Murray e Wawrinka são o destaque do 1o. dia de Roland Garros

Começa neste domingo o último Grand Slam desta temporada e não é o US Open, é Roland Garros.
Um Roland Garros diferente, disputado no outono parisiense, com temperaturas bem mais amenas, para não dizer geladas, praticamente sem público (serão permitidos até 750 espectadores por dia) e no meio da pandemia do COVID em alta na França novamente.

Se por um lado é estranho, por outro é a maneira que foi encontrada para que o esporte voltasse a acontecer. Jogadores que fazem apenas o trajeto hotel – Roland Garros – hotel, alternando com dias de treino no anexo de Jean Bouin – sem desfrutar da beleza da cidade luz e com um certo temor de ser diagnosticado com essa misteriosa doença.

Com prós e contras avaliados, o fato é que o Grand Slam do saibro começa neste domingo e terá como principal destaque o duelo entre dois campeões de Slam, o escocês Andy Murray e o suíço Stan Wawrinka, no último jogo da rodada da Philippe Chatrier.

A quadra central, agora com teto retrátil, será oficialmente aberta com o primeiro jogo do campeonato Janik Sinner e David Goffin. Depois, seguem Simona Halep e Sara Sorribes Tormo e antes do duelo entre Murray e Wawrinka, jogam Caroline Garcia e Annet Kontaveit.

Normalmente com uma disputa mais tímida no domingo inicial, Roland Garros fez uma programação cheia, talvez para deixar mais espalhados a quantidade de jogadores em Porte DÁuteil, nos primeiros dias do evento.

Também jogam em destaque neste domingo Azarenka x Kovinic; Gauff x Konta; V.Williams x Schmiedlova; Zverev x Novak; Schwartzman x Kecmanovic; e Nishikori x Evans.

A primeira rodada será disputada também na 2a. e na 3a. feira.

Diana Gabanyi

Foto: Divulgação FFT

 

Djokovic e Murray decidem o ATP Finals e o número 1 de 2016

Se o ATP Finals e boa parte do segundo semestre do ano não teve nem Roger Federer, nem Rafael Nadal em ação, a final não vai deixar em nada a desejar. Neste domingo, Novak Djokovic e Andy Murray duelarão pelo título do torneio que reúne os oito melhores da temporada e pelo posto de número um do mundo.

Djokovic e Murray decidem o ATP Finals e o no. 1 de 2016

Andy Murray, o atual líder, foi o primeiro a garantir a vaga na decisão, depois de salvar match point e passar 3h33 min em quadra – recorde no Finals – para derrotar o canadense Milos Raonic por 5/7 7/6 7/6. “É para isso que a gente joga, por partidas como essa em uma arena como essas,” disse Murray, que vem de 23 partidas invictas e neste ano foi campeão de Wimbledon, das Olimpíadas, foi vice em Melbourne e em Paris e quadrifinalista em Nova York. “Eu lutei muito hoje, lutei muito esta semana e lutei muito nos últimos meses.”

Já Novak Djokovic não deu qualquer chance para o japonês Kei Nishikori, vencendo por duplo 6/1 para garantir a vaga na decisão e tentar recuperar o posto de número 1. O sérvio foi campeão neste ano em Melbourne, em Roland Garros – completando o Grand Slam – e vice do US Open. “Foi o meu melhor jogo no torneio,” vibrou Djokovic. “Para a final não sei o que esperar. Vai ser muito especial, aparentemente será a primeira vez que o número um e o número dois se enfrentam para decidir quem vai ser o primeiro.”

O confronto de domingo na Arena 02 em Londres será o 35o. da carreira de Djokovic e Murray, com o sérvio tendo vencido 24 das partidas entre eles até hoje.

Time off para os tenistas?

A temporada terminou de vez neste domingo com a vitória da República Checa diante da Sérvia, em Belgrado, dando aos checos o segundo título seguido da Taça Davis.Davis cup czech

Com o fim da temporada, (ela recomeça no dia 30 de dezembro) os tenistas entram naquele período de TIME OFF. Mas, nem para todos.

Muitos tenistas, homens e mulheres, marcaram exibições mundo afora. Muitas na nossa vizinha Argentina – está até parecendo o Brasil no ano passado (Nadal e Nalbandian, Hewitt e Del Potro, Djokovic, as irmãs Williams), outras no Chile e até no Peru!

Federer que rodou a América do Sul no ano passado, vai descansar e se preparar para uma melhor temporada em 2014 do que esta. Murray, se recuperando de cirurgia nas costas também não se exibirá mundo afora.

Americanos, em sua maioria, jogam uma série de eventos de um dia, percorrendo o país, muitas vezes em exibições de caridade para os amigos. Foi o caso desta noite, em que John Isner, Venus Williams e até Marion Bartoli participaram do WTT Smash Hits, com Billie Jean King e Elton John, em Orlando.

Neste domingo, em uma das aulas do Intensivo da The School of Life, em São Paulo, o professor britânico David Baker falava sobre como equilibrar a vida pessoal com o trabalho e que as expressões TIME OFF e TIME ON deveriam ser trocadas.

Outro assunto debatido foi como não ser um workaholic, como fazer tempo para você mesmo fora do seu trabalho.Fiquei pensando nestes tenistas que acabaram de sair de uma exaustiva temporada, especialmente Nadal e Djokovic, Del Potro, Serena Williams e vão logo jogar exibições.

Será que, apesar de amarem o trabalho e estas exibições serem mais do que lucrativas, não seria bom desligar um pouco?

O próprio Nadal explicou que para ele jogar exibição não é como disputar um torneio. O cansaço mental não existe.

Mas, o físico sim e você não deixa a sua ferramenta de trabalho de lado, sem falar na correria das viagens.

Quem ganha são os fãs. O efeito nos tenistas, só saberemos na temporada 2014.

Diana Gabanyi