Especial 20 anos do tri: Guga é tricampeão em Paris e entra para a História de Roland Garros

Com a vitória deste domingo sobre o espanhol Alex Corretja por 6/7(3), 7/5, 6/2 e 6/0, Guga, além de conquistar o tricampeonato em Roland Garros, entra para a seleta lista de tenistas profissionais que subiram ao lugar mais alto do pódio pelo menos três vezes. Junto ao brasileiro, figuram na lista Bjorn Borg, Mats Wilander e Ivan Lendl. Como se não bastasse, Guga passará a ser o número 1 na Corrida dos Campeões e continuará na liderança do Sistema de Entradas (ranking mundial).
Guga derrotou Corretja, vice-campeão do torneio em 1998, em 3h12min de partida. Kuerten manteve-se impecável no seu jogo, mostrando ao público da quadra Philippe Chatrier porque Roland Garros é realmente a sua competição do coração. O espanhol tentou reagir em determinados momentos da partida, mas não conseguiu quebrar o domínio de Guga. Essa foi a 19ª decisão de Guga na carreira com 14 vitórias.


Guga derrotou Corretja, vice-campeão do torneio em 1998, em 3h12min de partida. Kuerten manteve-se impecável no seu jogo, mostrando ao público da quadra Philippe Chatrier porque Roland Garros é realmente a sua competição do coração. O espanhol tentou reagir em determinados momentos da partida, mas não conseguiu quebrar o domínio de Guga. Essa foi a 19ª decisão de Guga na carreira com 14 vitórias.


Guga derrotou Corretja, vice-campeão do torneio em 1998, em 3h12min de partida. Kuerten manteve-se impecável no seu jogo, mostrando ao público da quadra Philippe Chatrier porque Roland Garros é realmente a sua competição do coração. O espanhol tentou reagir em determinados momentos da partida, mas não conseguiu quebrar o domínio de Guga. Essa foi a 19ª decisão de Guga na carreira com 14 vitórias.


Para chegar até mais esta final, Guga teve que derrotar, respectivamente, Guillermo Coria, Agustin Caleri, Karim Alami, Michael Russel, Yevgeny Kafelnikov, Juan Carlos Ferrero e, nesta final, Alex Corretja.


As conquistas de Guga em Roland Garros tiveram início em 1994, quando ele jogou no juvenil e triunfou na competição de duplas, ao lado do equatoriano Nicolas Lapentti. Em 1997, Guga venceu pela 1ª vez o torneio sem ser favorito, entrando na competição na 66ª posição do Sistema de Entradas. Na sua segunda conquista, no ano passado, Guga enfrentou o sueco Magnus Normam na final e faturou o troféu pela segunda vez. Com este resultado, o brasileiro pulou do segundo lugar na Corrida dos Campeões para o topo do ranking pela primeira vez na carreira.


RANKINGS DA ATP – Com esta grande conquista de hoje, Guga repete o feito do ano passado e pula da terceira posição para a liderança na Corrida dos Campeões. O tri em Roland Garros rendeu a Guga 200 pontos na Corrida e garantiu 1000 pontos no Sistema de Entradas.

Diana Gabanyi

Especial 20 anos do tri: Guga vence Kafelnivov e está na semifinal de Roland Garros

Release enviado após a quinta partida do Guga na campanha do tricampeonato em Roland Garros, no dia 05 de junho de 2001.

Gustavo “Guga” Kuerten está na semifinal do torneio de Roland Garros, um dos eventos mais importantes do circuito mundial. Nesta terça-feira, com uma atuação impecável, ele derrotou o russo Yevgeny Kafelnikov, por 3 sets a 1, parciais de 6/1 3/6 7/6 (3) 6/4, em 2h32min de jogo e decide, na sexta-feira, pela terceira vez na carreira, uma vaga na final do torneio. O adversário é o espanhol Juan Carlos Ferrero.

