De virada, Luisa Stefani e Laura Pigossi batem russas e conquistam o bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio

A paulistana Luisa Stefani, 23ª do mundo, e sua parceira Laura Pigossi, fizeram história neste sábado (31) ao conquistarem o bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, a primeira medalha olímpica do tênis brasileiro. As paulistanas derrotaram, no final da madrugada, a dupla russa formada por Elena Vesnina e Veronika Kudermetova, vice-campeãs de Wimbledon, por 4/6 6/4 11/9, após salvarem quatro match-points no match tie-break. As russas abriram 9 a 5 e as brasileiras reagiram, vencendo seis pontos consecutivos para brilhar no Ariake Stadium.

Luisa e Laura começaram com 4 a 1 abaixo, empataram em 4 a 4 e acabaram sendo quebradas no último game. Começaram o segundo set quebrando e abrindo 2 a 0. Sustentaram os serviços até fecharem por 6 a 4. No match tie-break as russas abriram 5 a 1, as brasileiras encostaram 5 a 7, mas viram as rivais abrirem quatro match-points. Todavia, a garra e vontade das brasileiras mudaram o cenário e a medalha veio com muita emoção ao fim da partida.

“Não caiu a ficha do quanto é importante para gente essa medalha, do quanto foi importante  a entrega na semana, a confiança que tínhamos em nós mesmas. Entramos aos 45 do segundo tempo na Olimpíada e só queríamos representar o Brasil da melhor maneira. Acreditem meninas, acreditem, sempre. Sonhem e trabalhem duro cada dia que vocês podem conquistar, esse é meu recado. Escutei uma frase e escrevi no meu caderno antes de vir pra cá. ‘Jogue pelo amor e não pelo resultado’. E foi assim, estamos muito felizes de trazer essa medalha para casa, para o tênis brasileiro. Muita emoção”, comemorou Luisa.

Durante a campanha, a dupla, que entrou de última hora na Olimpíada a uma semana antes do início do evento, derrubou duas das principais parcerias da competição. Logo na estreia superou as canadenses Gabriela Dabrowski e Sharon Fichman, sétimas cabeças de chave. Nas oitavas salvou quatro match-points contra a vice-campeã de simples de Wimbledon e a vice de Roland Garros de 2019, as tchecas Karolina Pliskova e Marketa Vondrousova. Nas quartas de final eliminou as norte-americanas, quartas favoritas,Bethanie Mattek e Jessica Pegula. Caíram na semifinal diante das suíças Belinda Bencic e Viktorija Golubic.

As brasileiras irão receber a medalha de bronze neste domingo (01) após a final de duplas feminina marcada para as 3 da madrugada (horário de Brasília). A melhor campanha anterior do Brasil em Olimpíada havia sido com Fernando Meligeni em 1996 nos Jogos de Atlanta, nos Estados Unidos, com o quarto lugar.

Foto do texto: Rafael Bello / COB

Foto do banner: Wander Roberto/COB

Luisa e Laura buscam medalha de bronze em Tóquio na madrugada deste sábado

A paulistana Luisa Stefani, 23ª do mundo, e sua parceira Laura Pigossi, foram derrotadas nesta quinta-feira (29) nas semifinais dos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão. As duas caíram diante das suíças Belinda Bencic e Viktorija Golubic por 2 sets a 0, com parciais de 7/5 e 6/3, após 1h35min, na quadra 3 do Ariake Stadium. Luisa e Laura disputam a medalha de bronze neste sábado (31), por volta das 3h, horário de Brasília, contra a dupla russa formada por Elena Vesnina e Veronika Kudermetova, vice-campeãs de Wimbledon.

A campanha de Luisa e Laura é a maior do tênis feminino do Brasil em uma Olimpíada e elas vão tentar uma medalha inédita para o País. Em 1996, Fernando Meligeni foi quarto lugar em simples nos Jogos de Atlanta, nos EUA. 

