Wawrinka é a novidade do Rio Open para 2024

Wawrinka virá ao Brasil pela primeira vez (Clive Brunskill/Getty Images)

A aguardada décima edição do Rio Open tem um nome inédito já confirmado na disputa. O suíço Stanislas Wawrinka, campeão de três Grand Slams e ex-número 3 do mundo, estará no Brasil pela primeira vez em sua carreira para brigar pelo título do maior torneio de tênis da América do Sul, que será disputado no Jockey Club Brasileiro, no Rio de Janeiro, entre os dias 17 e 25 de fevereiro.



Wawrinka é um maiores vencedores de Grand Slam da geração atual, tendo conquistado três títulos do nível. Campeão no Australian Open 2014 contra Rafael Nadal e em Roland Garros (2015) e no US Open (2016) contra Novak Djokovic, o suíço soma cinco vitórias contra tenistas número 1 do mundo em Grand Slams. O seu hall de troféus conta com 16 títulos em simples e três nas duplas, incluindo a medalha de ouro olímpica em Pequim 2008 ao lado de Roger Federer.

Um dos grandes favoritos dos amantes de tênis do Brasil, dono de uma das técnicas mais elogiadas do circuito e um dos maiores nomes do saibro, Stan, como é conhecido, está ansioso para conhecer os seus fãs. “Estou muito feliz que irei ao Brasil pela primeira vez na minha carreira. Espero ver toda a torcida brasileira no Rio Open em 2024 nessa minha estreia no país”, disse o suíço.

Wawrinka jogará o RIo Open 2024 (Clive Brunskill/Getty Images)

“Todos os anos buscamos trazer um mix de geraçõs além dos principais tenistas de saibro do circuito ATP. O Stan é o unico jogador fora Nadal, Djokovic e Federar a vencer Roland Garros nos últimos 20 anos, feito que o credencia como um dos principais tenistas de saibro dessa geração. O Stan é um grande embaixador do esporte, muito respeitado dentro e fora das quadras além de ter um estilo de jogo agressivo que tem tudo para encantar o público brasileiro. Estamos animados com o Stan na 10a edição do Rio Open,” disse Luiz Carvalho, Diretor do Rio Open.

Além de Wawrinka, o espanhol Carlos Alcaraz também já está confirmado na décima edição do Rio Open. Atual número 2 do mundo e campeão de dois Grand Slams, a grande sensação do circuito também estará abrilhantando as quadras do Jockey Club Brasileiro, com o torneio já tendo dois grandes campeões da elite garantidos na disputa.

A pré-venda e venda geral de ingressos tem início ainda neste mês de outubro. Clientes Claro e Santander Select e Private terão uma pré-venda exclusiva entre os dias 17 e 23 de outubro, enquanto a venda geral começará no dia 24.

O Rio Open chega à sua décima edição, de 17 a 25 de fevereiro de 2024, no Jockey Club Brasileiro (RJ), apresentando em sua galeria de campeões nomes como Rafael Nadal, David Ferrer, Pablo Cuevas, Dominic Thiem, Diego Schwartzman, Laslo Djere, Cristian Garin, Cameron Norrie e Carlos Alcaraz. E não é só! O torneio se orgulha de ter revelado jovens talentos como Casper Ruud, Felix Auger Aliassime e o próprio Alcaraz. Entre os tenistas que já estiveram no top 10 do ranking da ATP, o Rio Open também viu em ação Kei Nishikori, Jo-Wilfried Tsonga, John Isner, Marin Cilic, Gael Monfis e Fabio Fognini.

O Rio Open é uma promoção da IMM com realização do Instituto Carioca de Tênis.

Top 10, Bia começa temporada de grama na Inglaterra

Após a grande campanha em Roland Garros, onde fez semifinal, Beatriz Haddad Maia já está focada na grama. A brasileira já está em Nottingham, na Inglaterra, para a disputa do WTA 250 do qual foi campeã no ano passado. Cabeça de chave 2, Bia estreará contra a ucraniana Lesia Tsurenko, na 3a. feira.

