Novak Djokovic poderá igualar Roger Federer como vencedor máximo da competição.

A elite do tênis mundial vai estar na O2 Arena, em Londres. Os oito melhores colocados do ranking ATP, assim como as oito melhores duplas da temporada, vão a jogo na arena britânica. Essa é considerada a prova mais importante do calendário a seguir aos quatro GrandSlams e as primeiras odds para o torneio já podem ser encontradas na Betfair.

Comecemos por introduzir a estrutura competitiva do evento. Contrariamente ao que sucede nos demais eventos do circuito mundial da ATP, esse torneio não se disputa por eliminação direta. A organização da prova divide os oito atletas a concurso em dois grupos de quatro, sendo que o mesmo se aplica na categoria das duplas. Em cada grupo, todos jogam contra todos e os dois melhores de cada grupo se apuram para as semis, disputando posteriormente a final.

Desde 1997 que esse torneio se disputa em piso duro. A O2 Arena, com capacidade para 20 mil espetadores, recebe o certame desde 2009 e, segundo a ATP, a prova permanecerá em Londres até 2020.

Federer é o vencedor máximo  

O vencedor máximo em singulares é Roger Federer, tenista suíço que venceu a prova em seis ocasiões, duas delas na O2 Arena, em Londres. A primeira vitória do atleta helvético remonta a 2003, ano em que derrotou o norte-americano Andre Agassi. Um ano depois, levou a melhor sobre o australiano Lleyton Hewitt. Roger tem essa particularidade: em seis vitórias no torneio, triunfou sempre em pares de anos consecutivos: após as conquistas de 2003 e 2004, venceu James Blake em 2006 e David Ferrer em 2007; mais tarde, Federer venceu Rafael Nadal em 2010 e Tsonga em 2011.

Na última edição do torneio, em 2017, o búlgaro Grigor Dimitrov superou ao belga David Goffin na final ao vencer por dois a um (7-5, 4-6, 6-3).

Novak Djokovic pode igualar o suíço

2008, 2012, 2013, 2014 e 2015. Novak Djokovic já conquistou esse Nitto ATP em cinco ocasiões, quatro delas de forma consecutiva e, nessas quatro, três ante Federer – em 2014, o suíço desistiu. O domínio de Novak na competição terminou às mãos de um atleta da “casa”, em 2016, perdendo para Andy Murray por dois a zero (6-3, 6-4).

O Niito ATP reúne os oito melhores do ranking ATP da temporada e podem existir alterações na classificação até o torneio que antecede a realização da prova na O2 Arena. Porém, são várias as presenças já confirmadas, entre elas as de Novak Djokovic e Roger Federer, a menos que questões físicas impeçam os tenistas de irem a Londres. Além de Roger e Novak, Juan Martin Del Potro, Rafael Nadal e Alexander Zverev foram os primeiros tenistas a confirmarem presença na prova.

Teliana estreia com vitória em Saint Gaudens

A tenista brasileira Teliana Pereira estreou com vitória no ITF de Saint Gaudens, na França, com premiação de U$ 60 mil. Ela venceu a norte-americana Sachia Vickery,135a na WTA, por 3/6 7/5 7/5 e agora enfrenta a a espanhola Silvia Soler Espinosa (149a), por uma vaga nas 4as de final da competição.

Teliana estreia com vitória em Saint Gaudens

Para entrar na chave principal do ITF francês no saibro, Teliana precisou passar pelo qualifying, vencedo dois jogos disputados e hoje marcou a sua 3a. vitória seguida.

“É sempre bom vencer jogos duros. Não estou começando muito bem os jogos, mas estou encontrando uma maneira de vencer e isso é muito importante,” disse Teliana, atualmente na 252a. posição na WTA.

Eles não estão para Andre Agassi, mas grupo de jovens americanos começa a se destacar na ATP

Eles não são fenômenos adolescentes, nem são dos mais novinhos, mas tem um grupo de jogadores americanos entre 20 e 23 anos e entre o 102o. e o 180o. lugar na ATP, que começa a chamar a atenção no circuito. O destaque desta semana é Denis Kudla que já venceu três jogos sem perder sets e está nas quartas-de-final do ATP de Queen’s. Denis Kudla USA

Há pouco menos de um ano conversei com Leo Azevedo o técnico brasileiro, National Coach da USTA e ele já me falava destes nomes: Jack Sock, Denis Kudla, Steve Johnson, Rhyne Williams e Bradley Khlan.

Durante o US Open fiz matéria com os dois tenistas que passaram pelo tênis universitário, Williams e Klahn e estavam treinando no Centro da USTA da Califórnia, onde Azevedo é o coordenador, supervisionado pelo lendário Higueras.

Fiquei de olho em todos eles. Sock, Kudla, Johnson e Williams passsaram o qualifying de Roland Garros. Sock avançou uma rodada.

Durante o ano, todos foram tendo bons resultados, especialmente nos ATPs americanos, no saibro ou na quadra rápida. Mas agora começam a se dar bem também na Europa.

Jack Sock USA tennis Sock está jogando no velho continente pela primeira vez. E ele pareceu muito à vontade por lá.

Kudla, que nos últimos meses venceu o Challenger de Talahassee e foi vice-campeão do fortíssimo Challenger de Dalas, derrotou Federico Delbonis, Benoit Paire e Kevin De Schepper, sem perder sets, para enfrentar Tsonga nas quartas-de-final.

Ainda estamos longe de falar em novo campeão de Grand Slam, em novo top 10 ou futuro número um do mundo para todos estes jogadores. Mas, finalmente enxerga-se um futuro além de John Isner, Mardy Fish, Sam Querrey e do mais badaladinho destes novatos, Ryan Harrisson, de quem muito se falou e pouco se viu até agora.

A favor, Johnson, Kudla, Williams, Sock e Klahn, tem uma geração americana mais beirando a aposentadoria do que o auge da carreira. Blake, com 33 anos, Russell com 35 e Ram, com 29, vem logo adiante deles no ranking e depois de Querrey, Isner, Fish e Harrison.

Com a falta de estrelas capazes de emocionar multidões, de fazer manchetes mundiais, como Sampras, Agassi, Courier, Chang e até mesmo Roddick, é para eles que a USTA está dedicando todo apoio e atenção possível. Assisti um jogo do Harrison e outro do Sock em Roland Garros. Havia, no mínimo, três técnicos diferentes da USTA na arquibancada os observando.

Com certeza, no US Open Series, um destes técnicos será o Leo Azevedo

Fotos de AEGON Championships e Cynthia Lum

Diana Gabanyi