“Dura derrota hoje, sofrida, dolorida, mas é o tênis. Acontece. Nessas situações dói mais que o normal, frustrante. Tivemos chances, começamos o jogo super bem, voando, no nosso plano de jogo. Quase não erramos nos primeiros quatro, cinco games, abrimos 4 a 0, uma boa vantagem. Depois as meninas usaram a experiência, mudaram o estilo de jogo e a gente não soube adaptar tanto”, disse Luisa.

“Mesmo assim tivemos 5 a 3, chances, faltou um pouco de definição, execução, continuar indo pra cima. Seguimos agressivas, mas elas foram inteligentes, taticamente foram melhores e não soubemos lidar com a mudança de jogo que elas fizeram e, quando tentamos, caímos um pouco no nosso nível. Elas elevaram bastante o nível e fizeram o que tinham que fazer para nos tirar da zona de conforto, que é o que estava no começo”, afirmou.

“É uma pena, viemos longe para estar nesse jogo, tivemos chances, por isso pega um pouco, mas temos mais uma partida pela frente, chance de bronze e é nisso que precisamos focar. Temos um dia de treino, de descanso para nos recuperar fisicamente e mentalmente e chegar muito firme para competir pelo bronze. A dupla russa é um time bom, forte, mas temos totais condições de ir em busca do nosso objetivo”, completou. 

Foto: Gaspar Nóbrega / COB

Melo e Demoliner param na estreia nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Mineiro foca nas duplas mistas

Em um jogo muito equilibrado, definido nos detalhes, o mineiro Marcelo Melo e o gaúcho Marcelo Demoliner pararam na estreia nos Jogos Olímpicos de Tóquio, adiando o sonho da conquista de uma medalha olímpica nas duplas masculinas. Os croatas Nikola Mektic e Mate Pavic – cabeças de chave 1 – marcaram 2 sets a 0, parciais de 7/6 (8-6) e 6/4, em 1h37min, no Ariake Tennis Park, neste sábado (24), no Japão. Melo e Demoliner formaram a dupla nesta semana, já na capital japonesa, após o mineiro Bruno Soares ter de se retirar da disputa por causa de um apendicite.

Melo – que tem o patrocínio de Centauro e BMG, com apoio da Volvo, Head, Voss, Foxton, Asics, Bolsa Atleta e Confederação Brasileira de Tênis – aguarda agora a definição da chave de duplas mistas, para jogar ao lado da paulistana Luisa Stefani, a partir da próxima semana.

Um primeiro set sem quebras levou a definição para o tie-break. Melo e Demoliner começaram muito bem e abriram 5/0. Mas, a partir daí, os croatas foram em busca da reação. E conseguiram igualar, 5/5, e virar, marcando 8-6 para sair na frente no jogo. No segundo set, novamente equilíbrio. Melo e Demoliner tiveram a chance de quebra no nono game, mas Mektic e Pavic salvaram os dois break-points, fizeram 5/4, para na sequência quebrar e vencer por 6/4.

Em Tóquio, Melo disputa a sua quarta Olimpíada. Já esteve em Pequim-2008 (com André Sá) e em Londres-2012 e Rio-2016 (ao lado de Bruno Soares). Com Demoliner, que está nos Jogos pela primeira vez, formou dupla pelo Brasil na Copa Davis, em 2018. 

O Time Brasil está em Tóquio com seis representantes. Além de Melo e Demoliner, nas duplas masculinas, as paulistas Luisa Stefani e Laura Pigossi jogam nas duplas femininas. O mineiro João Menezes e o cearense Thiago Monteiro, nas simples. 