Beatriz Haddad Maia é a nova top 10 da WTA (foto WTA)



“Consegui recarregar as energias nesses últimos dias, especialmente com todo o carinho da minha família. Já estou aqui na Inglaterra e amanhã já começa tudo de novo, estamos com a cabeça focada no próximo desafio. Decidimos jogar Nottingham para aproveitar a estrutura do torneio, treinar e se adaptar para a temporada de grama que vem pela frente. Estamos motivados e sabemos que esse é só o começo da subida, então temos que trabalhar duro e continuar com a mesma rotina e o mesmo foco”, disse a tenista.

“A temporada de grama é uma parte especial do ano, em que nos faz ficar em conexão com a natureza, e eu estou muito feliz de estar de volta em Nottingham. Acho que a grama nos ensina que às vezes as coisas saem do controle. A bola pode vir muito mais rápido do que você espera, é difícil de distinguir. É uma superfície que te permite fazer coisas que não são possíveis no saibro e na rápida, você pode ser criativa. Me sinto pronta para começar esta sequência de torneios”, continuou.

Na atualização do ranking desta próxima segunda-feira, Bia estará oficialmente dentro do top 10 da WTA. A tenista é a primeira brasileira a figurar dentro do top 10 de simples feminino desde a criação do ranking matemático na WTA. Maria Esther Bueno figurou no topo da listagem, mas quando ainda não era oficial.

“O ranking, para a gente, é consequência de um processo bem feito. Deixo essa questão de ponto e ranking como algo natural e consequência de um trabalho”, declarou.

“Esse resultado de Roland Garros nos traz confiança e nos mostra que estamos no caminho certo, eu e a minha equipe. O nosso próximo objetivo, agora que batemos o de entrar no top 10, é o mesmo de sempre: continuar com a evolução e buscar melhorar os detalhes que não deram certo na semana anterior. Sempre com muita humildade e trabalhando duro para conquistar coisas ainda maiores”, finalizou.

Após o WTA 250 de Nottingham, Bia seguirá para o WTA 250 de Birmingham, onde também defende o título. Depois será a vez do WTA 500 de Eastbourne, o último torneio antes do início de Wimbledon. Nas duplas, a tenista optou por disputar apenas no Grand Slam da grama, no qual estará ao lado de Victoria Azarenka mais uma vez.

Título de Swiatek em Paris, seu 4º de Grand Slam, garante Bia Haddad como top 10 do ranking da WTA

Karolina Muchova tentou. Começou mal, melhorou, esteve até perto da vitória, mas Iga Swiatek mostrou o motivo de ser a número 1 do mundo e ficou com o título de Roland Garros, segundo Grand Slam da temporada, disputado no saibro de Paris, na França.

A polonesa começou muito bem, impondo seu favoritismo, apesar das duas vitórias de adversária nos confrontos anteriores. Swiaek levou o primeiro set com tranqüilidade, abriu vantagem no segundo e parecia rumar para uma vitória tranqüila.

Porém, tudo mudou. Muchova começou a jogar melhor, devolveu a desvantagem e depois de belos pontos venceu a segunda parcial. Foi o primeiro e único set perdido pela número 1 do mundo no torneio.

E a tcheca continuou jogando bem no set decisivo. Chegou a ter quebra de saque de vantagem, sacando em 4/3, mas não conseguiu conter a qualidade de Swiatek, que elevou o nível e venceu três games seguidos para confirmar seu tricampeonato em Roland Garros.

Foi seu 4º título de um dos quatro maiores torneios da temporada. O outro foi o US Open do ano passado. Além disso, o título de Swiatek ainda garante que a brasileira Bia Haddad seja confirmada como nova número 10 do mundo, depois da excelente campanha em Paris, quando foi até a semifinal.