Depois de ter ganhado uma nova vida no torneio, ao salvar um match point na partida de oitavas-de-final contra Michael Russell, Guga entrou solto na quadra Philippe Chatrier e com o objetivo de surpreender Kafelnikov, campeão de Roland Garros em 1996. E foram necessários apenas 18 minutos para Guga mostrar isso ao russo, 7o. colocado no ranking mundial. Nesse tempo, Guga fechou o 1º set, com duas quebras de serviço no 2/1 e no 4/1 e só perdendo três pontos no seu saque no set inteiro.

No 2ºset, foi a vez de Kafelnikov tomar conta da partida e ele e Guga começaram a protagonizar um belíssimo espetáculo de tênis em Roland Garros. No 1/2 ele conseguiu uma quebra de saque e manteve o seu serviço para fechar o set em 6/3, com um ace. No 3º set, o russo chegou a estar bem perto de sacar para a série, quando no 4/4, Guga sacava com 0/40. Guga se salvou desses três break points e de outros dois no mesmo game e conseguiu levar a decisão para o tie-break, em que entrou concentrado, jogando ponto por ponto e venceu por 7/3.

No 4º set, Guga saiu na frente e abriu 3/0 com duas quebras de serviço do adversário. Mas, Kafelnikov não quis se entregar e ainda conseguiu quebrar o saque de Guga mais uma vez, no 3/0. Mas foi só o que Guga deixou o russo fazer, além dos aplausos que recebeu do próprio adversário, ao dar uma passada de esquerda paralela espetacular. No 4/3 salvou dois break points para sacar para a vitória no 5/4 e celebrar a passagem à semifinal com uma bola de Kafelnikov que ficou na rede.

“Quando a minha primeira bola entrou em jogo eu já estava sentindo-a bem melhor na minha raquete, do que no jogo contra o Russell. Eu sabia que tinha que começar bem no jogo, até para surpreendê-lo um pouco e mostrar que eu estava sólido. Ele esperava que eu jogasse mais cruzado e eu estava indo mais para a parelala e arrisacando mais do que o normal. No Masters, em Lisboa, joguei assim com ele e deu certo,” contou Guga, muito feliz por estar, pela terceira vez, na semifinal de um Grand Slam e especialmente em Roland Garros, seu torneio favorito.

“Tenho agora que desfrutar um pouco disso. Passei por uma maratona antes desses jogos e não é todo dia que você está na semifinal de um Grand Slam. Tive as melhores sensações da minha vida no tênis nesta quadra central de Roland Garros e vou lutar muito para estar pela terceira vez na final,” comemorou o número um do mundo, que em nove confrontos venceu Kafelnikov seis vezes, incluindo a vitória desta terça-feira e outras duas nas quartas-de-final deste mesmo torneio, nos anos em que foi campeão, 1997 e 2000.

“Já estão dizendo que o Kafelnikov é o meu amuleto e tomara que seja mesmo, mas não é isso que vai me fazer ganhar o torneio. Os jogos contra o Kafelnikov são sempre como jogos de xadrez, em que um ponto pode mudar tudo e você tem que estar focado, no jogo o tempo todo. Agora me vejo com boas chances de ganhar outra vez, mas vou ter que estar muito forte mentalmente”, concluiu Guga, que foi chamado por Kafelnikov de um Picasso das quadras, pelas mágicas que faz com sua esquerda. “Ele falou isso porque nunca me viu desenhando. Talvez eu possa fazer mágica na quadra, mas quando pego o papel sou como um jogador do qualifying.”

O técnico Larri Passos, que está com Guga há 11 anos, se emocionou tanto quanto o seu pupilo ao vê-lo alcançar a semifinal de Roland Garros pela terceira vez e, com lágrimas nos olhos, disse que uma das principais coisas que Guga continua fazendo é o trabalho duro. “Hoje, antes do jogo nós aquecemos por 45 minutos e isso é fundamental. O Guga é número um do mundo e continua dando duro. Ele jogou um 1ºset incrível contra o Kafelnikov e o principal nos próximos dois dias vai ser trabalhar duro e fazer a recuperação física também.” O técnico também aproveitou para explicar que não tem falado muito com a imprensa porque “aprendi com os chineses, que os sábios não falam e eu porque não sou sábio e tenho que aprender a cada dia, me calo.”

