Brasileiros conhecem adversários no Challenger de SP

A chave de simples do São Challenger de Tênis foi sorteada neste sábado e definiu os adversários de estreia de 12 brasileiros, entre eles o paulista João ‘Feijão’ Souza, os gaúchos André Ghem e Guilherme Clezar e o cearense Thiago Monteiro. O qualifying já começou no Clube Paineiras do Morumby e os jogos da chave principal acontecem entre 18 e 24 de abril, com entrada gratuita para o público.

Brasileiros conhecem adversário na estreia do Challenger de SP

Segundo favorito ao título, Feijão disputou no começo do mês a decisão do Challenger de Leon, no México, com premiação de US$ 75 mil. “Fazia tempo que eu não disputava uma final, um ano e meio mais ou menos. Comecei a treinar com o Júlio Silva há cinco semanas e tudo está conspirando ao meu favor. Era questão de tempo para eu me achar de novo. Não estava jogando tão bem por causa de uma lesão (na lombar), mas treinamos bem. A gente tem que estar preparado para agarrar as oportunidades, foi uma boa semana”, analisou.

No Paineiras, o paulista estreia diante de um jogador vindo do qualifying. O outro cabeça de chave de seu quadrante é o salvadorenho Marcelo Arevalo. “O mais importante é jogar sem dor, e nas últimas três semanas não senti nada. Acabei fazendo essa final e isso me deu muita confiança”, completou Feijão.

O cabeça de chave 1 no Paineiras é André Ghem, que inicia sua campanha diante do argentino Juan Ignacio Londero. O gaúcho é o atual número 3 do Brasil, 165º do mundo, e busca seu segundo troféu de Challenger na carreira. Seu conterrâneo, Guilherme Clezar, é o terceiro favorito e joga a primeira rodada diante do argentino Federico Coria, irmão do ex-top 5 do mundo Guillermo Coria.

Se passar por Coria, Clezar poderá enfrentar o pernambucano José Pereira, irmão da número 1 do Brasil, Teliana Pereira. O jovem Marcelo Zormann também está neste quadrante, assim como o “sueco-carioca” Christian Lindell, cabeça de chave 7.

Responsável pela maior “zebra” dos últimos anos no circuito, ao vencer o top 10 Jo-Wilfried Tsonga no Rio Open, Thiago Monteiro já está entre os 200 melhores do mundo e joga na estreia contra o argentino Agustin Velotti. Se avançar, o cearense de 21 anos encara Rafael Camilo ou o equatoriano Emilio Gomez.

Promessas Marcondes e Sorgi avançam e se enfrentam no quali

A rodada do qualifying teve início neste sábado no Clube Paineiras do Morumby, com vitórias de dois dos principais nomes da nova geração do tênis brasileiro. Igor Marcondes, de 18 anos, derrotou Americo Lanzoni por 6/1 e 6/0 em 42 minutos e terá pela frente na segunda rodada o também paulista João Pedro Sorgi.

“Não esperava uma estreia tão rápida. Eu o conhecia de outros torneios, consegui me impor desde os primeiros minutos e o pressonei bastante”, comentou Marcondes, que falou sobre o processo de transição do circuito juvenil para o profissional. “Está sendo bem diferente. Tinha meu espaço no juvenil e agora você tem que começar do zero. Os torneios são mais fortes, ninguém te conhece. Você precisa tomar cuidado para não pensar em coisas negativas e seguir em frente”, completou.

Sorgi, que eliminou Eduardo Russi por 6/1 e 6/2 na estreia do quali, sabe bem como são os desafios da entrada no circuito profissional. “Passei por uma fase difícil de uns três anos no sentido de frustrações, dúvidas e insegurança. Você sai com uma expectativa do juvenil e a realidade é outra. Mas continuei trabalhando e agora estou me encontrando de novo, jogando melhor e feliz. Tenho tudo para voltar a jogar um grande nível de tênis”, disse o tenista de 22 anos.