Foto: Nicolas Gouhier/FFT

Swiatek e Muchova se enfrentam neste sábado por título de Roland Garros, em jogo que pode confirmar top-10 para Bia Haddad

Iga Swiatek e Karolina Muchova se enfrentam neste sábado pelo título de Roland Garros, segundo Grand Slam da temporada, disputado no saibro de Paris, na França.

Claro que a polonesa aparece como grande favorita. Joga um tênis incrível. Técnico, eficiente, bonito…e passeou durante quase duas semanas, com um show de pneus distribuídos. Quase, pois havia uma brasileira pelo caminho. Havia Beatriz Haddad Maia, que deu trabalho para a número 1 do mundo e teve um set point na segunda parcial.

Foi quase, mas deu o mais comum: Iga venceu. Venceu e convenceu, por isso é mais uma vez a favorita neste sábado.

Porém, não deve ter tarefa fácil diante de uma tcheca que, se não estava entre as principais cotadas ao título, pois nem é cabeça de chave, fez o quase impossível na semifinal contra Aryna Sabalenka. A bielorrussa liderou a parcial decisiva por 5/2 e teve match-point, mas não ganhou um único game depois disso.

Sendo assim, Muchova aproveitou e vai em busca do sonhado primeiro título de Grand Slam, que seria “apenas” o seu segundo de nível WTA.

Mesmo com todo o favoritismo da polonesa, é curioso perceber que Muchova venceu os dois confrontos anteriores entre elas, ambas no saibro. O primeiro em 2019 e o segundo em 2020.

E se a torcida brasileira tem mais um motivo pra ficar ligada nesta final, além da qualidade de tênis apresentada por ambas, fica a dica: Se der Swiatek, Bia Haddad será confirmada no top-10 da WTA, pela primeira vez na carreira.

Foto: Philippe Montigny / FFT

Djokovic vence Alcaraz e enfrenta Ruud na final de Roland Garros, com chance de voltar ao topo do ranking

Está definida a grande final masculina de Roland Garros, segundo Grand Slam da temporada, disputado no saibro de Paris, na França.

Nesta sexta-feira, Novak Djokovic mostrou toda sua História e experiência pra passar pelo espanhol Carlos Alcaraz, com parciais de 6/3 5/7 6/1 e 6/1.

Vale destacar que o atual número 1 do mundo disse depois da partida que começou a sentir cãibra entre o final do segundo set e o início do terceiro, o que acabou comprometendo seu desempenho na partida.

Depois, o norueguês Casper Ruud não deu chances ao alemão Alexander Zverev e venceu em sets diretos, com parciais de 6/3 6/4 e 6/0. Com isso, ele garante pelo menos repetir sua campanha do ano passado, quando ficou com o vice-campeonato diante de Rafael Nadal.

Djokovic e Ruud já se enfrentaram quatro vezes ao longo da carreira e o sérvio levou a melhor em todas as oportunidades. Em caso de título, Djokovic volta ao posto de número 1 do mundo, ultrapassando Alcaraz.

Foto: @RolandGarros

Beatriz Haddad Maia encerra campanha em Roland Garros na semifinal, fazendo jogo duro contra Swiatek

Beatriz Haddad Maia encerrou a sua histórica campanha em Roland Garros. Em partida valendo uma vaga na grande final do Grand Slam francês, Iga Swiatek, a número 1 do mundo e bicampeã do torneio, superou Bia em 6/2 7/6(7) e 2h09 de duração.

A paulistana bateu recordes, pessoais e mundiais, nesta edição de Roland Garros. Focada no objetivo de passar da segunda rodada, algo que não havia feito em Grand Slams até então, Bia é a primeira brasileira semifinalista em simples em um Grand Slam desde Maria Esther Bueno em 1968. O resultado também renderá o melhor ranking da carreira da tenista, podendo entrar no top 10 caso a tcheca Karolina Muchova não seja campeã.