Guga (Banco do Brasil/Diadora/Head/Globo.com/Motorola) ficará agora dois dias sem jogar antes da semifinal com Juan Carlos Ferrero (4o. colocado no ranking mundial e 2o. na Corrida dos Campeões), um rival que enfrentou duas vezes. Uma, na semifinal do ano passado, em que venceu em cinco sets e a outra, na final do Masters Series de Roma, há três semanas, em que perdeu em cinco sets.

“O Ferrero é o cara que mais me impressionou nesta temporada e com certeza vai ser um jogo muito duro,” antecipou Guga, que já garantiu 450 pontos no ranking mundial e outros 90 na Corrida dos Campeões. Se avançar à decisão, fica com 700 e 140, respectivamente.

Especial 20 anos do tri: Guga vence mais uma e já está na terceira rodada de Roland Garros




Release enviado após a segunda partida do Guga na campanha do tricampeonato em Roland Garros, no dia 30 de maio de 2001.

Com outra boa vitória, nesta quarta-feira, Gustavo “Guga” Kuerten já está na terceira rodada do torneio de Roland Garros. Incentivado pela torcida, em outro dia de muito sol em Paris, ele derrotou o argentino Agustin Calleri, por triplo 6/4, em 2h03min de disputa e agora enfrenta, na sexta-feira, o marroquino Karim Alami, por uma vaga nas oitavas-de-final do torneio.

Líder do ranking mundial, Guga entrou na quadra central e logo recebeu os aplausos e o apoio do público, em sua maioria de crianças, que em dia de folga da escola participavam do Journée Des Enfants, gritando “Gugá, Gugá”, antes mesmo da partida começar. E a garotada ganhou incentivo para continuar gritando, logo que Guga quebrou o serviço de Calleri, no primeiro game do jogo. No 3/1 outra quebra a favor de Guga, que abriu 5/1 e sacou para o set no 5/2. No entanto, Guga deixou a oportunidade escapar e fechou a série em 6/4. No segundo set, Guga quebrou os serviços de Calleri no terceiro e no quinto game e novamente sacou para o set no 5/2, mas fechando com 6/4. Na terceira série, Guga não deixou a chance de encerrar a partida escapar e depois da quebra no 2/2 a seu favor, sacou para o jogo no 5/4, fazendo 6/4 e comemorando a sua nona vitória consecutiva em Roland Garros.

“Foi um jogo bem disputado, corrido, com bastante tempo de bola e deu para entrar um pouco mais em ritmo,” disse Guga na entrevista coletiva após a partida contra Calleri. “Acho que nas duas vezes que eu saquei no 5/2 e não fechei o set foi porque eu não estava com a mesma intensidade na partida que eu tive no meu jogo contra o Cória. Mas o bom é que na hora em que o jogo ficou parelho, ou que a situação poderia se complicar eu acabava ganhando os pontos e eu estive sempre com o controle da situação e com confiança suficiente para ganhar.”

Feliz com a sua 26a. vitória no saibro, na temporada 2001, Guga afirmou que agora já entra numa fase diferente do torneio. “Eu já passei de ter de sobreviver às primeiras rodadas e agora já olho o próximo jogo como uma possibilidade de passar às oitavas-de-final de um Grand Slam. Já dá para jogar mais solto, mais tranquilo e dando mais de mim ainda na quadra.”

O adversário da próxima rodada, o marroquino Karim Alami, 109o. colocado no ranking mundial e 117o. na Corrida dos Campeões, é também um velho conhecido do brasileiro. Casado com uma brasileira, Alami é fluente em português e já esteve inúmeras vezes no Brasil. A última, inclusive foi na Copa Davis, entre Brasil e Marrocos, em fevereiro, última vez também que Guga e Alami se enfrentaram. Eles jogaram três vezes em partidas oficiais, todas no saibro, com duas vitórias de Guga e uma do marroquino. As vitórias de Guga foram no Masters Series de Hamburgo 2000 e na Copa Davis e a de Alami, em 1995, no Challenger de Lima.