Foto: Gaspar Nóbrega / COB

Luisa Stefani e Laura Pigossi batem canadenses na estreia dos Jogos Olímpicos

A paulistana Luisa Stefani, 23ª do mundo, e sua parceira Laura Pigossi começaram com o pé direito na disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, na madrugada deste sábado (24). As duas derrotaram a dupla cabeça de chave 7, formada pelas canadenses Gabriela Dabrowski (14ª) e Sharon Fichman (28ª), por 2 sets a 0 com parciais de 7/6 (7/3) 6/4, após 1h33min, na quadra 8 no Ariake Tennis Park.

A dupla das brasileiras, que entrou de última hora nos Jogos de Tóquio, conduziu bem a partida sacando para fechar o primeiro set com 6 a 5, perdendo a oportunidade, mas definindo no tie-break e no segundo serviram em 5 a 3, mas concluíram com quebra no game de devolução.

“Super feliz com a estreia, ótimo jogo, não era uma primeira rodada fácil, mas demos conta do recado, chegamos firmes pro nosso jogo, confiantes e felizes em quadra, uma ajudando a outra, puxando, energia super boa. Nossa química está ótima essa semana, os treinos foram específicos do que cada uma ia fazer, entramos com plano de jogo claro e eficiente. Eu firme na rede e Laurinha muito sólida no fundo e deu certo. Nos impusemos e soubemos reagir bem nos momentos difíceis do jogo e manter o nível nos momentos que abaixamos um pouco. Isso faz a diferença nessas competições que têm mais pressão que o normal, sentimento diferente. Lidamos muito bem com as emoções. Muito feliz com a vitória agora é foco no próximo e focar na recuperação pois está muito quente. Vamos que vamos”, disse Luisa.

Foi a estreia da jovem dupla brasileira em uma Olimpíada. Luisa tem 23 anos e vem fazendo história sendo a melhor ranqueada pelo país desde que o sistema da WTA foi criado em 1975 somando dois títulos e mais seis finais.

Dabrowski é conhecida de Stefani tendo feito uma final com a brasileira ano passado no torneio WTA 500 de Ostrava, na República Tcheca. As duas irão jogar juntas a partir de agosto até pelo menos o US Open.

Nas oitavas de final em Tóquio, a dupla joga contra as vencedoras das tchecas Marketa Vondrousova e Karolina Pliskova, vice-campeã de simples em Wimbledon, e a dupla das chinesas Ying Duan e Saisai Zheng.

A paulistana jogará duplas mistas com Marcelo Melo, torneio que começará no meio da semana que vem e terá a chave sorteada nos próximos dias. “Muito animada também por jogar pela primeira vez com o Melo, representar o Brasil, competir, emoção muito grande estar aqui, privilégio enorme. Agora é a hora mais esperada, é a hora de chegar, aproveitar cada momento e ir pra cima”, concluiu Stefani.

Menezes, Monteiro e duplas do Brasil entram em quadra no primeiro dia do tênis nas Olimpíadas

O tênis brasileiro começa na noite desta sexta-feira, horário de Brasília, sua caminhada em busca de uma sonhada medalha nas Olimpíadas de Tóquio, no Japão.

Logo no segundo jogo da quadra 6, que deve começar por volta da 00h30min, horário de Brasília, Thiago Monteiro terá pela frente o alemão Jan-Lennard Struff, nº 48 do mundo.

Os dois já se enfrentaram três vezes no circuito, sendo que essa será a primeira vez em uma quadra rápidas. As outras foram no saibro e o brasileiro venceu duas partidas.

Um pouco mais tarde, já na madrugada de sábado, João Menezes terá um desafio muito duro e inédito pela frente, já que encara o croata Marin Cilic.

Ainda no primeiro dia de disputa, a dupla feminina do Brasil, formada por Luisa Stefani e Laura Pigossi estreia contra as canadenses Gabriela Dabrowski e Sharon Fichman, enquanto Marcelo Melo e Marcelo Demoliner desafiarão os favoritos croatas Mate Pavic e Nikola Mektic.