“Primeiramente, estou feliz. Acho que esta partida e essas duas semanas me trouxeram muitas coisas para melhorar, aprender, construir o jogo, a mentalidade e tudo mais. O meu primeiro objetivo aqui era chegar na terceira rodada. Antes deste Roland Garros, eu nunca havia passado de uma segunda rodada, então eu e minha equipe trabalhamos muito duro. Nós merecemos e precisamos estar muito orgulhosos do que fizemos, porque não é fácil”, disse a tenista.

“Hoje a Iga foi melhor do que eu. Ela defende muito e eu tentei jogar mais agressiva. Acho que eu estava muito emotiva no começo da partida. Estar jogando a minha primeira semifinal de Grand Slam contra a Iga, que é a número 1 do mundo, na Philippe Chatrier, com tantos brasileiros me apoiando… Acho que eu não consegui ser disciplinada e me concentrar nas coisas que eu tinha que fazer, mas eu sei que tentei o meu melhor. Tentei me empurrar até o fim da partida, tive chances, mas tênis é isso. Tem dias que é o seu dia e tem dias que simplesmente não é. Quando você joga uma semi de Grand Slam, não é só sobre tênis: é mais sobre a mentalidade que você se propõe a ter quando pisa em quadra. Então acho que eu poderia ter controlado melhor as minhas emoções. Vou aprender muito com o dia de hoje e com o torneio todo que fiz”, analisou Bia sobre a partida.

Em um torneio tão especial para os brasileiros fãs de tênis, a tenista se sentiu honrada de jogar nas maiores quadras do torneio e também de contar com o apoio da torcida. “É um sonho jogar Roland Garros. Jogar na semi e dividir grandes quadras com grandes tenistas… Me sinto muito sortuda de poder tido a chance de jogar nas minhas quadras favoritas daqui, foi uma semana incrível. Queria aproveitar para agradecer a todos que vieram me apoiar hoje, a energia foi muito boa. A atmosfera estava incrível e me deu muita motivação para continuar lutando”, finalizou.

Número 1 do Brasil e atual 14ª do ranking, Bia agora parte para a temporada de grama, com o seu calendário completo a ser definido nos próximos dias.

Wild leva virada de Nishioka e perde na terceira rodada de Roland Garros

O paranaense Thiago Wild encerrou neste sábado sua participação em Roland Garros, após campanha inédita em que alcançou a terceira rodada do Grand Slam francês. O brasileiro foi superado pelo japonês Yoshihito Nishioka, 33º do mundo e cabeça de chave 27, por 3/6 7/6(8) 2/6 6/4 6/0, após 3h42 de partida.

“Obrigado a todos pelo apoio hoje. Significou muito. Mesmo que a partida não tenha corrido do jeito que eu esperava, estou muito orgulhoso do trabalho que minha equipe e eu fizemos para chegar até aqui. Foi uma ótima semana em Roland Garros e agora vamos continuar trabalhando por mais resultados na temporada”, afirmou Wild.

Atual número 172 do mundo, Wild se despede de Roland-Garros com algumas conquistas importantes, mostrando sua evolução técnica nesta temporada. Estreou no torneio surpreendendo o número 2 do mundo Daniil Medvedev e fazendo história ao ser o segundo brasileiro a derrotar um top 2 em Grand Slam. Já na segunda rodada venceu o experiente argentino Guido Pella, ex-top 20, e foi o primeiro tenista brasileiro a ir tão longe em Paris desde Thiago Monteiro em 2020.

Comunicado oficial

“Quanto às matérias e postagens veiculadas ao longo desta semana a meu respeito, quero esclarecer que os processos em andamento no Brasil, bem como um procedimento criminal em que apareço como vítima, tramitam sob segredo de Justiça. Isso significa que não posso fazer declarações, comentários ou exposição de conversas, o que também deveria valer para a outra parte, de acordo com liminar expedida em 16/09/2021 pelo Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro.