Por já estar na terceira rodada, Guga (Banco do Brasil/ Diadora/ Head/ Globo.com/Motorola) garantiu 15 pontos na Corrida dos Campeões e outros 75 no ranking mundial. A vitória sobre Alami vale 30 e 150 pontos, respectivamente.

Com outra boa vitória, nesta quarta-feira, Gustavo “Guga” Kuerten já está na terceira rodada do torneio de Roland Garros. Incentivado pela torcida, em outro dia de muito sol em Paris, ele derrotou o argentino Agustin Calleri, por triplo 6/4, em 2h03min de disputa e agora enfrenta, na sexta-feira, o marroquino Karim Alami, por uma vaga nas oitavas-de-final do torneio.

Líder do ranking mundial, Guga entrou na quadra central e logo recebeu os aplausos e o apoio do público, em sua maioria de crianças, que em dia de folga da escola participavam do Journée Des Enfants, gritando “Gugá, Gugá”, antes mesmo da partida começar. E a garotada ganhou incentivo para continuar gritando, logo que Guga quebrou o serviço de Calleri, no primeiro game do jogo. No 3/1 outra quebra a favor de Guga, que abriu 5/1 e sacou para o set no 5/2. No entanto, Guga deixou a oportunidade escapar e fechou a série em 6/4. No segundo set, Guga quebrou os serviços de Calleri no terceiro e no quinto game e novamente sacou para o set no 5/2, mas fechando com 6/4. Na terceira série, Guga não deixou a chance de encerrar a partida escapar e depois da quebra no 2/2 a seu favor, sacou para o jogo no 5/4, fazendo 6/4 e comemorando a sua nona vitória consecutiva em Roland Garros.

“Foi um jogo bem disputado, corrido, com bastante tempo de bola e deu para entrar um pouco mais em ritmo,” disse Guga na entrevista coletiva após a partida contra Calleri. “Acho que nas duas vezes que eu saquei no 5/2 e não fechei o set foi porque eu não estava com a mesma intensidade na partida que eu tive no meu jogo contra o Cória. Mas o bom é que na hora em que o jogo ficou parelho, ou que a situação poderia se complicar eu acabava ganhando os pontos e eu estive sempre com o controle da situação e com confiança suficiente para ganhar.”

Feliz com a sua 26a. vitória no saibro, na temporada 2001, Guga afirmou que agora já entra numa fase diferente do torneio. “Eu já passei de ter de sobreviver às primeiras rodadas e agora já olho o próximo jogo como uma possibilidade de passar às oitavas-de-final de um Grand Slam. Já dá para jogar mais solto, mais tranquilo e dando mais de mim ainda na quadra.”

O adversário da próxima rodada, o marroquino Karim Alami, 109o. colocado no ranking mundial e 117o. na Corrida dos Campeões, é também um velho conhecido do brasileiro. Casado com uma brasileira, Alami é fluente em português e já esteve inúmeras vezes no Brasil. A última, inclusive foi na Copa Davis, entre Brasil e Marrocos, em fevereiro, última vez também que Guga e Alami se enfrentaram. Eles jogaram três vezes em partidas oficiais, todas no saibro, com duas vitórias de Guga e uma do marroquino. As vitórias de Guga foram no Masters Series de Hamburgo 2000 e na Copa Davis e a de Alami, em 1995, no Challenger de Lima.

Por já estar na terceira rodada, Guga (Banco do Brasil/ Diadora/ Head/ Globo.com/Motorola) garantiu 15 pontos na Corrida dos Campeões e outros 75 no ranking mundial. A vitória sobre Alami vale 30 e 150 pontos, respectivamente.