Foto: Gaspar Nobrega/Divulgação

Melo e Demoliner encaram favoritos croatas na estreia em Tóquio

Os Jogos Olímpicos de Tóquio começam na madrugada deste sábado (24) para Marcelo Melo. Em sua quarta Olimpíada, o mineiro jogará ao lado do gaúcho Marcelo Demoliner. E a estreia será por volta das 5h (horário de Brasília), no Ariake Tennis Park, diante dos croatas Nikola Mektic e Mate Pavic, na quarta partida da quadra 10. Inicialmente, Melo formaria dupla com o também mineiro Bruno Soares. Estariam juntos pela terceira vez nos Jogos, mas Soares teve de ser operado, em função de um apendicite, ficando fora da disputa.

“Demoliner e eu estamos treinando muito para a estreia, a chave está fortíssima. Vamos com tudo em busca da primeira vitória aqui nos Jogos e do sonho de conquistar uma inédita medalha, que também é o sonho do Bruno”, afirma Marcelo.

Em Tóquio, Melo disputa a sua quarta Olimpíada. Já esteve em Pequim-2008 (com André Sá) e em Londres-2012 e Rio-2016 (ao lado de Soares). Com Demoliner, que está nos Jogos pela primeira vez, formou dupla pelo Brasil na Copa Davis, em 2018.

Recentemente, Melo enfrentou os croatas no torneio de Wimbledon, com seu parceiro, o polonês Lukasz Kubot, chegando a abrir 2 sets a 0, jogando muito bem. Mektic e Pavic foram os campeões do Grand Slam inglês. E o sorteio da chave, em Tóquio, colocou o mineiro, mais uma vez, frente a frente com os croatas, atuais líderes do ranking mundial e principais favoritos no Japão.

Foto: Divulgação / CBT

Depois de apendicite de Bruno Soares, Marcelo Melo joga em Tóquio com Demoliner

Marcelo Melo vai disputar os Jogos Olímpicos com o gaúcho Marcelo Demoliner. Nesta quarta-feira (21), Bruno Soares teve de desistir da participação em Tóquio por causa de um apendicite, impedindo que a dupla de mineiros jogasse a terceira Olimpíada junta. Soares passou por cirurgia e Melo e Demoliner já iniciaram os treinos visando a estreia. O tênis começa no sábado (24) – sexta-feira (23) no Brasil. O sorteio das chaves será nesta quarta, às 23h (horário de Brasília), já quinta-feira (22) no Japão.

“O Bruno não estava bem desde a chegada, tentou melhorar, fez tratamento com antibióticos, mas apendicite é perigoso e, em conjunto com o COB (Comitê Olímpico do Brasil), a organização da Olimpíada e o seu médico, a decisão foi pela cirurgia. Estamos todos torcendo para que se recupere logo”, explicou Marcelo.

Melo disputa em Tóquio a sua quarta Olimpíada (Pequim-2008, Londres-2012 e Rio-2016). Com Demoliner, já jogou pelo Brasil na Copa Davis, na Colômbia, em 2018, vencendo os colombianos Juan Sebastian Cabal e Robert Farah.

Inicialmente, Demoliner participaria em Tóquio com o cearense Thiago Monteiro, que também representa o País em simples. Com a desistência de Bruno, o Time Brasil passa a ter seis representantes: Monteiro e o mineiro João Menezes, em simples, Melo, Demoliner e as paulistas Luisa Stefani e Laura Pigossi nas duplas. 

“Vamos fazer o possível e o impossível para buscar uma medalha. Estamos preparados para fazer um bom resultado. A chave de duplas está forte, com as melhores parcerias do mundo aqui. Vamos passo a passo, treinando com todo o Time Brasil. Olimpíada é muito especial, a energia é muito boa. Temos que ir com tudo. Infelizmente, o Bruno teve de passar por isso, mas felizmente o Demoliner estava aqui também e, pelas regras, pudemos fazer a substituição”, completou Melo. 

Foto: @gasparnobrega/ Divulgação