Mas acima de tudo quero lembrar e reforçar que não houve julgamento, então não posso ser considerado culpado.

Não recebi ainda o mandado de citação expedido pela Justiça do Rio de Janeiro pois já não possuo residência fixa no Brasil. Passei os últimos meses treinando na Argentina ou competindo em outros países. O mesmo acontece com a outra parte, que também não foi citada por não residir no Brasil. De qualquer forma, meus advogados já notificaram à Justiça o endereço de meus pais no Paraná.

Neste momento estou totalmente focado em minha carreira, de volta ao melhor nível de jogo, e confiante de que minha inocência será comprovada no devido tempo”.

Thiago Wild

Foto: Geofffroy van der Hasselt/AFP

Bia avança às 8as em Paris e faz história

Beatriz Haddad Maia continua em sua histórica campanha em Roland Garros. A brasileira salvou match point para vencer a sua terceira partida no torneio ao superar a russa Ekaterina Alexandrova, a 23ª do mundo, em 5/7 6/4 7/5 e 2h48 de duração, se garantindo nas oitavas de final. Bia é a primeira brasileira a chegar às oitavas do Grand Slam francês desde Patrícia Medrado em 1979.

Beatriz Haddad Maia em ação em Roland Garros

Número 14 do mundo no ranking de simples, Bia vai em busca de outro grande feito para o tênis brasileiro: caso vença na próxima rodada, a tenista será a primeira desde Maria Esther Bueno em 1968 a atingir as quartas de final no torneio de simples entre as mulheres.

“Fico feliz e orgulhosa da luta e da entrega de hoje. Tentar é o princípio de tudo. Tenisticamente não foi um bom dia, mas isso faz parte desta profissão. Amanhã me prepararei melhor para poder fazer um grande jogo na segunda-feira.
E é um privilégio poder estar representando o Brasil em uma segunda semana de RG depois de tanto tempo. Trabalharei duro para seguir adiante aqui e nos demais torneios que terei pela frente”, disse a brasileira.

A próxima adversária de Bia será a espanhola Sara Torribes Tormo, a 132ª do ranking. As tenistas se enfrentaram em quatro oportunidades no circuito, com duas vitórias para cada lado.

Thiago Wild impressiona a quadra central de Roland Garros com a façanha de nocautear Medvedev

Clay Magazine

Seu apelido não é «Guga», mas ele merece ser chamado assim. Thiago Seyboth Wild, um brasileiro de 23 anos, impressionou o estádio principal de Roland Garros na terça-feira ao derrotar um dos maiores nomes do tênis, o russo Daniil Medvedev.

Vinte e seis anos atrás, a caminho de seu inesperado primeiro título do Aberto da França, Gustavo «Guga» Kuerten também enfrentou um Medvedev, o russo Andrei Medvedev, a caminho da Taça dos Mosqueteiros. Kuerten venceu aquela partida das oitavas de final, Seyboth Wild venceu essa partida da primeira rodada. Déjà vu em Paris?

Seyboth Wild, classificado em 172º lugar no ranking mundial, nunca esteve sequer entre os 100 melhores do mundo, mas sua exibição na Philippe Chatrier foi a de um jogador entre os dez melhores, exceto em um momento-chave, quando ele tinha a partida nas mãos para vencê-la mais facilmente: uma vantagem de um set e uma vantagem de 6-4 no tie break do segundo set.

Naquele momento, Seyboth errou um forehand no meio da quadra e um smash que deu o set ao número dois do mundo. Mas o brasileiro se recompôs e, em uma tarde levemente quente na primavera parisiense, eliminou o recente campeão do Aberto da Itália por 7-6 (7-5), 6-7 (6-8), 2-6, 6-3 e 6-4 em quatro horas e 15 minutos de jogo eletrizante.

Thiago Wild celebra vitória inédita em Roland Garros –

O brasileiro, campeão júnior do US Open em 2018 e campeão do ATP Viña de Santiago do Chile em 2020, derrotando o norueguês Casper Ruud na final, é um jogador que vivia na sombra, mas isso não será mais o caso.