Outro confronto já definido é entre Nicolas Santos, que derrotou Gustavo Cruz por 6/0 e 6/2, e Pedro Bernardi, responsável pela queda do chileno Cristobal Saavedra, cabeça 2 do quali, por 7/5 e 6/2. “Estou tentando pensar dia a dia, agora vou relaxar um pouco. Aqui é um torneio muito duro, cada jogo é uma batalha”, afirmou Santos.

O jogador de 28 anos não se incomodou com o forte calor que tem feito na capital paulista. “Estou acostumado, sou do interior, de São Carlos. É calor para todo mundo, quem conseguir se adaptar melhor vai ter vantagem”, acrescentou Santos.

A programação de domingo começa às 12h no Clube Paineiras do Morumby, com a segunda rodada do quali.

Resultados parciais do qualifying:

Pedro Bernardi (BRA) v. [2]Cristobal Saavedra-Corvalan (CHI), 7/5 6/2
Nicolas Santos (BRA) v. Gustavo Cruz (BRA), 6/0 6/2
Igor Marcondes (BRA) v. Americo Lanzoni (BRA), 6/1 6/0
João Pedro Sorgi (BRA) v. Eduardo Russi (BRA), 6/1 6/2
Mariano Kestelboim (ARG) v. Yuri Andrade (BRA), 6/2 6/4
Oscar Gutierrez (BRA) v. Alexandre Girotto (BRA), 6/0 6/0
João Walendowsky (BRA) v. Thiago Wild (BRA), 7/6(5) 6/3
[6]André Miele (BRA) v. Mateus Alves (BRA), 6/2 6/2
[7]Fabrício Neis (BRA) v. Allan Oliveira (BRA), 6/2 6/3
Ricardo Urzua-Rivera (CHI) v. Luis Britto (BRA), 5/7 6/3 6/0
Augusto Laranja (BRA) v. Antonioni Fasano (BRA), 6/3 6/2
Michel Vernier (CHI) v. Sebastian Pini (ARG), 6/2 6/2
Fernando Yamacita (BRA) v. Asdrubal Gobernate (BRA), 6/2 6/1
Alexandre Tsuchiya (BRA) v. Marcelo Tebet Filho (BRA), 6/2 5/7 7/5

Zé Pereira e vence e está nas 4as no Challenger de Campinas

O pernambucano José Pereira surpreendeu o argentino Facundo Arguello nesta quarta-feira, pela segunda rodada do Campeonato Internacional de Tênis de Campinas, apresentado pelo Itaú. O jogador de 23 anos eliminou o cabeça de chave 3 da competição com parciais de 7/5 e 6/3, na Sociedade Hípica, e está nas quartas de final.

De volta às quadras após três meses afastado, Pereira comemorou o resultado positivo logo no primeiro torneio em seu retorno. “Quando você volta de uma lesão, nunca sabe o que vai acontecer. Eu esperava jogar mais torneios para voltar ao ritmo e vim para cá sem expectativa de ganhar jogos, mas sim de me sentir bem na quadra. Está dando certo”, comentou o pernambucano.

Arguello teve uma quebra de vantagem no primeiro set, mas Pereira conseguiu virar a parcial. “Eu fiquei bem tranquilo e ele oscilou bastante. Jogava bem, mas reclamava quando perdia um ponto. Percebi que ele tinha altos e baixos e decidi ficar estável, porque o ritmo dele iria cair. Voltei no jogo e fui firme do começo ao fim”, analisou. Pereira enfrentará outro argentino de peso nas quartas: Guido Andreozzi, cabeça de chave 5 em Campinas, que passou pelo compatriota Andrea Collarini por 6/2 e 6/3.

Número 1 do Brasil, Teliana Pereira já voltou para Curitiba, mas deixou muitos conselhos com o irmão em Campinas. “Ela me deu uns toques nos treinos, não consegue ficar fora da quadra (risos). Ela entra e diz para eu fazer isso e aquilo. Fiquei muito feliz que ela veio, me mandou mensagem hoje, falando que viu o jogo pela internet. É muito bom ter as dicas dela”, contou Zé Pereira.