Seu tênis impetuoso, porém elegante, sua potência e a exibição que mostrou na terça-feira o colocarão de volta aos holofotes internacionais para ouvir a mesma pergunta com frequência: por que ele não está mais alto no ranking, por que não é um dos principais jogadores do circuito?

Problemas pessoais – um relacionamento tempestuoso com uma influenciador que incluiu denúncias à polícia – lesões e uma atitude talvez nem sempre tão profissional pesaram na decolagem do brasileiro, que, ao vencer o ATP 250 de 2020 no Chile, tornou-se, com o 182º lugar no ranking mundial, o mais jovem jogador de seu país a triunfar nesse nível.

Seyboth Wild, que chegou à chave principal do torneio ao vencer três partidas no qualifying, mostrou no saibro parisiense um saque muito potente, um forehand furioso com o qual sempre comandou e um backhand de duas mãos. O festival de golpes brilhantes na quadra central foi uma reminiscência da descoberta de Kuerten em 1997, exceto pelo detalhe de que o ex-número um do mundo jogou com um backhand de uma mão.

Qual foi a tática dele hoje, perguntou o ex-tenista francês Fabrice Santoro a Seyboth Wild após a partida.

«Procurar os ângulos, usar meu forehand contra o dele… funcionou muito bem, heh», disse o brasileiro de 185 centímetros com um sorriso. «Estou muito feliz com a maneira como estou jogando. Se você trabalha duro, é recompensado.

Além do fato de ambos terem se livrado de um Medvedev, há outros paralelos com o avanço de Kuerten em 1997: ambos os jogadores são do sul do Brasil; Kuerten do estado de Santa Catarina, Seyboth Wild do estado do Paraná.

Se em 1997, Kuerten era representado pelo peruano Jorge Salkeld, 26 anos depois, Seyboth Wild também está trabalhando com ele.

Essa história da década de 1990 se tornou uma lenda, com Kuerten somando mais dois títulos em Paris e alcançando o topo do ranking em 2000. Seyboth Wild, três anos mais velho do que o Kuerten de 1997, acabou de entrar em ação, mas não há ninguém ou nada que possa lhe tirar a maior alegria de sua carreira.

Texto da Clay Magazine em parceria com a Tennis View

E lembrando que no início do ano, o Thiago não havia conseguido passar o quali do Rio Open.

Bia arrasa na estreia em Roland Garros

Beatriz Haddad Maia estreou com uma grande vitória em Roland Garros. A brasileira, cabeça de chave 14 do torneio, superou a alemã Tatjana Maria, número 67 do mundo, em 6/0 6/1 e 1h04 de duração.

“Estou feliz com a minha estreia. Primeiro por ser primeira rodada, já que em qualquer torneio é sempre difícil estrear. A Maria é uma jogadora muito experiente, que já ganhou de grandes jogadores, e também está tendo bons resultados nos últimos 12 meses, então estou contente com essa estreia firme”, disse a tenista.

Bia venceu por 60 61 (foto de Aliny Calejon)

Na próxima rodada, Bia enfrentará a russa Diana Shnaider, a 108ª do ranking. “Eu busco lidar com a segunda rodada como qualquer outra. Na partida de hoje eu estava nervosa também, então esse frio na barriga significa que valorizamos e gostamos com o que trabalhamos. Se ela está numa segunda rodada de Grand Slam, ela é uma grande jogadora também. Então vou tentar fazer o meu melhor na mesma forma”, continuou.

A brasileira também comentou do carinho da torcida presente na partida. “Mesmo estando longe de casa, sinto essa energia e essa vibração. É muito especial escutar as pessoas gritando o meu nome. É um privilégio, fico muito contente. É muito bacana receber essa energia e me motiva bastante para seguir firme, principalmente nos momentos duros”, finalizou.