Além de Arguello, outro cabeça de chave foi vencido: o português Gastão Elias perdeu para o eslovaco Ivo Klec por 6/4 e 7/5, pela primeira rodada. O adversário de Klec na segunda fase será o italiano Federico Gaio.

CAIO SILVA VENCE A PRIMEIRA EM CHALLENGER

O santista Caio Silva também conseguiu uma grande vitória nesta quarta, ainda pela primeira rodada. O jogador de 22 anos derrotou Christian Lindell, número 2 da Suécia, com parciais de 6/1, 3/6 e 6/4. Este foi o primeiro triunfo de Silva no circuito Challenger. O santista perdeu na última rodada do quali, mas entrou no torneio como lucky-loser, devido à desistência de Rogério Dutra Silva por lesão.

“Eu fiquei parado por um tempo, estava sem apoio e não conseguia jogar os torneios. Agora voltei e é muito bom ter a segunda chance aqui, porque eu perdi na final do quali, tendo match-point. Agarrei esta nova oportunidade, coloquei toda a minha vontade em quadra e consegui vencer”, afirmou Silva, que terá pela frente o francês Gianni Mina.

Silva acredita que Lindell teve altos e baixos nesta quarta. “Quebrei o saque dele no início por causa de alguns erros bobos. Acho que no começo ele não estava tão focado. Depois encarei três break-points e consegui confirmar. Isso deu uma quebrada na cabeça dele e abri duas quebras. Ele começou a pensar no segundo set. É um cara muito guerreiro, conseguiu a vantagem e sacou bem até fechar. Já no terceiro, eu conquistei a quebra no início e, no final, foi mais a emoção do que a razão”, analisou Silva, que encara o francês Gianni Mina nesta quinta-feira.

CAMPINEIROS ESTÃO NAS QUARTAS DE FINAL DE DUPLAS

Os campineiros Guilherme Scarpelli e Henrique Mello avançaram para as quartas de final do torneio de duplas em Campinas. Eles contaram com a desistência do francês Axel Michon, que ainda sente dores no punho e enfrentaria os brasileiros junto ao argentino Renzo Olivo.

Desta forma, Scarpelli conquistará 15 pontos e debutará no ranking mundial da ATP na próxima segunda-feira. Os adversários dos campineiros nas quartas sairão do confronto entre as duplas Martin Alund/Facundo Arguello e Andrea Collarini/Gonzalo Lama.

O Campeonato Internacional de Tênis de Campinas é apresentado pelo Itaú, tem o copatrocínio da Tetra Pak®, Raízen, Stella Artois, PUC-Campinas, Teleperformance, Optimum Nutrition (ON), Azul – Transportador Oficial. O torneio tem o apoios de mídia do SporTV, EPTV, Época, Nova Brasil FM e Correio Popular, e apoios da Prefeitura de Campinas, Sociedade Hípica de Campinas, Instituto Proa, Sonne, Federação Paulista de Tênis e ATP Challenger Tour. A realização do torneio é feita pelo Instituto Sports.

Campeonato Internacional de Tênis de Campinas
Premiação: US$ 40 mil + hospedagem
Período: de 13 a 21 de setembro de 2014
Local: Sociedade Hípica de Campinas
Rua Buriti, s/n (Estrada dos Sousas)
Jardim das Palmeiras – Campinas/ SP

Challenger do Rio Grande do Sul terá 3 top 100

Os argentinos Carlos Berloq, 67º colocado do ranking mundial, Diego Schwartzman, 85º, e Facundo Bagnis, 98º, disputarão a chave principal do Campeonato Aberto de Tênis do Rio Grande do Sul, apresentado pela Secretaria de Estado do Esporte e do Lazer e por Água Skin. O torneio da série Challenger será disputado de 20 a 28 de setembro, nas quadras de saibro, da Sogipa, em Porto Alegre. Entre os tenistas brasileiros, os gaúchos André Ghem e Guilherme Clezar, o catarinense Thales Turini, o paulista Ricardo Hocevar e o pernambucano José Pereira também já estão confirmados no evento.

Challenger do RS terá 3 top 100

Esta é a terceira edição consecutiva do Aberto de Tênis do Rio Grande do Sul, que neste ano distribuirá o total de US$ 40 mil em prêmios e contará pontos para o ranking mundial da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) como um torneio de US$ 50 mil.

PRÊMIOS – O campeão do Aberto de Tênis do Rio Grande do Sul somará 80 pontos no ranking mundial e receberá o prêmio de US$ 5.750, enquanto o vice-campeão receberá 48 pontos e US$ 3.390.

RETROSPECTO – Em 2013, o título do torneio ficou com o argentino Facundo Arguello, que na partida final venceu seu conterrâneo Maximo Gonzalez em dois sets. Arguello já confirmou que estará em Porto Alegre para defender o título. Em 2012, o alemão Simon Greul foi o campeão, e o português Gastão Elias, o vice.

QUALIFYING – O torneio qualificatório do Aberto de Tênis do Rio Grande do Sul está programado para o fim de semana dos dias 20 e 21 de setembro e definirá quatro jogadores para a chave principal.

 

 

 

E Portugal comemora o seu 1º campeão de ATP

E Portugal enfim tem um campeão de ATP. Foi das raquetadas de João Sousa que saiu o primeiro título português da história, neste domingo, em Kuala Lumpur.Joao Sousa ATP

Portugal, aquele país que a gente achava que não chegaria lá, que tinha sempre aqueles tenistas jogando uns Challengers por aqui, outro ali, agora tem campeão de ATP.

Lembro, há um ano, durante a Peugeot Tennis Cup, no Rio, quando vi um monte de portugueses andando juntos e jogando os Challengers por aqui. Pedro Sousa, João Sousa, Frederico Gil, Gastão Elias.. As mulheres, nos últimos meses também começaram a jogar bem.  Michelle Larcher de Britto e Maria João Koehler estão quase entre as 100.

O país vive o melhor momento da história do esporte. Não, eles não vão sediar uma Olimpíada daqui a quatro anos, não tem, de perto, os investimentos que temos no Brasil, mas parecem ter encontrado uma estrutura, um jeito que está dando certo de trabalhar.

João Sousa, 24 anos, pode ser um caso isolado. Mas, não importa. Colocou, como disse o grande promotor do tênis português, o país no topo do Everest.

Imagina o que é sediar um ATP Finals – o que Guga ganhou em 2001 -, ter um ATP há muitos, muitos anos – o Portugal Open – transmitir torneios mundo afora, dar espaço para o esporte na mídia – e nunca ver um português triunfar?

Para mim, a grande virada de João Sousa, que treina em Barcelona desde o início da adolescência, veio no US Open, em que ganhou de Grigor Dimitrov em cinco sets na primeira rodada e depois de Jarkko Nieminen, també em cinco sets, na segunda. E em seguida lá estava ele diante de Novak Djokovic, no Arthur Ashe Stadium.  Sousa fez apenas quatro games diante do número um do mundo. Mas, não importa. Ele havia alcançado a terceira rodada de um Grand Slam, com a sensação de pertencer ao circuito e isso só faz aumentar a confiança.

Hoje é o 51º colocado no ranking mundial. Os Challengers que ele tanto disputou e bem misturou com ATPs e qualifyings, vão ficar para trás.

Mas, este dia histórico em Portugal jamais será esquecido.

Amigo jornalista de longa data, Hugo Ribeiro, comentou ontem de quantos anos esperou para ver um português campeão. Há quantos anos cobrindo o esporte para esperar por este momento. “Quantos anos desejei e esperei por este dia. Nem há palavras para a importância do que o João Sousa fez hoje. Olha que até o nosso Presidente da República, em dia de eleições para as prefeituras, se referiu ao ao João. Não foi o mesmo de quando o Guga ganhou Roland Garros, mas poderá ter um efeito muito grande na evolução do ténis português.”

Diria que é aquele momento da inveja boa. Parabéns aos amigos portugueses. E pelo menos temos alguém falando português no grande circuito e vencendo.

Diana Gabanyi